Portugal, Chile e Paraguai também vivem dias de mobilização


Vladimir Chaves

Enquanto o Brasil passava pelas suas maiores manifestações populares dos últimos 20 anos, em outros países protestos de grande escala também ocorriam.

Em Assunção, capital do Paraguai, na última sexta-feira, cerca de quatro mil pessoas se reuniram - declaradamente inspiradas pelos acontecimentos no Brasil - para protestar por melhores serviços do transporte urbano, contra o aumento que deputados haviam aprovado para suas próprias aposentadorias entre outras pautas. São as maiores manifestações desde o primeiro semestre do ano passado. Inicialmente, houve atos com críticas focadas nos senadores e deputados paraguaios e, após o golpe no presidente Lugo, as mobilizações pediam sua volta e questionavam o modelo pouco democrático do país.

No Chile, desde 13 de junho, diversas passeatas, paralisações e ocupações de escolas e universidades vêm ocorrendo, puxadas pelo movimento estudantil e sindicatos de professores, devido a recusa do governo em ampliar os direitos a uma educação pública e gratuita. Ontem o conflito se acirrou pela decisão do governo de desocupar todas as escolas para viabilizar a realização das primárias eleitorais chilenas. Mais de cem mil pessoas saíram às ruas de Santiago e foram registrados diversos confrontos e prisões.

Hoje, em Portugal, ocorre uma greve geral em resposta aos seguidos cortes orçamentários do governo, que atingem principalmente os direitos sociais, e reforçam o ciclo recessivo da economia, com o desemprego aumentando a cada mês, ao mesmo tempo que cresce o número de milionários no país. A taxa de adesão a essa greve, convocada pela CGTP, tem sido alta e paralisou a grande maioria das empresas e órgãos púbicos do país.

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