Quando a consciência fala, é Deus tocando o coração


Vladimir Chaves

“Pois mostram a obra da lei em seus corações, testificando juntamente a sua consciência, e os seus pensamentos, quer acusando-os, quer defendendo-os” Romanos 2:15

Muitos tentam decidir o que é certo ou errado baseado apenas em sentimentos ou opiniões. Mas a Bíblia nos lembra, em Romanos 2:15, que Deus colocou a sua lei dentro de cada um de nós. Mesmo quem nunca leu as Escrituras sente, lá no íntimo, quando faz algo errado; é a consciência, esse “juiz interior” que nos acusa ou nos defende.

Essa voz silenciosa é a lembrança de que fomos criados à imagem de Deus. Ela nos chama de volta ao caminho certo quando erramos, e nos traz paz quando fazemos o que é bom. Mas, nos dias de hoje, muitas pessoas ignoram essa voz, distraídas por tantas opiniões, desejos e pressões do mundo.

Quando insistimos em não ouvir a consciência, ela vai se tornando fraca e insensível. E é aí que o pecado se disfarça de liberdade, e o erro parece normal. Por isso, precisamos alimentar a consciência com a Palavra de Deus, para que ela continue sendo uma bússola segura em meio a tantos enganos.

Deus ainda fala, e muitas vezes fala dentro de nós. Toda vez que sentimos aquele incômodo por algo errado, ou uma paz profunda por fazer o bem, é Ele nos lembrando: “A minha lei está escrita no teu coração.”

A consciência é um presente divino. Quando você a escuta, você ouve um pouco da voz de Deus.

segunda-feira, 3 de novembro de 2025

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O verdadeiro sacrifício que agrada a Deus


Vladimir Chaves

(Reflexão sobre Salmo 50:9–23)

Muitas pessoas pensam que agradar a Deus é apenas frequentar cultos, cumprir rituais ou fazer promessas. Mas neste salmo, o próprio Deus deixa claro: Ele não precisa das nossas coisas, mas do nosso coração.

O Senhor diz que todos os animais, as montanhas e os campos já pertencem a Ele. Ou seja, Deus não precisa do que oferecemos, Ele quer quem oferece.

O que realmente toca o coração de Deus é uma vida grata, sincera e obediente. Quando o salmista escreve: “Oferece a Deus sacrifício de ações de graças”, ele está dizendo que o verdadeiro culto é viver com gratidão, mesmo quando as coisas não estão bem.

Deus também convida: “Invoca-me no dia da angústia; eu te livrarei, e tu me glorificarás.”

Isso mostra que Ele quer intimidade e confiança, não apenas palavras bonitas.

Mas o salmo também traz um alerta. Deus fala aos que falam d’Ele, mas não vivem o que dizem. Pessoas que citam a Bíblia, mas desprezam a obediência, mentem, julgam e praticam o mal.

O Senhor vê tudo e, mesmo quando parece calado, não é porque aprova, é porque está dando tempo para o arrependimento.

No fim, Deus resume o que realmente importa:

“O que me oferece sacrifício de louvor, esse me glorificará; e ao que bem ordena o seu caminho, eu mostrarei a salvação de Deus.”

Essa é a essência da fé: louvar com a vida, andar em retidão e buscar a presença de Deus em todo tempo.

Não é o tamanho da oferta, nem a aparência da fé que agrada ao Senhor, mas um coração verdadeiro.

Quando vivemos com gratidão e sinceridade, nossa vida se torna o altar onde Deus é adorado todos os dias.

domingo, 2 de novembro de 2025

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O poder da obediência


Vladimir Chaves


Nem sempre é o barulho que traz a vitória, mas a obediência à voz de Deus. A história da queda das muralhas de Jericó nos ensina isso de forma clara. Não foi o som do grito do povo de Israel que fez as muralhas ruírem, mas o ato de obedecer exatamente ao que o Senhor havia ordenado.

“Então o povo gritou, e os sacerdotes tocaram as trombetas. E sucedeu que, ouvindo o povo o sonido da trombeta, gritou com grande brado, e o muro caiu abaixo...” (Josué 6:20)

Antes do grito, houve dias de obediência silenciosa. O povo marchou em volta da cidade por seis dias, uma vez a cada dia, conforme a instrução divina. No sétimo dia, deram sete voltas e só então gritaram, no tempo determinado por Deus. O grito teve poder porque foi precedido pela submissão à Palavra.

Hoje, muitos gritam, oram alto, clamam, fazem campanhas... mas nada acontece, porque falta o principal: obedecer à Palavra de Deus. O Senhor não se move por barulho, mas por corações que o obedecem.

“Se quiserdes e me ouvirdes, comereis o melhor desta terra.” (Isaías 1:19)

A obediência é o segredo que abre portas e derruba muralhas. O grito sem obediência é vazio, mas a fé que obedece em silêncio tem poder.

“Obedecer é melhor do que sacrificar.”  (1 Samuel 15:22)

Antes de gritar por uma vitória, pergunte-se: tenho obedecido ao que Deus me mandou fazer?

A muralha de Jericó não caiu por emoção, mas por submissão. O verdadeiro milagre acontece quando o povo deixa de agir por impulso e começa a agir por direção divina.

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Busque a Jesus enquanto se pode achar


Vladimir Chaves


"Buscai ao Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto" Isaías 55:6

Vivemos tempos acelerados. Tudo é urgente: trabalho, compromissos, contas, redes sociais. Sempre há algo pedindo nossa atenção. Mas, no meio de tantas vozes, há uma voz mais suave, que continua chamando: “Vem a mim.”

Muitos pensam que podem buscar a Deus “quando sobrar tempo”, “quando se aposentarem”, ou “quando a vida estiver mais tranquila”. Mas a verdade é que a vida não espera. Os dias passam, as oportunidades vão embora, e o coração pode se endurecer com o tempo.

Deus ainda está perto, oferecendo perdão, paz e uma nova chance de recomeçar. Mas essa porta não ficará aberta para sempre. Não porque Deus deixe de amar, mas porque cada um de nós tem um tempo limitado aqui.

Buscar a Jesus não é se afastar do mundo, e sim viver com propósito dentro dele. É ter um coração em paz mesmo quando tudo está incerto. É encontrar sentido nas lutas e consolo nas lágrimas. É saber que, por pior que seja o dia, você não está sozinho.

Hoje, Ele te chama de novo. Não com imposição, mas com amor. Não com medo, mas com esperança. Não com condenação, mas com braços abertos.

Não espere o “momento certo”; o momento certo é agora.

Busque a Jesus enquanto ainda há tempo, porque Ele continua perto, pronto para transformar sua vida por completo.

sábado, 1 de novembro de 2025

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Toda a Escritura é inspirada por Deus


Vladimir Chaves

“Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça.” 2 Timóteo 3:16

Vivemos tempos em que a informação está em todos os lugares (redes sociais, notícias, opiniões, vídeos, podcasts). Todos falam, todos ensinam, todos “sabem”. Mas no meio de tantas vozes, é fácil se perder e esquecer qual delas realmente traz vida.

A Bíblia, muitas vezes esquecida ou vista apenas como um livro antigo, continua sendo a única palavra que não muda com o tempo. Ela é tão atual hoje quanto foi no dia em que foi escrita.

Quando Paulo disse a Timóteo que “toda a Escritura é inspirada por Deus”, ele estava lembrando que a Bíblia não é apenas um registro humano sobre Deus, mas uma revelação divina para o ser humano. É como se o próprio Deus tivesse soprado vida em cada palavra.

Nos dias de hoje, em meio a tantas ideias distorcidas sobre certo e errado, a Palavra de Deus continua sendo a bússola segura. Ela ensina quando precisamos aprender, repreende quando erramos, corrige quando nos desviamos e instrui quando queremos viver de forma justa.

Não há aplicativo, livro ou conselho humano que substitua o poder transformador das Escrituras.

Ler a Bíblia hoje é como abrir uma janela para o coração de Deus em meio à confusão do mundo.

Ela continua sendo a voz que diz: “Este é o caminho, andai por ele.” (Isaías 30:21)

Por isso, mais do que nunca, precisamos voltar à Palavra.

Não para apenas lê-la, mas para permitir que ela nos leia, que revele quem somos e quem Deus quer que sejamos.

Em tempos de tantas verdades fabricadas, a Bíblia permanece sendo a única verdade que liberta.

sexta-feira, 31 de outubro de 2025

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Quando os olhos não veem, a fé enxerga


Vladimir Chaves


A história de Eliseu em 2 Reis 6:14-17 é um lembrete poderoso de que há batalhas que não se vencem com os olhos, mas com o coração. Quando o servo do profeta se desesperou ao ver a cidade cercada por um grande exército inimigo, Eliseu permaneceu calmo. Ele sabia que havia algo maior acontecendo, algo que o olhar humano não podia alcançar.

Com uma simples oração, Eliseu pediu: “Senhor, abre os olhos dele para que veja.” E, de repente, o jovem enxergou os exércitos celestiais, carros e cavalos de fogo ao redor. O que antes parecia derrota se revelou como proteção divina.

Eliseu não empunhava espada, mas dobrava os joelhos. Sua força estava na presença e no poder de Deus, não naquilo que podia controlar. E naquele instante, os anjos ao redor pareciam sussurrar:

“Você nunca está sozinho.”

Assim também é conosco. Às vezes, tudo o que vemos são os inimigos, os problemas e as incertezas que nos cercam. Mas há um exército invisível lutando por nós, e um Deus que nunca nos abandona.

Enquanto aguardamos a volta do Senhor, que possamos lutar como Eliseu: não com força humana, mas com fé, oração e confiança naquele que vê o que nós não vemos. Porque mesmo quando tudo parece perdido, o céu ainda está em guerra a nosso favor.

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Tem muita gente com a lâmpada bonita, mas o azeite acabou faz tempo.


Vladimir Chaves

Muitos hoje vivem de aparência espiritual (palavras bonitas, gestos religiosos, postagens com versículos), mas o coração está vazio, sem comunhão, sem fogo, sem presença. A lâmpada até parece acesa por fora, mas o azeite, que simboliza o Espírito Santo, há muito se esgotou.

Jesus contou uma parábola sobre isso: “As loucas, tomando as suas lâmpadas, não levaram azeite consigo; mas as prudentes levaram azeite em suas vasilhas com as suas lâmpadas.” (Mateus 25:3-4). Quando o Noivo chegou, apenas as que estavam preparadas, com azeite de reserva, entraram para as bodas.

Não basta ter aparência de fé; é preciso intimidade com Deus, vida no altar e constância na oração. O Senhor não se impressiona com o que é exterior; Ele vê o coração. “O homem vê o que está diante dos olhos, porém o Senhor olha para o coração.” (1 Samuel 16:7).

É tempo de reabastecer o vaso, de buscar mais da presença, de se encher novamente do Espírito Santo. Porque o azeite não é comprado com dinheiro, mas com entrega, arrependimento e busca genuína.

O apóstolo Paulo nos lembra: “Não apagueis o Espírito.” (1 Tessalonicenses 5:19). Manter a chama acesa exige renúncia, vigilância e amor constante por Jesus.

Quando o Noivo vier, e Ele virá, só vai brilhar quem manteve o fogo aceso, quem viveu não de aparência, mas de presença.

Reabasteça o vaso. O Noivo está às portas.

 

#Vigiai #PresençaDeDeus #AzeiteDoEspírito #FogoNoAltar   #DeusFala

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Halloween: Quando as trevas tentam se disfarçar de inocência


Vladimir Chaves

O chamado Halloween é, para muitos, apenas uma “brincadeira inocente”, mas, na verdade, é uma celebração com raízes profundas no paganismo. Sua origem remonta à antiga festa celta do Samhain, realizada há mais de 2.000 anos nas regiões que hoje conhecemos como Irlanda, Reino Unido e norte da França. Naquela época, acreditava-se que, na noite de 31 de outubro, o mundo dos mortos se misturava ao dos vivos; e, para se proteger, as pessoas acendiam fogueiras e usavam fantasias para espantar os espíritos.

Mas o que parecia proteção era, na verdade, invocação. O Halloween nasceu de uma celebração à morte, ao medo e às trevas, o oposto do que o Evangelho ensina.

“Porque todos vós sois filhos da luz e filhos do dia; nós não somos da noite nem das trevas.” (1 Tessalonicenses 5:5)

Uma cultura que exalta as trevas

Hoje, essa festa é apresentada de forma lúdica às crianças, com fantasias, doces e filmes divertidos. Mas por trás das máscaras e decorações há um ensino silencioso e perigoso: o de que o medo é divertido, que a morte é um jogo e que o mal pode ser tratado com leveza.

Ao celebrar o Halloween, direta ou indiretamente, muitos acabam exaltando a violência, a mentira, o sangue, o terror e o desprezo pela vida, valores totalmente contrários aos princípios do Reino de Deus.

“Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem mal; que fazem da escuridade luz, e da luz escuridade...” (Isaías 5:20)

O que devemos ensinar às crianças?

As crianças cristãs devem aprender sobre a vida, a bondade, o amor e a luz de Cristo, e não sobre o medo e a escuridão. Jesus nos ensinou a sermos luz do mundo (Mateus 5:14) e isso significa refletir o caráter de Deus em tudo o que fazemos, inclusive nas festas que escolhemos participar.

Em vez de ensinar o medo, devemos ensinar a coragem que vem da fé; em vez de brincar com a morte, devemos celebrar a vida eterna que recebemos em Cristo.

“Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida.” (João 8:12)


Um chamado à separação


O apóstolo Paulo nos alerta: “Que comunhão há entre a luz e as trevas?” (2 Coríntios 6:14)

O cristão é chamado a ser separado, a viver de modo diferente do mundo. Participar de festas que têm origem nas trevas é negar, ainda que de forma inconsciente, o Deus que é luz.

Não se trata de fanatismo, mas de discernimento espiritual. Uma sociedade que deseja preservar valores cristãos não pode celebrar o que nasceu para exaltar as trevas.

Enquanto o mundo veste fantasias e ri do medo, nós somos chamados a proclamar que Jesus venceu a morte. Ele é a verdadeira luz que dissipa toda escuridão.

“O ladrão não vem senão para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância.” (João 10:10)

Em vez de ensinar nossos filhos a pedir “doces ou travessuras”, ensinemos a doçura do Espírito; o amor, a paz, a bondade e a fé.

Porque, no fim, quem celebra a luz jamais se encantará com as trevas.

quinta-feira, 30 de outubro de 2025

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Cuidar da alma: o caminho para a paz presente e a glória eterna


Vladimir Chaves

Cuidar da alma é mais do que um dever cristão; é uma atitude essencial para quem deseja viver com estabilidade espiritual e desfrutar de uma eternidade repleta de alegria e paz. Assim como o corpo precisa de alimento e descanso, a alma precisa de atenção, comunhão com Deus e renovação diária na presença do Senhor.

Esse cuidado traz benefícios que se manifestam tanto agora, na vida presente, quanto na eternidade.

Benefícios no presente:

Perseverança nas provações.

Uma alma bem cuidada aprende a confiar e descansar no Senhor, mesmo quando tudo parece desabar ao redor. O cristão que cultiva sua vida interior encontra forças em Deus para enfrentar as adversidades com fé e esperança. Essa confiança firme não depende das circunstâncias, mas da certeza de que o Senhor está no controle de todas as coisas.

Sabedoria para viver segundo Deus.

A meditação e a obediência à Palavra produzem discernimento, autocontrole e sensatez. Quem dedica tempo à oração e ao estudo das Escrituras desenvolve um coração sábio, capaz de refletir o caráter de Cristo em suas atitudes e escolhas diárias. Assim, aprende a trilhar caminhos de justiça, bondade e amor, mesmo em meio a um mundo confuso e instável.

Paz e contentamento duradouros.

Jesus prometeu descanso às almas cansadas (Mt 11.29). Quem vive em comunhão constante com Ele encontra serenidade, gratidão e liberdade do medo. Essa paz interior é sinal de uma alma firmada na graça de Deus (Fp 4.7) — uma paz que não se abala diante das tempestades da vida, mas permanece porque tem suas raízes no amor divino.

Benefícios para a eternidade

Preservação para a vida eterna.

“Nós não somos dos que retrocedem para a perdição, mas dos que têm fé para a conservação da alma” (Hb 10.39). O cristão que zela pela sua fé e permanece firme em Cristo é guardado para o dia da redenção. A perseverança hoje garante a segurança de amanhã.

Comunhão plena com Deus.

O cuidado espiritual não é um fim em si mesmo, mas um caminho que conduz à meta suprema: a salvação da alma (1Pe 1.9). A recompensa maior é estar para sempre com o Pai, vivendo em perfeita comunhão, paz e adoração.

Participação na glória futura.

“E assim estaremos para sempre com o Senhor” (1Ts 4.17). O esforço diário para manter a alma saudável prepara o cristão para um futuro de glória e alegria eterna, onde não haverá dor, medo nem separação.

Cuidar da alma é investir no que realmente importa. É permitir que Deus molde o coração, fortaleça a fé e conduza à verdadeira paz; aquela que não depende das circunstâncias, mas brota de um relacionamento íntimo com o Criador.

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Separação não é rejeição, é propósito


Vladimir Chaves


“Saí do meio deles e separai-vos, diz o Senhor; não toqueis nada impuro, e eu vos receberei.” (2 Coríntios 6:17)

Muitas vezes, o que parece rejeição é, na verdade, um ato de amor de Deus. Ele não está te excluindo, está te separando. Há momentos em que Deus nos retira de certos ambientes, relacionamentos e caminhos, não porque não somos bons o suficiente, mas porque não cabemos mais naquele lugar.

A separação dói, o afastamento confunde, e o silêncio de algumas pessoas pode machucar. Mas é nesse processo que Deus trabalha de forma mais profunda. Ele está te conduzindo a um novo nível, e nem todos poderão te acompanhar nessa jornada.

Quando portas se fecham, convites cessam e alguns vínculos se rompem, não veja como perda. Veja como direcionamento divino. Deus sabe o que está fazendo. Ele te prepara em silêncio, te fortalece no escondido e, no tempo certo, te manifesta para cumprir o propósito que Ele mesmo desenhou para a tua vida.

Não lute para permanecer onde Deus já te chamou para sair. O que Ele tem à frente é maior do que o que ficou para trás. Separação é o caminho da consagração, e consagração é o caminho da promessa.

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Persevere e não volte atrás.


Vladimir Chaves



Há momentos na vida em que a caminhada com Deus parece difícil. O vento sopra contra, as forças diminuem e, por um instante, pensamos em desistir. Mas a Palavra nos lembra algo precioso:

“Nós não somos dos que retrocedem para a perdição, mas dos que creem para a salvação da alma.” — Hebreus 10:39

Deus nos chama para seguir em frente, mesmo quando o caminho é estreito. Retroceder é abrir mão daquilo que já conhecemos: o amor, a graça e a fidelidade do Senhor.

Mas quem continua crendo, mesmo cansado, mostra que sua fé é viva e verdadeira.

A fé não é apenas acreditar quando tudo vai bem. É confiar quando tudo parece difícil. É permanecer firme, lembrando que Deus não esquece de quem anda com Ele.

Cada passo dado na direção certa é um ato de fé, e cada ato de fé aproxima mais do propósito de Deus.

Portanto, não volte atrás.

Não desista daquilo que Deus já começou em você.

Você não é dos que retrocedem.

Você é dos que creem, dos que perseveram, dos que alcançam a vida eterna.

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O poder do testemunho cristão, negligenciado em muitas igrejas


Vladimir Chaves

A Bíblia ensina que fomos chamados para sermos testemunhas de Cristo e que recebemos poder do Espírito Santo para cumprir essa missão. Cada pessoa que entregou a vida a Jesus tem uma história única: o momento do encontro com o Salvador, as transformações que Ele realizou e o caminho de fé que vem sendo trilhado desde então. Esse relato pessoal, conhecido como testemunho, é uma poderosa ferramenta de evangelismo; simples, verdadeira e profundamente impactante.

Infelizmente, em muitas igrejas, o testemunho tem sido negligenciado. A religiosidade e o formalismo de alguns líderes os fazem ignorar algo que a própria Palavra de Deus valoriza. Jesus, por exemplo, orientou um novo convertido a voltar para casa e contar o que o Senhor havia feito por ele (Marcos 5:18-19). O apóstolo Paulo também fazia o mesmo: por onde passava, compartilhava sua história de conversão, mostrando como Cristo o transformou (Atos 22:3-21; 26:12-29). E a mulher samaritana, após encontrar-se com Jesus, levou muitos ao Messias apenas com o poder do seu testemunho (João 4:39).

Esses exemplos mostram que o testemunho não é apenas uma lembrança pessoal; é uma mensagem viva do Evangelho. No entanto, muitos cristãos perdem o poder de sua pregação porque suas atitudes não refletem o Deus que anunciam. A vida fala mais alto que as palavras. Quando o comportamento contradiz a mensagem, o evangelismo perde força e credibilidade.

Por isso, a Bíblia nos chama a sermos “cartas vivas” (2 Coríntios 3:2-3), ou seja, pessoas em quem os outros possam ler a mensagem de Cristo através do modo de viver. Pedro também orienta que o testemunho silencioso de uma vida coerente pode ganhar até os corações mais duros (1 Pedro 3:1-2).

Devemos lembrar que uma boa mensagem pode ser contaminada pela má fama de quem a anuncia (Eclesiastes 10:1). Assim, o testemunho não é apenas o que dizemos, mas o que demonstramos em cada atitude, em cada escolha, em cada palavra.

O mundo precisa ver cristãos autênticos, que vivem o que pregam e que deixam a luz de Cristo brilhar através de suas histórias. O testemunho é mais que um relato, é uma prova viva do poder transformador de Jesus.

quarta-feira, 29 de outubro de 2025

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Pregue a Palavra com fidelidade e coragem


Vladimir Chaves

O apóstolo Paulo, em sua carta a Timóteo, deixou uma das instruções mais profundas sobre o ministério cristão:

“Prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não; corrige, repreende, exorta com toda longanimidade e doutrina.” (2 Timóteo 4:2)

Essas palavras são um lembrete de que o verdadeiro ministério não gira em torno de opiniões pessoais, ideias modernas ou tradições humanas. A base da pregação deve ser a Palavra de Deus; viva, eterna e suficiente.

Paulo sabia que chegaria o tempo em que muitos prefeririam ouvir mensagens agradáveis, mas superficiais. Por isso, ele exorta Timóteo (e também a nós) a permanecer firme, mesmo quando a verdade não é popular. Pregar a Palavra é um ato de coragem e amor, porque quem anuncia a verdade não busca agradar aos homens, e sim ser fiel a Deus.

Corrigir, repreender e exortar exige paciência e sabedoria. É ensinar com longanimidade, suportando as resistências, e com doutrina, ou seja, com base sólida nas Escrituras. O pregador fiel não inventa mensagens, ele transmite aquilo que Deus já revelou.

Em tempos de tantas vozes e opiniões, somos chamados a permanecer ancorados na verdade. Que nossa voz ecoe a voz de Cristo, e que cada palavra anunciada nasça do coração de Deus e da fidelidade à sua Palavra.

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A liberdade que a religião não entende


Vladimir Chaves

A liberdade de quem vive o Evangelho de verdade sempre incomodou os religiosos. Desde os dias de Jesus, a palavra liberdade soava perigosa demais para aqueles que construíram sua fé em torno do controle. A religião tenta moldar pessoas obedientes, mas o Evangelho busca corações transformados.

Os fariseus, por exemplo, se escandalizavam ao ver Jesus se assentar com pecadores, curar no sábado ou perdoar quem, pela lei, deveria ser condenado. Eles não conseguiam compreender que a verdadeira santidade não nasce da rigidez das regras, mas da transformação que vem da graça. Jesus veio para libertar o homem, não apenas das correntes do pecado, mas também do peso da religião sem vida.

“Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres.” (João 8:36)

A graça é escandalosa justamente porque não pede permissão às tradições humanas. Ela não negocia com a culpa, não exige penitências para conceder perdão. Ela simplesmente oferece liberdade. E isso assusta quem aprendeu a servir por medo e não por amor.

Enquanto a religião busca controlar, o Evangelho convida a amar. A religião impõe fardos, o Evangelho remove pesos. A religião exige sacrifícios, o Evangelho apresenta o sacrifício já consumado na cruz.

“Foi para a liberdade que Cristo nos libertou. Permanecei, pois, firmes e não vos submetais, de novo, a um jugo de escravidão.” (Gálatas 5:1)

Quem vive o Evangelho entende que a obediência não nasce da imposição, mas da gratidão. Somos livres não para viver no pecado, mas para viver em Cristo; sem medo, sem culpa, com o coração rendido à graça.

“Onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade.” (2 Coríntios 3:17)

A liberdade do Evangelho não é rebeldia contra Deus, é o retorno ao propósito original: viver guiado pelo Espírito, não por regras mortas. É a liberdade que transforma o servo em filho e o pecador em nova criatura.

“Se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que tudo se fez novo.” (2 Coríntios 5:17)

No fim, é por isso que o Evangelho verdadeiro ofende os religiosos: porque ele mostra que Deus não quer apenas comportamentos corretos, mas corações livres.

terça-feira, 28 de outubro de 2025

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Os principais atributos da alma: Pensar, sentir e escolher à luz da Palavra de Deus


Vladimir Chaves

A alma humana é uma dádiva divina que nos torna únicos. Ela reflete quem somos no mais profundo do ser; o lugar onde nascem nossos pensamentos, emoções e decisões. A Bíblia mostra que Deus nos criou com propósito e consciência: “Então formou o Senhor Deus o homem do pó da terra, e soprou em suas narinas o fôlego da vida, e o homem foi feito alma vivente” (Gênesis 2:7).

Intelecto — A mente que busca compreender a verdade

O intelecto é a capacidade de pensar, raciocinar e compreender. Por meio dele, aprendemos, lembramos e desenvolvemos sabedoria. Deus nos convida a usar a mente para conhecê-lo e discernir o bem:

“Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” (Romanos 12:2)

Pensar segundo a Palavra é o que liberta e fortalece o cristão. Quando a mente é guiada pelo Espírito Santo, o raciocínio humano se torna instrumento para a verdade e não para o erro.

Emoções — O coração que sente a vida

As emoções são as expressões mais puras da alma. Alegria, tristeza, amor e compaixão revelam nossa sensibilidade diante das experiências da vida. Jesus, sendo o Filho de Deus, também sentiu: chorou, se alegrou, se compadeceu.

“Jesus chorou.” (João 11:35)

“Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: alegrai-vos.” (Filipenses 4:4)

Deus não nos criou para reprimir sentimentos, mas para que eles fossem guiados pela sua presença. Quando as emoções se submetem ao Espírito, a alma encontra equilíbrio e paz.

Vontade — O poder de escolher o caminho certo

A vontade é o atributo que nos torna moralmente responsáveis. É o poder de decidir, o dom do livre-arbítrio. Cada escolha reflete o estado do nosso coração e o que domina nossa alma.

“Hoje te proponho a vida e o bem, a morte e o mal... escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e a tua descendência.” (Deuteronômio 30:15,19)

Escolher o bem é escolher Deus. A vontade humana deve se alinhar à vontade divina, como fez Jesus no Getsêmani:

“Pai, não se faça a minha vontade, mas a tua.” (Lucas 22:42)

A alma é o centro da nossa existência; pensa, sente e decide. Quando o intelecto é iluminado pela verdade, as emoções são curadas pelo amor e a vontade é submissa a Deus, o ser humano alcança plenitude espiritual.

“Amarás, pois, o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento.” (Mateus 22:37)

Que nossa alma, em cada pensamento, sentimento e decisão, glorifique ao Criador que nos formou para viver em comunhão com Ele.

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Sinais dos tempos e o chamado à vigilância — Uma reflexão sobre Mateus 24


Vladimir Chaves

Quando Jesus se sentou com Seus discípulos no Monte das Oliveiras e falou sobre o futuro, Ele não estava apenas descrevendo eventos distantes. Suas palavras em Mateus 24 são como um espelho que reflete os dias em que vivemos. Guerras, injustiças, enganos e desastres sempre existiram, mas hoje tudo parece se intensificar diante de nossos olhos; e isso não é por acaso.

Jesus nos alertou: “Vede que ninguém vos engane... e ouvireis de guerras e rumores de guerras, mas ainda não é o fim.” (Mt 24:4-6)

Essas palavras soam familiares, não é? Vivemos um tempo em que as pessoas se enganam facilmente; seja por falsas promessas, líderes religiosos sem amor ou ideias que distorcem a verdade. A fé tem sido testada. Muitos perdem o amor, outros desanimam, e alguns trocam a esperança eterna por distrações passageiras.

Mas Jesus disse que tudo isso seria “o princípio das dores”. Ele não quer nos assustar, e sim nos despertar. Cada terremoto, cada conflito e cada crise espiritual nos lembram de que o mundo está caminhando para um desfecho, e que o Reino de Deus se aproxima.

A grande tribulação e a fé nos dias difíceis

Jesus falou também sobre um tempo de grande tribulação, em que muitos se escandalizariam e o amor esfriaria.

Olhe ao redor: nunca se falou tanto sobre amor, mas nunca se viveu tão pouco dele. Há divisão nas famílias, violência nas ruas, egoísmo nas relações e frieza dentro de muitos corações.

Essa realidade cumpre o que o Senhor previu. Mas Ele também prometeu: “Aquele que perseverar até o fim será salvo.” (Mt 24:13)

Essa é a nossa esperança: permanecer firmes, mesmo quando tudo parecer ruir. Não com medo, mas com fé. Porque quem está firmado em Cristo não se abala, mesmo quando o mundo treme.

A figueira está brotando

Jesus contou uma parábola simples e profunda: a da figueira.

Quando os ramos da figueira começam a brotar, sabemos que o verão está próximo.

Da mesma forma, quando vemos os sinais se cumprindo, devemos entender que a volta de Jesus está mais próxima do que nunca.

O que Ele pediu não foi que tentássemos adivinhar datas, mas que vivêssemos preparados. E viver preparado significa:

Amar o próximo, mesmo quando o mundo odeia.

Falar da verdade, mesmo quando ela é impopular.

Esperar o Senhor, mesmo quando Ele parece demorar.

O chamado à vigilância

Jesus foi claro: “Daquele dia e hora ninguém sabe.” (Mt 24:36)

Muitos hoje se preocupam com previsões, teorias e conspirações, mas esquecem o essencial: a vigilância do coração.

Cristo voltará, e voltará de forma visível, gloriosa e incontestável. Não haverá confusão nem dúvida. Todos saberão que Ele é o Senhor.

Até lá, Ele nos chama para viver como servos fiéis, cuidando daquilo que Ele nos confiou (nossa fé, nossa família, nossa missão).

Não podemos deixar que o medo do fim nos paralise, mas que a esperança da vinda de Cristo nos motive.

Mateus 24 não é um capítulo de terror, mas de esperança e alerta. O mundo caminha para o fim, sim; mas o cristão caminha para o reencontro com o seu Senhor.

Os sinais não são o fim; são o lembrete de que o Redentor está à porta. Portanto, enquanto muitos olham para o caos, olhemos para o céu.

Enquanto o amor de muitos esfria, mantenhamos o nosso coração aquecido pelo Espírito Santo.

E enquanto o mundo se desespera, que nossa fé se torne luz em meio à escuridão.

“Estai vós também preparados; porque o Filho do Homem virá à hora em que não penseis.” (Mateus 24:44)

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A lição do livro de Ester


Vladimir Chaves

O livro de Ester nos ensina que Deus trabalha mesmo quando não podemos ver. É interessante perceber que o nome de Deus nem sequer é mencionado no livro, mas sua presença é sentida em cada detalhe da história.

Ester era uma jovem judia simples, levada a viver em um palácio estrangeiro. De forma inesperada, ela se tornou rainha da Pérsia. A princípio, parecia apenas uma coincidência, mas nada é coincidência quando Deus está no controle.

Quando o povo judeu estava prestes a ser destruído, Ester teve que tomar uma decisão corajosa: ficar em silêncio e se proteger, ou arriscar a própria vida para salvar seu povo. Guiada por fé e coragem, ela escolheu confiar em Deus e agir.

A famosa frase de Mardoqueu ecoa até hoje: “Quem sabe se para um tempo como este foste feita rainha?” (Ester 4:14)

Essa pergunta também serve para nós. Muitas vezes, Deus nos coloca em determinados lugares, famílias ou situações com um propósito maior; talvez para ser luz, consolo ou instrumento de salvação na vida de alguém.

A história de Ester nos mostra que a coragem e a fé podem mudar o destino de um povo, e que Deus pode usar pessoas comuns para realizar grandes coisas.

Mesmo que pareça que Ele está em silêncio, Deus nunca deixa de agir. Ele prepara o caminho, abre portas, muda corações e transforma situações.

Assim como Ester, você pode estar vivendo um momento decisivo. Não tema. Deus te colocou “neste tempo” por um motivo. Confie que Ele está trabalhando nos bastidores da sua história e, quando for o momento certo, tudo fará sentido.

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Países onde possuir uma Bíblia pode levar à prisão ou à morte


Vladimir Chaves

Pesquisas recentes da Bible Access Initiative e da Open Doors International revelam que, em diversos países, a Bíblia não é apenas de difícil acesso; sua distribuição, posse ou difusão são proibidas e severamente punidas.

Exemplos de países com forte restrição à Bíblia

Somália: ocupa o primeiro lugar no ranking de restrições. Sob a interpretação mais rígida da sharia, é ilegal imprimir, importar, armazenar ou distribuir Bíblias.

Afeganistão: cristãos que abandonam o islamismo ou tentam possuir uma Bíblia enfrentam risco real de morte.

Coreia do Norte: é considerado um dos países onde o acesso à Bíblia é praticamente impossível.

Mauritânia: imprimir, distribuir ou possuir Bíblias é proibido, e a apostasia pode ser punida com pena de morte.

Irã: o acesso é extremamente restrito, especialmente para ex-muçulmanos; possuir uma Bíblia em língua persa pode acarretar sérias consequências.

Turcomenistão: também figura entre os dez países mais restritivos ao acesso às Escrituras.

Outras nações, como Arábia Saudita, Paquistão, China e Argélia, também impõem severas restrições.

No total, estima-se que cerca de 88 países no mundo adotem algum grau de proibição ou limitação ao uso da Bíblia.

A liberdade de acessar a Palavra de Deus

A Bíblia foi dada para todos os povos, e não apenas para alguns. Como ensina a Escritura: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil...” (2 Timóteo 3:16).

Quando essa Palavra é retirada do alcance das pessoas, com ela se vai a possibilidade de ensino, correção e amadurecimento espiritual. É uma forma de injustiça espiritual, que fere o direito de cada ser humano de buscar a verdade e exercer sua fé.

O impacto humano e espiritual

Proibir ou restringir o acesso à Bíblia não é apenas censurar um livro; é tolher a liberdade de consciência, de fé e de expressão. As consequências são profundas: medo, clandestinidade e perseguição.

Em lugares como a Somália, ter uma Bíblia pode significar cometer um crime.

Isso nos leva a refletir:

O que significa ter liberdade de fé?

Muitas vezes, nós, cristãos que vivemos em países livres, não percebemos o privilégio que temos de possuir e ler a Palavra de Deus sem medo.

Um chamado à missão e à intercessão

Jesus ordenou: “Ide e fazei discípulos de todas as nações” (Mateus 28:19).

Diante da realidade desses países, essa ordem se torna ainda mais urgente. A falta de acesso à Bíblia é uma barreira missionária que clama por resposta da comunidade de fé global; por meio da intercessão, apoio e solidariedade.

A lista de nações onde a Bíblia é proibida ou severamente restringida; como Somália, Afeganistão, Iêmen, Coreia do Norte, Mauritânia, Irã, Turcomenistão, entre outras — não deve ser vista apenas como um dado estatístico, mas como um apelo espiritual.

É um chamado à reflexão sobre o valor da liberdade de fé, sobre a realidade da perseguição e sobre a responsabilidade que temos como corpo de Cristo.

Que a luz dessa realidade desperte em nós gratidão e compromisso; para não fecharmos os olhos diante da dor dos que sofrem por causa da fé, mas abrirmos o coração e as mãos em oração e ação.

“O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras jamais passarão.” (Marcos 13:31)

segunda-feira, 27 de outubro de 2025

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Cuidar da alma: O chamado para uma vida centrada em Deus


Vladimir Chaves

“E não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei, antes, aquele que pode fazer perecer no inferno a alma e o corpo.” (Mateus 10.28)

Jesus nos lembra que a vida verdadeira não está apenas no corpo, mas na alma; a parte eterna e imortal do ser humano. O corpo é o instrumento que nos conecta ao mundo físico por meio dos sentidos: paladar, visão, tato, olfato e audição. Já a alma é o centro de quem somos: nela habitam a vontade, os sentimentos, o intelecto, a memória, a imaginação e a capacidade de amar e decidir.

Quando o corpo sofre, a alma sente; e quando a alma adoece, o corpo também padece. Essa conexão revela que o cuidado com a alma é tão essencial quanto o cuidado físico. Porém, enquanto o corpo é passageiro, a alma é eterna. Por isso, Jesus nos adverte a temer não os que podem ferir o corpo, mas aquele que tem poder sobre a eternidade da alma.

Estudar e compreender a natureza da alma fortalece a fé cristã, pois nos lembra da dignidade e da responsabilidade que temos diante de Deus. Em um mundo cada vez mais materialista e relativista, é urgente reafirmar a verdade bíblica: a alma humana é imortal e precisa de salvação. Fomos criados à imagem e semelhança do Criador (Gn 2.7) e chamados a viver em santidade e comunhão com Ele.

Desde o princípio, Deus concedeu ao homem consciência, razão e poder de decisão moral ; dons que refletem sua própria natureza. Adão foi colocado no jardim para lavrar e guardar (Gn 2.15), discernindo entre o certo e o errado (Gn 2.16-17) e nomeando os animais (Gn 2.19). Tudo isso mostra que a alma humana possui uma inteligência e sensibilidade únicas, que expressam a imagem divina. 

Também na dimensão afetiva, o homem revela a alma viva que Deus lhe deu. A criação de Eva e a reação de alegria de Adão (Gn 2.18,23) mostram a capacidade humana de amar, se relacionar e expressar emoção; marcas profundas da presença do Espírito de Deus em nós.

Assim como a água é essencial para a vida física, a presença de Deus é essencial para a vida espiritual. Quando deixamos de ter sede de Deus, morremos por dentro. Por isso, é vital manter viva a fome de conhecer o Senhor, de buscar sua presença e de andar em comunhão constante por meio da Palavra e da oração.

As distrações deste mundo (preocupações, prazeres e conquistas) podem sufocar o desejo espiritual e apagar a chama da fé (Mc 4.19). Precisamos guardar o coração, alimentar a alma com as verdades de Deus e manter os olhos fixos em Cristo.

Cuidar da alma é mais do que um dever; é um ato de amor ao Criador e de preparo para a eternidade. O corpo um dia voltará ao pó, mas a alma permanecerá diante de Deus; e o modo como a tratamos hoje determinará o destino que viveremos para sempre.

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