João Pessoa é a 4ª capital do país em assassinatos de adolescentes


Vladimir Chaves

Recentemente uma pesquisa divulgada pela ONG mexicana Consejo Ciudadano para la Seguridad Publica y Justicia Penal, apontou a cidade de João Pessoa como a 4ª cidade mais perigosa do mundo, tendo sido contestada por diversos seguimentos governamentais, agora ninguém menos que a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da Republica e o Fundo das Nações Unidas para Infância (UNICEF) divulga estudo que aponta a cidade de João Pessoa, com a 4ª capital do país onde mais se mata adolescentes.

A distribuição dos valores do Índice de Homicídios na Adolescência (IHA) divulgados na pesquisa aponta o Nordeste com os índices de violência mais elevada do país, seis capitais nordestinas estão entre as dez mais violentas para adolescentes. A capital federal apresentou índice de 3,76 adolescentes perdidos para cada grupo de 1.000. As três capitais da região Sul apresentaram IHA inferiores a 4. São Paulo foi a capital do Sudeste com menor índice – 1,69 adolescentes perdidos a cada 1.000.

As quatro mais violentas são: Fortaleza (9,9) obteve o maior IHA entre as capitais, seguida de Maceió (9,4), Salvador (8,3) e João Pessoa (6,49 mortes para cada grupo de mil pessoas).

Veja o gráfico:


Em relação ao perfil dos adolescentes com maior vulnerabilidade, o estudo revela que a possibilidade de jovens negros serem assassinados é 2,96 vezes maior do que os brancos. Além disso, os adolescentes do sexo masculino apresentam um risco 11,92 vezes superior ao das meninas, sendo a arma de fogo o principal meio utilizado no assassinato de jovens brasileiros.

Hoje, os homicídios representam 36,5% das causas de morte dos adolescentes no País, enquanto para a população total correspondem a 4,8%. O Índice de Homicídios na Adolescência (IHA) faz parte do Programa de Redução da Violência Letal (PRVL), criado em 2007 através de uma ação conjunta entre a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e o Observatório de Favelas, em parceria com o Laboratório de Análise da Violência (LAV-UERJ).


O objetivo do IHA é estimar a mortalidade por homicídio na adolescência, especificamente na faixa dos 12 aos 18 anos. 

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