Por muitos anos vivi longe
da vontade de Deus, em uma busca constante por satisfação em fontes que jamais
saciaram minha sede. O mundo promete prazer, mas entrega apenas vazio; acena
com liberdade, mas aprisiona a alma. Quem vive afastado de Deus experimenta uma
inquietação contínua: a consciência não encontra alívio e o coração não
encontra paz. É exatamente isso que o profeta Isaías declara: “Os ímpios,
diz o meu Deus, não têm paz” (Isaías 57:21).
Quando escolhemos viver
imersos no pecado, nossa mente é assolada por culpas, medos, ansiedades e
depressões. O sono até pode vir, mas não é repousante; o corpo até descansa,
mas não se restaura, porque a alma permanece inquieta. A falta de paz nos consome
silenciosamente, como um veneno que percorre as veias, roubando a serenidade
interior. A ausência da presença de Deus abre espaço para a ansiedade, o peso
da consciência e a sensação de vazio que nenhum bem material ou prazer terreno
pode preencher.
Por outro lado, a Palavra
revela que o verdadeiro descanso está em Cristo. Ele mesmo convidou: “Vinde
a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei” (Mateus
11:28). O mundo alimenta a carne, mas somente Jesus alimenta a alma.
A inquietação de quem anda
na contramão da vontade de Deus é a prova de que fomos criados para viver em
aliança com o Criador. Fora desse propósito, nada faz sentido, e, em fuga,
muitos recorrem a vícios para disfarçar e amenizar a dor interior.
Somente quando nos
entregamos ao Senhor encontramos a verdadeira paz.
“Em paz me deito e logo adormeço, porque só tu, Senhor, me fazes repousar
seguro” (Salmo 4:8).
Sou testemunha de que o
verdadeiro repouso da mente e do corpo não está em uma vida sem problemas
financeiros, mas em uma vida reconciliada com Deus. A vida sem Cristo
escraviza, mas a presença de Cristo liberta.
Viver em conformidade com a
vontade de Deus é caminhar em direção ao descanso verdadeiro, não apenas
físico, mas também ao descanso eterno prometido aos que permanecem em Cristo.
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