Quadrilha do INSS: PF suspeita que muitos deputados e senadores estejam envolvidos no roubo aos aposentados.


Vladimir Chaves


As investigações da Polícia Federal (PF) sobre fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) revelaram o envolvimento de deputados e senadores em um esquema bilionário de desvios. Diante disso, a PF encaminhou parte das apurações ao Supremo Tribunal Federal (STF), uma vez que parlamentares com foro privilegiado devem ser investigados pela Corte.

Embora os nomes dos congressistas envolvidos ainda não tenham sido divulgados oficialmente, fontes indicam que o número de parlamentares citados nas investigações é significativo.

Em resposta à gravidade do caso, parlamentares da oposição apresentaram um pedido para a criação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) visando investigar as fraudes no INSS. O requerimento contou com o apoio de 36 senadores e 223 deputados.

O esquema de roubo dos aposentados do INSS envolvia descontos indevidos nos benefícios de aposentados e pensionistas, com a participação de sindicatos e entidades de fachada. Estima-se que o montante roubado ultrapasse R$ 6 bilhões.

O caso segue em investigação, e novos desdobramentos são esperados nos próximos dias.

A criação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar as fraudes no INSS tem gerado divergências no Congresso Nacional. Enquanto a oposição mobiliza-se para instaurar a comissão, a base governista demonstra resistência as investigações.

Em maio de 2025, a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) e a deputada Coronel Fernanda (PL-MT) apresentaram conjuntamente um pedido para a criação da CPMI do INSS. No entanto, nenhum congressista do Partido dos Trabalhadores (PT) apoiou a iniciativa.

Diante da gravidade das denúncias e do impacto sobre milhões de beneficiários, a sociedade espera que os representantes eleitos ajam com responsabilidade e transparência, apoiando a apuração dos fatos e a punição dos envolvidos.

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