Impulsionado pela queda de
popularidade apontada nas últimas pesquisas de avaliação, o presidente Luiz
Inácio Lula da Silva (PT) tem intensificado as negociações com partidos para
concretizar a reforma ministerial. Até agora, apenas o convite à deputada federal
e presidente do PT, Gleisi Hoffmann, foi oficializado, mas interlocutores
próximos ao presidente afirmam que a reforma deverá ocorrer nas próximas
semanas. A deputada irá ocupar a Secretaria-Geral da Presidência, no lugar de
Márcio Macêdo.
Vivendo o pior momento de
suas três gestões, o petista conta com 41% de avaliação negativa e 33% de
avaliação regular, segundo pesquisa do Datafolha. Como consequência, as apostas
para a Esplanada dos Ministérios diminuíram. Há poucas semanas, as vagas eram
cobiçadas pelos partidos de centro; hoje, é o Centrão que avalia se vale a pena
ou não entrar no governo e se aproximar do presidente.
O Republicanos, sigla do
presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, que antes brigava por mais
espaço, recuou e deve permanecer apenas com o Ministério de Portos e
Aeroportos, comandado por Silvio Costa. No fim de semana, Lula acenou ao
partido elogiando publicamente o ministro, enquanto criticava outras de suas
escolhas.
Um dos nomes certos na
nova etapa de Lula 3 é o do senador Rodrigo Pacheco (PSD/MG), que deve assumir
o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, no lugar do
vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), que ficará sem ministério.
Ministério da Saúde
Troca dada como certa é a
ida de Alexandre Padilha para o Ministério da Saúde, no lugar de Nísia
Trindade. A avaliação no Planalto é que a pasta, que possui um dos maiores
orçamentos da Esplanada dos Ministérios, não conseguiu avançar com programas
que Lula deseja utilizar como vitrine de seu terceiro mandato.
“Eu descobri na reunião
[ministerial] que o ministério do meu governo não sabe o que nós estamos
fazendo. Se o ministério não sabe, o povo muito menos”, declarou Lula durante o
aniversário de 45 anos do PT, em São Paulo, neste final de semana.
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