Muita oração, muito poder; Pouca oração, pouco poder


Vladimir Chaves


Neemias orou quatro meses antes de iniciar a reconstrução dos muros de Jerusalém, e quando chegou a hora de agir, em apenas cinquenta e dois dias a obra estava concluída. Esse detalhe da história bíblica nos ensina uma verdade que atravessa gerações: oração não substitui trabalho, mas sem oração o trabalho se torna frágil, vulnerável e facilmente frustrado. Neemias não foi apenas um bom administrador ou um líder habilidoso; ele foi um homem que compreendeu que a força para enfrentar resistências humanas e espirituais nasce de um coração que persevera diante de Deus.

O contraste é claro: quem muito ora, muito poder recebe; quem pouco ora, pouco pode realizar. Não se trata de um poder mágico, mas de uma vida alinhada com o Criador, onde a oração molda intenções, dá discernimento, abre portas e fortalece o ânimo quando tudo parece conspirar contra. A oração não é perda de tempo, é preparação para o tempo certo. Foi ajoelhado diante de Deus que Neemias encontrou autoridade para se levantar diante dos homens.

Infelizmente, nossa geração tende a subestimar o poder da oração. Vivemos apressados, ansiosos por resultados imediatos, confiando mais em estratégias humanas do que em joelhos dobrados. Esquecemos que sem oração até o talento mais brilhante se torna estéreo, e até os planos mais bem elaborados se desmoronam. A oração é a respiração da alma; negligenciá-la é sufocar lentamente a vida espiritual.

Quem ora pouco acaba enfrentando a vida com as próprias forças, e cedo ou tarde percebe o peso da impotência. Mas quem ora muito aprende a descansar no poder de Deus, experimentando vitórias que não poderiam ser conquistadas por mãos humanas. Neemias é prova viva disso: o que parecia impossível aos olhos do povo tornou-se realidade, porque antes de qualquer tijolo ser colocado, havia lágrimas e súplicas derramadas diante do Senhor.

Oração é poder, é direção, é sustento. Se quisermos ver muros reconstruídos, famílias restauradas, ministérios fortalecidos e vidas transformadas, precisamos redescobrir o altar. Não é apenas sobre falar com Deus, mas sobre depender d’Ele em tudo.

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