Mais da metade dos senadores que votaram a favor de Aécio são investigados no STF


Vladimir Chaves

Entre os 44 senadores que votaram favoravelmente ao retorno de Aécio Neves (PSDB) ao Senado, 28 são alvos de inquérito ou ação penal em curso no Supremo Tribunal Federal (STF).

Veja na lista abaixo os nomes dos 28 senadores que votaram a favor de Aécio e os respectivos processos:

Antonio Anastasia (PSDB-MG)

Responde aos inquéritos 4414 e 4423, abertos com base em delações da Odebrecht na Lava Jato. É suspeito de receber vantagens indevidas em forma de doações de campanha eleitoral. Segundo delatores, a empreiteira doou R$ 1,8 milhão em 2009 para a campanha do tucano ao governo de Minas Gerais a pedido de Aécio.

Benedito de Lira (PP-AL)

Líder do PP no Senado, responde a três inquéritos da Lava Jato no STF. A PF encontrou anotações na agenda do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa com valores que remetem a “BL”, iniciais de Benedito de Lira. Há registro de repasse de até R$ 1 milhão. Devido às suspeitas, é investigado nos inquéritos 3989, 3994 e 3996, pelos crimes de lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e corrupção passiva. A PGR o denunciou por corrupção e lavagem de dinheiro.

Cássio Cunha Lima (PSDB)

Responde ao inquérito 4386, baseado na delação da Odebrecht na Lava Jato. É suspeito de receber R$ 800 mil em vantagens indevidas em troca da promessa de favorecer a empreiteira. Também é alvo do inquérito 3404, por crimes contra a ordem tributária e formação de quadrilha, instaurado a partir de informações do Conselho de Atividades Financeiras (Coaf), que apontaram movimentações financeiras atípicas, de cerca de R$ 1,5 milhão, entre agosto de 2006 e março de 2009.

Cidinho Santos (PR-MT)

É réu na ação penal 991, por crime de responsabilidade.

Ciro Nogueira (PP-PI)

Responde ao inquérito 3989, da Operação Lava Jato, pelos crimes de lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e corrupção passiva. Ainda é investigado nos inquéritos 3910 e 4074 por lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e tráfico de influência.

Dalírio Beber (PSDB-SC)

Inquérito 4408. Na delação da Odebrecht, aparece como suspeito de intermediar um pagamento de R$ 500 mil em 2012 à campanha a prefeito do também tucano Napoleão Bernardes.

Dário Berger (PMDB-SC)

Responde a um inquérito e cinco ações penais. No inquérito 3927, é investigado por crimes contra a Lei de Licitações, suspeito de ter burlado a legislação ao contratar sem concorrência pública empresa para instalar e operar radares quando era prefeito de Florianópolis. Também é alvo das ações penais 938, 943, 1010, 1011 e 1012 por crimes de responsabilidade e contra a Lei de Licitações, formação de quadrilha e crimes contra a paz pública.

Davi Alcolumbre (DEM-AP)

Responde ao inquérito 4353, por crimes eleitorais.

Edison Lobão (PMDB-MA)

É investigado em cinco inquéritos, três deles (3989, 4267 e 4326) na Lava Jato. Ainda é investigado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no inquérito 4260 e 4516 (crimes de lavagem ou ocultação de bens, direitos ou valores).

Eduardo Amorim (PSDB-SE)

É investigado no inquérito 2867, que apura a prática de crimes contra a Lei de Licitações e improbidade administrativa. Também é investigado no inquérito 4438, aberto com base nas delações da Odebrecht.

Eduardo Braga (PMDB-AM)

Delator da Odebrecht na Lava Jato acusa o ex-governador de ter recebido R$ 1 milhão em propina da construtora Camargo Corrêa. A suspeita é apurada no inquérito 4429.

Fernando Bezerra Coelho (PMDB-PE)

É investigado pela Operação Lava Jato no inquérito 4005, pelos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção passiva. Ele é investigado em outros cinco inquéritos (3958, 4064, 3090, 3707 e 3710), por crimes contra a Lei de Licitações, peculato, corrupção, crimes de responsabilidade e lavagem de dinheiro.

Fernando Collor (PTC-AL)

É investigado na Lava Jato em seis inquéritos (3883, 4112, 4162, 4166, 4167 e 4250) por lavagem de dinheiro, peculato e corrupção. Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN)

Ivo Cassol (PP-RO)

Primeiro senador condenado pelo Supremo, em agosto de 2013, foi sentenciado a quatro anos e oito meses de prisão, em regime semiaberto, e multa de R$ 201 mil. Quatro anos depois, o ex-governador de Rondônia ainda recorre da condenação, em liberdade e no pleno exercício do mandato. O parlamentar, inclusive, preside a poderosa Comissão de Agricultura do Senado. Ele também é réu em outras duas ações penais (562 e 891), por calúnia e corrupção eleitoral, e é alvo de cinco inquéritos (3158, 2828, 3614, 3820 e 4411), por peculato, improbidade administrativa, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, corrupção passiva e crimes contra o sistema financeiro e contra a Lei de Licitações.

Jader Barbalho (PMDB-PA)

Responde a seis inquéritos (2909, 3993, 4171, 4172, 4267 e 4326) no Supremo Tribunal Federal. As acusações vão de crime contra a ordem tributária a corrupção passiva, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.

José Agripino Maia (DEM-RN)

É acusado por um delator de receber R$ 1 milhão de um esquema de fraudes no Detran-RN (inquérito 4011). Ainda é alvo dos inquéritos 4141 e 4184, por corrupção, e 4399.

José Serra (PSDB-SP)

Responde ao inquérito 4428, que apura o repasse de R$ 23 milhões pela Odebrecht via caixa dois para a campanha presidencial de 2010.

Maria do Carmo Alves (DEM-SE)

Inquérito 4438, aberto com base nas delações da Odebrecht.

Marta Suplicy (PMDB-SP)

Responde aos inquéritos 3544, por estelionato, quadrilha e falsidade ideológica, e 4404, derivado da Lava Jato.

Omar Aziz (PSD-AM)

É alvo do inquérito 4264, por crimes eleitorais e corrupção passiva, e do 4429, derivado da Lava Jato.

Renan Calheiros (PMDB-AL)

Acumula 13 investigações (2593, 3993, 3989, 4171, 4172, 4202, 4211, 4213, 4215, 4216, 4267, 4326 e 4354) no STF por crimes como corrupção, lavagem de dinheiro, desvio de dinheiro público e falsidade ideológica.

Romero Jucá (PMDB-RR)

É alvo de nove investigações (3989, 3297, 2116, 2963, 4211, 4267, 4326, 4347 e 4501), por crimes como corrupção, lavagem de dinheiro, contra a ordem tributária, apropriação indébita previdenciária, falsidade ideológica, formação de quadrilha, crimes eleitorais e de responsabilidade. Também é investigado na Operação Zelotes, suspeito de interceder para beneficiar empresas com dívidas no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf).

Telmário Mota (PTB-RR)

Responde ao inquérito 4296 por violência doméstica.

Valdir Raupp (PMDB-RO)

É alvo de 11 acusações criminais, seis delas (inquéritos 3982, 3989, 4267, 4319, 4323 e 4326) são derivadas da Lava Jato. Ele responde por lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e corrupção passiva. Também responde ao inquérito 4129, por peculato e formação de quadrilha. É réu nas ações penais 358, 383, 577 e 1015 por crimes eleitorais e uso de documentos falsos, crimes contra o sistema financeiro, peculato e corrupção.

Vicentinho Alves (PR-TO)

Inquérito 3807, por crimes da Lei de Licitações.

Wellington Fagundes (PR-MT)

Responde ao inquérito 2340, que tramita no STF desde julho de 2006.

Zezé Perrella (PMDB-MG)

Inquérito 3281, por lavagem de dinheiro.

Com informações do Congresso em Foco

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