“É tão fácil estar errado
– e persistir em estar errado – quando os custos de estar errado são pagos por
outros.” – Thomas Sowell
Imagine um cozinheiro que
fez um bolo com uma certa receita e todos que comeram adoeceram depois.
Imagine que ele repete a
receita e todos novamente passam muito mal. O mais logico seria este padeiro
jogar esta receita fora e não mais utilizá-la.
Infelizmente este é o
caminho da receita errada que estamos tomando na solução desta pandemia,
implementando uma verdadeira socialização da nossa economia.
Estamos abrindo mão de
nossos direitos bovinamente acreditando que os políticos podem gerir melhor uma
crise do que aqueles que produzem.
Isto é uma ilusão
gigantesca já provada pela história. Dívidas públicas são prorrogadas,
confiscos estão sendo executados, e, pasmem, aumento de impostos já caminham
pelo Congresso. Até estatizações já são autorizadas pelo STF.
Acreditar que o endividamento
do governo aumenta a riqueza é acreditar que burocratas assalariados são
gastadores mais sábios do que donos de dinheiro.
O governo não pode fazer
crescer uma economia e muito menos gerar riqueza. Este é o papel do setor
privado.
Um aumento nos gastos do
governo significa, assim, o enfraquecimento dos geradores de riqueza.
Estamos deslizando para
uma farra de gastos fiscais em altíssima velocidade.
Mas lembre-se, déficits e
endividamento governamentais são também uma questão moral crucial para a vida
de cada brasileiro.
O governo deveria liberar
os recursos necessários para os vulneráveis, preservação do emprego e
empresários cortando severamente seus gastos.
Não há uma única palavra e
nem sinalização sobre isto. Estamos repetindo a receita catastrófica da
estatização da vida produtiva.
Se continuarmos assim,
tenha a certeza de que a “cura” do governo para esta pandemia será muito pior
do que a própria doença.
Antônio Cabrera
Ex-ministro da
Agricultura, veterinário e empresário.
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