Em nota Prefeitura de Campina Grande culpa o Governo Federal pelo caos no hospital da FAP.


Vladimir Chaves


A Prefeitura Municipal de Campina Grande emitiu nota pública tentando eximir-se da responsabilidade pelo colapso no hospital da Fundação Assistencial da Paraíba (FAP). Desde o último dia 14, que os médicos cruzaram os braços em protesto aos constantes atrasos no repasse dos recursos de responsabilidade da prefeitura campinense, a paralisação já provocou a suspensão de mais de 100 procedimentos de tratamento oncológico.

Na nota a Prefeitura tenta transferir a responsabilidade para o Governo Federal, segundo a Prefeitura, “o tratamento de oncologia é de responsabilidade exclusiva do Governo Federal, por meio do Ministério da Saúde”, mas que mesmo assim o município repassou para o hospital mais de R$ 5 milhões.

Confira a integra da nota:

NOTA DE ESCLARECIMENTO – Repasses da FAP

A Secretaria de Saúde de Campina Grande apresenta alguns esclarecimentos sobre o atraso no repasse de recursos destinados à Fundação Assistencial da Paraíba. Inicialmente, a Secretaria esclarece que o tratamento de oncologia é de responsabilidade exclusiva do Governo Federal, por meio do Ministério da Saúde, conforme previsto no Sistema Único de Saúde.

Apesar disso, no ano passado o Governo Federal repassou apenas R$ 2,3 milhões para cirurgias oncológicas para Campina Grande e a Prefeitura Municipal de Campina Grande repassou para a FAP mais de R$ 5 milhões apenas para essa especialidade. Dessa forma, o atraso acontece em função da insuficiência de recursos, uma vez que o município está bancando com recursos próprios a maioria do tratamento de pacientes com câncer de todo o estado.

A Secretaria de Saúde esclarece ainda que compreende a importância do serviço da FAP e que está fazendo todo o esforço para que os recursos cheguem à unidade, mesmo diante do orçamento tão apertado e da mudança no modelo de envio de verbas por parte do Ministério da Saúde. Os repasses para a FAP devem ser efetuados na próxima semana.

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