No princípio, tudo o que
Deus criou era perfeito. A Palavra afirma que Ele viu tudo o que havia feito; e
era muito bom. O homem vivia em plena harmonia: com Deus, consigo mesmo e com a
natureza. Não existiam dor, culpa, medo ou morte. Havia apenas comunhão, pureza
e vida.
Mas o pecado entrou na
história humana e, com ele, a perfeição se perdeu. Ao desobedecer ao Criador, o
homem experimentou algo inédito: a separação espiritual de Deus. O que antes
era luz tornou-se sombra; o que era paz deu lugar à vergonha e ao medo (Gênesis
3:5–10).
Mesmo assim, Deus não
retirou do ser humano o dom do livre-arbítrio. A liberdade permaneceu, mas
agora acompanhada de consequências.
O pecado não atingiu apenas
a alma, mas também o corpo e toda a criação. A primeira morte registrada nas
Escrituras foi a de Abel, vítima da inveja de seu irmão (Gênesis 4:8). A
partir dali, a humanidade começou a sentir os efeitos da transgressão: dor,
enfermidade e morte.
A natureza, antes perfeita,
também foi amaldiçoada por causa da desobediência (Gênesis 3:17–18). O
homem, que tinha acesso à árvore da vida, foi dela afastado e passou a viver
num mundo hostil, sujeito ao sofrimento e à finitude (Gênesis 3:22–24).
O corpo humano, antes
incorruptível, tornou-se frágil: envelhece, adoece e se desgasta até retornar
ao pó (Gênesis 3:19). A morte (antes inexistente) tornou-se parte inevitável da
existência.
Contudo, mesmo em meio à
decadência física, a Palavra de Deus nos ensina a encontrar propósito e
sabedoria em cada fase da vida.
Nos dias atuais, porém, o
homem moderno enfrenta outro desafio: o medo de envelhecer. A chamada
gerontofobia (o pavor da velhice) tem levado muitos a viverem em conflito com o
tempo, tentando negar a passagem dos anos por meio de atitudes, roupas ou
linguagens que não condizem com a idade.
A Bíblia, ao contrário,
valoriza a maturidade e exalta o envelhecer como sinal de honra e experiência:
“Diante das cãs te
levantarás, e honrarás a face do velho” (Levítico 19:32).
“Com os idosos está a
sabedoria, e na longevidade o entendimento” (Jó 12:12).
O mundo tenta esconder os
cabelos brancos, mas as Escrituras os chamam de glória (Provérbios 20:29).
A velhice é, na verdade, o resultado de uma juventude que deu certo; um
testemunho vivo da graça e fidelidade de Deus.
A humanidade continua
tentando negar sua queda, buscando respostas longe da Palavra. Mas somente em
Cristo é possível restaurar o que o pecado corrompeu. Ele é a ponte entre a
perfeição perdida e a vida eterna prometida.
Assim, cada ruga, cada dor e
cada fase da existência tornam-se lembretes de que somos pó, mas também somos
alvos do amor de Deus, que promete restaurar todas as coisas e conceder-nos um
corpo incorruptível na eternidade.
0 comentários:
Postar um comentário
Conteúdo é ideal para leitores cristãos interessados em doutrina, ética ministerial e fidelidade bíblica.