“Porque, se anuncio o
evangelho, não tenho de que me gloriar, pois me é imposta essa obrigação; e ai
de mim se não anunciar o evangelho!” (1 Coríntios 9:16)
Nos dias de hoje, quando
tudo parece girar em torno de visibilidade, curtidas, seguidores e
reconhecimento, as palavras de 1 Coríntios 9:16 soam como um chamado à
consciência. Nos lembra que anunciar o Evangelho não é palco, nem vitrine, nem
meio de autopromoção. É missão. É responsabilidade. É obediência a Deus.
Quando o apostolo escreveu
esse versículo ele deixou claro que não pregava para ser admirado, recompensado
ou exaltado. Ele anunciava porque havia sido alcançado, transformado e chamado.
O Evangelho não era uma opção em sua vida, mas uma imposição divina. Não no
sentido de peso opressor, mas de compromisso santo. Para ele, silenciar seria
desobedecer.
Essa palavra confronta a
realidade atual, onde muitas vezes o Evangelho é tratado como produto, discurso
conveniente ou ferramenta para interesses pessoais. Em contraste, Paulo nos
ensina que a verdadeira motivação do cristão não deve ser o aplauso das pessoas,
mas a fidelidade a Deus. O foco não está no mensageiro, mas na mensagem.
“Ai de mim se não anunciar o
evangelho” revela urgência e temor. É a consciência de que o mundo precisa
ouvir, de que vidas estão sedentas de esperança, de que a verdade não pode ser
escondida. Hoje, anunciar o Evangelho continua sendo uma necessidade, não
apenas no púlpito, mas na vida diária: nas atitudes, nas palavras, nas escolhas
e no testemunho.
Esse texto nos chama a
refletir: temos vivido o Evangelho como obrigação pesada ou como missão
recebida com gratidão? Temos anunciado com amor e verdade ou apenas quando é
confortável? Paulo nos convida a lembrar que quem foi alcançado pela graça não
pode viver indiferente à missão.
Que, em tempos de distrações
e superficialidade, possamos recuperar o senso de chamado. Anunciar o Evangelho
não é sobre nós, é sobre Cristo. Não é sobre glória pessoal, é sobre
obediência. E não é apenas um dever ministerial, mas um compromisso de todo aquele
que foi verdadeiramente transformado.





