O dia em que um fariseu presenteou um comunista com uma Bíblia de ouro


Vladimir Chaves

Muitos têm confundido neutralidade com sabedoria, silêncio com prudência e conivência com amor. Essa chamada “espiritualidade da neutralidade” disfarça-se de maturidade e pacificação, mas, na verdade, é covardia disfarçada de virtude; uma recusa em enfrentar o mal que cresce enquanto a Igreja se cala.

A Bíblia jamais chamou o povo de Deus à indiferença. Quando líderes cristãos se afastam do confronto moral e ideológico em nome de uma suposta paz, abrem espaço para o avanço das trevas. Como advertiu Jeremias:

“Curam superficialmente a ferida do meu povo, dizendo: Paz, paz; quando não há paz.” (Jeremias 6:14)

Ontem (16), o pastor Samuel Ferreira, da Igreja Assembleia de Deus Madureira entregou ao presidente Lula uma Bíblia do Culto do Ministro e a edição de ouro do Centenário de Glória da Igreja.

O gesto, fantasiado de cortesia institucional, tornou-se símbolo de um paradoxo espiritual: a entrega da Palavra de Deus a um líder que rejeita seus princípios, por mãos que deveriam proclamá-los com ousadia.

A imagem ecoa o episódio do bezerro de ouro (Êxodo 32), quando o povo, cansado de esperar por Moisés, construiu outro deus para adorar. Assim também muitos têm transformado o Evangelho em ornamento político, trocando a voz profética por aplausos do poder. Essa é a idolatria moderna; usar a Bíblia como adereço, e não como espada da verdade.

“Não participem das obras infrutíferas das trevas; antes, exponham-nas à luz.” (Efésios 5:11)

Os que defendem o aborto, a destruição da família e a relativização do sagrado não lutam apenas contra valores, mas contra o próprio Deus. E a igreja não pode silenciar com a heresia dos fariseus

Assim como Daniel não se curvou diante do rei, e os três jovens hebreus não se dobraram diante da estátua, também nós devemos permanecer firmes diante desses ídolos modernos.

“Sede fortes e corajosos. Não temais, nem vos atemorizeis diante deles, porque o Senhor vosso Deus é quem vai convosco.” (Deuteronômio 31:6)

O Brasil precisa de uma Igreja viva, corajosa e fiel ao Evangelho. Não é tempo de alianças com o mal, mas de proclamar o senhorio de Cristo sobre tudo e todos; inclusive na política.

O que estamos assistindo são líderes comunistas tentando seduzir o povo de Deus com gestos religiosos e discursos espirituais. Mas tudo não passa de teatro espiritual, uma encenação bem ensaiada para enganar os que não vigiam. Está escrito: “E não é de admirar, porque o próprio Satanás se disfarça em anjo de luz.” (2 Coríntios 11:14)

Que a Igreja recupere sua coragem, que os profetas se levantem novamente, e que o nome de Jesus seja proclamado acima de toda ideologia. É hora de se posicionar, ou estamos com Cristo, ou contra Ele.

“Quem não é comigo é contra mim; e quem comigo não ajunta, espalha.” (Mateus 12:30)

sexta-feira, 17 de outubro de 2025

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Morrer não é o problema, o problema é morrer sem Cristo


Vladimir Chaves

Morrer não é um problema. Todos nós, cedo ou tarde, enfrentaremos esse momento inevitável. A morte é uma certeza que iguala ricos e pobres, jovens e velhos, sábios e ignorantes. O que realmente importa não é se vamos morrer, mas como estaremos diante de Deus quando isso acontecer.

A Bíblia diz: “E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo, depois disso, o juízo.” (Hebreus 9:27)

Esse versículo nos lembra que a morte não é o fim, mas uma passagem. Depois dela, cada um prestará contas de sua vida. O que está em jogo não é o corpo que se desfaz, mas a alma que é eterna. Por isso, o verdadeiro problema é morrer sem Cristo, sem arrependimento, sem fé, sem a graça que só Ele pode oferecer.

Jesus afirmou: “Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá.” (João 11:25)

Ele é a única esperança diante da morte. Sem Cristo, o fim da vida é o começo de uma eternidade de separação de Deus. Mas com Cristo, a morte se torna apenas uma porta, a entrada para a glória eterna. Por isso, viver sem se preparar para esse encontro é o maior erro que alguém pode cometer.

O apóstolo Paulo expressou essa certeza com confiança: “Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho.” (Filipenses 1:21)

Quem vive para Cristo, não teme a morte. Ela deixa de ser uma ameaça e se transforma em um reencontro. Mas para quem vive distante dEle, a morte é a perda definitiva daquilo que nunca foi entregue a Deus, a alma.

A vida é curta, e o amanhã não nos pertence. Por isso, o tempo de decidir é agora.

“Buscai ao Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto.” (Isaías 55:6)

Não podemos adiar a escolha mais importante da nossa existência. Estar pronto para o dia da morte não é ter bens, fama ou reconhecimento; é ter o nome escrito no Livro da Vida (Apocalipse 20:15).

Morrer não é o problema. O problema é morrer sem Cristo, sem salvação, sem esperança.

Por isso, vivamos cada dia como quem se prepara para o encontro com o Salvador, com o coração limpo, fé firme e olhos voltados para o céu.

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Ore, mas viva com propósito


Vladimir Chaves


Orar é essencial. É na oração que o cristão se conecta ao coração de Deus, alimenta o espírito, encontra direção, consolo e força. No entanto, a oração não deve ser um refúgio para a inércia, e sim o ponto de partida para atitudes que revelam fé genuína.

A Bíblia nos ensina que fé e ação caminham juntas. Tiago declara: “Assim também a fé, se não tiver obras, é morta em si mesma.” (Tiago 2:17)

Portanto:

Ore, mas tome decisões

Há momentos em que Deus já nos deu todas as respostas, e o que falta é coragem para decidir. Orar pedindo direção é importante, mas a fé se manifesta quando agimos conforme a sabedoria recebida.

“Confia no Senhor de todo o teu coração e não te apoies no teu próprio entendimento; reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas.” (Provérbios 3:5-6)

Decidir com base na oração é andar em confiança, não em dúvida.

Ore, mas se posicione

A oração fortalece o coração, mas o mundo precisa ver cristãos que se posicionam com verdade e amor. Jesus não se escondeu diante do erro. Ele se levantou com firmeza e compaixão.

“Seja o seu ‘sim’, sim, e o seu ‘não’, não.” (Mateus 5:37)

Quem ora de verdade entende que ser sal e luz (Mateus 5:13-14) exige posicionamento, mesmo quando isso custa aprovação humana.

Ore, mas dê exemplo

A oração sem testemunho perde o poder do impacto. O exemplo é a pregação silenciosa que convence mais do que mil palavras.

“Sede praticantes da palavra, e não somente ouvintes, enganando-vos com falsos discursos.” (Tiago 1:22)

O cristão que ora deve refletir Cristo em suas atitudes, para que o mundo veja a diferença que o Evangelho faz.

Ore, mas busque conhecimento

Deus nos chama a crescer não apenas espiritualmente, mas também intelectualmente. A oração abre o coração, mas o conhecimento o capacita a servir melhor.

“O coração do prudente adquire o conhecimento, e o ouvido dos sábios busca o saber.” (Provérbios 18:15)

Orar e estudar não são caminhos opostos; são trilhas que se cruzam na vida de quem deseja servir com excelência.

Ore, por discernimento

Nem tudo o que parece bom vem de Deus. É por isso que a oração deve vir acompanhada de discernimento espiritual; a capacidade de perceber a vontade de Deus e distinguir o certo do enganoso.

“O homem espiritual discerne bem todas as coisas.” (1 Coríntios 2:15)

“Amados, não creiais a todo espírito, mas provai se os espíritos são de Deus.” (1 João 4:1)

Quem ora por discernimento não se deixa levar por emoções, aparências ou modismos, mas caminha firmemente guiado pelo Espírito Santo.

Ore, mas seja organizado

A oração traz direção, mas a organização transforma propósito em prática. Jesus multiplicou pães porque mandou o povo se assentar em grupos (Marcos 6:39-40); havia ordem antes do milagre.

“Tudo, porém, seja feito com decência e ordem.” (1 Coríntios 14:40)

Deus não é Deus de confusão, e a disciplina é uma expressão de sabedoria espiritual.

Orar é essencial, mas a oração verdadeira nos impulsiona à ação. Quem ora e age, ora e decide, ora e serve, ora e cresce, ora e discerne; vive uma fé madura, equilibrada e frutífera.

“Mostra-me a tua fé sem as tuas obras, e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras.” (Tiago 2:18)

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O que todo cristão precisa saber sobre a verdade oculta do planejamento familiar


Vladimir Chaves

Dentre as histórias que todo cristão precisa conhecer, uma delas é a origem obscura do chamado “planejamento familiar”. O que hoje é visto como algo moderno, responsável e até mesmo espiritual, nasceu, na verdade, de um movimento anticristão, racista e eugênico (“aperfeiçoamento genético” da espécie humana). Por trás da aparência de cuidado e autonomia, esconde-se um projeto ideológico que nega o valor da vida criada por Deus.

Margaret Sanger, fundadora da organização que mais tarde se tornaria a Planned Parenthood, foi uma das principais vozes desse movimento. Inspirada nas ideias darwinistas e eugênicas do início do século XX, Sanger acreditava que a sociedade deveria decidir quem podia ou não nascer. Em nome do “progresso”, defendia a esterilização forçada de mulheres pobres, imigrantes e de raças que ela considerava inferiores.

O que se apresentava como “libertação feminina” era, na realidade, uma tentativa de controle populacional travestida de liberdade. O discurso sedutor de autonomia escondia um projeto de exclusão, e muitos governos embarcaram nessa ideia, promovendo políticas que negavam o direito à vida de incontáveis inocentes.

Com o tempo, esse pensamento enraizou-se na cultura. Passou a parecer natural “evitar filhos”, enxergar a maternidade como um fardo e os filhos como um atraso. Assim, a sociedade foi sendo moldada por uma visão de mundo que deslocou Deus do centro e colocou o homem no trono. Essa mentalidade abriu caminho para ideologias que negam a santidade da vida, sustentando bases que alimentaram o nazismo, o aborto, o racismo e até a ideologia de gênero.

Quando a criatura rejeita o Criador, o resultado inevitável é o caos. Tudo o que nasce da negação de Deus traz em si a semente da destruição. E o “planejamento familiar”, nascido da eugenia e da soberba humana, é um exemplo disso.

Somente o retorno à verdade divina pode restaurar o valor da vida e a beleza da ordem estabelecida por Deus. A vida é um dom sagrado, e cada ser humano, independentemente de origem, cor ou condição, carrega a marca do Criador. Redescobrir isso é o primeiro passo para curar uma sociedade que esqueceu o sentido de existir

quinta-feira, 16 de outubro de 2025

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Entrega o teu caminho ao Senhor e confia: Deus nunca falha


Vladimir Chaves


“Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nele, e o mais Ele fará.”  (Salmo 37:5)

Há momentos em que o coração se inquieta ao ver pessoas que não temem a Deus prosperando, enquanto os justos enfrentam lutas e esperas. Davi também viu isso (e poderia ter se revoltado), mas ele escolheu outro caminho: a confiança silenciosa.

O Salmo 37 nos ensina a não medir a vida pela aparência. Deus vê o que os olhos não enxergam e age no tempo certo. Aquele que planta o bem pode até esperar mais, mas colhe frutos eternos. O que busca atalhos e injustiça pode até parecer vitorioso, mas sua colheita será breve.

“Descansa no Senhor.” Essa é talvez a frase mais desafiadora e ao mesmo tempo mais consoladora do salmo. Descansar não é desistir, mas crer que Deus está trabalhando mesmo quando tudo parece parado. É deixar de lutar com as próprias forças e permitir que a justiça divina se manifeste.

No fim, Davi nos lembra de algo precioso: o justo nunca é esquecido. Deus sustenta seus passos, guarda sua herança e firma seus caminhos. A verdadeira vitória não é ver o inimigo cair, mas permanecer firme e em paz diante de Deus.

Confiar é esperar sem ansiedade, é plantar sem ver o broto, é descansar sabendo que Deus não falha.

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A promessa que nasceu da queda no Éden


Vladimir Chaves

O Éden, que fora criado como um jardim de perfeita comunhão entre Deus e o homem, se tornou palco da primeira grande tragédia da humanidade: a queda. A voz suave que antes trazia paz agora ecoava em meio à vergonha e ao medo. Adão e Eva haviam desobedecido, e o pecado rasgara o véu da inocência. Tudo parecia perdido.

Mas, no meio da sentença, Deus falou de esperança.

“Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente; este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar” (Gênesis 3:15).

Essas palavras, ditas ao inimigo, foram o primeiro raio de luz em meio à escuridão do pecado. Ali, onde a queda começou, Deus anunciou o plano da redenção. Antes mesmo de expulsar o homem do jardim, Ele revelou que o mal não teria a última palavra.

A “inimizade” declarada entre a serpente (diabo) e a mulher simboliza o início da batalha espiritual que marcaria toda a história humana. De um lado, o inimigo tentando corromper, enganar e destruir. Do outro, a promessa de um descendente, nascido de mulher, que pisaria a cabeça da serpente, um golpe mortal.

Séculos depois, essa promessa se cumpriria em Jesus Cristo, o Filho de Deus, que veio ao mundo através de Maria. Na cruz, o inimigo o feriu no “calcanhar”; Cristo sofreu, foi crucificado e morto. Mas na ressurreição, o Filho de Deus esmagou a cabeça da serpente, vencendo o pecado e a morte para sempre.

O que começou como juízo se transformou em graça. O Éden testemunhou a primeira queda, mas também ouviu o primeiro anúncio do Evangelho. E essa mensagem continua viva: Deus sempre tem um plano de restauração, mesmo quando tudo parece perdido.

Quando o pecado tenta nos afastar, Deus nos chama de volta. Quando a culpa nos silencia, Ele fala de perdão. O mesmo Deus que prometeu o Salvador no Éden é o que hoje promete nova vida em Cristo.

Por isso, toda vez que lembramos de Gênesis 3:15, devemos recordar:

Onde o homem falhou, Deus prometeu vitória.

Onde o pecado entrou, a graça se manifestou.

Onde a serpente feriu, Cristo curou.

E essa promessa não é apenas antiga, é eterna.

Porque o mesmo Jesus que venceu no passado continua vencendo hoje, em cada coração que escolhe crer na sua redenção.

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Do corpo perfeito à morte: a jornada humana após o pecado


Vladimir Chaves

No princípio, tudo o que Deus criou era perfeito. A Palavra afirma que Ele viu tudo o que havia feito; e era muito bom. O homem vivia em plena harmonia: com Deus, consigo mesmo e com a natureza. Não existiam dor, culpa, medo ou morte. Havia apenas comunhão, pureza e vida.

Mas o pecado entrou na história humana e, com ele, a perfeição se perdeu. Ao desobedecer ao Criador, o homem experimentou algo inédito: a separação espiritual de Deus. O que antes era luz tornou-se sombra; o que era paz deu lugar à vergonha e ao medo (Gênesis 3:5–10).

Mesmo assim, Deus não retirou do ser humano o dom do livre-arbítrio. A liberdade permaneceu, mas agora acompanhada de consequências.

O pecado não atingiu apenas a alma, mas também o corpo e toda a criação. A primeira morte registrada nas Escrituras foi a de Abel, vítima da inveja de seu irmão (Gênesis 4:8). A partir dali, a humanidade começou a sentir os efeitos da transgressão: dor, enfermidade e morte.

A natureza, antes perfeita, também foi amaldiçoada por causa da desobediência (Gênesis 3:17–18). O homem, que tinha acesso à árvore da vida, foi dela afastado e passou a viver num mundo hostil, sujeito ao sofrimento e à finitude (Gênesis 3:22–24).

O corpo humano, antes incorruptível, tornou-se frágil: envelhece, adoece e se desgasta até retornar ao pó (Gênesis 3:19). A morte (antes inexistente) tornou-se parte inevitável da existência.

Contudo, mesmo em meio à decadência física, a Palavra de Deus nos ensina a encontrar propósito e sabedoria em cada fase da vida.

Nos dias atuais, porém, o homem moderno enfrenta outro desafio: o medo de envelhecer. A chamada gerontofobia (o pavor da velhice) tem levado muitos a viverem em conflito com o tempo, tentando negar a passagem dos anos por meio de atitudes, roupas ou linguagens que não condizem com a idade.

A Bíblia, ao contrário, valoriza a maturidade e exalta o envelhecer como sinal de honra e experiência:

“Diante das cãs te levantarás, e honrarás a face do velho” (Levítico 19:32).

“Com os idosos está a sabedoria, e na longevidade o entendimento” (Jó 12:12).

O mundo tenta esconder os cabelos brancos, mas as Escrituras os chamam de glória (Provérbios 20:29). A velhice é, na verdade, o resultado de uma juventude que deu certo; um testemunho vivo da graça e fidelidade de Deus.

A humanidade continua tentando negar sua queda, buscando respostas longe da Palavra. Mas somente em Cristo é possível restaurar o que o pecado corrompeu. Ele é a ponte entre a perfeição perdida e a vida eterna prometida.

Assim, cada ruga, cada dor e cada fase da existência tornam-se lembretes de que somos pó, mas também somos alvos do amor de Deus, que promete restaurar todas as coisas e conceder-nos um corpo incorruptível na eternidade.

quarta-feira, 15 de outubro de 2025

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Jesus está voltando: permanece fiel e guarda a tua coroa


Vladimir Chaves

Amizades mudam, valores se relativizam e a fé, muitas vezes, se torna superficial. A pressa do mundo moderno nos distrai do que realmente importa. É nesse contexto que as palavras de Jesus em Apocalipse 3:11 soam como um alerta:

“Eis que venho sem demora; guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa.”

Cristo continua dizendo: “Permanece firme. Não percas o que Eu te dei.”

O que temos de mais precioso não é algo material, mas a fé, a comunhão com Deus e a esperança da salvação. Em meio a uma geração que troca convicções por conveniências, o chamado de Jesus é para guardarmos o coração e protegermos o tesouro espiritual que o mundo tenta roubar.

As redes sociais, o ritmo acelerado da vida e a busca incessante por aprovação humana podem facilmente enfraquecer nossa vida espiritual. Cada distração é como um ladrão tentando tomar a coroa: a coroa da fidelidade, da perseverança e da integridade cristã.

Mas Jesus nos chama a vigiar. Ele não quer apenas que comecemos bem, mas que terminemos fiéis.

Guardar o que temos significa:

Manter a fé, mesmo quando não vemos respostas imediatas.

Continuar amando, mesmo em tempos de frieza espiritual.

Persistir na obediência, mesmo quando o mundo diz o contrário.

A promessa continua viva: “Eis que venho sem demora.”

Ele virá e trará consigo a recompensa para aqueles que permaneceram firmes, que não trocaram sua fidelidade por aplausos temporários, nem abriram mão da verdade por conforto.

Portanto, não permita que nada (nem o cansaço, nem as pressões, nem as tentações) roube a tua coroa.

Guarda o que Deus te deu: a fé, a Palavra, o Espírito e a esperança.

Porque aquele que guarda, um dia ouvirá:

“Bem está, servo bom e fiel… entra no gozo do teu Senhor.” (Mateus 25:23)

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Seja grato e confie no Senhor, mesmo em tempos difíceis


Vladimir Chaves

Vivemos dias em que reclamar tornou-se mais fácil do que agradecer. As notícias são pesadas, a correria é constante e os problemas, por vezes, parecem não ter fim. Muitos já acordam cansados antes mesmo de começar o dia.

Mas, em meio a tudo isso, a Bíblia nos oferece consolo e uma direção que contraria o modo de pensar do mundo:

“Em tudo, dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco.” (1 Tessalonicenses 5:18)

A vontade de Deus é que cultivemos um coração grato, mesmo quando as circunstâncias não são favoráveis. Isso não quer dizer fingir alegria em meio à dor, mas confiar que o Senhor continua no controle, mesmo quando não compreendemos o motivo das coisas.

Hoje, muitos vivem em uma busca constante por mais: mais dinheiro, mais sucesso, mais reconhecimento. E, nessa corrida, esquecem de agradecer pelo que já têm. Um simples “obrigado, Senhor” pode transformar o clima da alma. A gratidão talvez não mude a situação ao redor, mas certamente muda o nosso interior.

Quando escolhemos agradecer, mesmo nos dias difíceis, demonstramos fé. Mostramos que acreditamos que Deus está agindo, ainda que não vejamos. A gratidão nos ensina a enxergar o lado bom das coisas, a valorizar o pouco e a reconhecer que cada novo dia é uma oportunidade de recomeçar.

Por isso, mesmo quando o mundo parecer desanimado, escolha ser diferente. Agradeça pelo ar que respira, pela força para continuar, pela saúde, pelas pessoas que Deus colocou ao seu redor. E confie: tudo passa para aqueles que esperam no Senhor.

Ser grato não é negar os problemas, é reconhecer que Deus é maior do que todos eles.

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Como recebemos a Palavra de Deus


Vladimir Chaves



Jesus contou a Parábola do Semeador para nos mostrar que ouvir a Palavra de Deus é apenas o começo. O que realmente importa é como o nosso coração reage a ela.

Um semeador saiu a semear. Enquanto espalhava a semente, parte caiu à beira do caminho; as aves vieram e a comeram. Outra parte caiu entre pedras, onde nasceu rapidamente, mas não tinha raiz profunda, e logo secou quando veio o sol. Outra parte caiu entre espinhos, que cresceram e sufocaram as plantas. Mas parte caiu em boa terra, onde produziu uma colheita abundante — a cem, sessenta e trinta por um (Mateus 13:3-9; Marcos 4:3-9; Lucas 8:4-15).

Jesus explicou que a semente é a Palavra de Deus, e o solo representa o coração humano.

Cada tipo de solo mostra uma maneira diferente de reagir à mensagem divina:

1.    À beira do caminho: representa aqueles que ouvem, mas não compreendem. O inimigo vem e tira a Palavra antes que ela crie raízes. São corações distraídos, endurecidos pelas preocupações ou pela indiferença espiritual.

“Vem o diabo e tira-lhes do coração a palavra, para que não creiam e se salvem.” (Lucas 8:12)

2.    Entre pedras: são os que recebem a Palavra com alegria, mas não têm profundidade espiritual. Quando vêm as provações, desanimam. É a fé que nasce do entusiasmo, mas não se firma na obediência.

“Não têm raiz em si mesmos, mas duram pouco tempo.” (Marcos 4:17)

3.    Entre espinhos: representam os que até crescem, mas são sufocados pelas riquezas, desejos e ansiedades da vida. A Palavra está ali, mas perde espaço para as prioridades do mundo.

“Os cuidados desta vida e o engano das riquezas sufocam a palavra, e ela fica infrutífera.” (Mateus 13:22)

4.    Boa terra: é o coração que ouve, entende e guarda a Palavra. Essa pessoa persevera, resiste às dificuldades e dá fruto com paciência.

“Estes são os que, ouvindo de bom e reto coração, retêm a palavra e dão fruto com perseverança.” (Lucas 8:15)

Jesus nos chama a refletir: que tipo de solo é o nosso coração?

A Palavra de Deus é perfeita, viva e poderosa, mas sua eficácia depende da disposição de quem a recebe. Assim como o solo precisa ser preparado, o coração também precisa ser arado pela humildade, irrigado pela oração e limpo dos espinhos do pecado.

Quando deixamos a Palavra penetrar profundamente, ela transforma nossa mente, renova nossa fé e produz frutos visíveis: amor, perdão, generosidade, fidelidade e esperança.

Por isso, antes de pedir mais bênçãos, devemos pedir:

“Senhor, prepara o meu coração como boa terra, para que a Tua Palavra floresça em mim e produza frutos que glorifiquem o Teu nome.”

terça-feira, 14 de outubro de 2025

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