Deputados mantêm veto ao projeto que beneficiava policiais e bombeiros no Minha Casa, Minha Vida.


Vladimir Chaves

O Congresso também decidiu manter o veto parcial (VET 45/2015) ao projeto (PLV 13/2015, decorrente da Medida Provisória 679/2015) que permite o uso de imóveis da União – inclusive os do programa Minha Casa, Minha Vida – nos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016. O trecho vetado da Lei 13.173/2015 previa a criação do Programa Nacional de Habitação dos Profissionais de Segurança Pública dentro do Minha Casa, Minha Vida, com a autorização de linhas de crédito para essa categoria de trabalhadores, com renda superior à do programa. Entre os deputados, foram 142 votos a favor do veto e 189 contrários, além de duas abstenções. Seriam necessários 257 votos para derrubar o veto. Não foi necessária a votação entre os senadores.

Na visão do deputado Subtenente Gonzaga (PDT-MG), uma política de habitação voltada para os policiais não contraria o interesse público e não prejudica as questões orçamentárias. O deputado Alberto Fraga (DEM-DF) disse que muitos policiais moram em favelas por falta de condições de comprar em “um lugar digno”. Ele classificou o veto como uma “maldade sem tamanho”.

“É um veto maldoso e covarde. O PT prefere defender bandidos do que aqueles operadores da segurança pública” declarou o deputado.

Para o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), a derrubada do veto seria uma forma de sanar um débito do Congresso com as forças policiais. Já o líder do governo no Congresso, senador José Pimentel (PT-CE), explicou que as casas da cidade olímpica, no Rio de Janeiro (RJ), serão destinadas às famílias que tiveram casas desapropriadas em função de obras para os jogos olímpicos.

“É um compromisso que anteriormente já foi assumido. Por isso, a razão do veto. O governo tem consciência de que é justa a causa de policiais e bombeiros – declarou Pimentel, acrescentando que o governo vai começar um estudo sobre um plano de habitação para os policiais.

Confira como votou a bancada da Paraíba:

Contra o veto:
Efraim Filho (DEM)

A favor do veto:
Damião Feliciano (PDT)
Luiz Couto (PT)
Marcondes Gadelha (PSC)
Wilson Filho (PTB)

Ausentes:
Veneziano Vital (PMDB)
Manoel Junior (PMDB)
Hugo Motta (PMDB)
Wellington Roberto (PR)
Benjamin Maranhão (SD)
Aguinaldo Ribeiro (PP)
Rômulo Gouveia (PSD)

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