Em depoimento aos
procuradores da Operação Lava Jato, o presidente da Odebrecht Ambiental,
Fernando Reis, disse que pagou R$ 800 mil ao vice-presidente do Senado, Cassio
Cunha Lima (PSDB), durante a campanha derrotada do parlamentar ao governo da
Paraíba. Segundo o executivo, o senador tomou a iniciativa de chamar o diretor
da companhia Alexandre Barradas ao seu gabinete no Congresso e pediu o dinheiro
pelo caixa 2 para a campanha, em troca de privatizar o sistema de água do
Estado caso fosse eleito com licitação direcionada para favorecer o grupo
empresarial.
As informações fazem parte
do conjunto de depoimentos dos executivos da empreiteira disponibilizados pelo
ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, relator da Operação Lava
Jato no STF. Reis lembrou no depoimento gravado em vídeo que o contato do
senador foi feito com o diretor Eduardo Barbosa que ficou encarregado da
negociação.
Cassio
Em vídeo divulgado na sua
rede social, o senador confirma que recebeu doação eleitoral da Braskem, mas
disse que foi de apenas R$ 200 mil. Na resposta ele garante que seu patrimônio
é compatível com sua renda e nega que tenha recebido dinheiro de caixa 2 para a
sua campanha. O valor, segundo o parlamentar, foi registrado na justiça
eleitoral. Nos laudos elaborados pela Polícia Federal, o registro da doação
neste valor está na prestação de conta do parlamentar.
Congresso em Foco
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