Pacote de maldades do Dilma II: Saiba o que muda na vida dos trabalhadores.


Vladimir Chaves

Apesar de ter sido eleita prometendo não mexer em direitos trabalhista, as primeiras medidas provisórias (MPs) do “Governo Dilma II” suprime e cria barreiras aos direitos trabalhistas.

Confira o que muda

ABONO SALARIAL

HOJE
É pago ao trabalhador que recebeu até dois salários mínimos e que tenha trabalhado pelo menos 30 dias no ano-base

O QUE MUDA?
Elevar a carência de um mês para seis meses ininterruptos de trabalho no ano-base

O abono passa a ser pago proporcionalmente ao tempo trabalhado no ano-base (da mesma forma como o 13º salário)

SEGURO-DESEMPREGO

HOJE
Período de carência para acessar o seguro-desemprego é de seis meses empregado ininterruptamente

O QUE MUDA?
O governo vai elevar o período de carência de seis meses para 18 meses para a primeira solicitação do seguro, para 12 meses na segunda solicitação e manter em seis meses para a terceira solicitação

SEGURO-DEFESO

HOJE
O seguro-defeso é um benefício de um salário mínimo para os pescadores que exercem atividade exclusiva e de forma artesanal
O benefício é dado ao pescador quando a espécie que ele pesca entra no período de defeso

O QUE MUDA?
O governo vai vedar acúmulo de benefícios assistenciais e previdenciários de natureza continuada com o seguro-defeso. Ou seja, o pescador não pode receber, por exemplo, o seguro-doença no período que esteja acessando o seguro-defeso

Será instituída uma carência de três anos a partir do registro do pescador para ter acesso ao benefício

O pescador terá que comprovar a comercialização da produção ou recolhimento previdenciário, ambos pelo período mínimo de 12 meses ou no período entre defesos

O governo vai vedar o seguro aos familiares do pescador que não preencham as condições exigidas

O gestor do benefício passa a ser o INSS

O governo vai vedar o acúmulo de diferentes defesos para receber o benefício

O governo vai criar o Comitê Gestor do Seguro-Defeso

PENSÕES POR MORTE

HOJE
A pensão por morte é um benefício de risco que é concedido ao dependente em caso de falecimento do segurado

O objetivo do benefício é evitar a súbita queda do bem-estar da família após o óbito do segurado e garantir uma renda mínima aos familiares do segurado

Segundo o governo, foram pagos 86,5 bilhões de reais com pagamento de pensões por morte em 2013, equivalente a 3,2 por cento do PIB

O QUE MUDA?
O governo vai criar uma carência de 24 meses de contribuição para acesso à pensão previdenciária por morte

Exceções para casos de acidente de trabalho e doença profissional ou do trabalho

Exigência de tempo mínimo de casamento ou união estável de dois anos

Exceção para os casos em que o óbito tenha ocorrido em função de acidente de trabalho depois do casamento (mas antes dos dois anos) ou para o caso de cônjuge/companheiro incapaz/inválido

Nova regra de cálculo do benefício, reduzindo do patamar atual de 100 por cento do salário de benefício para 50 por cento mais 10 por cento por dependente até limite de 100 por cento do salário de benefício

Exceção para órfão de pai e mãe

Para os benefícios de um salário mínimo as mudanças não são válidas hoje 57,4 por cento das pensões correspondem a um salário mínimo

Exclusão do direito a pensão para dependente condenado pela prática de crime doloso que tenha resultado na morte do segurado

Fim do benefício vitalício para cônjuges jovens

Cônjuges de 44 anos continuam com benefício vitalício

A partir desse limite, a duração do benefício dependerá da expectativa de sobrevida do cônjuge levando em conta as seguintes idades de referência: entre 39-43 anos, 15 anos de benefício; entre 33-38 anos, 12 anos de benefício; entre 28-32 anos, 9 anos de benefício; entre 22-27 anos, 6 anos de benefício; 21 anos ou menos, 3 anos de benefício

Exceção para cônjuge inválido, que terá direito a pensão vitalícia independentemente da sua expectativa de vida

AUXÍLIO-DOENÇA

HOJE
É concedido ao trabalhador se ele ficar mais de 15 dias consecutivos afastado da sua atividade por motivos de doença

O QUE MUDA?
Aumento do prazo de afastamento pago pelo empregador antes do início do pagamento do auxílio-doença pelo INSS de 15 para 30 dias para segurados empregados

O governo vai estabelecer um teto no valor do auxílio-doença equivalente à média das últimas 12 contribuições

O governo permitirá o estabelecimento de convênios com empresas que possuem serviço médico sob supervisão do INSS.

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