O erro fatal de quem crê que sempre terá tempo


Vladimir Chaves

Há verdades que carregam o peso da eternidade. Uma delas é esta: “As chances na nossa vida não duram pra sempre; a alma sim, é eterna.” Pensamos que temos tempo. Muito tempo. Tempo para nos reorganizar espiritualmente, para buscar a Deus, para abandonar o pecado, para viver de forma íntegra, para reconciliar e para obedecer. Mas a realidade é dura e inegociável: o tempo é um dom limitado, e nenhum de nós sabe quanto ainda possui.

A Palavra de Deus insiste nesse alerta. Jesus contou parábolas, advertiu multidões e lembrou repetidamente que a vida presente é uma porta estreita que não permanecerá aberta para sempre. “Esforçai-vos por entrar pela porta estreita, porque muitos procurarão entrar e não poderão” (Lucas 13:24). O aviso não é uma ameaça, é amor. Amor que nos desperta para o fato de que a eternidade é longa demais para ser ignorada, e a vida é curta demais para ser desperdiçada.

O maior erro de muitos é acreditar que a oportunidade de acertar a vida com Deus estará sempre ali, aguardando pacientemente. É pensar: “Um dia eu mudo. Um dia eu me volto para Deus. Um dia eu deixo o que me afasta Dele.” Mas a Bíblia nos lembra que o “um dia” não nos pertence. “Hoje, se ouvirdes a Sua voz, não endureçais o coração” (Hebreus 3:15).

Deus fala no hoje. Ele opera no agora.

Amanhã é uma promessa que não recebemos por escrito.

A vida é um sopro (Salmos 39:5). É neblina que aparece por um momento e logo se dissipa (Tiago 4:14). Mas a alma… ah, a alma essa atravessa séculos, eras, mundos. A alma é eterna, criada para existir além do pó, para comparecer diante do Criador. E é por isso que o tempo presente é tão precioso: é nele que decidimos para onde nossa eternidade apontará.

Deus não rejeita quem o busca. Ele é abundante em misericórdia, rico em perdão, pronto para restaurar. Mas o tempo da busca é agora, enquanto o coração ainda sente o chamado, enquanto os ouvidos ainda reconhecem a voz que diz: “Vinde a mim”.

A eternidade não é um tema distante; é o destino inevitável de cada ser humano. E só há dois caminhos. Jesus disse: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim” (João 14:6). Ignorar essa verdade, adiar essa escolha, procrastinar o arrependimento; esse sim é o maior risco que alguém pode correr.

O tempo é curto. A alma é eterna.

E a graça de Deus está disponível, mas não para sempre nesse mundo passageiro.

Enquanto há vida, há oportunidade.

E enquanto o Espírito Santo chama, há esperança.

Aproveitar esse chamado é a decisão mais urgente, mais necessária e mais inteligente que qualquer pessoa pode tomar.

Porque nada é tão breve quanto o tempo, e nada é tão valioso quanto a eternidade.

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