Delator da Odebrecht diz que deu R$ 800 mil a Cassio Cunha Lima, via caixa dois, na eleição de 2014


Vladimir Chaves

Em depoimento aos procuradores da Operação Lava Jato, o presidente da Odebrecht Ambiental, Fernando Reis, disse que pagou R$ 800 mil ao vice-presidente do Senado, Cassio Cunha Lima (PSDB), durante a campanha derrotada do parlamentar ao governo da Paraíba. Segundo o executivo, o senador tomou a iniciativa de chamar o diretor da companhia Alexandre Barradas ao seu gabinete no Congresso e pediu o dinheiro pelo caixa 2 para a campanha, em troca de privatizar o sistema de água do Estado caso fosse eleito com licitação direcionada para favorecer o grupo empresarial.

As informações fazem parte do conjunto de depoimentos dos executivos da empreiteira disponibilizados pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, relator da Operação Lava Jato no STF. Reis lembrou no depoimento gravado em vídeo que o contato do senador foi feito com o diretor Eduardo Barbosa que ficou encarregado da negociação.


Cassio

Em vídeo divulgado na sua rede social, o senador confirma que recebeu doação eleitoral da Braskem, mas disse que foi de apenas R$ 200 mil. Na resposta ele garante que seu patrimônio é compatível com sua renda e nega que tenha recebido dinheiro de caixa 2 para a sua campanha. O valor, segundo o parlamentar, foi registrado na justiça eleitoral. Nos laudos elaborados pela Polícia Federal, o registro da doação neste valor está na prestação de conta do parlamentar.


Congresso em Foco

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