Israel declara estado de alerta de guerra após ataques terroristas do Hamas


Vladimir Chaves



Israel decretou o Estado de Alerta de Guerra depois de ter sido alvo de um ataque do Hamas, que diz ter disparado cinco mil rockets. O líder do braço armado do Hamas confirmou que o grupo lançou uma nova operação militar contra Israel.

Numa rara declaração pública, o líder do braço armado do Hamas, Mohammed Deif, disse que cinco mil foguetes foram disparados contra Israel durante a madrugada, para dar início à "Operação Tempestade Al-Aqsa".

"Este é o dia da maior batalha para acabar com a última ocupação na Terra", disse Deif. "Decidimos dizer basta", acrescentou, apelando a todos os palestinianos para confrontarem Israel.

Enquanto as sirenes de alerta soavam no sul e no centro de Israel, inclusive em Jerusalém, os militares israelitas decretaram estado de alerta de guerra. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu convocou uma reunião de emergência de autoridades de segurança.

Numa mensagem dirigida aos israelitas, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu disse que o país está em guerra e que o Hamas “pagará um preço sem precedentes”.

“Estamos em guerra e venceremos”, afiançou.

O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, disse que “o Hamas cometeu um grave erro ao lançar uma guerra contra o Estado de Israel”, garantindo que os soldados israelitas “estão a combater o inimigo em todos os locais”.

O exército de Israel anunciou que "um número desconhecido de terroristas" da Faixa de Gaza se infiltrou em território israelita e apelou aos residentes da região para permanecerem em casa. O ataque, que durou mais de uma hora, provocou pelo menos 22 mortos e mais de 500 feridos, segundo avançou o Ministério da Saúde de Israel.

Entre as vítimas está o chefe do Conselho Regional de Shaar HaNegev, em Israel.

 

As imagens mostram uma zona residencial em chamas, a 50 quilómetros a sul de Telavive. Há ainda alvos atingidos nas cidades de Kfar Aviv e Rehovot. Em Jerusalém, também soaram as sirenes de alarme.

Israel já mobilizou as forças de defesa e começou uma contra-ofensiva, bombardeando pelo ar várias instalações do Hamas na Faixa de Gaza, iniciando a operação "Espadas de Ferro".

"Atualmente, dezenas de aviões de guerra israelitas estão a atacar vários alvos pertencentes à organização terrorista Hamas na Faixa de Gaza", disse o Exército.

Centenas de palestinianos, essencialmente mulheres e crianças, estão já a fugir da Faixa de Gaza por receio de uma retaliação de Israel. Noutras zonas da Faixa de Gaza há também festejos para celebrar o ataque em curso.

Os lançamentos ocorreram após semanas de tensões ao longo da fronteira de Israel com Gaza e de pesados combates na Cisjordânia ocupada por Israel.

O incidente de hoje é o mais grave desde que Israel e o Hamas travaram uma guerra de dez dias em 2021, com a comunicação social israelita a relatar tiroteios entre bandos de combatentes palestinos e forças de segurança em cidades do sul de Israel.

Líderes europeus condenam ataques do Hamas

A União Europeia condenou os ataques do Hamas e manifestou “a sua solidariedade com Israel”, acreditando que o país tem “o direito de se defender”.

"Condeno inequivocamente o ataque levado a cabo pelos terroristas do Hamas contra Israel. Isto é terrorismo na sua forma mais desprezível. Israel tem o direito de se defender contra tais ataques hediondos", declarou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, numa mensagem publicada na rede social X (antigo Twitter).

0 comentários:

Postar um comentário