Eli, Samuel e nós: Advertências sobre a negligência paterna


Vladimir Chaves

A paternidade, desde os primórdios da humanidade, sempre carregou uma profunda responsabilidade espiritual, emocional e moral. A própria história bíblica nos alerta para os perigos de uma paternidade exercida de forma negligente. Eli e Samuel (homens de Deus, fiéis e irrepreensíveis em seu ministério) falharam justamente nesse ponto: não cuidaram devidamente do próprio lar.

É impressionante perceber que sacerdotes que ministravam diante de todo Israel e eram referência espiritual para a nação não enxergaram a corrupção e o desvio no coração de seus próprios filhos. Exercitavam autoridade diante do povo, mas não dentro de casa. Eram vigilantes no tabernáculo, mas descuidados no convívio familiar.

Essa realidade não ficou no passado. Hoje, repete-se continuamente. Muitos pais (inclusive cristãos, líderes e trabalhadores dedicados) se esforçam para prover sustento, cumprir compromissos e cuidar de responsabilidades externas, mas deixam um vazio emocional e espiritual dentro de casa. A ausência de uma autoridade equilibrada, presente e amorosa tem gerado filhos inseguros, desorientados, revoltados e, muitas vezes, profundamente decepcionados com os próprios pais.

A Bíblia e a experiência humana concordam: a presença do pai é insubstituível. Ela funciona como um ponto de apoio interior, um referencial de estabilidade. Onde o pai está presente, conversa, corrige com amor, ora com os filhos, demonstra afeto e estabelece limites, a família respira segurança. Onde está ausente (física ou emocionalmente) abre-se uma lacuna que afeta profundamente a formação moral e espiritual dos filhos.

Estudos atuais apenas confirmam o que a Escritura já ensinava: o pai influencia o equilíbrio emocional, o senso de responsabilidade, a visão de futuro, a capacidade de fazer escolhas, a definição de prioridades e até a compreensão do que é bondade, gentileza e integridade. Não à toa, em 1 Timóteo 3.4, Paulo afirma que o pai cristão precisa governar bem a própria casa, pois isso revela maturidade e coerência de caráter.

Os exemplos de Hofni e Finéias (filhos de Eli), bem como dos filhos de Samuel, são advertências vivas. Apesar de cercados por um ambiente religioso, treinados em rituais e familiarizados com a Lei, faltou-lhes aquilo que somente a presença paterna diária pode produzir: relacionamento pessoal com Deus, caráter moldado, proximidade afetiva, direção firme. Suas histórias mostram que prática religiosa alguma substitui o papel essencial do pai no lar.

Talvez a maior lição desses relatos seja esta: não basta ser um homem de Deus em público; é preciso ser um homem de Deus dentro de casa. Ministérios podem florescer e reputações podem crescer, mas, se o coração dos filhos for negligenciado, o preço será alto demais.

Assim, a Escritura nos convida a uma reflexão sincera:

– Como temos exercido nossa paternidade?

– Somos presentes ou apenas provedores?

– Conversamos ou apenas corrigimos?

– Ensinamos sobre Deus apenas com palavras ou também com o exemplo?

– Nossa autoridade se expressa em amor ou está ausente justamente quando mais necessária?

A família é o primeiro ministério, o primeiro altar, o primeiro campo de missão. Quando o pai assume seu papel com responsabilidade, sensibilidade e temor do Senhor, forma filhos fortes, espiritualmente saudáveis e preparados para a vida. Mas quando falha, como falharam Eli e Samuel, o impacto ultrapassa o lar e pode ecoar por gerações.

Que esse alerta bíblico desperte em cada pai (presente ou futuro) a consciência de que a paternidade é uma chamada divina, e a fidelidade a essa missão é um legado que molda destinos.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2025

 Nenhum comentário

Efésios 4:25 — A verdade que sustenta o corpo de Cristo


Vladimir Chaves

“Por isso, deixando a mentira, fale cada um a verdade com o seu próximo, porque somos membros uns dos outros.” Efésios 4:25

Não é apenas um chamado para falar a verdade, mas para viver nela. Para muitos, a mentira não começa com palavras, mas com pequenas concessões internas: sentimentos escondidos, intenções disfarçadas, versões suavizadas da realidade. Com o tempo, essas pequenas sombras se tornam parte do cotidiano, até que a alma já não sabe onde termina a luz e começa a escuridão.

A Bíblia em Efésios 4:25 nos convida a romper esse ciclo.

A mentira é sempre uma ruptura; rompe a comunhão, rompe a confiança, rompe a integridade. A verdade, ao contrário, é um fio que costura relacionamentos, fortalece vínculos e alinha nosso coração ao de Deus.

Falar a verdade com o próximo é um ato de coragem espiritual. Requer humildade para admitir erros, maturidade para expor pensamentos com amor e disposição para viver com transparência. Mas é justamente essa transparência que cura. Onde a verdade entra, o ar flui, a comunhão respira, o Corpo de Cristo se fortalece.

A verdade não é uma arma, é uma ponte.

Não foi dada para ferir, mas para conectar.

Não para humilhar, mas para libertar.

E há uma razão maior por trás do mandamento: “somos membros uns dos outros.”

Ou seja, não caminhamos sozinhos. A minha verdade sustenta o outro. A verdade do outro me sustenta. Somos partes de um mesmo Corpo. Quando escolho mentir, não prejudico apenas a mim mesmo, eu enfraqueço a todos que caminham comigo.

Viver na verdade é um chamado para ser inteiro.

É permitir que Deus alinhe o que somos por dentro com o que mostramos por fora.

É deixar a luz entrar nas áreas que preferíamos manter fechadas.

É escolher a sinceridade mesmo quando ela nos custa algo.

No fim, Efésios 4:25 nos lembra: a verdade não é simples honestidade, é transformação.

E cada vez que escolhemos a verdade, estamos respondendo ao convite de Deus para sermos mais parecidos com Cristo, aquele que é a própria Verdade.

 Nenhum comentário

O mundo é nosso inimigo espiritual


Vladimir Chaves

A Bíblia deixa claro que o mundo é o nosso inimigo espiritual. Jesus afirmou que seus discípulos não são do mundo, assim como Ele também não é (João 17:14). Isso mostra que não existe possibilidade de viver dividido, não dá para estar com um pé no mundo e outro na igreja. Jesus disse que existem apenas dois caminhos: a porta larga, que leva à perdição, e a porta estreita, que conduz à vida (Mateus 7:13–14). Não existe meio-termo. Quem não está com Cristo, está contra Ele (Mateus 12:30).

A sedução do mundo é real e perigosa. João escreveu: “Não ameis o mundo, nem o que no mundo há; se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele” (1 João 2:15). O mundo apresenta brilho, promessas e prazeres momentâneos, mas tudo isso serve para afastar o coração de Deus. Por isso Tiago declara de forma firme: “Quem quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus” (Tiago 4:4). A Escritura não suaviza a verdade: aliança com o mundo é oposição a Deus.

Jesus ensinou que ninguém pode servir a dois senhores (Mateus 6:24). Um coração dividido é incapaz de seguir a Cristo verdadeiramente. Seguir Jesus exige renúncia diária. Ele disse: “Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me” (Mateus 16:24). Negar-se é recusar a voz do mundo, suas tentações e seus valores. É abandonar aquilo que disputa o lugar de Cristo.

Paulo reforça esse chamado quando diz: “Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente” (Romanos 12:2). Não se conformar é romper com o padrão mundano; é permitir que a Palavra molde a vida. Cristo não nos chamou para uma fé pela metade, mas para uma entrega completa.

E ainda que renunciar ao mundo pareça perda, na verdade é ganho. Jesus disse: “Quem perder a sua vida por amor de mim, achá-la-á” (Mateus 16:25). O mundo passa, assim como seus desejos, mas quem faz a vontade de Deus permanece para sempre (1 João 2:17). Tudo o que o mundo oferece é temporário; tudo o que Cristo oferece é eterno.

Por isso, diante da verdade de que só há dois caminhos: seguir a Cristo ou renunciar Cristo, a Escritura nos chama a escolher o caminho estreito. O mundo seduz, mas seguir a Cristo exige renunciar ao mundo. E quem renuncia ao mundo encontra a vida verdadeira em Jesus.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2025

 Nenhum comentário

O erro fatal de quem crê que sempre terá tempo


Vladimir Chaves

Há verdades que carregam o peso da eternidade. Uma delas é esta: “As chances na nossa vida não duram pra sempre; a alma sim, é eterna.” Pensamos que temos tempo. Muito tempo. Tempo para nos reorganizar espiritualmente, para buscar a Deus, para abandonar o pecado, para viver de forma íntegra, para reconciliar e para obedecer. Mas a realidade é dura e inegociável: o tempo é um dom limitado, e nenhum de nós sabe quanto ainda possui.

A Palavra de Deus insiste nesse alerta. Jesus contou parábolas, advertiu multidões e lembrou repetidamente que a vida presente é uma porta estreita que não permanecerá aberta para sempre. “Esforçai-vos por entrar pela porta estreita, porque muitos procurarão entrar e não poderão” (Lucas 13:24). O aviso não é uma ameaça, é amor. Amor que nos desperta para o fato de que a eternidade é longa demais para ser ignorada, e a vida é curta demais para ser desperdiçada.

O maior erro de muitos é acreditar que a oportunidade de acertar a vida com Deus estará sempre ali, aguardando pacientemente. É pensar: “Um dia eu mudo. Um dia eu me volto para Deus. Um dia eu deixo o que me afasta Dele.” Mas a Bíblia nos lembra que o “um dia” não nos pertence. “Hoje, se ouvirdes a Sua voz, não endureçais o coração” (Hebreus 3:15).

Deus fala no hoje. Ele opera no agora.

Amanhã é uma promessa que não recebemos por escrito.

A vida é um sopro (Salmos 39:5). É neblina que aparece por um momento e logo se dissipa (Tiago 4:14). Mas a alma… ah, a alma essa atravessa séculos, eras, mundos. A alma é eterna, criada para existir além do pó, para comparecer diante do Criador. E é por isso que o tempo presente é tão precioso: é nele que decidimos para onde nossa eternidade apontará.

Deus não rejeita quem o busca. Ele é abundante em misericórdia, rico em perdão, pronto para restaurar. Mas o tempo da busca é agora, enquanto o coração ainda sente o chamado, enquanto os ouvidos ainda reconhecem a voz que diz: “Vinde a mim”.

A eternidade não é um tema distante; é o destino inevitável de cada ser humano. E só há dois caminhos. Jesus disse: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim” (João 14:6). Ignorar essa verdade, adiar essa escolha, procrastinar o arrependimento; esse sim é o maior risco que alguém pode correr.

O tempo é curto. A alma é eterna.

E a graça de Deus está disponível, mas não para sempre nesse mundo passageiro.

Enquanto há vida, há oportunidade.

E enquanto o Espírito Santo chama, há esperança.

Aproveitar esse chamado é a decisão mais urgente, mais necessária e mais inteligente que qualquer pessoa pode tomar.

Porque nada é tão breve quanto o tempo, e nada é tão valioso quanto a eternidade.

 Nenhum comentário

“A glória desta última casa será maior do que a da primeira” (Ageu 2:9)


Vladimir Chaves

Há momentos em que olhamos para a vida e só enxergamos ruínas. Coisas que já foram melhores, sonhos que pareceram grandes um dia, mas hoje parecem distantes. É fácil pensar que o tempo bom já passou, que o que Deus fez antes não voltará a acontecer. Mas Ageu 2:9 nos lembra de algo essencial: Deus não trabalha olhando para trás; Ele trabalha a partir do agora, construindo o amanhã.

O povo de Israel estava desanimado. O novo templo que estavam levantando parecia pequeno demais, pobre demais, simples demais em comparação ao antigo. Eles comparavam o passado com o presente e se frustravam.

Mas Deus não compara. Deus promete.

E a promessa Dele é clara:

“A glória da segunda casa será maior.”

Ou seja, Deus ainda não terminou. Ele não está limitado ao que já aconteceu, e a sua história com Ele também não está.

Talvez hoje você se sinta como aquele templo em construção: recomeçando do zero, sem brilho, sem força, sem aparência de grandeza. Mas o que define a glória da casa não é o tamanho das paredes; é a presença de Deus dentro dela.

Quando Deus habita, Ele transforma.

Quando Deus promete, Ele cumpre.

Quando Deus começa, Ele termina.

O que está por vir não depende do que você perdeu, mas do que Deus ainda vai fazer.

E se Ele disse que a glória será maior, confie: o melhor ainda não chegou.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2025

 Nenhum comentário

Vêm por um caminho, fogem por sete: A proteção de Deus em nossas batalhas


Vladimir Chaves

“O Senhor fará que sejam derrotados diante de ti os inimigos que se levantarem contra ti; por um caminho sairão contra ti, mas por sete caminhos fugirão diante de ti.”  Deuteronômio 28:7

Nos dias de hoje, esse versículo continua falando diretamente ao nosso coração. Ele não promete uma vida sem lutas, mas garante que nenhuma batalha será maior do que o cuidado de Deus sobre nós. Inimigos podem vir (problemas, injustiças, preocupações, perseguições ou pessoas que desejam o nosso mal) mas Deus assegura que eles não prevalecerão.

Às vezes ficamos assustados quando vemos a luta chegando “por um caminho”. Parece que é grande demais, rápida demais ou forte demais. Mas Deus já está vendo a saída, a fuga, a dispersão completa do que nos afronta. O que chega organizado para nos derrubar, sai confuso diante da intervenção de Deus.

E o mais importante: a vitória não depende da nossa força, mas da fidelidade do Senhor, que luta por aqueles que buscam caminhar em sua vontade. A obediência abre espaço para a proteção divina, e Deus não abandona quem decide confiar n’Ele, mesmo quando o cenário é difícil.

Assim, ao olhar para a vida hoje, não tenha medo dos inimigos que se levantam. Eles podem até chegar, mas não vão ficar. Vêm por um caminho, mas fogem por sete. Deus transforma ameaças em testemunhos, tentações em crescimento e lutas em vitórias que mostram a sua mão agindo com poder.

Continue firme, obediente e confiante. O que se levanta contra você pode até assustar, mas não tem permissão para te derrubar.

 Nenhum comentário

A realidade da habitação de Deus em você


Vladimir Chaves

Há verdades que ouvimos durante anos, mas que só transformam nossa vida quando finalmente despertam dentro de nós. Uma delas é esta: Deus não está apenas perto… Ele habita em nós. Não é uma ideia simbólica, não é apenas uma doutrina, é uma realidade espiritual que muda tudo.

A Bíblia diz: “Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?” (1 Coríntios 3:16)

Quando essa verdade desce do entendimento para o coração, o cristão deixa de viver como alguém comum. Ele passa a caminhar com consciência da presença, autoridade e direção de Deus.

Quem carrega a presença não vive mais como quem está sozinho

O medo começa a perder força, porque a presença de Deus deixa de ser uma teoria e se torna companhia real.

“Porque Ele mesmo disse: Nunca te deixarei, jamais te abandonarei.” (Hebraos 13:5)

A alma encontra descanso, a mente encontra paz e o coração encontra direção.

Quem entende que Deus habita nele vive com propósito

Se Deus habita em você, então sua vida não é obra do acaso, e seus passos não são aleatórios. Há um propósito maior guiando tudo.

“Cristo em vós, a esperança da glória.” (Colossenses 1:27)

Deus dentro de você significa esperança dentro de você. Significa que a glória futura já começou a brilhar no presente.

A transformação é inevitável

Quando a presença de Deus se torna consciente, seus desejos mudam, seus valores mudam, suas escolhas mudam. O pecado deixa de ser atraente, e a santidade passa a ser prazer, não obrigação.

“E todos nós… somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor.” (2 Coríntios 3:18)

A transformação não acontece pela força humana, mas pelo Espírito que habita em nós.

A coragem nasce da consciência da presença

Moisés só conseguiu enfrentar o faraó porque carregava uma certeza:

“A minha presença irá contigo e eu te darei descanso.” (Êxodo 33:14)

Quando você entende que Deus está dentro de você, não apenas ao seu lado, sua postura diante da vida muda. Você deixa de andar em insegurança e começa a caminhar em confiança.

O cristão que desperta para a verdade de que Deus habita nele nunca mais vive da mesma forma.

A fé se torna viva, a oração se torna diálogo, a vida ganha sentido, e o coração encontra descanso.

Não é sobre tentar ser melhor.

É sobre viver consciente de quem vive em você.

terça-feira, 2 de dezembro de 2025

 Nenhum comentário

Regeneração e adoração: Uma reflexão para os dias de hoje


Vladimir Chaves

Vivemos tempos em que muitos falam de fé, mas poucos experimentam sua essência. A vida espiritual autêntica não começa na aparência, nem na repetição de rituais, mas na transformação interior realizada por Deus. É disso que a Bíblia chama de Novo Nascimento. Jesus explicou essa verdade a Nicodemos, um mestre religioso que conhecia as Escrituras, mas ainda não havia compreendido o mover do Espírito. Essa cena se repete hoje: muitos defendem ideias religiosas, mas nunca viveram a experiência real de serem regenerados por Deus.

Sem esse novo nascimento, a pessoa pode até parecer piedosa, mas continua presa ao pecado, interpretando a Bíblia segundo suas próprias vontades e considerando sua mensagem ultrapassada. Por isso, a fé se transforma em opinião, o evangelho vira debate, e a Escritura deixa de ser autoridade. A transformação verdadeira só acontece quando o Espírito Santo renova o coração e abre os olhos para a verdade.

A regeneração também é o fundamento de uma adoração verdadeira. Foi isso que Jesus ensinou à mulher samaritana. Ela pensava que adoração era sobre lugares e tradições, mas Jesus mostrou que adorar não depende do monte, do templo, da religião ou do ambiente. Adorar é uma resposta do coração que foi alcançado por Deus. É algo que nasce de dentro para fora, e não o contrário.

Hoje, muitos buscam experiências místicas, modismos espirituais e práticas que nada têm a ver com o Evangelho. Porém, a verdadeira vida espiritual é simples, profunda e bíblica. Ela brota da comunhão com Deus e do entendimento das Escrituras. Não é o brilho das formas externas, mas a sinceridade de um coração transformado.

Por fim, a adoração que agrada ao Senhor é fruto de um espírito quebrantado. Não é performance, nem espetáculo. Não é sobre conquistar atenção humana, mas sobre oferecer a Deus um coração humilde, dependente, grato. Esse sempre foi o caminho da fé cristã genuína: simplicidade, reverência e verdade.

Em dias em que tanto se exalta a aparência e tão pouco se valoriza a essência, somos chamados a voltar ao básico do Evangelho: nascer de novo, viver pela verdade e adorar com sinceridade. Esse é o caminho da regeneração. Esse é o caminho da adoração verdadeira.

"Aquele que tem ouvidos para ouvir, ouça!" Mateus 11:15

 Nenhum comentário

Cristo vem, e vem com recompensa


Vladimir Chaves

“Porque o Filho do homem há de vir na glória de seu Pai, com os seus anjos, e, então, retribuirá a cada um conforme as suas obras” Mateus 16:27

Muitas pessoas acreditam que tudo acaba aqui. Há quem pense que nada será cobrado, que as escolhas não têm consequência e que viver é apenas aproveitar o momento. Mas Jesus nos lembra de uma verdade que atravessa séculos: um dia Ele virá em glória, e retribuirá a cada um segundo as suas obras.

Isso não é uma ameaça. É um convite.

Um convite para lembrar que a vida tem propósito.

Que cada gesto de amor conta.

Que cada atitude de fé tem valor.

Que cada renúncia feita por causa de Cristo não passará despercebida.

Nos dias atuais, é fácil se sentir cansado. O bem parece pequeno diante do mal. A injustiça muitas vezes parece vencer. Porém, Mateus 16:27 nos garante que Jesus vê tudo. Nada do que fazemos para Ele é inútil.

Quando você escolhe perdoar em vez de guardar rancor…

Quando você ajuda alguém sem esperar nada em troca…

Quando você escolhe a verdade, mesmo que isso te custe alguma coisa…

Quando você ora, mesmo cansado…

Quando você decide seguir Jesus, mesmo que o mundo vá na direção contrária…

Tudo isso tem peso eterno.

Jesus não virá como veio na primeira vez, humilde e silencioso. Ele virá com poder, glória e justiça. E naquele dia, cada lágrima será lembrada, cada sacrifício será recompensado, cada obra feita por amor será honrada.

Por isso, não desanime.

Não se deixe levar pelo clima de pressa, cansaço ou incredulidade dos nossos tempos.

Continue firme. Continue fazendo o bem. Continue caminhando com Jesus.

Porque o mundo pode até não reconhecer, mas o céu reconhece.

E o Rei que virá trará consigo a recompensa dos fiéis.

 Nenhum comentário

A distinção entre alma e espírito: Um chamado para entender quem somos


Vladimir Chaves


A Bíblia revela que o ser humano é mais profundo do que aquilo que os olhos podem ver. Dentro de nós existe um “homem interior” formado por alma e espírito; duas realidades imateriais, distintas do corpo físico, mas igualmente essenciais para nossa existência (Rm 7:22; 2 Co 4:16; Ef 3:16).

Quando Deus criou o homem, moldou o corpo a partir do pó da terra. Porém, para formar a parte imaterial do ser humano, Ele soprou o fôlego de vida (Gn 2:7). Esse sopro divino não veio da matéria, mas da própria essência de Deus. Assim nasceu o homem interior, formado de alma e espírito.

E aqui surge a primeira distinção:

o ser humano tornou-se “alma vivente”, ou seja, ganhou consciência de si mesmo, capacidade de sentir, desejar e pensar. A alma nos dá personalidade, emoções e percepções; permite que nos relacionemos com as pessoas, com o mundo ao redor e com nós mesmos.

Por isso a Bíblia mostra a alma sendo abatida (Sl 42:5) ou profundamente entristecida, como aconteceu com Jesus no Getsêmani (Mt 26:38). A alma sente o peso da vida, sofre, se alegra, deseja, decide. Ela é a sede do “eu”.

Mas a alma, por mais rica e complexa que seja, não é suficiente para revelar ao homem sua verdadeira finalidade.

Com a alma, podemos nos relacionar com outros seres, exercer domínio sobre a criação e reconhecer nossa própria existência. Mas a alma não é capaz, por si só, de perceber a realidade espiritual, nem de compreender que existe um Criador ao qual devemos servir e prestar contas.

Para isso, Deus nos deu algo a mais: o espírito.

É pelo espírito que o homem desperta para Deus. É no espírito que nascem a adoração, a consciência espiritual e o entendimento de que existe um Senhor acima de todas as coisas. O espírito não apenas nos conecta ao divino; ele nos lembra que fomos criados para ser mordomos, administradores responsáveis diante do Criador.

A alma nos dá a capacidade de viver como seres conscientes.

O espírito nos dá a capacidade de viver como seres responsáveis diante de Deus.

Juntas, alma e espírito formam uma unidade preciosa: o homem interior.

Um ser capaz de sentir o mundo, mas também de ouvir a voz do Céu; capaz de dominar a criação, mas também de se submeter ao Criador; capaz de existir, mas também de encontrar propósito.

Refletir sobre essa distinção nos chama a algo essencial:

cuidar do corpo, sim; compreender a alma, sim; mas, acima de tudo, alimentar o espírito, pois é nele que o ser humano descobre quem Deus é, e, finalmente, quem ele mesmo deveria ser.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2025

 Nenhum comentário

A força que vem da presença de Deus


Vladimir Chaves

“Porque eu, o Senhor, teu Deus, te tomo pela tua mão direita e te digo: Não temas, que eu te ajudo.” Isaías 41:13

Em tempos como os nossos, em que a vida nem sempre segue como planejamos, este versículo se torna um lembrete poderoso e necessário. Deus não mudou. Ele continua sendo o mesmo Senhor que estende a mão, que se aproxima, que sustenta e que acalma o coração.

Quando Ele diz “te tomo pela tua mão direita”, é como se nos lembrasse que não estamos enfrentando o hoje com nossas forças limitadas. Não caminhamos sozinhos. Ele está ao nosso lado, guiando os passos que ainda não sabemos dar e firmando o chão que às vezes parece desmoronar.

E então Ele diz: “Não temas”. Não é uma cobrança, é um convite. Um chamado para descansar, mesmo quando tudo ao redor parece incerto. Deus não promete ausência de lutas, mas garante presença na batalha. Ele não promete ausência de dores, mas oferece companhia que cura. Ele não promete ausência de desafios, mas declara: “Eu te ajudo.”

Essa ajuda não é teórica. É diária. Ela aparece na força que você nem sabe de onde veio, na paz que invade o peito sem explicação, na porta que se abre quando você já estava cansado de tentar, no sustento que chega na hora exata.

Por isso, ao olhar para o dia de hoje (com seus medos, suas preocupações e seus desafios) lembre-se: Deus está segurando a sua mão. Você não está perdido, não está abandonado, não está lutando só. Há um Deus que caminha com você e que repete, todas as manhãs:

“Não temas. Eu te ajudo.”

 Nenhum comentário

A vinda do reino de Deus, um reino que cresce em silêncio


Vladimir Chaves

Quando falava sobre o Reino de Deus, Jesus corrigia a expectativa de muitos que aguardavam manifestações grandiosas ou sinais políticos. Ele ensinou que o Reino não chega com espetáculo visível. Como disse aos fariseus:

“O Reino de Deus não vem com aparência exterior; nem dirão: Ei-lo aqui! ou: Ei-lo ali! Porque o Reino de Deus está dentro de vós.” (Lucas 17:20-21)

Para explicar essa verdade, Jesus contou a parábola da semente que cresce sozinha. Ele disse: “O Reino de Deus é assim como um homem que lança a semente à terra; e dorme, e se levanta, de noite e de dia, e a semente germina e cresce, ele não sabe como.” (Marcos 4:26-27)

A força da vida está na própria semente. O crescimento é silencioso, quase imperceptível, mas inevitável:

“A terra por si mesma frutifica: primeiro a erva, depois a espiga, e por fim cheio o grão na espiga.” (Marcos 4:28)

Assim é o Reino:

Ele avança, mesmo quando não percebemos.

Ele transforma, mesmo quando parece que nada está acontecendo.

Ele já está entre nós, mesmo quando o mundo insiste em dizer o contrário.

Jesus mostra que o Reino não é apenas um futuro glorioso, mas uma realidade presente, começando no coração daqueles que recebem a semente da Palavra. É o evangelho germinando e mudando vidas, produzindo frutos de arrependimento, amor e obediência.

E quando chega o tempo de Deus, aquilo que Ele plantou se manifesta: “E, quando o fruto já está maduro, logo se lhe mete a foice, porque é chegada a ceifa.” (Marcos 4:29)

O Reino cresce sem depender das circunstâncias, não é impedido pela maldade humana e não se curva à escuridão. Ele age no silêncio, mas se revela com autoridade.

A parábola nos ensina que:

Deus trabalha enquanto não vemos.

O crescimento é invisível, mas seguro.

O Reino não vem com alarde, vem com transformação.

E quando Deus decide revelar sua obra, tudo se torna evidente.

 Nenhum comentário

Quando Deus decide mudar o rumo da sua jornada


Vladimir Chaves


Quando Deus decide transformar a sua história, Ele não precisa dar explicações; Ele simplesmente recomeça tudo em sua vida e muda seu destino por completo.

Essa verdade nos lembra que o agir de Deus não depende da nossa compreensão, apenas da sua vontade soberana. Muitas vezes, enquanto tentamos entender o “porquê”, Deus já está preparando o “para quê”.

Há momentos em que Ele encerra ciclos que pensávamos durar para sempre, remove pessoas que achávamos essenciais ou abre portas que jamais imaginamos entrar. E tudo isso sem necessidade de justificar o que faz, porque Ele vê o que nós não vemos, conhece o que nós não sabemos e sabe exatamente o que é melhor.

A Bíblia diz:

“Porque eu bem sei os pensamentos que penso de vós, diz o Senhor; pensamentos de paz, e não de mal, para vos dar o fim que desejais.” (Jeremias 29:11)

Quando Deus decide transformar a história de alguém, Ele não faz remendos, Ele faz novo.

Novo caminho, nova força, nova visão, novo destino.

Assim como fez com Abraão, tirando-o da terra que conhecia para conduzi-lo ao lugar que Ele ainda iria mostrar (Gênesis 12:1). Abraão não tinha explicação nenhuma; tinha apenas uma ordem e uma promessa. E Deus cumpriu.

Quando Ele recomeça algo em nossa vida, pode até parecer confuso no início, mas o propósito sempre será perfeito.

“Eis que faço uma coisa nova; agora sairá à luz; porventura não a percebeis?” (Isaías 43:19)

A verdade é que Deus não precisa pedir permissão para nos abençoar, restaurar ou mudar o curso da nossa caminhada. Ele apenas age. E quando Ele age, ninguém pode impedir.

“Operando eu, quem impedirá?” (Isaías 43:13)

Confie.

Se algo mudou de repente, se portas se fecharam ou se caminhos inesperados se abriram, talvez seja Deus reescrevendo sua história. E quando Deus escreve, o final sempre supera o início.

sábado, 29 de novembro de 2025

 Nenhum comentário

O passo seguro é o passo com Deus


Vladimir Chaves

“Andareis em todo o caminho que o Senhor, vosso Deus, vos ordenou, para que vivais, bem vos suceda, e prolongueis os dias na terra que haveis de possuir.” Deuteronômio 5:33

Às vezes buscamos respostas em muitos lugares, procuramos caminhos rápidos, atalhos e soluções imediatas. Mas a Palavra de Deus nos lembra que a verdadeira direção não está nos atalhos, e sim no caminho que Ele já nos mostrou. Esse versículo é simples e profundo ao mesmo tempo: Deus nos chama para andar onde Ele manda, não porque quer controlar cada passo, mas porque sabe exatamente onde cada passo nos levará.

Obedecer a Deus não é perder liberdade, é encontrar vida. O texto diz: “para que vivais”. Há coisas que só ganham sentido quando decidimos caminhar segundo a vontade do Senhor. A obediência abre portas, ilumina decisões e traz paz ao coração. Quando escolhemos andar com Deus, mesmo que o caminho pareça mais estreito, descobrimos que Ele é mais seguro do que qualquer estrada larga que o mundo oferece.

E então vem a promessa: “bem vos suceda”. Não fala de riqueza instantânea ou facilidade, mas de uma vida equilibrada, guiada, acompanhada por Deus. É aquele tipo de bênção que não depende das circunstâncias, mas da presença dEle ao nosso lado.

Por fim, Deus diz que esse caminho traz “dias prolongados na terra”. Em outras palavras, uma caminhada estável, firme, com propósito. Não se trata apenas de quantidade de dias, mas de qualidade de vida: dias vividos com significado, esperança e direção.

Deuteronômio 5:33 é um convite simples: confie no caminho que Deus traçou.

Não porque é o mais fácil, mas porque é o único que leva à vida, ao bem e à realização verdadeira.

Caminhar com Deus nunca foi uma perda, sempre foi a escolha mais segura, mais sábia e mais abençoada.

 Nenhum comentário

Idolatria e depravação dos homens – Romanos 1:18–27


Vladimir Chaves

Romanos 1:18–27 é um dos trechos mais contundentes da Bíblia sobre a condição espiritual da humanidade quando decide viver longe de Deus. O apóstolo Paulo descreve um movimento que começa no coração e termina na prática: quando o ser humano rejeita a verdade, ele não fica espiritualmente neutro; ele inevitavelmente cria substitutos para Deus. E desse ato nasce a idolatria, que por sua vez conduz à degradação moral.

A rejeição consciente da verdade de Deus

Paulo afirma que Deus se revela claramente por meio da criação. Sua grandeza, poder e divindade são perceptíveis até para os olhos mais simples. Não conhecer a Deus não é o problema; o problema é recusar-se a reconhecê-lo. A idolatria não nasce da ignorância, mas da rebeldia. É a decisão humana de não glorificar a Deus, embora exista plena evidência d’Ele.

Relativizar a verdade é relativizar o próprio Cristo; portanto, não se pode relativizar a verdade. Onde a verdade é tratada como algo opcional, perde-se o fundamento da fé cristã: a própria pessoa de Jesus como a Verdade encarnada.

A troca fatal: do Criador para a criação

Ao rejeitar a verdade, o ser humano passa a substituir Deus por aquilo que Ele criou. Essa é a essência da idolatria: trocar o Criador por coisas finitas, frágeis e incapazes de dar sentido à vida. Pode ser um ídolo visível, uma estátua, ou algo mais sutil (sucesso, prazer, poder, segurança, emoções, pessoas, ideologias). A idolatria não é apenas adorar um objeto; é colocar qualquer coisa no lugar que pertence somente a Deus.

Paulo diz que os homens “tornaram-se nulos em seus próprios raciocínios”. Quando o coração se afasta do Criador, a mente perde a clareza. A idolatria produz confusão: ela promete liberdade, mas prende; promete luz, mas obscurece.

Consequências: Deus entrega o homem aos seus próprios desejos

A parte mais séria do texto é quando Paulo afirma repetidamente que “Deus os entregou”. Não é Deus quem causa a depravação; é o próprio homem que escolhe caminhar rumo a ela. O juízo divino aqui não é um castigo ativo, mas a retirada da proteção, permitindo que a pessoa experimente as consequências das próprias escolhas.

Quando Deus deixa o ser humano seguir sozinho, seus desejos o dominam. A ordem se inverte. Aquilo que antes era vergonhoso passa a ser celebrado. Aquilo que era destrutivo passa a ser chamado de liberdade. Este é o ponto em que a sociedade troca a verdade pela mentira e redefine o que é certo e errado de acordo com seus próprios apetites.

A distorção do propósito criado

Por fim, Paulo cita exemplos claros dessa depravação: a distorção dos relacionamentos, o abandono do propósito original para o corpo, e a troca da função natural por práticas contrárias à ordem criada por Deus. O texto não fala apenas de comportamentos externos, mas de uma ruptura interna, espiritual e moral, que leva o ser humano a agir contra aquilo para o qual foi criado.

Um espelho para nossa geração

Romanos 1 é mais do que um diagnóstico do passado; é um espelho que revela o estado do coração humano em todas as épocas. Quando a verdade é rejeitada, a idolatria cresce. Quando a idolatria cresce, a confusão moral se espalha. E quando a confusão se instala, colhem-se frutos de dor, vazio, instabilidade e destruição.

A mensagem de Paulo, porém, não termina na condenação. Ela prepara o caminho para o evangelho. O mesmo Deus que revela Sua ira contra a injustiça também revela Seu amor por meio de Cristo. O capítulo mostra a necessidade da salvação; o restante da carta revela a solução.

Romanos 1:18–27 não é um texto para acusar o mundo, mas para despertar o coração. Ele nos lembra que tudo começa com quem ocupa o trono da nossa vida. Quando Deus está no centro, tudo encontra lugar. Quando qualquer outra coisa assume o lugar de Deus, nasce a idolatria; e dela brota toda depravação.

O chamado de Deus é claro: abandone os substitutos, volte-se ao Criador e permita que a verdade d’Ele ilumine e transforme cada área da vida. Relativizar a verdade é relativizar o próprio Cristo; não se pode relativizar a verdade.

sexta-feira, 28 de novembro de 2025

 Nenhum comentário

Sua alma tem escutado a batida de Jesus?


Vladimir Chaves

“Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele comigo.” Apocalipse 3:20

Jesus continua batendo. É o toque suave, persistente e cheio de amor daquele que não desiste de nós. Assim como aconteceu com a igreja de Laodiceia, Cristo ainda encontra corações ocupados, mornos, cheios de compromissos, opiniões e autossuficiência; mas vazios da presença que realmente transforma.

Cristo não está longe; está à porta. Só que muitas vezes estamos tão distraídos que nem percebemos o som da sua voz. Ele não exige perfeição, não pede que a casa esteja arrumada antes de entrar. Ele apenas diz: “Abra.”

O resto Ele faz.

Quando abrimos a porta, não recebemos um visitante, mas um Amigo. Não recebemos um juiz, mas um Salvador disposto a sentar-se à mesa e restaurar o que foi perdido. Jesus não quer apenas estar na nossa vida; quer participar dela, lado a lado, em cada decisão, cada dor, cada alegria.

O convite é pessoal. Ele não diz: “Se a igreja abrir.” Ele diz: “Se alguém…” Porque Ele valoriza cada pessoa individualmente. Hoje, esse “alguém” pode ser você; alguém que precisa reacender a fé, reencontrar o caminho, sentir de novo o calor da comunhão com Cristo.

Talvez Ele esteja batendo na porta da sua mente, pedindo para tirar o peso da ansiedade.

Talvez esteja batendo na porta do seu coração, oferecendo cura para feridas antigas.

Talvez esteja batendo na porta da sua família, chamando para restaurar relacionamentos.

Ou simplesmente esteja batendo na porta da sua rotina, tentando devolver sentido ao que se perdeu.

A verdade é que Ele não desiste. Ele bate. Ele chama. Ele espera.

Mas só entra quando abrimos.

E quando abrimos, tudo muda; porque Jesus não apenas visita, Ele habita. Ele traz paz, direção, propósito e comunhão. Ele devolve fervor ao coração morno e vida à alma cansada.

Hoje pode ser o dia de abrir a porta.

 Nenhum comentário

Uma mente renovada para uma vida renovada


Vladimir Chaves

“E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” Romanos 12:2

Vivemos em um tempo em que tudo parece nos empurrar para um mesmo molde. As redes sociais ditam o que devemos pensar, como devemos agir, o que devemos defender e até o que devemos sentir. A pressão para se encaixar é tão grande que, muitas vezes, quem decide manter seus valores parece estar na contramão de uma multidão. É exatamente nesse cenário que Romanos 12:2 se torna atual e necessário.

Quando a Bíblia diz: “não vos conformeis com este século”, ela nos convida a resistir a esse molde do mundo. O mundo normalizou a superficialidade, a injustiça, a busca por aprovação e o relativismo moral. Normalizou a pressa, o vazio, o consumo exagerado, a competição doentia e a indiferença com o próximo. Se deixarmos, tudo isso nos molda sem percebermos. Mas Deus nos chama para uma vida diferente; não igual, não copiada, não condicionada pelo que a maioria faz.

A verdadeira transformação começa na mente. Antes de mudar atitudes, Deus muda percepções. Ele troca pensamentos de medo por confiança, pensamentos de vingança por perdão, pensamentos de desânimo por esperança, pensamentos de insegurança por identidade. Renovar a mente é permitir que a verdade de Deus tenha mais peso do que as opiniões do mundo. É substituir a influência do caos por um coração guiado pela Palavra.

E algo poderoso acontece quando deixamos Deus transformar nossa forma de pensar: passamos a enxergar a vontade dEle com clareza. Aquilo que antes parecia confuso começa a fazer sentido. Caminhos que pareciam duros se tornam leves. Decisões que pareciam impossíveis se tornam naturais. Porque a vontade de Deus sempre será boa, por mais difícil que pareça; agradável, mesmo quando exige renúncia; e perfeita, mesmo quando não entendemos completamente.

Em um mundo que tenta nos moldar o tempo todo, Romanos 12:2 é um chamado para despertarmos. Um convite para vivermos acima da pressão, longe dos padrões vazios e perto do coração de Deus. A pergunta não é se o mundo está tentando moldar você, isso é fato. A pergunta é: quem está moldando sua mente? O mundo que muda o tempo todo ou o Deus que permanece para sempre?

Renovar a mente diariamente é escolher a segunda opção. É caminhar com propósito. É viver a transformação que Deus deseja. É experimentar a vontade perfeita que Ele preparou para cada passo seu.

quinta-feira, 27 de novembro de 2025

 Nenhum comentário

Deus não desiste de quem ele escolheu


Vladimir Chaves


“Estou plenamente certo de que aquele que começou boa obra em vós há de completá-la até ao Dia de Cristo Jesus.” (Filipenses 1.6)

Há momentos na vida em que olhamos para nós mesmos e pensamos se realmente vamos conseguir continuar. Há dias em que a caminhada parece lenta, a mudança parece pequena e o coração pensa que talvez não esteja avançando como deveria. Mas Filipenses 1.6 nos lembra de algo fundamental: a boa obra não começou em nós por esforço humano, foi Deus quem iniciou.

E se foi Deus quem começou, então é Deus quem continua e quem termina. Ele não abandona seus projetos, não devolve o vaso quebrado, não desiste no meio do processo. A obra que Ele iniciou dentro de você (a transformação, o amadurecimento, a fé, a cura interior, o crescimento espiritual) está em construção, mesmo quando você não percebe.

A boa obra não depende do seu humor, das suas forças limitadas ou de um dia ruim. Ela depende da fidelidade de Deus. E Ele permanece fiel quando nós somos fracos, quando falhamos, quando estamos cansados. Ele segue trabalhando em silêncio quando o coração está confuso e segue moldando quando tudo ao redor parece parado.

Filipenses 1.6 diz: “estou plenamente certo”. Não é dúvida. Não é suposição. É certeza.

Certeza de que Deus não deixa nada pela metade.

Certeza de que Ele não investe em alguém para depois desistir.

Certeza de que os processos de Deus sempre têm propósito.

E esse processo tem um destino: será completado “até ao Dia de Cristo Jesus”. Ou seja, você está sendo preparado não apenas para viver bem aqui, mas para viver com Cristo na eternidade. A maturidade espiritual não é um evento, é uma jornada e Deus caminha em cada passo ao seu lado.

Por isso, mesmo que hoje você não veja tudo o que gostaria, descanse: a obra continua.

Deus está trabalhando.

E tudo o que Ele começa, Ele termina.


 Nenhum comentário