Herança maldita: FPM da prefeitura de Campina bloqueado mais uma vez, devido a empréstimo milionário da gestão anterior.


Vladimir Chaves

Mais uma vez, uma parcela do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) de Campina Grande deste mês de novembro, na ordem de R$ 1,3 milhão, voltou a ser bloqueada sumariamente pela Caixa Econômica Federal. A medida, que atinge em cheio os cofres municipais campinenses num momento de grave retração de receitas, é resultado da conhecida “herança maldita” deixada pela gestão anterior: pagamento de parcela de um empréstimo de 6 milhões de dólares do Programa Nacional de Apoio à Gestão Administrativa e Fiscal dos Municípios Brasileiros (PNAFM).

Além de lamentar o novo desfecho contra o tesouro municipal, o secretário de Finanças, Joab Pacheco (foto), critica principalmente um fato grave: a contratação de um milionário empréstimo em dólares, em 2008, que nunca teve uma só parcela quitada pela gestão anterior que efetuou o negócio, para a prestação de um serviço e de estruturas que nunca foram honrados com o Município. “Dinheiro jogado fora”, resume Pacheco.


Apesar de firmado em 2008, o pagamento da primeira parcela, no valor fixo de 440 mil dólares, de fato só veio ocorrer em março de 2013 – logo no início da atual gestão da Prefeitura, segundo Joab Pacheco.Desde então, a cada seis meses, a Secretaria de Finanças é obrigada a reservar um volume de recursos para quitar o débito.Até o momento, a atual gestão pagou o montante de 2,3 milhões de dólares do compromisso, restando ainda 3,8 milhões de dólares “por um investimento inócuo para a administração pública, da forma como foi implantado”.

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