A reforminha medíocre e obscura do Senado.


Vladimir Chaves

Preguiça, má vontade, incompetência, o que faltou ao Senado para ouvir as “vozes roucas” das ruas? Depois dos protestos de junho, esperava-se que a “Casa Conservadora do Brasil”, tratasse a necessária e urgente reforma eleitoral com o respeito que o país exige. No entanto os nobres senadores e senadoras optaram pela mediocridade e a manutenção da obscuridade no processo eleitoral, aprovando uma reforminha, que nada muda. Deixando "Tudo como dantes no Quartel de Abrantes".

As mudanças no modelo politico vigente, aprovadas no senado, se mantidas pela Câmara Federal, não irão alterar em nada as mazelas que depõem contra a democracia e o país, pelo contrário, em alguns pontos tendem a agravar. É o caso da brecha que permite aos concessionários ou permissionários de serviços públicos, serem doadores de campanha, a coisa agora degringola de vez, usuários de transportes coletivos que se preparem para pagar os “empréstimos” que muitos políticos picaretas farão disfarçadamente como doação de campanha. Se já faziam quando não era permitido imaginemos se aprovada essa aberração.

Outra proposta que “esculhamba” o já esculhambado modelo politico eleitoral, é a flexibilização no processo de filiação partidária, atualmente o agente politico para mudar de partido, precisa pedir desfiliação da antiga legenda para só então ingressar em outra, com a nova proposta do Senado, o agente politico pode trocar de partido como quem troca de camisa, passa a valer a última filiação.


Outra desfaçatez foi à aprovação da proposta que regulamenta a contratação de “cabos eleitorais”. Trata-se da legalização pura e simples da compra de votos.


Outro absurdo posto em prática pelos que fazem a maioria na “Casa Conservadora”, no fatídico dia 16 de setembro, foi à rejeição da emenda que obrigava a divulgação das doações e doadores de campanha durante o processo eleitoral. A “Casa Conservadora” optou por esconder isso dos eleitores.

Enfim, a seriedade esperada, o respeito às exigências das “vozes roucas” das ruas foram completamente ignorados, prevalecendo o faz de conta de uma reforminha medíocre e obscura.

Vladimir Chaves

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