A maior luta de um convertido é contra o “Eu”


Vladimir Chaves

A maior batalha de Paulo não era contra os perseguidores, contra as prisões ou a ira do Império Romano. A sua maior luta era nunca mais ser Saulo. Ele sabia o peso do passado e a força do “eu” que insiste em ressurgir, querendo tomar de volta seu coração.

Assim é quase todos os que foram alcançados por Cristo. A conversão não nos isenta da luta, ela nos insere nela. É uma guerra silenciosa, travada na mente e no coração, contra o orgulho, contra a vaidade, contra a carne que clama por reconhecimento e glória própria. É uma batalha para não esquecer quem nos salvou, para não deixar que o brilho do mundo apague a luz da cruz.

O “eu” é astuto e tenta voltar, especialmente quando a fé esfria e a alma se distrai. É por isso que Jesus nos chama a tomar a cruz diariamente, pois crucificar o ego não é um ato único, é uma luta constante.

Mas, em meio a essa luta, existe uma certeza inabalável: a graça é maior. Quando as forças se esgotam, a mão de Cristo nos sustenta. Quando o passado tenta nos alcançar, a cruz nos lembra que tudo foi perdoado.

A maior vitória do convertido não é sobre os outros, mas sobre si mesmo. É permanecer rendido aos pés de Jesus, permitindo que a vida de Cristo brilhe acima da nossa, até que possamos dizer, como Paulo:
“Já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim.” (Gálatas 2:20)

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