Deputados do Conselho de Ética dão "descarga" na ética e promovem sessão de baixaria.


Vladimir Chaves

A reunião do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados mais uma vez rendeu cenas lamentáveis. Não apenas por não ter conseguido votar o relatório que pede a cassação do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), mas por uma discussão de baixo nível protagonizada por Zé Geraldo (PT-PA) e Wladimir Costa (SD-PA).

O entrevero entre os deputados começou quando Wladimir Costa, com a palavra, resolveu criticar a presidente Dilma Rousseff e a gestão do PT durante os anos no Governo. Quando chegou a vez do petista de falar, ele atacou de maneira forte o deputado do Solidariedade.

Zé Geraldo afirmou que Wladimir está “mais sujo do que pau de galinheiro” e que ele não deveria nem estar no Conselho de Ética da Câmara, muito menor falar mal da presidente Dilma e do PT, nem se “lavar a boca com soda caustica uma semana”.

O deputado do PT ainda apresentou as denúncias em que Wladimir Costa está representado no Supremo Tribunal Federal (STF) por repassar dinheiro dos seus funcionários de gabinete aos irmãos. Zé Geraldo ainda denunciou que o deputado do Solidariedade usa suas rádios para “extorquir prefeito” no Pará.

A resposta de Wladimir Costa veio no mesmo nível. Ao pedir direito de resposta ao presidente do Conselho de Ética, José Carlos Araújo (PR-BA), o deputado do Solidariedade elevou os tons das críticas e começou com ataques pessoais contra Zé Geraldo.

Costa chamou o petista de “figura asquerosa, essa figura indigesta”, e ainda completou o chamando de “figura enojada” e dizendo que Zé Geraldo não merece representar o Pará na Câmara dos Deputados.  Para finalizar, o deputado do Solidariedade ainda disse para Zé Geraldo: “o senhor é um vagabundo, bandido”.

E as ofensas de Wladimir Costa não recaíram só em Zé Geraldo, a esposa do petista também sofreu acusações. Segundo o deputado do Solidariedade, a esposa do petista “assaltou e roubou o município de Medicilândia”.

Depois da fala de Costa, os gritos de ambas as partas surgiram e a discussão saiu do controle. Foi nesse momento que ofensas pingadas podiam ser ouvidas, como “rapariga é a tua mulher” e “eu tenho o triplo do seu voto”.


Confira o barraco:

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