Banco Nacional de
Desenvolvimento Social (BNDES) concedeu financiamentos de R$ 2,4 bilhões para
as nove empreiteiras investigadas pela operação Lava Jato, entre 2003 e junho
de 2014. Ao longo dos anos, foram 2.481 operações realizadas, sendo que 2.471,
ou R$ 1,6 bilhão, foram “financiamentos indiretos automáticos”, geralmente
concedidos às micro, pequenas e médias empresas.
Tais operações não
precisam passar por avaliação prévia do BNDES e possuem limite máximo de R$ 20
milhões em crédito. A empreiteira mais beneficiada por este tipo de
financiamento foi a Camargo Corrêa, que conquistou R$ 502,5 milhões por meio de
857 operações, ou seja, média de R$ 586,3 mil por empréstimo.
A Odebrecht também conseguiu crédito alto: R$ 449,4 milhões em 412 empréstimos. Se considerada a média por operação, os financiamentos concedidos para a empreiteira foram os mais generosos, de R$ 1,1 milhão.
Em seguida, no ranking,
estão a Queiroz Galvão – a quem o banco concedeu R$ 401,2 milhões em 619
operações, média de R$ 648,2 mil por operação – e a UTC, que contraiu
financiamentos com o banco no valor de R$ 134,2 milhões por meio de 410
operações, média de R$ 327,3 mil.
Ainda de maneira indireta
e automática, as empresas menos favorecidas foram a Mendes Junior (R$ 56,1
milhões em 89 operações), Galvão Engenharia (R$ 39,8 milhões em 50 operações),
OAS (R$ 18,1 milhões em 16 operações) e Engevix (R$ 9,6 milhões em 12
operações). A Iesa, por sua vez, possui seis financiamentos no valor total de
R$ 971,5 mil. e o apoio da PMCG.
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