531 mil brasileiros serão diagnosticados com câncer de pele até 2022


Vladimir Chaves



Neste mês, os cuidados para evitar o câncer de pele ganham destaque na campanha do ‘Dezembro Laranja’, que alerta sobre a doença e a prevenção dos perigos da exposição ao sol sem proteção. Estimativa do Instituto Nacional do Câncer aponta que no triênio 2020-2022, o câncer de pele não melanoma será o mais incidente no Brasil, representando cerca de 30% de todos os casos.

Neste período, 83.770 homens e 93.160 mulheres terão câncer de pele, sendo um total de 531 mil casos. O risco estimado, conforme o órgão, é de 80,12 casos novos a cada 100 mil homens e 86,65 casos novos a cada 100 mil mulheres. Apesar da grande incidência, esse é um tipo de câncer que se diagnosticado no início, as chances de cura são superiores a 90%.

Não é por acaso que o alerta anual é feito no mês em que o verão se inicia. De acordo com a dermatologista do Hapvida em João Pessoa, Marcela Vidal, o câncer de pele tem como causa a predisposição genética associada à exposição solar, sendo o mais comum o tipo ‘basocelular’.

“É um câncer associado à exposição solar intensa e de forma esporádica, ou seja, pode acontecer quando a pessoa fica um verdadeiro ‘pimentão’ após um dia de praia”, explicou a médica, que ainda apontou o segundo tipo mais frequente da doença na pele: o câncer espinocelular, que é mais presente em pessoas que se expõem de forma crônica ao sol, como pescadores, surfistas, lavradores.

Apesar de liderar as previsões do Instituto, o câncer de pele pode ser prevenido com medidas simples. Conforme a especialista, o uso do filtro solar, de preferência com fator de proteção mínimo de 30, além de peças como chapéu e blusa com proteção ultravioleta são formas eficientes de se cuidar durante a exposição solar. Ela também ressalta o melhor horário para um banho de sol: “O ideal é evitar exposição entre 10h e 15h”, advertiu.

Os principais sintomas, de acordo com a médica, podem ser sinais ou pintas de diferentes cores e formato irregular, ou uma ferida que não cicatriza há mais de um mês. “O tratamento é cirúrgico com análise do material para ter certeza que houve a retirada completa da lesão”, pontuou.

Câncer de pele – Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, a doença é provocada pelo crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele. Essas células se dispõem formando camadas e, de acordo com as que forem afetadas, são definidos os diferentes tipos da doença.

Dicas de proteção


·  Usar chapéus, camisetas, óculos escuros e protetores solares.

·  Evitar a exposição solar e permanecer na sombra entre 10 e 16 horas

·  Usar filtros solares diariamente e reaplicar o produto a cada duas horas ou menos.

·  Observar regularmente a própria pele, à procura de pintas ou manchas suspeitas.

·  Manter bebês e crianças protegidos do sol. Filtros solares podem ser usados a partir dos seis meses.

·  Consultar um dermatologista uma vez ao ano para um exame completo.

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