Bem-aventurados os que choram: uma promessa para quem se entrega a Deus


Vladimir Chaves



“Bem aventurado os que choram, porque serão consolados.” Mateus 5: 4

Existem lágrimas que apenas expressam dor humana, mas há outras que revelam algo muito mais profundo: um coração que reconhece sua necessidade de Deus.

É sobre essas lágrimas que Jesus fala quando diz: “Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados.”

Esse choro não é sinal de fraqueza, mas de sensibilidade espiritual. É o choro de quem olha para dentro de si e percebe que, sem Deus, não há direção.

É o choro de quem se arrepende, de quem deseja mudança, de quem entende que só a graça do Senhor pode transformar o que está quebrado.

E a promessa é profunda: “serão consolados.”

O consolo de Deus é diferente de qualquer conforto humano.

As pessoas podem até nos ouvir, mas Deus nos cura.

As pessoas podem nos abraçar, mas Deus nos restaura.

As pessoas podem até nos entender, mas só Deus pode renovar a alma.

Quando choramos diante de Deus, não estamos perdendo: estamos sendo restaurados.

A lágrima que cai aos pés do Senhor nunca é desperdiçada.

Ele vê, Ele sabe, Ele entende e Ele consola.

Esse consolo começa agora, pela presença do Espírito Santo, e se completará um dia, quando todas as lágrimas forem definitivamente enxugadas.

Até lá, cada choro sincero diante do Pai é um passo rumo à cura, ao perdão e à vida abundante que Ele oferece.

Feliz é aquele que não esconde sua dor de Deus.

Feliz é aquele que se derrama, porque Deus o levantará.

Feliz é aquele que chora… porque será consolado.

Quando a alma chora, Deus restaura.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2025

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A Palavra que nos livra da morte


Vladimir Chaves

“Em verdade, em verdade vos digo: se alguém guardar a minha Palavra, não verá a morte, eternamente” João 8:51

Há palavras que ouvimos e logo esquecemos. Há outras que até nos emocionam, mas passam sem deixar marcas. Mas Jesus fala de uma palavra diferente. Ele diz: “Se alguém guardar a minha palavra, nunca verá a morte.”

Essa não é apenas uma frase bonita; é uma promessa eterna.

Guardar a palavra de Jesus não significa apenas conhecê-la de memória. Significa deixá-la morar dentro de nós, orientar nossos passos, moldar nossas escolhas e transformar o nosso coração. É permitir que sua voz seja mais forte que o medo, mais clara que a dúvida e mais firme que as tempestades da vida.

Jesus não promete que não enfrentaremos dificuldades. Ele não diz que o corpo nunca vai adoecer ou que a vida será sempre tranquila. Mas Ele garante algo infinitamente maior: quem guarda sua palavra não será vencido pela morte espiritual, não será separado de Deus, não cairá no vazio eterno.

Há uma morte que o mundo teme, mas há outra que é mais profunda, a morte da alma, a separação de Deus. E é dessa que Jesus nos livra quando abraçamos sua palavra.

Ele nos chama a viver com propósito, com fé, com esperança, com obediência. Nos chama para perto, para uma vida que não termina no túmulo.

Quando seguimos a palavra de Cristo, começamos a experimentar aqui mesmo uma vida diferente: paz que o mundo não entende, certeza no meio da incerteza, força onde parece não haver forças. É como se a eternidade já começasse a pulsar dentro de nós.

Guardar a palavra de Jesus é escolher a vida.

É escolher a luz.

É escolher caminhar com aquele que venceu a própria morte.

E essa promessa é para “quem quiser”.

Basta abrir o coração, ouvir sua voz e caminhar na direção que Ele indica.

Que hoje você encontre descanso nessa verdade:

se você guarda a palavra de Cristo, você não está caminhando para a morte, você está caminhando para a vida.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2025

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Chamados da escuridão para a luz — Uma reflexão sobre 1 Pedro 2:9


Vladimir Chaves

“Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para sua maravilhosa luz” 1 Pedro 2.9

A Palavra nos lembra que, em Cristo, não somos mais definidos pelo que fomos ou pelo que fizemos. Somos definidos por quem nos chamou.

“Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus…”

Essas palavras não são títulos vazios. São verdades sobre quem somos, mesmo quando não nos sentimos assim. Deus não nos chamou por acaso. Ele nos escolheu. Ele nos viu quando ainda estávamos nas trevas e decidiu nos trazer para perto.

Quando a Bíblia diz que somos “raça eleita”, lembra-nos de que nossa identidade não vem da aprovação dos outros, dos nossos erros do passado ou das circunstâncias atuais. Vem de Deus. Ele nos escolheu para caminhar com Ele.

Como “sacerdócio real”, somos lembrados de que temos acesso direto ao Pai. Não precisamos de intermediários humanos para falar com Deus. Ele abriu o caminho para que fôssemos seus representantes, levando esperança onde há desgosto, oração onde há dor, e paz onde há conflito.

Ser “nação santa” significa que fomos separados para algo maior. Não para viver escondidos do mundo, mas para viver de um jeito que mostre que a presença de Deus transforma. Nossa vida deve ser uma luz acesa em meio à escuridão.

E quando Pedro diz que somos “povo de propriedade exclusiva de Deus”, ele nos lembra que pertencemos a Alguém que nunca falha. Somos guardados, valorizados e cuidados pelo Senhor. Em um mundo que tenta nos arrancar a identidade, Deus afirma: “Você é Meu.”

Mas nada disso é apenas para nós. Deus nos chama para um propósito: “a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz.”

A verdadeira transformação acontece quando reconhecemos que fomos tirados da escuridão e colocados na luz, e então decidimos compartilhar essa luz. Nosso testemunho, nossas atitudes, nossa maneira de viver, tudo isso fala da bondade de Deus.

Você não é mais alguém que caminha no escuro.

Você é alguém chamado para brilhar.

Você é luz porque Cristo é luz em você.

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Por mais Bíblia e menos teatro


Vladimir Chaves

As seitas se alimentam da falta de Bíblia, da ausência de teologia séria. Onde a Palavra é ignorada, qualquer vento de doutrina encontra espaço para enganar, confundir e desviar. Não é à toa que o apóstolo Paulo advertiu: “Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina… e se recusarão a dar ouvidos à verdade” (2Tm 4:3–4).

Mas nas igrejas que priorizam as Escrituras, a sã doutrina e a centralidade em Cristo, a mentira é sufocada, os fariseus perdem forças e o Espírito Santo reina. Onde a Bíblia é aberta com reverência e fé, a luz dissipa as trevas, a verdade confronta o erro e o evangelho puro transforma corações.

Jesus orou: “Santifica-os na verdade; a tua Palavra é a verdade” (Jo 17:17). Não existe santificação sem Escritura. Não existe igreja saudável sem exposição fiel da Palavra. Não existe avivamento real onde Cristo não é o centro.

Quando a igreja troca a Bíblia por performances, a pregação por discursos motivacionais, e a verdade por emoções momentâneas, ela perde seu poder espiritual. O teatro pode comover, mas só a Palavra pode converter. O espetáculo pode entreter, mas só a verdade pode libertar: “e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (Jo 8:32).

O Espírito Santo nunca age em contradição com a Escritura. Ele sopra onde Cristo é exaltado, onde o evangelho é pregado com fidelidade, onde a doutrina é tratada com seriedade. É por isso que a igreja primitiva perseverava “na doutrina dos apóstolos” (At 2:42), e por isso experimentava poder, temor e crescimento saudável.

A igreja não precisa ser moderna, mas bíblica. Não precisa ser teatral, mas fiel. Não precisa ser popular, mas verdadeira. O que mantém a igreja viva não é performance, é Palavra; não é palco, é cruz; não é sensacionalismo, é Cristo.

Por isso, ecoa o clamor de Ageu: “A glória desta última casa será maior do que a da primeira” (Ag 2:9). Essa glória não está na produção humana, mas na presença de Deus entre um povo que honra sua Palavra.

Por mais Bíblia e menos teatro.

Por mais verdade e menos performance.

Por mais Cristo e menos ego.

Onde a Escritura reina, o Espírito Santo encontra morada. Onde a Palavra é viva, o engano morre. E onde Cristo é o centro, toda glória pertence ao Senhor.

terça-feira, 9 de dezembro de 2025

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O Deus que peleja por você


Vladimir Chaves

“Pois o Senhor, vosso Deus, é quem vai conosco a pelejar por vós contra os vossos inimigos, para vos salvar.” Deuteronômio 20:4

Às vezes a vida parece um campo de batalha. Problemas se levantam como gigantes, preocupações nos cercam como exércitos e, mesmo tentando ser fortes, há dias em que nossas forças não são suficientes. É justamente nesses momentos que esta promessa brilha como um farol: não enfrentamos nada sozinhos.

Deus não é um observador distante, alguém que apenas assiste aos nossos conflitos. A Palavra afirma que Ele vai conosco, caminha ao nosso lado e entra na luta por nós. Ele não apenas nos acompanha, Ele peleja. Ele age, intervém, protege, abre caminhos e traz livramento onde parecia não haver saída.

Nossos “inimigos” hoje podem não ser exércitos armados, mas podem ser o medo, a ansiedade, as injustiças, a pressão da vida, doenças, crises familiares, financeiras ou emocionais. Seja qual for o nome da batalha, a promessa permanece: Deus luta por aqueles que confiam n’Ele.

Quando entendemos isso, algo muda dentro de nós. Não porque a batalha deixa de existir, mas porque sabemos quem está no controle. A paz chega, porque a vitória não depende apenas da nossa força, mas do Deus que salva, guarda e sustenta.

Então, respire fundo. Levante a cabeça. Caminhe com coragem.

O Deus que prometeu estar ao seu lado não falha, não recua e não perde batalhas.

Se Ele vai à sua frente, você pode seguir confiante: o livramento virá no tempo certo.

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Deus faz muito além das nossas orações


Vladimir Chaves

Efésios 3:20 diz: “Aquele que é capaz de fazer infinitamente mais do que tudo o que pedimos ou pensamos, de acordo com o seu poder que atua em nós.”

Esse versículo é uma declaração poderosa sobre a grandeza de Deus e sobre a ação do seu poder na vida do crente. Deus não está limitado pelas nossas expectativas, pedidos ou imaginação. Muitas vezes, pedimos pouco porque enxergamos pouco; pensamos pequeno porque avaliamos tudo pelas circunstâncias que vemos. Mas Deus vai além; Ele opera em uma esfera ilimitada, transcende nossas previsões e realiza coisas que ultrapassam a lógica humana.

O versículo destaca ainda que esse agir extraordinário de Deus não é algo distante: ele acontece “segundo o Seu poder que opera em nós”. Ou seja, não é apenas um poder externo, mas um poder presente, ativo e transformador dentro do cristão. É o mesmo poder que ressuscitou Cristo, agora agindo no interior daqueles que creem. Isso lembra que a fé não é apenas uma crença, mas uma vida habitada pelo Espírito.

Em termos práticos, Efésios 3:20 nos chama a confiar mais profundamente no agir de Deus, a não limitar nossas orações e a entender que os planos dEle são maiores que os nossos. O cristão não caminha apoiado na própria força, mas num poder divino que supera barreiras, abre portas e realiza propósitos eternos. Esse versículo é um convite a viver com esperança, a sonhar segundo a vontade de Deus e a descansar sabendo que Ele sempre pode fazer “infinitamente mais”.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2025

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Parem de inventar regras que não estão na Bíblia


Vladimir Chaves

Em Juízes 17:6 lemos: “Naquele tempo não havia rei em Israel; cada um fazia o que parecia certo aos seus próprios olhos.”

Esse versículo retrata um povo sem referência. Sem direção, cada um criava suas próprias regras, seus próprios caminhos e suas próprias verdades. O resultado sempre era o mesmo: confusão, distorções e sofrimento.

Hoje não é diferente. Quando deixamos a Palavra de Deus de lado e começamos a criar normas, tradições ou exigências que Ele jamais pediu, repetimos o erro antigo: fazemos o que parece certo aos nossos olhos, mas não o que é certo diante do Senhor.

A fé não precisa de enfeites, acréscimos humanos ou pesos religiosos.

Deus é claro no que deseja: que O amemos, que O obedeçamos e que caminhemos segundo a verdade da Escritura.

Inventar regras além da Bíblia não nos aproxima de Deus; pelo contrário, nos afasta da graça e nos prende ao legalismo.

Por isso, o caminho é simples: volte à Palavra.

Ela é suficiente. Ela é clara. Ela é segura.

Quando seguimos o que Deus disse, e não o que os homens inventam, encontramos liberdade, paz e propósito.

domingo, 7 de dezembro de 2025

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Quando o coração aprende a descer


Vladimir Chaves

“Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo.” Filipenses 2:3

A rotina, a convivência e até os comentários do dia a dia podem nos levar a querer provar quem está certo, quem sabe mais ou quem merece mais. Mas Filipenses 2:3 nos chama para um caminho diferente: um caminho que quase ninguém quer seguir, mas que todos nós precisamos aprender: o caminho da humildade.

A Bíblia em Filipenses 2:3 diz: “Nada façais por contenda ou por vanglória.”

Em outras palavras: não viva tentando vencer discussões, e não faça as coisas apenas para ser visto. Quantas vezes o nosso melhor se perde porque a intenção não está no lugar certo? Às vezes fazemos o certo, mas com o coração errado.

A verdadeira transformação acontece quando entendemos que Deus não está olhando apenas para o que fazemos, mas para por que fazemos.

E completa: “... mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo.”

Isso não significa achar que somos piores que os outros, mas aprender a enxergar valor nas pessoas, honrar o próximo, ouvir antes de julgar, servir antes de exigir.

A humildade não diminui ninguém. Ela nos ensina que crescer, às vezes, é descer.

Descer do orgulho que machuca.

Descer da necessidade de estar certo o tempo todo.

Descer da vaidade que cansa.

Descer para amar, para perdoar, para recomeçar.

Quando o coração aprende a descer, a vida fica mais leve. As relações ficam mais sinceras. O ambiente muda. E principalmente: Deus é glorificado, porque o caráter de Cristo começa a aparecer em nós.

Filipenses 2:3 é um convite para vivermos com menos vaidade e mais propósito; com menos disputa e mais serviço; com menos “eu” e mais de Cristo.

E, no fim, descobrimos que quem escolhe o caminho da humildade não perde, descobre um novo jeito de vencer.

sábado, 6 de dezembro de 2025

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Eli, Samuel e nós: Advertências sobre a negligência paterna


Vladimir Chaves

A paternidade, desde os primórdios da humanidade, sempre carregou uma profunda responsabilidade espiritual, emocional e moral. A própria história bíblica nos alerta para os perigos de uma paternidade exercida de forma negligente. Eli e Samuel (homens de Deus, fiéis e irrepreensíveis em seu ministério) falharam justamente nesse ponto: não cuidaram devidamente do próprio lar.

É impressionante perceber que sacerdotes que ministravam diante de todo Israel e eram referência espiritual para a nação não enxergaram a corrupção e o desvio no coração de seus próprios filhos. Exercitavam autoridade diante do povo, mas não dentro de casa. Eram vigilantes no tabernáculo, mas descuidados no convívio familiar.

Essa realidade não ficou no passado. Hoje, repete-se continuamente. Muitos pais (inclusive cristãos, líderes e trabalhadores dedicados) se esforçam para prover sustento, cumprir compromissos e cuidar de responsabilidades externas, mas deixam um vazio emocional e espiritual dentro de casa. A ausência de uma autoridade equilibrada, presente e amorosa tem gerado filhos inseguros, desorientados, revoltados e, muitas vezes, profundamente decepcionados com os próprios pais.

A Bíblia e a experiência humana concordam: a presença do pai é insubstituível. Ela funciona como um ponto de apoio interior, um referencial de estabilidade. Onde o pai está presente, conversa, corrige com amor, ora com os filhos, demonstra afeto e estabelece limites, a família respira segurança. Onde está ausente (física ou emocionalmente) abre-se uma lacuna que afeta profundamente a formação moral e espiritual dos filhos.

Estudos atuais apenas confirmam o que a Escritura já ensinava: o pai influencia o equilíbrio emocional, o senso de responsabilidade, a visão de futuro, a capacidade de fazer escolhas, a definição de prioridades e até a compreensão do que é bondade, gentileza e integridade. Não à toa, em 1 Timóteo 3.4, Paulo afirma que o pai cristão precisa governar bem a própria casa, pois isso revela maturidade e coerência de caráter.

Os exemplos de Hofni e Finéias (filhos de Eli), bem como dos filhos de Samuel, são advertências vivas. Apesar de cercados por um ambiente religioso, treinados em rituais e familiarizados com a Lei, faltou-lhes aquilo que somente a presença paterna diária pode produzir: relacionamento pessoal com Deus, caráter moldado, proximidade afetiva, direção firme. Suas histórias mostram que prática religiosa alguma substitui o papel essencial do pai no lar.

Talvez a maior lição desses relatos seja esta: não basta ser um homem de Deus em público; é preciso ser um homem de Deus dentro de casa. Ministérios podem florescer e reputações podem crescer, mas, se o coração dos filhos for negligenciado, o preço será alto demais.

Assim, a Escritura nos convida a uma reflexão sincera:

– Como temos exercido nossa paternidade?

– Somos presentes ou apenas provedores?

– Conversamos ou apenas corrigimos?

– Ensinamos sobre Deus apenas com palavras ou também com o exemplo?

– Nossa autoridade se expressa em amor ou está ausente justamente quando mais necessária?

A família é o primeiro ministério, o primeiro altar, o primeiro campo de missão. Quando o pai assume seu papel com responsabilidade, sensibilidade e temor do Senhor, forma filhos fortes, espiritualmente saudáveis e preparados para a vida. Mas quando falha, como falharam Eli e Samuel, o impacto ultrapassa o lar e pode ecoar por gerações.

Que esse alerta bíblico desperte em cada pai (presente ou futuro) a consciência de que a paternidade é uma chamada divina, e a fidelidade a essa missão é um legado que molda destinos.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2025

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Efésios 4:25 — A verdade que sustenta o corpo de Cristo


Vladimir Chaves

“Por isso, deixando a mentira, fale cada um a verdade com o seu próximo, porque somos membros uns dos outros.” Efésios 4:25

Não é apenas um chamado para falar a verdade, mas para viver nela. Para muitos, a mentira não começa com palavras, mas com pequenas concessões internas: sentimentos escondidos, intenções disfarçadas, versões suavizadas da realidade. Com o tempo, essas pequenas sombras se tornam parte do cotidiano, até que a alma já não sabe onde termina a luz e começa a escuridão.

A Bíblia em Efésios 4:25 nos convida a romper esse ciclo.

A mentira é sempre uma ruptura; rompe a comunhão, rompe a confiança, rompe a integridade. A verdade, ao contrário, é um fio que costura relacionamentos, fortalece vínculos e alinha nosso coração ao de Deus.

Falar a verdade com o próximo é um ato de coragem espiritual. Requer humildade para admitir erros, maturidade para expor pensamentos com amor e disposição para viver com transparência. Mas é justamente essa transparência que cura. Onde a verdade entra, o ar flui, a comunhão respira, o Corpo de Cristo se fortalece.

A verdade não é uma arma, é uma ponte.

Não foi dada para ferir, mas para conectar.

Não para humilhar, mas para libertar.

E há uma razão maior por trás do mandamento: “somos membros uns dos outros.”

Ou seja, não caminhamos sozinhos. A minha verdade sustenta o outro. A verdade do outro me sustenta. Somos partes de um mesmo Corpo. Quando escolho mentir, não prejudico apenas a mim mesmo, eu enfraqueço a todos que caminham comigo.

Viver na verdade é um chamado para ser inteiro.

É permitir que Deus alinhe o que somos por dentro com o que mostramos por fora.

É deixar a luz entrar nas áreas que preferíamos manter fechadas.

É escolher a sinceridade mesmo quando ela nos custa algo.

No fim, Efésios 4:25 nos lembra: a verdade não é simples honestidade, é transformação.

E cada vez que escolhemos a verdade, estamos respondendo ao convite de Deus para sermos mais parecidos com Cristo, aquele que é a própria Verdade.

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