“Governo Temer está no início do fim”, senador Cássio Cunha Lima.


Vladimir Chaves

O presidente do Senado em exercício, Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), afirmou nesta sexta-feira (7) que o governo Michel Temer está “no início do fim”. Cássio disse que o presidente da República não tem apoio popular e está perdendo sustentação no Congresso. Ele defendeu a entrega, pelo PSDB, dos cargos que ocupa na Esplanada dos Ministérios.

“Nós podemos estar diante do início do fim, porque o presidente Michel Temer não tem nenhum apoio popular. Não tem apoio dos setores organizados da sociedade. Ele se sustenta basicamente com o apoio parlamentar. Se no seu próprio partido esse apoio estremece, é claro que poderemos ter um colapso no governo, com um efeito dominó que poderá levar a um desfecho de acolhimento da ação penal” afirmou Cássio.

Para Cássio Cunha Lima, o governo “revela fragilidade” e “dá sinais de preocupação” ao propor a substituição de parlamentares na CCJC. Dos sete deputados do PSDB na comissão da Câmara, seis já se manifestaram pela abertura da investigação contra Temer.

O senador também disse que uma eventual delação premiada do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, preso em Curitiba, pode gerar “mais turbulência e mais tempestade para o governo”. De acordo com o presidente do Senado em exercício, a senha para o desembarque tucano pode ser a votação da reforma trabalhista no Plenário, marcada para a próxima terça-feira (11).

“A responsabilidade que nos impõe nesse momento é chegar até a votação da reforma trabalhista. E aí, ouvindo os deputados, pode ser que essa votação seja um marco, um momento importante para que isso aconteça” afirmou Cássio.

“O partido tem pago um preço político altíssimo por manter até aqui o apoio a um governo que é o mais impopular da história. O que o PSDB deve fazer é não abandonar os seus. Se é para fazer uma escolha entre abandonar a nossa bancada na Câmara ou abandonar os cargos confortáveis do governo, prefiro abandonar os cargos confortáveis” disse o senador.

Os tucanos comandam quatro ministérios no governo Temer: Relações Exteriores, Secretaria de Governo, Cidades e Direitos Humanos. Ainda assim, o senador defende o desembarque da base aliada.


Informações com Agência Senado.

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