Quando a verdade é destruída, restam os escombros


Vladimir Chaves

Vivemos dias em que a mentira veste terno e gravata, a injustiça desfila de toga, e a família é atacada como se fosse um resquício de um passado incômodo. Há uma orquestra de zombaria contra Deus, enquanto a falsa religiosidade se multiplica em palcos, programas e púlpitos contaminados. E todos fingem não ver que os alicerces da civilização estão sendo corroídos, silenciosa e implacavelmente.

A violência não é apenas aquela que sangra nas ruas; ela já foi institucionalizada. A justiça deixou de ser um ideal para se tornar um instrumento nas mãos de quem grita mais alto. A inversão de valores se tornou política de Estado. Mas engana-se quem acredita que isso nasceu de fora. Tudo isso brota do coração de uma geração que trocou o temor de Deus pela ganância, pela sede de poder e pela idolatria de si mesma.

A pergunta é inevitável: até onde vamos tolerar esse colapso moral? Até quando aceitaremos ver a verdade ser calada em nome de uma suposta “tolerância” que tolera tudo, menos a verdade?

O salmista já nos alertava: “Se os fundamentos forem destruídos, o que poderá fazer o justo?” (Salmo 11:3).

Acho que a resposta é esta: o justo não se cala. Ele denuncia, se mantém firme e não negocia a verdade. Porque, no fim, ou reconstruímos os fundamentos, ou nos afogamos nos escombros de uma sociedade que zombou de Deus e riu da própria destruição.

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