Espírito Santo, conselheiro e guia para verdade.


Vladimir Chaves

O Espírito Santo não nos foi enviado para nos esmagar com culpa, e sim para nos conduzir à verdade e à vida. Sua presença não é a de um acusador, mas a de um Consolador que aponta o caminho certo quando estamos prestes a nos perder.

O livro de Provérbios nos exorta: “Confia no Senhor de todo o teu coração e não te estribes no teu próprio entendimento” (Pv 3:5). É exatamente nessa dimensão que o Espírito Santo age, lembrando-nos de que não podemos caminhar sozinhos, baseados apenas em nossa lógica ou conveniência humana. Ele nos direciona para o coração de Deus.

Jesus disse: “Convém-vos que eu vá, porque se eu não for, o Consolador não virá; mas se eu for, eu vo-lo enviarei” (Jo 16:7). O Espírito Santo veio para revelar o pecado, a justiça e o juízo (Jo 16:8-11). Sua missão não é nos acusar como Satanás faz, mas abrir nossos corações para o discernimento que agrada ou não a Deus.

Quando insistimos em caminhar fora da vontade do Senhor, o Espírito nos inquieta, porque a paz que excede todo entendimento (Fp 4:7) desaparece. Essa inquietação é sinal de cuidado, não de condenação. É a voz suave de Deus dizendo: “Você não está no caminho certo”.

E mais: quando persistimos em escolhas erradas, o Espírito se entristece (2Co 7:10-11). Não porque deseja nos punir, mas porque quer nos levar ao arrependimento que produz vida. A tristeza segundo Deus não é destrutiva, mas restauradora. Ela nos mostra que ainda há tempo de voltar, de se alinhar à vontade do Pai.

Portanto, o Espírito Santo não é o carrasco da nossa consciência, mas o Conselheiro fiel. Ele nos corrige, não para nos afastar, mas para nos trazer de volta ao caminho da vida. Negligenciar sua voz é arriscar viver sem direção; obedecê-la é experimentar a verdadeira liberdade em Cristo.

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