A Quem Representa o Movimento Brasil Livre?


Vladimir Chaves


O MBL é a nova política que se faz no Brasil ou a velha política com elixir da juventude?

No Brasil a piada já vem pronta, o engano uma tradição. Aqui democracia não é democracia, partido socialista se diz liberal, coronelista se diz socialista, e liberais são tecnocracistas. Tudo pode ser modificado de acordo com os interesses de cada grupo, inclusive da união de tudo isso em torno de um Centrão. É uma salada complexa de se entender e muita gente desiste até de pesquisar o ''fenômeno''.

Mas a questão aqui é o MBL. O MBL não é uma novidade e longe de ser, usa este impulso juvenil para ganhar os olhares da mídia e dos desavisados brasileiros. Quando o MBL começou com aquela marcha pelo asfalto em direção a Brasília, minha conclusão foi: Estão desesperados para entrar no estamento da velha política. Não demorou muito para surgir rumores de que o Movimento Brasil Livre na realidade é uma turma que representa a velha política que luta para manutenção da política escravista do pobre brasileiro em benefício da sobrevivência do estabelecimento corrupto e devorador do crescimento do Brasil.

O MBL (Movimento Brasil Livre) que foi criado em 2014 para ''combater a corrupção'' e lutar pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), recebeu apoio financeiro, como impressão de panfletos e uso de carros de som, de partidos políticos como o PMDB e o Solidariedade.

O líder do MBL naquela ocasião Renan Santos, não somente admitiu que recebia dinheiro do PMDB, como está gravado em áudio. Isto ocasionou inclusive a saída de um dos importantes membros. No dia 12 de junho de 2016, Bráulio Fazolo deixou uma mensagem pública na página do MBL no Facebook informando sua decisão de sair do grupo. O motivo era o apoio do MBL ao PMDB em troca de ajuda financeira e o uso do movimento como ferramenta de autopromoção por parte de alguns integrantes:

“Estou saindo da coordenação do Movimento Brasil Livre Espírito Santo representado aqui na figura de sua coordenadora geral Raquel Gerde pelos seguintes fatos: Após a sua confirmação pessoal de filiação ao PMDB e pela sua postura pessoal que vem defendendo de forma aberta escancarada esse partido, usando a mim e as pessoas do movimento para auto promoção política, não compactuo com corrupção e não defendo corrupto, defender o PMDB que é um partido tão corrupto quanto o PT é fazer associação criminosa”, escreveu.

Junto ao texto, ele anexou um áudio da coordenadora geral do MBL/ES, no qual ela confirma a filiação ao PMDB e diz que eles, do MBL, têm que “bater” nos corruptos e deixar o PMDB em paz.

Ao longo de sua existência o MBL deixou bem claro pautas como a favor da liberalização das drogas, casamento gay, a favor do aborto, e livre mercado sem responsabilidade. O MBL acusa o governo de não dialogar, de querer concentrar poder em si, mas o que seria dialogar? Dialogar para velha política seria os conchaves, acordos $$$. Nesta prática o MBL entende, e bem. É a velha política com o elixir da juventude. Mais do mesmo!

Na semana passada, o Deputado Federal (DEM) Kim Kataguiri se reuniu com o vice-presidente Mourão e as suspeitas de que estão formando uma coalizão para enfraquecer o governo, cresceram no meio dos apoiadores de Bolsonaro. Além disso um membro do MBL foi flagrado afirmando que deseja a renúncia ou o suicídio do então presidente do Brasil.

O membro e apresentador do MBL Eric Balbinus afirma explicitamente que, ''para ser coerente, o Presidente teria apenas duas alternativas: renunciar ou cometer suicídio''.

Não estou fazendo uma defesa em pró do Bolsonaro fazendo críticas ao MBL. Nunca confie nos Menudos liberais! Tenho minhas críticas ao governo, mas é impossível não enxergar o que está nas sombras. Os Menudos (MBL) que se revelam com uma mistura de libertários, liberais e socialistas - representam mais uma vertente da esquerda progressista e festiva. Tem nada de direita! Na realidade o 'Movimento Brasil Livre' se assemelha a tipos como 'Caras Pintadas' da era de Collor que fez surgir políticos como Lindbergh Farias. Os dois movimentos nascem de impeachment. Será uma coincidência? Aguardando os próximos capítulos de: Não se reprima...não se reprima...não se reprima...rs

Por Heuring Motta
Colunista do Instituto John Owen
Teólogo e Logoterapeuta educacional.

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