No Nordeste, trabalhador rural sofre efeitos da crise gerada pelo governo do PT


Vladimir Chaves

Reduto eleitoral do PT, o Nordeste hoje é a região que mais sofre os efeitos da crise econômica gerada pelo partido. Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PNAD) do IBGE mostram que 2,3 milhões de brasileiros que tinham algum tipo de ocupação deixaram o mercado de trabalho entre o primeiro trimestre de 2014 e o primeiro trimestre de 2017. Deste total, 69% – 1,5 milhão de trabalhadores – estão no Nordeste. 

Cerca de 875 mil trabalhadores, atuavam nos setores agricultura, pecuária e pesca. Os dados incluem vagas formais, informais e trabalho por conta própria. Sendo assim, de cada três brasileiros que deixaram de ter uma ocupação desde a volta da crise econômica, um era trabalhador rural nordestino.

Para o mestre em economia pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e analista de políticas sociais do Ministério do Trabalho, Antônio de Pádua Melo Neto, os vínculos de trabalho ligados às atividades rurais, em sua maioria informal, estão sendo os mais devastados. “Na crise, o elo mais fraco é o que se rompe mais facilmente”, afirmou.

O texto informa que, do contingente total de 14 milhões de desempregados do país, quatro milhões estão no Nordeste. A Bahia lidera, com uma taxa de desocupados que chega a 18,6% da população na força de trabalho. Alagoas e Pernambuco vêm na sequência.

A região também foi a mais castigada pela crise econômica e pelos problemas climáticos em 2015 e 2016, anos em que o PT ainda estava no poder. Como resultado, o território viu seu Produto Interno Bruto (PIB) cair, em média, 4,3% ao ano.


Parte desse efeito é reflexo da queda nas transferências governamentais, das quais o Nordeste é altamente dependente. Segundo levantamento feito pela Tendência Consultoria Integrada, a renda do Bolsa Família teve queda média de 5,7% ao ano, entre 2015 e 2016.

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