O senador Eduardo Girão
(Novo-CE) criticou a cassação do mandato do deputado federal Deltan
Dallagnol pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Para ele, Dallagnol
é vítima de um regime que classificou como “ditadura” e que está se
fortalecendo cada vez mais no país. Girão afirmou ter ficado estupefato
com o voto do ministro relator que afirmou que “houve uma antecipação da
demissão do cargo de procurador para evitar uma punição do CNMP [Conselho
Nacional do Ministério Público]".
Ele lembrou que Deltan
Dallagnol foi o deputado mais votado no Paraná, com mais de 349 mil votos e
absolvido de todas as acusações movidas pelo PT, PCdoB, PV e PMN, no Tribunal
Regional Eleitoral do Paraná. Girão observou que o procurador-geral
eleitoral também emitiu parecer favorável ao ex-procurador, confirmando decisão
do TRE do Paraná. Porém, destacou ele, o TSE ignorou todo o embasamento
jurídico de defesa, e precedentes do próprio órgão, e decidiu pela cassação do
deputado.
“Fizeram uma verdadeira
aberração, um malabarismo de um alinhamento estelar, tudo baseado em suposição,
para cassar esse cidadão exemplar, esse servidor público que mostrou para o
Brasil que é possível, sim, a Justiça ser para todos: corruptos poderosos, presos;
empresários poderosos, presos. Mas, como aconteceu na Operação Mãos Limpas, o
crime” reagiu.
O senador manifestou sua
perplexidade com o julgamento de um assunto complexo e com pena máxima, sendo,
como disse, concluído em apenas “um minuto e seis segundos”.
“Isso é coisa típica de um
tribunal de inquisição, que não leva em conta argumentos, mas sim versões e
narrativas que possam rapidamente condenar à fogueira aqueles que cometem o
atrevimento de se opor a esse sistema apodrecido” disse o senador.
0 comentários:
Postar um comentário