O perigo da cultura “work” nas igrejas


Vladimir Chaves

 


“Permanecei em mim, e eu permanecerei em vós. Assim como o ramo não pode dar fruto por si mesmo, se não permanecer na videira, assim também vós, se não permanecerdes em mim.” (João 15:4)

Vivemos tempos em que muitas igrejas correm o risco de confundir atividade com espiritualidade. A chamada cultura “work” valoriza quem mais faz, organiza ou participa, como se quantidade de serviço fosse medida de maturidade espiritual. Mas diante de Deus, não somos aceitos pelo muito fazer, e sim pela fé que permanece em Cristo.

O perigo é claro: quando o trabalho se torna centro, a oração se esfria, a intimidade com Deus diminui e até o amor ao próximo perde espaço. Assim como Marta estava ocupada em servir e esqueceu de apenas ouvir o Mestre, corremos o risco de perder o primeiro amor (Lc 10:41-42; Ap 2:4).

A resposta não é abandonar o serviço, mas recolocar Cristo no centro. O trabalho deve nascer da presença de Deus, e não substituí-la. É na oração, intimidade, estudo da Palavra e comunhão com Deus e no discipulado sincero que o serviço se torna frutífero.

pela graça sois salvos, não por obrasEfésios 2:8-9.

Portanto, lembre-se: servimos porque fomos amados. Produzimos fruto não pela correria, mas porque estamos ligados à videira. Que a igreja nunca se orgulhe de sua “produção”, mas da presença viva de Jesus, que é quem realmente dá sentido a tudo.

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