Confiando em Deus mesmo diante dos ‘Simeis’ da vida


Vladimir Chaves


Sempre existirão “Simeis” em nosso caminho, pessoas que não suportam ver o outro prosperar ou ocupar o lugar que Deus lhe deu. Na Bíblia, isso fica evidente em 2 Samuel 16:5-8, quando Simei, filho de Gera, amaldiçoou o rei Davi, lançando pedras e acusando-o injustamente de causar a morte da família de Saul. Esse comportamento revela inveja, malícia e desejo de ver o outro cair. Ter discernimento espiritual é o primeiro passo para enfrentá-los com fé, sabedoria e firmeza.

Diante de ataques injustos, Davi nos ensina a confiar plenamente em Deus. Embora humilhado publicamente, ele escolheu não retaliar Simei. Quando seu servo Abisai sugeriu que o matasse, Davi respondeu: “Deixe-o amaldiçoar, pois o Senhor lhe disse que amaldiçoasse Davi” (2 Samuel 16:11). A verdadeira força não está na vingança, mas na confiança de que Deus é justo.

A história também nos ensina sobre perdão e prudência. Mais tarde, Simei se arrependeu e pediu perdão a Davi, que o poupou. O perdão não significa ignorar a justiça, mas permitir que Deus conduza a situação. Como lembra Romanos 12:19: “Não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira de Deus, porque está escrito: Minha é a vingança, eu retribuirei, diz o Senhor.”

A presença dos “Simeis” nos lembra que o caminho da bênção não será livre de obstáculos. Críticas, inveja e oposição testam nossa fé e perseverança. Cabe a cada cristão manter o coração firme em Deus, praticar o perdão sem abrir mão da justiça divina e permanecer resiliente, confiando que Ele protege e garante que ninguém pode impedir o plano perfeito que Ele tem para nossas vidas.

quinta-feira, 18 de setembro de 2025

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O dia em que a Câmara dos Deputados abalou o inferno


Vladimir Chaves


Brasília viveu um dia histórico. Na noite em que a Câmara dos Deputados aprovou a urgência do projeto de anistia aos presos políticos do 8 de janeiro, não foi apenas o tabuleiro político que se mexeu — foi o próprio reino das trevas que sentiu o impacto. O placar, 311 votos favoráveis contra 163 contrários, soou como um trovão em meio ao silêncio da injustiça. Foi mais que um movimento parlamentar; foi um recado claro de que parte do Legislativo não aceita a perseguição cega e desproporcional contra cidadãos que hoje pagam penas superiores a criminosos de alta periculosidade.

Se no mundo visível deputados levantavam seus “cartões de voto”, no mundo espiritual demônios urravam. Os que se alimentam da dor alheia, que se regozijam com famílias destruídas e com a criminalização de um protesto, reagiram em fúria. Como disse o profeta Isaías: “Ai dos que decretam leis injustas, dos que escrevem decretos de opressão, para privar os pobres dos seus direitos e para com violência arrebatar o direito dos aflitos do meu povo” (Isaías 10:1-2). Não é à toa que o resultado da votação gerou tanto ranger de dentes entre aqueles que veem na condenação em massa uma forma de vingança política.

Para maioria dos brasileiros, as sentenças proferidas após o 8 de janeiro não obedeceram ao espírito de justiça, mas ao de exemplaridade forçada. A prova mais gritante disso foi a condenação de uma mulher por ter rabiscado com batom uma estátua — símbolo de que a balança da justiça foi trocada por um porrete ideológico. Contudo, como lembra o salmista: “Pois o Senhor ama a justiça e não desamparará os seus santos” (Salmo 37:28). O clamor que sobe dos lares atingidos por essas decisões encontra eco nos céus, e a resposta começa a se manifestar no cenário político.

É claro que a batalha está longe do fim. A aprovação da urgência não significa a vitória final, mas abre caminho para que o projeto de anistia seja debatido e, possivelmente, aprovado. Os que hoje celebram sabem que cada passo será contestado por aqueles que, como os fariseus de outrora, “coam um mosquito, mas engolem um camelo” (Mateus 23:24), ou seja, punem com severidade desproporcional pequenos atos enquanto fecham os olhos para escândalos de corrupção bilionária que dilapidaram o país.

No entanto, o povo que crê não esmorece. Nas igrejas, nas casas e nas ruas, há uma multidão que continua intercedendo, porque entende que a verdadeira vitória não está nos números da votação, mas na fidelidade de Deus em ouvir o clamor dos que são injustiçados. “Se Deus é por nós, quem será contra nós?” (Romanos 8:31). A sessão de ontem foi apenas a primeira de muitas batalhas. A guerra ainda está em curso, mas um recado já foi dado: quando o povo de Deus se levanta em oração e quando a política ecoa a justiça, até o inferno treme.

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Casas cheias de enganos: da corrupção do INSS ao peso injusto das condenações do 8 de janeiro


Vladimir Chaves


“Suas casas são cheias de enganos, como gaiolas cheias de pássaros...” (Jeremias 5:27). O profeta descrevia a corrupção de Judá, mas suas palavras soam como denúncia ao Brasil de hoje. Vivemos em um país onde a mentira virou política de Estado e a corrupção se tornou prática cultural. Isaías já havia advertido: “Ai dos que decretam leis injustas e dos escrivães que escrevem perversidade” (Isaías 10:1). A advertência ecoa em nossas instituições.

As gaiolas estão cheias. Não de pássaros, mas de propinas e contratos fraudulentos. Foi assim no mensalão, quando votos no Congresso foram comprados. Foi assim no petrolão, que drenou bilhões da maior estatal do país. E segue sendo assim no escândalo do INSS, em que quadrilhas desviaram benefícios de aposentados e pensionistas. O dinheiro que deveria sustentar os mais frágeis virou fonte de luxo para corruptos. Enquanto uns engordam, idosos enfrentam filas intermináveis. Jeremias tinha razão: “Engordam, estão nédios; até ultrapassam em obras malignas” (Jeremias 5:28).

E a justiça? No Brasil, ela pesa mais sobre os fracos. No episódio de 8 de janeiro, vimos condenações desproporcionais contra cidadãos comuns, como a mulher sentenciada a mais de 15 anos de prisão por rabiscar com batom uma estátua. A pena imposta a ela é maior do que a de muitos homicidas. Enquanto isso, corruptos que desviaram bilhões cumprem penas brandas ou conseguem brechas jurídicas. A Bíblia já alertava: “Não torcerás o juízo; não farás acepção de pessoas, nem tomarás suborno” (Deuteronômio 16:19). Mas o Brasil insiste em torcer a balança.

Esse é o retrato de uma nação adoecida: líderes que engordam na corrupção, instituições que punem seletivamente e um povo que chama de “jeitinho” aquilo que é, de fato, engano. Vivemos um ciclo de cinismo coletivo. Rimos das falcatruas, mas somos os pássaros presos dentro da gaiola. Esquecemos que “os lábios mentirosos são abominação ao Senhor” (Provérbios 12:22). O que parece vantagem é, na verdade, prisão espiritual e social.

Jeremias denunciou a podridão de sua geração, e sua voz atravessa os séculos. O Brasil precisa decidir se continuará sendo uma nação de casas cheias de engano e vazias de esperança, ou se terá coragem de romper com a mentira, escolhendo a verdade, a justiça e a dignidade como fundamentos. Como disse Jesus: “Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (João 8:32). Sem essa escolha, não haverá futuro livre nem para os governados, nem para os governantes.

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O céu reconhece os que não buscam aplausos


Vladimir Chaves

A história bíblica nos ensina que os verdadeiros escolhidos não constroem sua trajetória por meio de bajulações ou autopromoções, mas pela confiança firme no Deus que chama, sustenta e exalta no tempo certo.

Eliseu, ao seguir Elias, não buscou o favor humano, nem tentou manipular a situação para herdar sua posição. Pelo contrário, manteve-se fiel, servindo e acompanhando o profeta, até que Deus mesmo confirmou sua escolha concedendo-lhe porção dobrada do Espírito (2 Reis 2:9-15). Foi a fidelidade e não a bajulação que abriu caminho para a unção.

Da mesma forma, José não precisou se autopromover diante do faraó nem se vangloriar de seus dons. Foi no silêncio da prisão, na humilhação e na aparente derrota que Deus o moldou para governar. Quando chegou o tempo, o Senhor mesmo abriu as portas e o fez sentar-se no trono do Egito, para cumprir seus propósitos:

“Não fostes vós que me enviastes para cá, e sim Deus, que me pôs por pai de Faraó, e por senhor de toda a sua casa, e como governador em toda a terra do Egito” (Gênesis 45:8).

A Bíblia é clara: os escolhidos não vivem em busca de aplausos, pois sabem que a aprovação do Céu é suficiente.

“Porque não é aprovado quem a si mesmo se recomenda, mas aquele a quem o Senhor recomenda” (2 Coríntios 10:18).

Assim, quando Deus decide levantar alguém, nenhuma barreira humana pode impedir. Ele é Aquele que abre e ninguém fecha, e fecha e ninguém abre (Apocalipse 3:7). Nenhuma porta fechada pelo homem pode resistir ao decreto divino.

Portanto, o segredo não está em conquistar visibilidade diante dos homens, mas em permanecer fiel diante de Deus. O tempo de Deus é perfeito, e quando chega a hora, não há força contrária capaz de frustrar seu plano.

“Humilhai-vos, pois, debaixo da potente mão de Deus, para que, a seu tempo, vos exalte” (1 Pedro 5:6).

quarta-feira, 17 de setembro de 2025

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Cristo alcança os que o mundo ignora


Vladimir Chaves


Aqueles que o mundo despreza, Jesus busca. Nas ruas, nos becos, nos corações quebrantados e invisíveis aos olhos humanos, o Evangelho se revela em sua força mais pura. Mateus 5:3-4 nos lembra: “Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus. Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados.” Enquanto o mundo rejeita, Cristo alcança; onde há exclusão, Ele abre caminhos de redenção.

Evangelho que não confronta é ilusão. Conforto sem cruz é mentira. Muitos buscam uma fé que apenas acalme, sem exigir mudança real. Mas Jesus não nos chamou para sermos fãs, e sim discípulos. Lucas 14:27 é claro: “E qualquer que não levar a sua cruz e não vier após mim não pode ser meu discípulo.” Quem prega apenas alívio espiritual está pregando um Cristo domesticado.

A igreja enfrenta uma escolha: formar discípulos ou deixar que o mundo molde reféns. Romanos 12:2 diz: “Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente.” Um discípulo é corajoso, ativo e transformado; um refém é confortável e acomodado. A igreja verdadeira chama à conversão, confronta a superficialidade e molda vidas segundo Cristo.

Alcançar os excluídos é uma convocação radical. Amar os rejeitados, enfrentar o pecado e proclamar a verdade sem meias palavras. Marcos 16:15 nos lembra: “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura.” Não há neutralidade, não há conforto permanente: ou a igreja forma discípulos que transformam o mundo, ou o mundo continuará formando reféns sem esperança.

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Política, fiéis e Cristo – Qual deve ser a postura da igreja?


Vladimir Chaves

A vida cristã não pode estar dissociada da vida em sociedade. O apóstolo Paulo, em Romanos 13:7, já nos ensinava que devemos dar “a cada um o que lhe é devido: imposto a quem imposto, tributo a quem tributo, temor a quem temor, honra a quem honra”. Ou seja, a política faz parte da vida em sociedade e, por consequência, também da vida do cristão. Como sal e luz no mundo (Mt 5:13-16), o discípulo de Cristo é chamado a exercer influência em todos os âmbitos, inclusive no político, que molda leis, costumes e valores de uma nação.

A Escritura nos oferece exemplos de servos de Deus que atuaram em posições de governo: José, que como governador do Egito preservou vidas em tempos de crise; Ester, que como rainha da Pérsia intercedeu pelo seu povo; e Daniel, que mesmo em meio a impérios pagãos, permaneceu fiel e foi referência de integridade e sabedoria. Esses testemunhos mostram que a presença do justo em lugares de poder é não apenas legítima, mas necessária.

Infelizmente, durante muito tempo a omissão política da igreja evangélica abriu espaço para que ateus, ímpios e imorais ocupassem o poder, moldando leis e valores contrários à cultura judaico-cristã. Essa omissão não foi neutra, mas colaborou para a ascensão de ideologias e lideranças que afrontam a fé e a moral bíblica. Nos últimos anos, contudo, observa-se um amadurecimento: muitos cristãos têm despertado para a necessidade de participar e se posicionar. Mas ainda é preciso aprofundar a consciência política, aprendendo a distinguir entre vocação pública e politicagem, lembrando sempre que a atuação deve ser feita com temor a Deus.

O alerta de Paulo à igreja de Corinto permanece atual: “Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis... que comunhão tem a luz com as trevas?” (2Co 6:14-15). Esse princípio nos chama à coerência. Não é aceitável apoiar políticos ou partidos cujas bandeiras afrontam diretamente as convicções cristãs, especialmente aqueles que defendem ideologias contrárias à fé, como o comunismo, que historicamente perseguiu a igreja e substituiu a confiança em Deus pela idolatria ao Estado.

Todavia, é igualmente necessário estabelecer limites éticos. O púlpito da igreja não é palanque eleitoral. O espaço de culto deve ser preservado para a adoração e a pregação da Palavra. Misturar campanha política com liturgia é desvirtuar a missão da igreja. Entretanto, líderes espirituais têm sim a responsabilidade de instruir os fiéis a observarem propostas, estatutos partidários e trajetórias de candidatos sob a ótica bíblica, lembrando da advertência de Isaías 5:20: “Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem mal”.

Outro ponto essencial é não depositar a esperança em políticos. Ainda que Deus levante homens e mulheres íntegros para governar, a confiança final do cristão jamais deve se deslocar de Cristo. Nossa identidade é espiritual, e perder isso é cair na idolatria política. A atuação política deve ser exercida com discernimento, equilíbrio e sabedoria, reconhecendo que a igreja não pode se ausentar da arena pública, mas também não pode confundir missão espiritual com militância partidária.

Portanto, a igreja é chamada a ocupar seu espaço na sociedade, influenciando-a positivamente, sem negociar seus valores eternos nem ceder ao pragmatismo. Cabe ao cristão ser voz profética, critério de luz em meio às trevas, exemplo de integridade e esperança. Afinal, somente quando a política é iluminada pela fé é que ela deixa de ser instrumento de corrupção e se torna instrumento de justiça.

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Assim foi e assim continuará: quem produz sempre incomoda.


Vladimir Chaves

A Bíblia mostra claramente que a vida frutífera do cristão não passa despercebida. O verdadeiro discípulo de Cristo, ao produzir frutos que glorificam a Deus, inevitavelmente desperta incômodo em um mundo que prefere a esterilidade espiritual.

Jesus afirmou: “Eu sou a videira verdadeira, e o meu Pai é o agricultor. Todo ramo que, estando em mim, não der fruto, ele o corta; e todo que dá fruto limpa, para que produza mais fruto ainda.” (João 15:1-2)

Ou seja, quem está em Cristo não pode viver uma vida infrutífera. O fruto é sinal de vida espiritual. Mas exatamente por produzir fruto, o cristão se torna alvo de resistência, críticas e até perseguições.

Paulo disse a Timóteo: “Ora, todos quantos querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos.” (2 Timóteo 3:12)

Esse incômodo não vem apenas do mundo, mas também de pessoas religiosas. José, por exemplo, foi odiado pelos irmãos por ser alguém com sonhos e propósito (Gênesis 37:4-5). Da mesma forma, Daniel foi perseguido não por viver em pecado, mas porque sua excelência incomodava os adversários (Daniel 6:3-4).

Produzir incomoda porque:

Revela contraste: A luz sempre incomoda as trevas. Jesus declarou: “E a condenação é esta: a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más.” (João 3:19)

Exige mudança: A vida frutífera denuncia a esterilidade alheia. Quem não produz prefere atacar quem produz, em vez de se arrepender.

Mostra fidelidade: A fidelidade ao Senhor traz frutos que incomodam quem vive apenas de aparência.

Contudo, Jesus nos anima: “Nisto é glorificado meu Pai, que deis muito fruto; e assim sereis meus discípulos.” (João 15:8)

Portanto, se a sua vida em Cristo tem causado incômodo, não desanime. Isso é sinal de que você está produzindo frutos que glorificam a Deus. O incômodo é inevitável, mas o fruto permanece para a eternidade.

“De modo que nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas Deus, que dá o crescimento.” (1 Coríntios 3:7)

terça-feira, 16 de setembro de 2025

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A emoção que engana e o perigo da ignorância no coração


Vladimir Chaves

Muitos cristãos vivem uma fé limitada à emoção. Sentem o coração arder nos cultos, cantam, louvam e se emocionam, mas ao primeiro desafio ou tentação da semana, tropeçam e se desviam. Esse é o cristão espiritualmente cego: aquele que confunde sentimento com convicção. Paulo nos alerta: “Oro também para que os olhos do coração de vocês sejam iluminados, a fim de que conheçam a esperança para a qual ele os chamou” (Efésios 1:18).

A cegueira espiritual não se mede pela frequência à igreja ou pela leitura da Bíblia, mas pelo coração que não obedece. Ló escolheu as planícies férteis de Sodoma, encantado pelo que via, mas não percebeu que conduzia sua família à destruição (Gênesis 13:10-13). Muitos trocam o eterno pelo imediato, vendendo a alma por prazeres passageiros e justificando suas escolhas com palavras bonitas.

O diabo não precisa arrancar a Bíblia de suas mãos; basta embaçar seus olhos espirituais, fazendo com que você leia sem ver ou veja e não compreenda. Ele não precisa transformar alguém em ateu; basta mantê-lo cego dentro da igreja. Isaías 59:10 descreve essa realidade: “Nós andávamos às cegas, todos nós, sem visão; caminhávamos como se estivéssemos tateando às mãos, guiando-nos como os cegos; todos nós tropeçávamos a cada passo.”

Abrir os olhos do coração é uma decisão que exige obediência e arrependimento. Quem enxerga espiritualmente discerne entre o certo e o errado e resiste às seduções do mundo (Efésios 5:15-17). Não adianta cantar santidade no domingo e ceder ao pecado na segunda-feira; essa duplicidade só prolonga a queda.

A verdade é direta: ou você pede a Deus para abrir seus olhos agora, ou continuará tropeçando nas mesmas armadilhas, confundindo o mal com o bem e o bem com o mal. Salmos 119:105 nos lembra: “Lâmpada para os meus pés é a tua palavra e luz para o meu caminho.” Sem essa luz, cada escolha é um risco. A fé verdadeira se mede pela obediência diária e coragem de seguir a luz que salva.

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Não despreze o material que Deus trouxe


Vladimir Chaves

Em Êxodo 25, Deus ordenou a Moisés que o povo trouxesse ofertas para a construção do tabernáculo, o lugar onde Ele habitaria entre eles: “E me farão um santuário, e habitarei no meio deles” (Êxodo 25:8). O tabernáculo seria erguido com materiais preciosos, trabalhados por homens que receberam habilidade do Espírito para transformar matéria bruta em algo digno da presença do Senhor.

No Novo Testamento, essa realidade aponta para a igreja. Hoje, o santuário não é feito de madeira, ouro ou pedras, mas de vidas compradas pelo sangue de Cristo. Paulo lembra: “Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?” (1 Coríntios 3:16). Cada pessoa que chega à igreja é uma “pedra viva”, parte do templo que Deus edifica.

Essas vidas, porém, não chegam prontas. São pedras brutas, cheias de marcas e imperfeições. A missão da igreja é lapidá-las com amor e paciência, revelando nelas o brilho de Cristo. Assim como no passado Deus deu dons a Bezalel e Aoliabe para trabalhar o tabernáculo (Êxodo 31:1-6), hoje Ele capacita os seus servos para cuidarem de cada alma com sabedoria.

O erro de muitos é julgar o material que chega, esquecendo que cada vida foi adquirida por Cristo: “Porque fostes comprados por bom preço” (1 Coríntios 6:20). Se a lapidação não acontece, a culpa não é da pedra, mas do artífice que não soube usar a ferramenta certa: o amor. O papel da igreja não é selecionar os melhores, mas acolher todos os que Deus traz.

Portanto, o verdadeiro santuário que Deus está construindo hoje não são paredes de pedra, mas corações restaurados. Cabe à igreja amar, lapidar e preparar esses materiais vivos, lembrando sempre que a obra é de Cristo. Quem rejeita ou despreza vidas, constrói templos de pedra, mas não participa do templo eterno que o Senhor edifica para Si.

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O espírito e a edificação nos tempos finais


Vladimir Chaves

Nos tempos finais, a vida cristã exige mais do que fé; exige sensibilidade ao Espírito Santo. Pois a verdadeira edificação da Igreja não depende apenas de atividades externas, mas da ação transformadora do Espírito em nossas vidas.

Quando confiamos em nossas próprias forças, corremos o risco de perder a direção divina. É o Espírito Santo quem fortalece, orienta e capacita os cristãos a permanecer firmes na fé e a cumprir a missão de testemunhar o evangelho, mesmo em meio aos desafios do mundo atual.

Este é um convite para refletirmos: como está nossa relação com o Espírito Santo? Estamos atentos à Sua direção? A oração, a obediência e a sensibilidade ao Seu mover são essenciais para que a Igreja esteja preparada para a volta de Cristo.

segunda-feira, 15 de setembro de 2025

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A igreja que canta muito, mas adora pouco


Vladimir Chaves

Há tempos em que a linha que separa o sagrado do profano vem sendo diluída de forma preocupante. O que deveria ser reverenciado como expressão exclusiva de culto a Deus vem sendo relativizado e transformado em entretenimento. A Bíblia é clara ao nos alertar: “Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento” (Romanos 12:2). No entanto, vemos a igreja se adaptando cada vez mais às exigências da cultura, perdendo a distinção que deveria marcá-la como povo santo.

Um dos sinais mais evidentes dessa descaracterização está no louvor congregacional. Corinhos simples e espirituais, outrora cantados com devoção, recebem roupagens de forró, frevo, samba, axé e até rock. O que deveria edificar torna-se apenas ritmo contagiante, confundindo emoção com adoração. Paulo já advertia: “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas convêm; todas as coisas me são lícitas, mas nem todas edificam” (1 Coríntios 10:23). Ao ignorar essa verdade, substituímos a edificação espiritual pelo mero prazer estético.

Esse problema se agrava ainda mais quando pensamos nas novas gerações. Crianças que deveriam ser ensinadas a valorizar a riqueza espiritual da Harpa Cristã (patrimônio de fé que moldou a devoção de nossos pais) são incentivadas a cantar músicas moldadas em ritmos profanos. A consequência é clara: cresce uma geração que não reconhece o valor da herança espiritual recebida. A Palavra, no entanto, ensina: “Instrui o menino no caminho em que deve andar, e até quando envelhecer não se desviará dele” (Provérbios 22:6).

Ao transformar o louvor em espetáculo e o culto em palco de entretenimento, perde-se o foco da verdadeira adoração. Canta-se muito, mas adora-se pouco; emociona-se a carne, mas não se quebranta o espírito. Jesus advertiu a respeito dessa falsa adoração ao dizer: “Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim” (Mateus 15:8). É exatamente isso que acontece quando a igreja se deixa seduzir por estilos mundanos em vez de preservar a reverência devida ao Senhor.

É urgente recuperar a essência da adoração, devolvendo ao culto sua centralidade em Deus. Precisamos resgatar o valor da Harpa Cristã, da simplicidade do louvor e do temor ao Senhor, para que nossas canções sejam ofertas santas e não espetáculos profanos. Como diz o salmista: “Cantai ao Senhor um cântico novo; cantai ao Senhor, todos os moradores da terra” (Salmo 96:1). Só assim a igreja poderá se distinguir do mundo e oferecer a Deus um culto que seja em espírito e em verdade (João 4:24).

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A ética Cristã


Vladimir Chaves

A ética cristã é o campo da teologia que orienta a conduta do crente a partir da revelação divina. Diferente da ética filosófica, que se baseia em consensos humanos e mutáveis, a ética cristã tem como fundamento absoluto a Palavra de Deus, que permanece para sempre (Mt 24:35). O apóstolo Paulo, em 1 Coríntios 10:23, afirma que todas as coisas são lícitas, mas nem todas convêm ou edificam, mostrando que a liberdade cristã é regulada pela santificação, pelo amor e pela responsabilidade diante de Deus e da comunidade.

Desde o Antigo Testamento, a ética do povo de Deus está ligada à obediência a princípios imutáveis. O Decálogo (Êx 20:1-17) expressa a lei moral divina; os profetas denunciaram injustiça e idolatria, chamando à fidelidade; e no Novo Testamento, o Sermão do Monte (Mt 5–7) apresenta o mais alto ideal moral, abordando temas como pureza, perdão, generosidade e amor. Os Evangelhos mostram Cristo como modelo de vida santa (Mc 10:42-45), enquanto as epístolas aplicam os princípios do Reino às relações familiares, sociais e espirituais, destacando que a nova vida no Espírito substitui as obras da carne (Cl 3:5; Gl 5).

A ética cristã é também escatológica: projeta a vida presente à luz do Reino vindouro. A história bíblica mostra que a desobediência à lei moral trouxe juízo a Israel, e essa advertência permanece atual. Em tempos de relativismo e distorções da graça, a Igreja é chamada a permanecer firme, lembrando que toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para instruir em justiça (2 Tm 3:16-17).

Assim, a ética cristã não é mero código de normas, mas expressão prática da fé em Cristo. Ela chama o cristão a ser sal da terra e luz do mundo (Mt 5:13-14), vivendo em santidade e testemunhando que os princípios imutáveis da Palavra continuam sendo o fundamento seguro para uma vida justa, santa e cheia de amor.

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As ressurreições que revelam o poder de Deus


Vladimir Chaves

Ao longo da Bíblia, encontramos registros de pessoas ressuscitadas como testemunho do poder de Deus sobre a vida e a morte. Todas voltaram à vida comum e morreram novamente. Somente Jesus venceu a morte de forma definitiva, inaugurando a esperança da ressurreição eterna para todos os que creem.

Ressurreições no Antigo Testamento

Filho da viúva de Sarepta

Quem realizou: Elias

Referência: 1 Reis 17:17-24

Mostra o cuidado de Deus em tempos de fome e reafirma o papel do profeta como porta-voz do Senhor.

Filho da sunamita

Quem realizou: Eliseu

Referência: 2 Reis 4:32-37

Reafirma que a vida pertence ao Senhor e que Deus cumpre suas promessas aos fiéis.

Homem lançado na sepultura de Eliseu

Quem realizou: Deus, através dos ossos de Eliseu

Referência: 2 Reis 13:21

Demonstra que o poder de Deus é maior que a morte, mesmo após a morte do profeta.

Ressurreições nos Evangelhos

Filha de Jairo

Quem realizou: Jesus

Referência: Marcos 5:35-43

Revela a autoridade de Cristo sobre a morte e fortalece a fé em momentos de luto.

Filho da viúva de Naim

Quem realizou: Jesus

Referência: Lucas 7:11-17

Mostra a compaixão de Cristo e o poder do Reino de Deus em favor dos aflitos.

Lázaro

Quem realizou: Jesus

Referência: João 11:1-44

Confirma que Jesus é “a ressurreição e a vida” e antecipa Sua própria vitória sobre a morte.

A Ressurreição de Cristo

Jesus Cristo

Quem realizou: Deus Pai, pelo Espírito Santo

Referência: Mateus 28; Marcos 16; Lucas 24; João 20

Jesus ressuscitou com corpo glorificado, tornando-se o primogênito dentre os mortos e inaugurando a vida eterna para todos que creem.

Ressurreições na Igreja Primitiva

Tabita

Quem realizou: Pedro

Referência: Atos 9:36-41

Mostra o cuidado de Deus com sua igreja e recompensa o serviço fiel.

Êutico

Quem realizou: Paulo

Referência: Atos 20:9-12

Demonstra a continuidade do poder de Deus operando através dos apóstolos e fortalece a fé da comunidade.

Um acontecimento singular

Muitos santos ressuscitados em Jerusalém

Quem realizou: Deus, após a vitória de Cristo

Referência: Mateus 27:52-53

Mostra que a vitória de Jesus sobre a morte teve efeitos imediatos e cósmicos, inaugurando uma nova era.

Todas as ressurreições bíblicas apontam para a maior de todas: a de Jesus Cristo. Ele abriu o caminho da vida eterna, garantindo que todos os que creem n’Ele experimentarão a mesma vitória sobre a morte, com corpos incorruptíveis na presença de Deus.

 

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Vigiai e tende azeite


Vladimir Chaves

Não basta ter a lâmpada; é preciso também ter o azeite. O brilho pode enganar, mas apenas a reserva sustenta até o fim. Como Jesus disse em Mateus 25:4, “as prudentes levaram azeite em suas vasilhas, com as suas lâmpadas”. A luz que impressiona não garante resistência; o que nos mantém firmes é a intimidade com Deus, cultivada em oração, Palavra e obediência silenciosa.

O azeite simboliza a presença do Espírito, aquela força que nos sustenta nas longas noites, quando tudo parece escuro. A fé verdadeira não se revela na aparência, mas na perseverança e na profundidade do coração que permanece aceso, mesmo quando ninguém vê.

Que possamos viver com lâmpadas acesas e azeite suficiente, conscientes de que o brilho passageiro não salva, mas a reserva interior nos mantém firmes até o encontro com o Senhor. Como Ele prometeu: “Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida” (João 8:12).

domingo, 14 de setembro de 2025

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A urgência dos tempos finais preparem-se para a volta de Cristo


Vladimir Chaves

Os sinais dos tempos finais já se manifestam claramente aos nossos olhos. Guerras, pestes, fome, crises espirituais, o esfriamento do amor e a multiplicação da iniquidade confirmam o cumprimento das profecias descritas em Apocalipse e nas palavras de Jesus em Mateus 24. Esses acontecimentos são um alerta para a Igreja se preparar para a volta de Cristo.

Diante desse cenário, Deus não espera uma igreja apática, mas uma igreja fervorosa. Ele deseja um povo cheio do Espírito, que viva com ardor, consagração e zelo. Não há espaço para a mornidão espiritual, pois Jesus advertiu que os mornos seriam rejeitados (Ap 3:16). A fé deve ser viva, ardente e perseverante.

A Escritura revela que, nos tempos finais, o Espírito Santo atuará com intensidade plena. Em Apocalipse, Ele é chamado de os sete Espíritos de Deus (Ap 1:4; 4:5), simbolizando perfeição e plenitude. As sete tochas de fogo representam o Espírito sete vezes intensificado, capacitando a Igreja a permanecer firme diante da crescente iniquidade.

Se a iniquidade aumenta em proporções assustadoras, é indispensável que intensifiquemos nossa vida no Espírito. Sem oração fervorosa, estudo diário da Palavra e uma vida marcada pela entrega total, não conseguiremos resistir. O mundo caminha para a decadência total, mas, em meio à escuridão, a Igreja será edificada e sustentada pelo poder do Espírito Santo.

Por isso, somos chamados a uma comunhão mais intensa com Deus. O Espírito deseja aquecer nossos corações e nos manter vigilantes. A vitória contra a apostasia só será possível para aqueles que se enchem continuamente do Espírito. O Senhor está às portas; que sejamos encontrados fiéis, cheios de fervor, santidade e esperança na volta gloriosa de Cristo.

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Brasil na batalha invisível contra as trevas


Vladimir Chaves

O Brasil atravessa um período delicado que vai muito além das crises políticas, econômicas ou sociais. O que se observa é um ataque espiritual sem precedentes. Satanás tem se levantado para semear mentiras, injustiças, divisões e desânimo, buscando desviar o povo de Deus do caminho da verdade. Esse conflito se manifesta na degradação de valores, na corrupção, na injustiça institucionalizada, na violência e na infiltração de ideologias que afrontam os princípios bíblicos.

"Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas sim poderosas em Deus, para destruição das fortalezas; destruindo raciocínios e toda altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo entendimento à obediência de Cristo." 2 Coríntios 10:4-5

Este versículo nos ensina que a verdadeira luta não é travada com argumentos humanos, mas com fé, oração e obediência à Palavra de Deus.

O momento atual é uma prova para o Brasil e os cristãos têm o dever de unir-se em oração, discernimento e ação espiritual, resistindo à potestade das trevas que tenta dominar corações, mentes e instituições. A fé deve ser mantida, não como um refúgio passivo, mas como uma força ativa que clama por justiça, verdade e libertação.

A esperança é uma certeza fundamentada em Deus. Ainda que a nação pareça imersa em trevas, a luz da verdade jamais será apagada. O Senhor promete não abandonar o seu povo e garantir a vitória sobre as forças malignas.

"Levanta-te, resplandece, porque é chegada a tua luz, e a glória do Senhor nasce sobre ti." Isaías 60:1

Portanto, a crise atual não deve ser motivo de desânimo, mas um chamado à vigilância e à ação espiritual. O Brasil está sendo colocado à prova, e somente aqueles que permanecerem firmes na fé e na unidade em Cristo serão instrumentos de libertação, capazes de transformar trevas em luz e estabelecer a verdade em meio à confusão.

sábado, 13 de setembro de 2025

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As sete tochas e o exercício do nosso espírito


Vladimir Chaves


“Diante do trono ardiam sete tochas de fogo, que são os sete Espíritos de Deus.” Apocalipse 4:5

Essas sete tochas representam a plenitude do Espírito Santo, descrito em Isaías 11:2 como Espírito de sabedoria, entendimento, conselho, fortaleza, conhecimento, temor do Senhor e o próprio Espírito do Senhor. Não são sete Espíritos diferentes, mas um único Espírito manifestado em plenitude, sete vezes intensificado.

Quando exercitamos o nosso espírito em oração, adoração e comunhão com Deus, nos tornamos um com esse Espírito sete vezes intensificado. É como se o fogo das sete tochas começasse a queimar dentro de nós. Esse fogo não apenas ilumina o caminho, mas também purifica, fortalece e desperta uma experiência mais intensa com Deus.

Esse exercício do espírito não é um esforço natural, mas uma abertura diária para a ação do Espírito Santo. Quando oramos, buscamos a Palavra e nos rendemos à vontade de Deus, estamos permitindo que o Espírito arda em nós como uma chama que não se apaga.

As sete tochas diante do trono, portanto, não são apenas uma visão celestial distante, mas uma realidade disponível para nós hoje. Quanto mais exercitamos nosso espírito, mais experimentamos esse fogo que vem de Deus, até que toda a nossa vida se torna um reflexo da luz do Espírito diante do mundo.

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Erika Kirk: Quando a dor se transforma em grito de fé


Vladimir Chaves

Em meio à dor mais profunda que uma esposa pode carregar, Erika Kirk ergueu sua voz em clamor: “A guerra espiritual é real.” Essas palavras, ditas com o coração marcado pela perda do marido, Charlie Kirk, assassinado brutalmente por um extremista de esquerda, ecoam como um grito de guerra que ressoará em todo o mundo.

O diabo pensa que a morte pode interromper o avanço da verdade, mas, na realidade, ela apenas a torna ainda mais poderosa. Foi assim nos dias da igreja primitiva, quando os cristãos perseguidos afirmavam com convicção: “O sangue dos mártires é a semente da igreja.” Quanto mais o mal tenta sufocar a luz, mais forte a chama da fé se levanta.

Erika não fala apenas como viúva, mas como uma guerreira da fé. Com coragem impressionante, declarou: “Mas graças a Deus, que nos dá a vitória por meio de nosso Senhor Jesus Cristo” (1 Coríntios 15:57). O inimigo quer silenciar a voz dos filhos de Deus porque teme o poder que carregam, mas não pode impedir que a verdade floresça, mesmo em meio às cinzas.

Charlie Kirk não apenas pregava uma mensagem — ele encarnava um propósito e um chamado. E por viver essa verdade até o fim, pagou com a própria vida. Assim como ele, cada cristão precisa entender que seguir a Cristo custa tudo. Mas não há motivo para temer: a vitória já foi conquistada na cruz.

A batalha espiritual não começou ontem; ela atravessa milhares de anos de história. A questão que permanece diante de cada geração é simples e inevitável: de que lado você está? Vai se esconder com medo ou vai se levantar para lutar?

O mundo clama por respostas, e Deus espera pelo seu "sim". Pois quando um servo cai, outro se levanta. A voz que tentaram silenciar em Charlie Kirk agora ressoa ainda mais forte através do testemunho vivo de Erika — e de todos aqueles que não se calam diante das trevas.

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“Para que você aprendesse a ouvir a minha voz”


Vladimir Chaves

Quantas vezes nos perguntamos por que precisamos passar por dores, perdas e provações? A alma clama em meio ao sofrimento: “Senhor, por que eu?”. A resposta de Deus, no entanto, não aponta para o acaso ou para a injustiça, mas para um propósito: as provações não são castigos, mas escolas espirituais onde aprendemos a ouvir a voz d’Ele.

A Palavra afirma: “Meus irmãos, tende por motivo de toda alegria o passardes por várias provações, sabendo que a aprovação da vossa fé produz perseverança” (Tiago 1:2-3). O sofrimento não vem para nos destruir, mas para nos moldar. A fé que não é provada continua imatura; mas a fé testada torna-se firme como o ouro refinado no fogo (1 Pedro 1:7).

Muitas vezes nos tornamos surdos à voz de Deus, mas é no deserto que Ele cala as distrações e nos ensina a depender somente d’Ele. Foi assim com Israel: antes de entrar na Terra Prometida, tiveram que atravessar o deserto para aprender que “nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca do Senhor” (Deuteronômio 8:3).

Deus permite que enfrentemos vales sombrios para que nossos ouvidos espirituais sejam abertos. Jó, após perder tudo, não apenas ouviu falar de Deus, mas declarou: “Com o ouvir dos meus ouvidos ouvi, mas agora te veem os meus olhos” (Jó 42:5). O sofrimento o levou a uma experiência mais profunda e íntima com o Senhor.

Assim também é conosco. As lágrimas que derramamos são o terreno onde a voz de Deus ecoa mais nítida. Ele nos chama à confiança, à rendição e ao aprendizado. Quando tudo parece ruir, percebemos que a única voz que resta ouvir é a d’Ele, e descobrimos que essa voz sempre foi suficiente.

Portanto, quando questionamos: “Por que, Senhor, tive que passar por isso?”, a resposta do céu ecoa com ternura e firmeza: “Para que você aprendesse a ouvir a minha voz”.

E, uma vez que aprendemos a ouvir, não somos mais os mesmos. Caminhamos mais firmes, falamos com mais sabedoria, vivemos com mais fé e aprendemos a descansar na certeza de que a voz de Deus não apenas nos guia, mas também nos sustenta.

“As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem” (João 10:27).

sexta-feira, 12 de setembro de 2025

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Deus não nos julgará pelas nossas leis e padrões de vida, seremos julgados pelas leis Dele


Vladimir Chaves

Nem tudo que parece certo aos nossos olhos tem a aprovação de Deus, nos tempos atuais a sociedade tem relativizado isso, tentando normaliza o que a Palavra chama de pecado e ainda aplaude quem se rebela contra o Criador. Mas a Escritura é clara: “Há caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele conduz à morte” (Provérbios 14:12). O que parece certo aos nossos olhos não tem valor diante do justo Juiz.

O ódio, a mentira, a luxúria, a imoralidade sexual, a idolatria e a embriaguez podem até ser defendidos como “liberdade” pelos homens, mas diante de Deus são obras da carne que afastam o homem do Seu Reino. O apóstolo Paulo advertiu: “Não vos enganeis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus” (1 Coríntios 6:9-10).

Não haverá tribunal humano capaz de alterar o decreto divino. A sentença não será baseada em constituições terrenas, mas na Palavra eterna. Jesus disse: “Aquele que me rejeita, e não recebe as minhas palavras, já tem quem o julgue; a palavra que tenho pregado, essa o há de julgar no último dia” (João 12:48).

Portanto, ignorar a Bíblia, negligenciar seus ensinamentos e viver conforme os padrões deste mundo é cavar a própria condenação. O caminho mais seguro é o da obediência: “Sede cumpridores da palavra, e não somente ouvintes, enganando-vos com falsos discursos” (Tiago 1:22).

O amor de Deus nos oferece a graça em Cristo, mas sua justiça não será corrompida. O mesmo Deus que perdoa o arrependido condenará o obstinado no pecado. Por isso, conhecer e praticar a Palavra é o caminho mais prático, e o único seguro, para não ser condenado.

“Porque importa que todos nós compareçamos perante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem, ou mal” (2 Coríntios 5:10).

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Aceito perder qualquer coisa, menos a presença de Deus. Para mim Deus é tudo!


Vladimir Chaves

Posso dizer com toda certeza: já perdi muitas coisas na vida. Já vi portas se fecharem, já senti pessoas se afastarem, já experimentei decepções que me fizeram chorar em silêncio. Mas, em meio a tudo isso, aprendi uma lição que carrego comigo: nada é mais precioso do que a presença de Deus.

Se eu tiver o Senhor comigo, ainda que tudo ao redor pareça estar em ruínas, tenho paz, esperança e forças para continuar. Foi isso que Moisés entendeu quando disse: “Se a tua presença não for conosco, não nos faças subir daqui” (Êxodo 33:15). Eu também cheguei a essa conclusão: de que adianta conquistar o mundo se eu perder a presença d’Ele?

Davi, em seu arrependimento, clamou: “Não me lances fora da tua presença, e não retires de mim o teu Espírito Santo” (Salmo 51:11). Esse é exatamente o meu clamor. Posso suportar perdas materiais, posso enfrentar a rejeição, mas não suportaria viver longe do Senhor.

Paulo declarou que tudo o que tinha era perda diante do valor de conhecer a Cristo (Filipenses 3:7-8). E hoje eu entendo isso na prática. Para mim, Deus não é apenas parte da vida, Ele é a própria vida. Ele é o ar que respiro, a razão da minha esperança, o amigo que não me abandona.

Por isso afirmo: aceito perder qualquer coisa, menos a presença de Deus. Para mim, Deus é tudo! Sem Ele, eu nada sou, mas com Ele, mesmo no deserto, encontro forças para florescer.

quinta-feira, 11 de setembro de 2025

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Charlie Kirk: um jovem ousado que só se curvou a Deus


Vladimir Chaves

A morte de Charlie Kirk não pode ser lida apenas como o fim de uma trajetória pessoal, mas como uma convocação para todos aqueles que professam fé em Cristo. Ele não foi um mero ativista político, mas um homem que ousou confrontar a pressão cultural com firmeza bíblica. Fundador da Turning Point USA aos 18 anos, Kirk compreendeu cedo que a guerra das ideias não é neutra: ou se avança com convicção, ou se é engolido pela maré do silêncio e da acomodação.

Sua vida mostrou que não há compatibilidade entre a neutralidade e a fidelidade à Palavra de Deus. Neutralidade, nesse tempo, é cumplicidade. Kirk entendeu que o cristão é chamado a ocupar espaços: universidades, púlpitos, famílias, arenas políticas, como sal e luz. Se pastores se calam, se pais abrem mão de ensinar seus filhos a respeito da verdade, a cultura não fica vazia: ela é invadida por ideologias esquerdistas que relativizam o casamento, desprezam a vida e transformam a fé em algo irrelevante.

Por isso, seu legado não pode ser reduzido a homenagens póstumas. Ele é um alerta vivo de que coragem é a marca distintiva do cristão fiel. Pastores precisam deixar de lado o medo da rejeição e proclamar a autoridade das Escrituras com clareza. Famílias devem assumir o dever de formar filhos que não se envergonhem de defender a verdade. Jovens precisam erguer a bandeira do Evangelho em seus contextos sem medo da rotulagem cultural.

Charlie Kirk foi exemplo porque se recusou a viver no conforto do silêncio. Ele foi marido, pai, líder, mas acima de tudo, foi fiel ao chamado de não se dobrar diante das pressões de um tempo hostil. Sua voz ecoa ainda: “O futuro pertence àqueles que se recusam a ficar em silêncio”.

A questão que nos resta é: seguiremos calados, esperando que outros ocupem o lugar que nos cabe, ou responderemos ao chamado que ele encarnou com sua vida? O legado de Kirk é convocação. Deus nos colocou neste tempo para que, com coragem, proclamemos a verdade de Cristo. Não é hora de recuar. É hora de levantar.

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O vazio da religiosidade sem a Palavra


Vladimir Chaves

Precisamos reconhecer o valor da Bíblia, pois ela é a revelação da vontade de Deus e a lâmpada que guia nossos passos (Sl 119:105). Quando substituímos a Palavra por tradições humanas, discursos motivacionais ou experiências emocionais, corremos o risco de viver uma religiosidade vazia e sem frutos.

Em Apocalipse 22:12, Jesus alerta que voltará para recompensar a cada um segundo as obras. Isso mostra que não basta carregar o título de “crente”; é preciso dar frutos verdadeiros. E como discernir o que agrada a Deus sem conhecer as Escrituras? O Pai busca adoradores que o adorem em espírito e em verdade (Jo 4:23), mas isso só é possível quando temos a Palavra como fundamento.

A religiosidade sem frutos foi simbolizada pela figueira que tinha folhas, mas não fruto (Mc 11:13-14). Da mesma forma, práticas religiosas sem o conhecimento da Bíblia se tornam apenas aparência. Quem constrói a fé sem a Palavra está sobre areia, e não resistirá no dia da prova (Mt 7:26-27).

Se esperamos Aquele que vem em breve (Ap 22:7,12), precisamos nos firmar naquilo que já foi revelado. Sem a Escritura não há adoração verdadeira, nem frutos consistentes. A Bíblia é espada, alimento e vida; dela depende a diferença entre uma fé aparente e uma fé que permanece para a eternidade.

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Amar Cristo é viver as Escrituras


Vladimir Chaves

Jesus disse em João 14:23: “Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada”. Esse versículo revela de forma incontestável que o amor a Cristo não é um discurso vazio, nem uma emoção passageira. Amar a Cristo significa viver em obediência à Sua Palavra. E essa Palavra não é outra senão a Bíblia, a revelação escrita de Deus para nós.

Não se pode guardar aquilo que não se conhece. Muitos afirmam amar Jesus, mas não dedicam tempo à leitura da Bíblia. Como obedecer ao que nunca foi lido? Como viver aquilo que não se compreende? Amar a Cristo exige um compromisso diário de conhecer as Escrituras, estudá-las, meditá-las e aplicá-las. O cristão que não se alimenta da Palavra está espiritualmente desnutrido e corre o risco de viver uma fé distorcida, baseada em achismos, tradições ou modismos religiosos.

A promessa, porém, é gloriosa. Aos que amam e guardam a Palavra, o próprio Deus faz uma aliança de habitação: “meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada”. Não se trata de uma visita ocasional, mas de uma presença constante. O Pai e o Filho, pelo Espírito Santo, fazem da vida do crente obediente o seu templo.

Vivemos dias em que muitos buscam experiências extraordinárias, revelações novas e palavras proféticas, mas negligenciam o que já foi revelado nas Escrituras. O evangelho tem sido relativizado, e a obediência trocada por conveniência. Contudo, o ensino de Cristo permanece firme: não há amor verdadeiro sem obediência, e não há obediência sem conhecimento da Palavra.

Amar a Cristo é amar a Bíblia. Amar a Cristo é submeter-se às Escrituras. Amar a Cristo é viver aquilo que Deus já nos falou. Somente assim seremos verdadeiramente morada de Deus.

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