Campina Grande descendo a “ladeira” no ranking das cidades inteligentes.


Vladimir Chaves

Dentre as cidades brasileiras monitoradas pela empresa Urban Systems, que foram avaliadas no ranking das cidades mais inteligentes, onde se assimilam o conceito de tecnologia aplicado ao bem-estar da população. Especialistas afirmam que a falta de transparência e a corrupção são grandes entraves aos projetos das smart cities. Neste sentido a gestão do prefeito Romero Rodrigues (PSDB) em Campina Grande, foi a que apresentou a maior queda no ranking.

Cidades inteligentes são as que conseguem se desenvolver economicamente ao mesmo tempo em que aumentam a qualidade de vida dos habitantes ao gerar eficiência nas operações urbanas, contando com a modernização para isso. Exemplos de uso das tecnologias digitais nas cidades incluem os pontos de ônibus inteligentes, que oferecem aos usuários previsões em tempo real da chegada do próximo ônibus e estacionamentos que identificam a presença de carros por meio de uma combinação de sensores de presença e comunicação sem fio, que possibilita aos condutores saber a disponibilidade de vagas em tempo real.

Na Paraíba, para as duas maiores cidade do Estado, João Pessoa e Campina Grande essa realidade está bem distante. A capital paraibana aparece em 47ª posição no ranking nacional das Smart Cities este ano, mantendo a queda que ocorreu de 2015 para 2016, quando passou de 29º para a atual posição. Já Campina Grande caiu da 84ª posição, em 2016, para 97ª este ano.

Para o presidente da Associação Nacional para Inclusão Digital (ANID), Percival Henriques é preciso começar do zero para que uma mudança ocorra, nessas cidades. Percival crê que uma Cidade Inteligente pode fazer as pessoas pouparem tempo e correrem menos riscos. “Se a pessoa sabe o horário exato que um ônibus vai passar, ela vai pra lá somente na hora, não precisa ficar meia hora esperando correndo o risco de ser assaltada. A mesma coisa num hospital, se as pessoas têm acesso ao movimento do local, já nem perde tempo indo lá e vai para outro, que possa atendê-lo mais rapidamente”, diz ele, que também alerta que o novo modelo pode servir também para identificar epidemias, através de agentes de saúde quando identificam algum caso de enfermidade endêmica.

As cidades mais bem colocadas estão, em sua maioria, na região Sudeste com 6 elencadas, seguida pela região Sul (2), Centro-Oeste e Nordeste, cada uma com 1 cidade. Os municípios da região Norte não se classificaram entre as 10 melhores colocadas, mas têm a capital de Tocantins, Palmas, com a melhor posição da região nos eixos de Urbanismo, Saúde, Educação e Governança.

As cinco primeiras colocadas são: 1º lugar São Paulo, 2º lugar Curitiba, 3º lugar Rio de Janeiro, 4º lugar Belo Horizonte e 5º lugar Vitória.


Da redação com Correio da Paraíba

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