A Federação Israelita do
Estado de São Paulo (Fisesp) divulgou um levantamento indicando que as
denúncias de caso de antissemitismo subiram 263% em escolas e universidades
desde que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva comparou os ataques de Israel
ao Hamas à tragédia do Holocausto.
Na semana anterior ao
discurso de Lula, que ocorreu no último dia 18, na Etiópia, o Departamento de
Segurança Comunitária da Federação Israelita recebeu 46 denúncias referentes às
instituições de ensino. Após o pronunciamento, ocorreram novas 165 denúncias,
segundo a entidade.
De acordo com os dados da
federação, as queixas chegam por meio de mensagens em redes sociais e em grupos
de Whatsapp da instituição, e são constituídas por agressões verbais contra
alunos judeus nas escolas e universidades.
Para o presidente da
Fisesp, Marcos Knobel, a afirmação de Lula potencializou uma onda antissemita.
“A afirmação feita pelo
presidente fez uma perversa distorção da realidade, pois estamos vivendo uma
onda de ataques antissemitas desde o ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro,
e isso ganhou ainda mais força após a declaração”, afirmou Knobel.
“Os judeus no Brasil estão
sendo atacados em qualquer lugar. Inclusive, quatro dessas denúncias são extremamente
preocupantes, pois são de jovens em idade escolar que sofreram ataques dentro
das instituições de ensino onde estudam, o que coloca a sua segurança em jogo”,
acrescentou.
De janeiro a fevereiro de
2024, a Fisesp registrou 602 casos de antissemitismo, chegando a quase um terço
do total de denúncias do ano passado.
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