O senador Rogério Marinho
(PL-RN), encaminhou pedido ao STF solicitando que inclua o presidente Luiz
Inácio Lula da Silva (PT) no inquérito das fake news. O motivo da representação
é a fala do chefe do Executivo de que a operação da Polícia Federal para
desarticular o plano de uma facção criminosa, que pretendia tirar a vida de
autoridades, teria sido uma armação do senador Sérgio Moro.
Na última quarta-feira,
22, a PF realizou uma operação para desarticular um grupo criminoso que planejava
ataques contra servidores públicos e autoridades, incluindo homicídios e
extorsão mediante sequestro. A ação, que foi executada nos estados do Mato
Grosso do Sul, Rondônia, São Paulo, Paraná e Distrito Federal, prendeu 9
pessoas.
De acordo com o parlamentar,
a propagação de informações falsas para tentar desmoralizar o sistema
judiciário brasileiro, é grave. “Não vamos tolerar esse comportamento”, disse.
“Questionar o trabalho
desenvolvido pela Polícia Federal, pelo Ministério da Justiça e pelo Ministério
Público do Estado de São Paulo, sem qualquer embasamento, é atentar contra as
instituições republicanas. O direito à liberdade de expressão do Presidente da
República não é absoluto”, diz um trecho do pedido encaminhado pelo senador ao
STF.
“Tais episódios, relatados
e provados, demonstram reprovável conduta adotada pelo Exmo. Senhor Presidente
da República, de se utilizar das prerrogativas do cargo para divulgar
informações falsas e, assim, desacreditar sérias investigações conduzidas pela
Polícia Federal e acompanhadas pelo Poder Judiciário Federal, além de atentar
contra o exercício do mandato parlamentar de um Senador da República”,
acrescentou o líder da oposição no Senado.
O senador também enviou
representação à Advocacia Geral da União (AGU), responsável pela Procuradoria
Nacional de Defesa da Democracia, uma instância destinada ao enfrentamento à
desinformação sobre políticas públicas. No documento, ele apresentou novas manifestações
de Lula contra o senador Sérgio Moro ditas nesta semana.
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