Petisco contaminado: Conselho Regional de Medicina Veterinária dá orientações do que fazer em caso de intoxicação de cães


Vladimir Chaves



O Conselho Regional de Medicina Veterinária da Paraíba (CRMV-PB) fez um alerta aos tutores de animais sobre a utilização de petiscos que estariam causando intoxicação e morte de animais.  O número de cães que morreram após o consumo dos alimentos não para de crescer e já foram registrados casos em 13 estados e o Distrito Federal.

A entidade explica que o composto químico encontrado nos petiscos é monoetilenoglicol, comumente utilizado como anticongelante, presente em produtos automotivos e em refrigeradores, e em sua forma pura costuma atrair animais por conta de seu sabor doce. O Conselho orienta procurar um médico veterinário aos primeiros sintomas e a realização de autopsia para identificar a causa da morte e servir como prova para futuras ações.

O presidente da CRMV-PB, o veterinário Cecílio Martins, destaca que os animais que ingeriram os produtos, segundo os relatos, apresentaram cansaço repentino, desconforto abdominal, diarréia, vômito e convulsões. “Esses são sintomas de intoxicação e a nossa orientação é que os tutores fiquem atentos aos sintomas e procurem orientação médica-veterinária com urgência”, disse, acrescentando que é recomendado suspender a utilização dos produtos até que o caso seja esclarecido.

Fases da intoxicação - O especialista explica que a primeira fase da intoxicação ocorre entre uma e três horas após a ingestão do produto contaminado o animal apresenta um andar cambaleante. Depois, ele fica apático e pode apresentar quadro de agressividade. Esta fase afeta o sistema nervoso central, tendo como sintomas também a queda da temperatura corporal e taquipenia – respiração rápida e rasa, ofegante. No segundo dia, após a ingestão, pode ocorrer náuseas, vômitos, ausência de urina e convulsões. Em menos de 72 horas pode ocorrera a morte do animal.

Serviço - Os petiscos identificados até o momento são: Dental Care, Every Day e a Petz Snack Cuidado Oral. Todos são de fabricação da empresa Bassar. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) determinou o recolhimento nacional de todos os lotes de produtos da Bassar. A pasta também interditou a fábrica da empresa, em Guarulhos (SP), até que sejam apresentadas todas as informações requeridas pela fiscalização. A Polícia Civil descobriu a contaminação de pelo menos uma das amostras coletadas por monoetilenoglicol – também chamado simplesmente por etilenoglicol.

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