Governo cortou R$ 5,3 milhões da Coordenação de controle e prevenção a Dengue, agora "mata" o mosquito virtualmente.


Vladimir Chaves


Na luta contra o mosquito Aedes aegypti – que transmite os vírus da dengue, chikungunya e zika – todos os sites do governo federal estão promovendo ação interativa que “mata” o mosquito Aedes aegypti. A iniciativa é mais um campanha de conscientização de forma online.

Nas páginas oficiais do Poder Executivo, há mosquitos “sobrevoando” os sites. Quando o internauta passa o mouse por cima surge uma raquete para “matar” o mosquito.

Ao clicar em cima do mosquito aparece um aviso: “Não adianta apenas matar o mosquito. Não podemos deixar ele nascer. E isso depende de todos nós. Saiba como fazer parte! #ZicaZero”.

Ao clicar neste alerta, o internauta é encaminhado para uma página, onde há informações gerais sobre as doenças, formas de prevenção e tratamento.

Os mosquitos só desaparecem da página depois que o usuário clica em algum dos mosquitos. Caso, ocorra uma atualização ou troca para uma “subpágina”, os mosquitos Aedes aegypti voltam a aparecer na parte superior da tela.

Apesar da boa vontade do governo e da “interatividade” da campanha, há outras iniciativas no combate à dengue. A iniciativa “Coordenação Nacional da Vigilância, Prevenção e Controle da Dengue”, por exemplo, perdeu R$ 5,3 milhões de dotação ao longo do ano passado.

Da dotação autorizada de R$ 8,9 apenas R$ 448,8 mil foram efetivamente gastos com o orçamento do ano. O valor liquidado, no entanto foi de R$ 8.8 milhões. A verba, de responsabilidade do Ministério da Saúde, deveria ser empregada no financiamento de estudos, pesquisas e na capacitação profissional para o combate à dengue.

Esse valor não corresponde ao total desembolsado pelo Ministério para ações que envolvam a dengue. Cerca de R$ 1 bilhão anuais são destinados aos estados e municípios, por meio do Piso Fixo de Vigilância e Promoção à Saúde. Porém, não é possível afirmar quanto do total é utilizado especificamente para a dengue.


Os recursos do piso são repassados para que os gestores locais adotem medidas de prevenção e controle de outras doenças além da dengue, como a malária e a doenças de chagas. Cabe ao gestor aplicar a verba de acordo com a realidade de cada localidade.



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