A “Canção da Vinha” em Isaías
5:1-7 é um dos textos mais severos de todo o Antigo Testamento. Isaías usa
uma parábola poética para expor a situação espiritual de Israel e a justa
disciplina de Deus.
O Cântico da Vinha (Is
5:1-2)
Isaías começa descrevendo,
como um poeta ou trovador, uma canção de amor sobre uma vinha:
O “amado” é Deus (o Senhor
dos Exércitos).
A “vinha” é Israel (o povo
escolhido).
O texto mostra o cuidado de
Deus: Ele escolheu um terreno fértil, limpou as pedras, plantou boas videiras,
construiu uma torre e preparou um lagar.
Deus fez tudo o que era
necessário para que seu povo desse frutos de justiça e fidelidade.
A Frustração (Is 5:2)
Apesar de todo o cuidado, a
vinha produziu uvas azedas
Esperava-se justiça, mas
veio opressão.
Esperava-se retidão, mas
veio clamor de sofrimento.
O povo que recebeu a Lei, os
profetas e a aliança com Deus, em vez de dar frutos de santidade, tornou-se
infiel, injusto e idólatra.
O Julgamento Anunciado
(Is 5:3-6)
Deus “convida” os habitantes
de Jerusalém a julgarem a causa. É como se Ele perguntasse: “O que mais poderia
Eu ter feito pela minha vinha?”
Ele retirará a cerca -o povo
ficará exposto a invasores.
A vinha ficará em abandono e
destruição.
Não receberá mais chuva (a
chuva simboliza a bênção divina).
O juízo de Deus viria sobre
Israel por causa da sua rebeldia. A promessa se cumpriu com as invasões
estrangeiras (assírios e depois babilônios).
A Identificação da Vinha
(Is 5:7)
Isaías faz a interpretação
da profecia:
A vinha do Senhor é a casa
de Israel.
As plantas escolhidas são os
homens de Judá.
Deus esperava justiça, mas
houve sangue derramado.
Deus esperava retidão, mas
ouviu clamor.
A Canção da Vinha em Isaías
5 é uma parábola profética que mostra o amor de Deus por Israel, seu
cuidado ao preparar o povo para frutificar, a frustração diante da colheita de
pecados em vez de justiça e o anúncio do juízo como consequência. É uma
mensagem que continua atual: Deus ainda espera de nós frutos de santidade, amor
e justiça.
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