PPS aprova indicativo de apoio a candidatura de Eduardo Campos e Marina Silva a Presidência.


Vladimir Chaves

O PPS aprovou na noite deste sábado, durante o Congresso Nacional do partido, em São Paulo, um indicativo (Confira íntegra abaixo) para construir junto com Eduardo Campos (PSB), Marina Silva, e a Rede Sustentabilidade uma candidatura à Presidência da República. Foram 152 votos a favor da tese contra 98 da proposta de candidatura própria do partido. Uma terceira sugestão, de apoio ao candidato Aécio Neves (PSDB), foi retirada na última hora.

“A partir de agora, a unidade do PPS é que é o fundamental. Não tem nem derrotados nem vencedores”, conclamou o presidente nacional do PPS, deputado federal Roberto Freire (SP). O parlamentar aproveitou para elogiar a qualidade do debates neste fim de semana. “Eu quero trazer aqui a palavra de quem já participou de congressos, convenções e reuniões. Esta reunião foi uma das reuniões mais sérias e com maior respeitabilidade que o partido já presenciou.” Mais de 70 delegados fizeram intervenções durante todo o sábado para debater os rumos do partido em 2014. 

O posicionamento tirado é um indicativo de apoio, já que legalmente as convenções dos partidos acontecem no mês de junho. No entanto, é um sinalização clara dos rumos que o partido pretende tomar em 2014. A partir de agora, a direção nacional da legenda vai procurar Eduardo e Marina para começar a discutir uma agenda para Brasil que caminhe na direção da construção de uma nova maneira de fazer política, um novo modelo para economia e um novo modo de governar.

Ao defender o apoio a Aécio e Marina, Freire citou o “reencontro histórico” com um projeto de esquerda democrática. “É um reencontro com uma esquerda democrática na qual nós, a muito custo, ingressamos a partir da década de 1960. É um reencontro histórico inclusive na crise geral das esquerdas mundiais”, afirmou.

Já o deputado federal Arnaldo Jordy (PPS-PA), que foi escolhido para fazer a defesa da tese vencedora, destacou que o PPS precisava mudar o seu eixo de alianças e trabalhar para o fim dualidade entre o PT e o PSDB que há anos toma conta da política brasileira.

Para o parlamentar, até agora a candidatura que pode representar a mudança é a que está sendo construída pelo PSB e pela Rede. “O que é mais dinâmico no nosso entendimento é o que se expressa na candidatura de Eduardo e Marina. É esse eixo que está tentando construir uma nova agenda para o Brasil”, disse Jordy.

O presidente de PPS de São Paulo, deputado estadual Davi Zaia, afirmou que o objetivo do partido é “se somar ao PSB e a Rede para construir uma candidatura a presidente da República no rumo da construção de uma nova política, nova economia e novo governo”.

Zaia destacou que a proposta aprovada volta a ser debatida em março, durante uma pré-convenção eleitoral que o partido vai realizar. Outro ponto da proposta ressalta que o PPS vai nomear uma Comissão Eleitoral para analisar a situação nacional e de cada estado e fazer a discussão das melhores alternativas para o crescimento do PPS, principalmente considerando as alianças que o partido tem nos estados.

O congresso do partido prossegue neste domingo, a partir das 9 horas, no hotel Renaissance, em São Paulo, para eleger o novo diretório nacional do partido, aprovar resolução política e discutir a reforma do estatuto.

Resolução Indicativa sobre eleição de 2014 Eleitoral

1 - O PPS se soma ao PSB e REDE para construir uma candidatura a presidente da República no rumo da nova política, nova economia e novo governo para o Brasil.

2 - Nomeia uma Comissão Eleitoral para analisar a situação nacional e de cada estado e fazer a discussão das melhores alternativas para o crescimento do PPS, principalmente considerando as alianças que o partido tem nos estados.

3 - Convocam uma pré-convenção eleitoral para março de 2014 para decidir a aliança do partido

Brasília, 07 de dezembro de 2013

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