As tarifas de energia
podem subir até 40% em média este ano para compensar o fim dos repasses do
Tesouro Nacional para o setor e a redução de subsídios.
O custo do "realismo tarifário" foi
feito pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e apresentado à
presidente Dilma Rousseff durante a reunião feita na segunda-feira com os
ministros Eduardo Braga, de Minas e Energia, e Joaquim Levy, da Fazenda.
No encontro, a presidente
decidiu abandonar o pilar do "novo modelo do setor elétrico", criado
pelo próprio governo em 2012, que foi baseado em subsídios do Tesouro Nacional
à tarifa de energia. A ordem agora é que os custos sejam repassados às contas
de energia de todos os consumidores, mesmo depois de a presidente dizer durante
a campanha eleitoral que não faria um "tarifaço".
O percentual de 40% é uma média do que deve acontecer com as tarifas no setor. Isso quer dizer que em muitos mercados os reajustes serão ainda mais elevados, enquanto em outras regiões o percentual pode acabar sendo mais baixo. O aumento final dependerá também da revisão dos subsídios que o governo já anunciou e que pode reduzir os gastos do setor. "A presidente, na verdade, aceitou aumentar a inflação este ano", diz uma fonte do governo.
Outra despesa que será
incluída nas tarifas é o início do pagamento do empréstimo de R$ 17,8 bilhões
feito nos bancos no ano passado para cobrir o custo da energia mais cara gerada
pelas Termelétricas. As distribuidoras começarão a cobrar de seus clientes em
fevereiro e espera-se que arrecadem este ano R$ 1,2 bilhão apenas em 2015.
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