Vivemos dias em que a
mentira veste terno e gravata, a injustiça desfila de toga, e a família é
atacada como se fosse um resquício de um passado incômodo. Há uma orquestra de
zombaria contra Deus, enquanto a falsa religiosidade se multiplica em palcos, programas
e púlpitos contaminados. E todos fingem não ver que os alicerces da civilização
estão sendo corroídos, silenciosa e implacavelmente.
A violência não é apenas
aquela que sangra nas ruas; ela já foi institucionalizada. A justiça deixou de
ser um ideal para se tornar um instrumento nas mãos de quem grita mais alto. A
inversão de valores se tornou política de Estado. Mas engana-se quem acredita
que isso nasceu de fora. Tudo isso brota do coração de uma geração que trocou o
temor de Deus pela ganância, pela sede de poder e pela idolatria de si mesma.
A pergunta é inevitável: até
onde vamos tolerar esse colapso moral? Até quando aceitaremos ver a verdade ser
calada em nome de uma suposta “tolerância” que tolera tudo, menos a verdade?
O salmista já nos alertava:
“Se os fundamentos forem destruídos, o que poderá fazer o justo?” (Salmo 11:3).
Acho que a resposta é esta:
o justo não se cala. Ele denuncia, se mantém firme e não negocia a verdade.
Porque, no fim, ou reconstruímos os fundamentos, ou nos afogamos nos escombros
de uma sociedade que zombou de Deus e riu da própria destruição.
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