Vereador defende que recursos da Zona Azul sejam geridos pela prefeitura.


Vladimir Chaves

Durante audiência pública na Câmara Municipal de Campina Grande, para tratar da destinação de cerca de 2 milhões arrecadados na Zona Azul da cidade, o vereador Lucas Ribeiro (PP), foi um dos poucos a questionar a destinação dos recursos públicos para apenas três entidades.

Ao contrário do que imagina o senso comum, o programa não é gerido pela prefeitura, mas por três entidades que arrecadam cerca de R$ 2 milhões por ano, repassando apenas 10% desse total à Superintendência de Trânsito e Transportes Públicos (STTP).

Na oportunidade, Lucas Ribeiro (PP) apontou, por meio de slides, um diagnóstico a respeito da administração da Zona Azul e fez um comparativo entre os valores arrecadados pelas três entidades que geram o sistema e instituições filantrópicas que recebem subvenções do Município.

Lucas mostrou que, enquanto a União Campinense de Equipes Sociais (UCES), a Cooperativa Paraibana de Pessoas com Deficiência (COPPD) e a Rede Nacional de Pessoas Vivendo com o HIV (RPN) arrecadam, reunidas, cerca de R$ 180 mil por mês, treze instituições beneficiadas com subvenções municipais angariam, juntas, apenas R$ 54 mil.

Em conjunto, UCES, COPPD e RPN beneficiam diretamente cerca de noventa pessoas, a maioria trabalhando nas ruas, empregadas na Zona Azul. Enquanto isso, a APAE, que vai receber R$ 8 mil por mês de subvenção, atende sozinha aproximadamente quinhentas crianças.


Diante desse quadro, o vereador Lucas Ribeiro sugeriu que o poder público municipal assuma a administração da Zona Azul. Para não prejudicar as pessoas que hoje trabalham no sistema, sugeriu também que todas tenham a garantia de manutenção do emprego, no mesmo serviço, e que os funcionários do sistema continuem sendo pessoas com deficiência, HIV e doenças raras.

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