“Lula irá parar na cadeia”, afirma Ciro Gomes durante palestra em Portugal


Vladimir Chaves



Após um longo período de silêncio desde sua derrota nas últimas eleições presidenciais, Ciro Gomes (PDT) voltou a fazer críticas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Durante uma palestra na Universidade de Lisboa, na sexta-feira (12), o ex-ministro da Fazenda e ex-governador do Ceará foi categórico ao afirmar que a corrupção continua presente no governo, sustentada pelas Emendas parlamentares. Segundo ele, a Companhia do Vale do Rio São Francisco (Codevaf) está destinando recursos para obras superfaturadas no Amapá sem que o governo atual tome medidas para combater as irregularidades.

Ciro destacou que o Brasil não aprendeu com seus erros e ressaltou que Lula não quis promover mudanças, pois não possui compromisso com a transformação do país. Ele ainda criticou o modelo econômico adotado no Brasil desde a ditadura militar, que resultou em uma grande desigualdade social. Na visão dele, foi nesse contexto de desigualdade que Bolsonaro ganhou força e chegou à presidência.

O ex-ministro alertou para o risco de o fracasso do atual governo fortalecer uma “direita caricata” difícil de ser combatida, semelhante a Bolsonaro. Ele também criticou o acordo fechado pelo Palácio do Planalto em relação às reeleições de Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para as presidências da Câmara e do Senado, respectivamente. Ciro apontou que a lógica do Orçamento secreto continua presente e não pode ser vista como uma estratégia inteligente para garantir a governabilidade.

Em relação ao modelo econômico, Ciro comparou Lula e Bolsonaro, afirmando que ambos seguiram o mesmo padrão com políticas como teto de gastos, superávit primário, meta de inflação, câmbio flutuante e autonomia do Banco Central. Ele também criticou o atual ministro da Fazenda, Fernando Haddad, por estar “nas mãos dos banqueiros”.

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