Dilma certamente será
deposta, eleições serão anuladas no Brasil!
A decretação da prisão do marqueteiro das três últimas campanhas
presidenciais do PT, João Santana, animou partidos de oposição e da ala
oposicionista do PMDB no Congresso a se reorganizarem pela destituição da
presidente Dilma Rousseff. Líderes dessas legendas reúnem-se na manhã desta
terça-feira para criar um “comitê do impeachment”, que conta também com
movimentos de rua, como o Brasil Livre (MBL).
A cúpula do PSDB quer
reforçar a carga das ações movidas pelo partido no Tribunal Superior Eleitoral
(TSE) para cassar os mandatos de Dilma e do vice Michel Temer. Os tucanos vão
pedir à corte que inclua nos processos os fatos relativos à prisão de Santana
no âmbito da operação Acarajé, deflagrada nesta segunda-feira. Para o
presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), esta fase da operação foi “a mais
grave” até agora. “Sem dúvida nenhuma, é o que de mais grave ocorreu na
Operação Lava Jato até aqui. A campanha de Dilma foi abastecida com recursos de
propina da Petrobras”, publicou o senador no seu perfil do Twitter.
A estratégia dos tucanos é
reforçar a suspeita de que recursos ilícitos podem ter abastecido a campanha de
Dilma para pagar o marqueteiro. A avaliação no partido é de que a Operação Lava
Jato subiu a rampa do Palácio do Planalto.
“Esse fato evidencia, de
forma mais categórica, o uso de recursos ilícitos da campanha da presidente
Dilma”, afirmou o coordenador jurídico do PSDB e um dos vice-presidentes do
partido, deputado Carlos Sampaio (SP). “Tudo ajuda a fechar a ideia de que
houve financiamento irregular na disputa”, comentou o advogado José Eduardo
Alckmin, principal defensor do partido nas ações que impugnam a chapa Dilma e
Temer.
Andamento do processo – Em
parecer ao TSE, no dia 5, Eugênio Aragão, vice-procurador-geral eleitoral, rebateu
alegação de Dilma que requereu a não admissão de documentos enviados à corte
pelo juiz federal Sérgio Moro. O procurador deu parecer favorável ao
compartilhamento de provas da Lava Jato na Ação de Investigação Eleitoral em
curso no TSE contra Dilma e Temer.
Para o procurador, o
argumento do Planalto de que a documentação sob a guarda de Moro não pode ser
admitida como prova emprestada “não se aplica à hipótese”. Aragão terá de se
manifestar também no caso de a oposição enviar ao TSE documentos envolvendo Santana.
Ministros da corte
eleitoral ouvidos pela reportagem se dividem sobre um novo compartilhamento dos
dados da Lava Jato pelo tribunal. “O compartilhamento de dados é fácil. É claro
que eles virão”, previu um ministro do TSE. “A cada nova revelação se configura
o abuso de poder econômico”, alegou. Para esse ministro, os próprios advogados
envolvidos no caso é que deverão pedir para o Ministério Público Federal
repassar os dados à corte. Um outro ministro do TSE avalia que o repasse de
dados para o tribunal “não é automático”. “Não pode haver nada na Lava Jato que
diga respeito às eleições de 2014. Se caso existisse, não seria o foro
competente. Moro não pode investigar a presidente da República.”
Site Pensa Brasil
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