Procuradoria aciona Polícia Federal para investigar autores de danos ao patrimônio público


Vladimir Chaves

A Procuradoria Geral de Campina grande vai acionar judicialmente os autores dos danos ao patrimônio público do município, ocorridos na manhã desta segunda-feira, 29, no Gabinete do Prefeito, durante uma mobilização de manifestantes na Rua Rio Branco, no bairro da Prata.

A ação terá por base as imagens registradas pelas câmeras de segurança e as fotos tiradas e divulgadas nas redes sociais do movimento, que mostram alguns dos participantes depredando mesas, cadeiras e janelas do local.

Além disso o procurador geral do município, José Fernandes Mariz, também anunciou que pedirá à Polícia Federal a abertura de uma investigação, tendo em vista que há suspeitas de que alguns dos participantes do protesto estariam atendendo a ordens de agentes públicos ligados à Administração Estadual, numa tentativa de gerar o desgaste político da gestão municipal.

“Vamos identificar e acionar todos os que danificaram diretamente o patrimônio público do município, porque não podemos permitir atos de vandalismo dessa natureza. E mais: vamos pedir apuração junto à Polícia Federal porque há prováveis ligações de pessoas ligadas a outras esferas de Governos e também a agentes políticos, que estavam participando dos atos”, observou José Mariz.

Um detalhe que chamou a atenção no movimento é que os participantes pediam a implantação do passe livre para os estudantes, quando a Administração municipal já implementou essa medida desde o ano de 2013.

Eles deveriam pedir que o Governo do estado fizesse o mesmo. Nós já implantamos o passe livre e nossos alunos da rede municipal não pagam mais passagens há muito tempo”, lembrou Mariz.

Além da implantação do Passe Livre, o prefeito Romero Rodrigues também isentou as empresas da cobrança do ISS (Imposto Sobre Serviços), para baratear o valor das passagens. Por mês, a medida tem um impacto superior a R$ 250 mil.

“Mas o mesmo não aconteceu com o Governo do Estado. Por que os manifestantes não foram pedir ao Governo Estadual que isente das passagens o ICMS, para baratear o preço das passagens? Isso é que não entendemos e mostra claramente o caráter político do movimento”, questionou o procurador, complementando que a Secretaria de Educação do Município também já paga o piso nacional dos professores.


“Nos causou estranheza ainda o fato de termos entrado em contato com o Movimento Passe Livre, aqui na cidade, e todos os integrantes nos relatarem que sequer sabiam dessa mobilização. Isso levanta ainda mais os indícios de que, de fato, essas pessoas estavam sendo 'guiadas' por interesses puramente políticos”, considerou José Mariz.

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