O cenário profético de Israel e o fim dos tempos


Vladimir Chaves

Os acontecimentos recentes em Israel, marcados pelo fim da guerra com o Hamas e pelas tensões com os países árabes, parecem ecoar o som distante, mas cada vez mais nítido, das antigas profecias bíblicas. A Bíblia nos fala sobre um tempo em que nações se uniriam com o propósito de destruir Israel. Esse movimento é descrito nas profecias de Ezequiel 38 e 39, conhecidas como a guerra de Gogue e Magogue; uma aliança de povos movidos por ódio e ambição, que se levantará contra a terra restaurada de Israel (Ez 38:12).

Segundo o texto sagrado, isso acontecerá “no fim dos dias” (Ez 38:16), quando Israel já estiver novamente estabelecida como nação; fato que, historicamente, começou a se cumprir em 1948 e continua a se desdobrar diante dos nossos olhos. As Escrituras dizem que um líder, chamado Gogue, surgirá para comandar essa coalizão de nações hostis (Ez 39:1). Entre elas estarão povos do oriente e do norte, identificados por Ezequiel como Meseque e Tubal (Ez 38:1), regiões que muitos estudiosos relacionam a nações do leste europeu e do mundo comunista, unidas aos povos árabes em um mesmo objetivo: a destruição de Israel.

Mas Deus, o Guardião de Israel, não permitirá que seu povo seja destruído. A profecia afirma que o próprio Senhor intervirá com poder e juízo (com terremotos, fogo e confusão entre os exércitos inimigos) e Israel será salva (Ez 38:19-21). As forças que se levantarem contra ela serão derrotadas e dizimadas no campo de batalha, demonstrando mais uma vez que o Deus de Israel reina sobre as nações.

Esse cenário, porém, será o prelúdio de algo ainda maior. Após essa grande guerra, surgirá um líder mundial carismático, que trará consigo um aparente plano de paz; o homem do engano descrito por Daniel. Ele firmará uma aliança de paz entre as nações (Dn 9:26-27), mas essa paz será ilusória, um engano que abrirá o caminho para a manifestação do anticristo.

A profecia do Apocalipse (Ap 13:1-10) revela que esse será o tempo da besta, quando o mundo, cansado de guerras e crises, se submeterá ao seu domínio, acreditando estar encontrando estabilidade. Porém, antes que esses acontecimentos alcancem seu auge, a Igreja do Senhor será arrebatada (conforme está escrito em 1 Tessalonicenses 4:17), sendo retirada da Terra para encontrar o Senhor nos ares.

Tudo o que hoje se desenrola no Oriente Médio não é apenas geopolítica; é profecia sendo cumprida. É um alerta para o mundo e um chamado à vigilância para os que creem. O palco está sendo preparado, os personagens estão se movendo, e a história caminha para o seu desfecho profético.

Mais do que temer o futuro, é tempo de discernir os sinais e firmar os olhos no Senhor, porque a redenção está próxima. O mesmo Deus que prometeu proteger Israel também prometeu buscar sua Igreja. E quando tudo parecer perdido, o Rei voltará em glória.

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