Com o início dos
pagamentos da terceira parcela do Auxílio Emergencial aos integrantes do Bolsa
Família, o benefício criado pelo Governo Bolsonaro para reduzir os efeitos
econômicos da pandemia do novo coronavírus totaliza R$ 81,3 bilhões em
repasses. Ao todo, 63,5 milhões de brasileiros, levando em conta todas as
categorias de beneficiários, receberam os recursos de R$ 600 ou R$ 1.200.
Os repasses do Bolsa
Família obedecem ao calendário habitual do programa. O pagamento da terceira
parcela teve início nesta quarta-feira (17.06) e segue de forma escalonada até
30 de junho. O calendário para quem está nas outras categorias será divulgado
nos próximos dias.
"É uma operação sem
precedentes na história do Brasil. Com esse trabalho do Governo Federal ao lado
da Caixa Econômica e da Dataprev localizamos os invisíveis, os informais,
aqueles que o Estado nunca viu. Eles estão todos bancarizados, sabemos o
endereço da pessoa, a composição familiar, o CPF, a atividade. Um dos caminhos
que vamos buscar depois é o do microcrédito, para ser um grande elemento de
apoio a essas famílias no pós-pandemia", afirmou o ministro da Cidadania,
Onyx Lorenzoni.
Segundo a atualização dos
números divulgada pela Caixa Econômica Federal em 17 de junho, foram recebidos
pela instituição 107,9 milhões de cadastros, entre Bolsa Família, Cadastro
Único do Governo Federal e pessoas que fizeram o pedido via aplicativo ou site
da instituição, casos de microempreendedores individuais, autônomos e
contribuintes privados do INSS.
Desse total de cadastros,
106,3 milhões já foram processados e 64,1 milhões estão entre os considerados
elegíveis, ou seja, aptos a receber o benefício. Outros 42,2 milhões não se
enquadraram nos critérios previstos pela Lei nº 13.982. Há ainda 1,1 milhão na
fase de reanálise e 1,5 milhão que estão tendo o cadastro avaliado pela
primeira vez, por terem feito o pedido nos últimos dias.
Os números também permitem
uma avaliação de como o Auxílio Emergencial está distribuído entre as regiões.
O Sudeste (R$ 29,6 bilhões), região mais populosa do país, e o Nordeste (R$
28,7 bilhões), que concentra a maior quantidade de municípios com população em
situação de pobreza, respondem por 71% dos investimentos feitos até agora no
pagamento do benefício. Na sequência aparecem o Norte (R$ 8,8 bilhões), o Sul
(R$ 8,4 bilhões) e o Centro-Oeste (R$ 5,8 bilhões).
Na distribuição por
estados, São Paulo já recebeu R$ 14,20 bilhões em repasses, seguido pela Bahia,
com R$ 7,56 bilhões, Minas Gerais (R$ 7,30 bilhões), Rio de Janeiro (6,59 bilhões)
e Ceará (R$ 4,54 bilhões). Desta forma, as cinco maiores transferências são no
Sudeste e Nordeste. Nas demais regiões, o destaque é para o Pará, no Norte, que
já recebeu R$ 4,34 bilhões em recursos. No Centro Oeste, Goiás teve R$ 2,63
bilhões em pagamentos do Auxílio Emergencial e, no Sul, o estado com mais
repasses foi o Paraná com R$ 3,58 bilhões.
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