O Deus que nos guarda do que é visível, guarda-nos do invisível.


Vladimir Chaves

O Criador que governa o universo nos protege não apenas do que é visível, Ele também nos protege das dimensões espirituais que não conseguimos ver.

A Palavra de Deus nos diz:

“O Senhor guardará você de todo mal; Ele protegerá a sua vida.” Salmo 121:7

O salmista não limita a proteção de Deus às ameaças que conseguimos identificar. Ele diz “todo mal”, incluindo as armadilhas invisíveis, os ataques espirituais e os perigos que sequer sabemos que existem. Em tempos de incerteza, medo e ameaças, nossa fé é testada. Mas nossa segurança está em um Deus que vê o que não vemos, conhece o que ignoramos e intervém antes que o mal nos alcance.

Jesus mesmo nos ensinou a orar: “...livra-nos do mal” (Mateus 6:13)

Essa oração é um clamor por livramento do mal visível e invisível. Muitas vezes, o que mais ameaça nossa paz não são os perigos visíveis, mas os que se escondem nas sombras: pensamentos destrutivos, dardos espirituais, ciladas preparadas pelo inimigo (Efésios 6:11-12). Mas Deus é soberano sobre tudo isso.

Lembremos de Eliseu, que viu o exército inimigo cercando a cidade. Seu servo entrou em pânico, mas o profeta orou:

“Senhor, abre os olhos dele para que veja.” (2 Reis 6:17)

Deus então abriu os olhos espirituais do servo, que viu um exército celestial protegendo-os. Isso mostra que, mesmo quando não vemos, Deus está operando.

Se Deus criou tudo o que é visível — as estrelas, os montes, os mares, o corpo humano — por que duvidaríamos que Ele tem poder para nos preservar daquilo que é invisível? A fé nos ensina que não vivemos pelo que vemos, mas por aquilo que cremos (2 Coríntios 5:7). E cremos em um Deus fiel, soberano e presente em todas as dimensões da nossa existência.

“Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque tu estás comigo.” (Salmo 23:4)

sexta-feira, 18 de julho de 2025

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A palavra de Deus não precisa de ajuda, precisa de exposição


Vladimir Chaves


Vivemos dias em que muitos tentam “embelezar” a mensagem bíblica com artifícios humanos, retóricas sofisticadas ou promessas que agradam os ouvidos, mas não confrontam o coração.

A Bíblia é viva e eficaz (Hebreus 4:12). Sua força não está na eloquência de quem a prega, mas no próprio poder de Deus que a sustenta. Quando ela é fielmente anunciada, mesmo que com palavras simples, transforma vidas, liberta cativos, cura feridas e revela o caráter santo do Senhor.

"Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para repreensão, para a correção e para instrução da justiça." (2 Timóteo 3:16)

Esse versículo é um chamado direto ao expositor da Palavra: não a edite, apenas exponha! O Espírito Santo não precisa de truques emocionais ou artifícios de marketing. Ele precisa de pregadores e mestres que se coloquem como vasos humildes, dispostos a anunciar a verdade como ela é.

Quando tentamos ajustar a Escritura às nossas preferências culturais ou emocionais, corremos o risco de criar um evangelho diferente. O apóstolo Paulo já alertava os gálatas sobre isso:

“Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos pregasse outro evangelho além do que já vos pregamos, seja anátema.” (Gálatas 1:8)

A Igreja de Cristo precisa de menos performances e mais exposição bíblica. Precisa de homens e mulheres que, com temor, abram as Escrituras e deixem Deus falar. A autoridade não está no pregador, está na Palavra. E quando ela é proclamada em verdade, ela mesma cumpre o propósito para o qual foi enviada (Isaías 55:11).

Não tente ajudar a Palavra. Deixe-a brilhar como a lâmpada que ilumina o caminho (Salmo 119:105), como a espada que penetra a alma (Hebreus 4:12), e como o martelo que despedaça a rocha (Jeremias 23:29). Exponha-a — e o céu fará o resto.

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Numa igreja fiel à pregação do evangelho tem Palavra e exaltação a Cristo


Vladimir Chaves


Uma igreja verdadeira é aquela que respira as Escrituras e exala Cristo. Ela não se rende às modas passageiras nem se curva à pressão de agradar aos homens, mas permanece firme sobre a rocha da Palavra de Deus. Jesus Cristo não é um adorno em sua liturgia, mas o centro vivo de tudo que é feito. A igreja bíblica prega com ousadia o arrependimento, a cruz, a ressurreição e o poder do Espírito Santo, que transforma, convence do pecado e fortalece os crentes na jornada da fé.

Ela não é apenas um ponto de encontro, mas uma fonte onde os sedentos pela verdade encontram água viva. A cada culto, os famintos são saciados pela pregação que não massageia o ego, mas confronta, cura e liberta. Seus ensinos iluminam o caminho dos que já perceberam que este mundo não tem respostas duradouras, e anunciam com autoridade o refrigério da presença de Deus, que renova os corações cansados e fortalece os que andam pela fé.

A mensagem de Pedro em Atos 3.11-26 é uma poderosa ilustração de como uma pregação centrada nas Escrituras e em Cristo pode impactar vidas. Ele não apelou para emoções humanas nem para experiências subjetivas; sua pregação foi sólida, profética e bíblica. Pedro apontou para Jesus como o Servo Santo, o Autor da vida, o cumprimento das profecias — exaltando não a si mesmo, mas ao Salvador. Esse tipo de pregação é um verdadeiro bálsamo para a alma, pois carrega o peso da glória de Deus e a unção do Espírito.

É por isso que é tão gratificante participar de um culto em que o pregador é apenas um instrumento da Palavra. Quando a mensagem vem do altar, embasada na Bíblia e conduzida pelo Espírito, somos invadidos por júbilos espirituais. Há algo de sublime quando a Palavra é exposta com fidelidade — o céu parece tocar a terra. E quando o pregador, ao mencionar sua vida, não se exalta, mas se humilha, testemunhando suas fraquezas e apontando para a cruz como seu único mérito, isso nos edifica ainda mais. Porque sabemos que não é sobre ele, mas sobre Aquele que o chamou.

Que Deus continue levantando homens e mulheres cheios do Espírito, humildes em espírito, firmes na Palavra e apaixonados por Jesus. Que a igreja do Senhor nunca perca o foco do Evangelho puro e simples, aquele que salva, cura, restaura e transforma. Que sejamos parte de uma geração que valoriza a pregação fiel, pois é através dela que a fé vem (Romanos 10:17), e por ela que o Reino avança.

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O Judas moderno não se arrepende


Vladimir Chaves

Vivemos dias em que a traição deixou de ser um ato pontual para se tornar um estilo de vida para alguns. A figura de Judas Iscariotes, que outrora nos causava espanto pelo seu ato de trair o Mestre com um beijo, hoje encontra paralelos dolorosamente reais em nosso cotidiano. Mas há uma diferença: o Judas moderno não se arrepende nem se enforca; o Judas moderno é tão trapaceiro que voltará para beijar seu rosto quantas vezes você permitir.

A Palavra nos diz que, Judas foi consumido pelo remorso após perceber a gravidade do que havia feito. Ele devolveu as trinta moedas de prata e, desesperado, deu fim à própria vida (Mateus 27:3-5). Porém, o traidor dos nossos dias muitas vezes não sente remorso. Ele se especializa em manipulação emocional, se disfarça de amigo, pede perdão, espiritualiza suas intenções e finge inocência para manter-se próximo — sempre à espreita de uma nova oportunidade de enganar.

A Palavra nos adverte sobre esse tipo de comportamento. Paulo escreve:

“Isso não é de admirar, pois o próprio Satanás se transforma em anjo de luz. Portanto, não é surpresa que os seus servos finjam ser servos da justiça. O fim deles será o que as suas ações merecem.” 2 Coríntios 11:14-15

Os “Judas modernos” têm aparência de piedade, mas negam a eficácia dela (2 Timóteo 3:5). Aproximam-se com palavras doces e gestos afetuosos, mas no coração tramam o mal. Diferente do Judas bíblico que teve ao menos um momento de remorso, os traidores atuais se repetem sem culpa — voltam, sorriem, abraçam... e ferem de novo.

Esse tipo de pessoa só continuará a agir enquanto você permitir. É necessário, com discernimento espiritual, saber a hora de afastar-se, perdoar sim — como Cristo nos ensinou —, mas não alimentar ciclos tóxicos de traição. Jesus perdoou, mas não impediu Judas de sair do cenáculo após o beijo da hipocrisia (João 13:27).

quinta-feira, 17 de julho de 2025

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Quando Jesus Me Salvou...


Vladimir Chaves

Vivi momentos em que o peso da tristeza e da dor parecia esmagar meu coração, roubando-me a paz e a alegria de viver. O hino 188 da Harpa Cristã, “Quando Jesus Me Salvou”, expressa com profundidade essa realidade que experimentei:

“Quando Jesus me salvou,

E a alma minha libertou,

De tristeza e tormento,

Senti doce contentamento.”

Esse trecho me faz ter a certeza de que a verdadeira libertação vem do Senhor. Quando entregamos nossa vida a Jesus, Ele nos liberta das amarras da tristeza, da angústia, do medo e do sofrimento. É um encontro que traz uma alegria que o mundo não pode dar — um contentamento que preenche o vazio da alma.

“E ali caiu um fardo de tristeza e de dor,

Que me oprimia a alma, e me roubava a paz.”

Aqui experimentei a promessa de alívio para quem carregava um fardo pesado. Jesus retirou tudo aquilo que oprimia meu espírito — toda ansiedade, culpa, medo e angústia. Ele me ofereceu descanso e renovação.

“Agora sou feliz, pois Jesus me salvou,

De todo mal e perigo me livrou.”

Minha salvação é uma experiência real e viva de libertação e proteção pelo amor de Deus. Por meio de Jesus, venci o mal, venci uma batalha espiritual que eu sequer sabia que estava enfrentando. Só quando Ele me abriu os olhos foi que entendi o tamanho do problema que estava à minha frente. Com Ele, enfrentei e venci. Hoje caminho seguro, mesmo em meio às tempestades da vida.

“Glória, aleluia, bendito Jesus,

Que me deu esta alegria e paz.”

Hoje, meu maior prazer é reconhecer e louvar o Senhor por essa dádiva maravilhosa. A paz que Jesus nos dá não depende das circunstâncias; ela é fruto da presença constante do Salvador em nosso coração.

Senhor Jesus, obrigado porque, quando Te encontrei, um fardo pesado caiu do meu coração. Ajuda-me a confiar sempre em Ti, para continuar nesse descanso e na verdadeira alegria. Que eu possa viver proclamando a paz e o amor que só Tu podes dar. Amém.

                                                    (Jornalista Vladimir Chaves)

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O lar é templo de Deus, deixe que o Espírito Santo reine nele.


Vladimir Chaves


O lar foi criado por Deus para ser um lugar de refúgio, consolo, restauração e amor. Porém, muitos lares têm se tornado campos de batalha, ambientes de gritos, mágoas e conflitos constantes. É preciso entender que o lar não é apenas uma construção de tijolos, mas um espaço espiritual onde Deus deseja habitar.

Quando a carne governa, quando há falta de domínio próprio, palavras duras, humilhações e violências verbais, cria-se uma brecha perigosa para a atuação do inimigo. O apóstolo Paulo alerta: “Se vocês se deixam dominar pela natureza humana, o resultado é óbvio: imoralidade sexual, impureza, libertinagem, idolatria, feitiçaria, ódio, discórdia, ciúmes, ira...” (Gálatas 5:19-20).

Quando a atmosfera da casa se enche de gritos e acusações, o lar deixa de ser abrigo e passa a ser um ambiente de guerra. Deus nos adverte em Provérbios 15:1: “A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira.”

É preciso vigiar. O tom de voz com que nos dirigimos àqueles que amamos revela quem está no controle: se o Espírito Santo ou a carne. Onde o Espírito reina, os frutos se manifestam: “amor, alegria, paz, paciência, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio” (Gálatas 5:22-23). Mas onde reina a carne, reina também a confusão.

Não se engane: brigas constantes, agressões verbais entre cônjuges, gritos de pais contra filhos, filhos que reagem com raiva — isso não é “normal da convivência”; é um problema espiritual. É a evidência de que algo precisa urgentemente ser curado, restaurado e transformado. O inimigo se aproveita da falta de vigilância para semear divisão e tornar o lar em campo de destruição emocional e espiritual.

A boa notícia é que a restauração é possível. Jesus transforma lares quando encontra corações arrependidos. Quando a oração substitui os gritos, quando o jejum toma o lugar da acusação, quando o perdão quebra o ciclo da mágoa, então a paz volta a reinar. O Espírito Santo habita onde há verdade, mansidão e reverência. Que seu lar volte a ser templo. Que seu descanso não seja interrompido por contendas, mas envolto pela presença de Deus. Comece hoje. Feche as brechas. Deixe o Espírito de Deus reinar.

quarta-feira, 16 de julho de 2025

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Cidade de Derinkuyu: O refúgio subterrâneo dos cristãos perseguidos


Vladimir Chaves

Nas entranhas da região da Capadócia, na atual Turquia, repousa uma das mais impressionantes obras da antiguidade: Derinkuyu, uma cidade subterrânea multiestrutural esculpida em rochas vulcânicas macias. Com até 85 metros de profundidade e capacidade para abrigar cerca de 20 mil pessoas, Derinkuyu não é apenas um feito de engenharia antiga — ela é símbolo de resistência, fé e sobrevivência dos cristãos primitivos em tempos de perseguição.

Origem e Estrutura da Cidade

Embora a origem exata de Derinkuyu ainda seja debatida entre historiadores, acredita-se que sua construção inicial remonte aos hititas (século XV a.C.), sendo posteriormente ampliada por diversas civilizações, como os frigios, romanos e bizantinos. O uso mais marcante da cidade, no entanto, se deu durante os primeiros séculos do cristianismo, principalmente entre os séculos II e VII d.C., quando os cristãos fugiam das perseguições romanas e, mais tarde, árabes.

Derinkuyu possuía tudo o que uma cidade da superfície necessitava: escolas, igrejas, poços de ventilação, vinícolas, estábulos, cozinhas, dormitórios, armazéns de alimentos e até um refeitório comum. As portas de pedra, que podiam ser roladas para bloquear túneis, permitiam isolamento completo em caso de ataque, funcionando como uma fortaleza oculta.

Um Refúgio para os Perseguidos

Com o crescimento do cristianismo nos primeiros séculos da era cristã, os seguidores de Jesus passaram a ser considerados inimigos do Estado romano. Muitos foram martirizados, perseguidos e forçados a viver na clandestinidade. Em resposta, comunidades cristãs buscaram refúgio em lugares inóspitos e discretos — e Derinkuyu foi um desses lugares.

Ali, nas profundezas da terra, eles podiam se reunir em segurança para adorar, orar, ensinar e preservar a fé. As igrejas esculpidas nas rochas revelam símbolos cristãos, como cruzes e figuras dos apóstolos, indicando que a fé era vivida com intensidade mesmo na adversidade.

Esse modo de vida nos lembra as palavras de Jesus:

“E sereis odiados de todos por causa do meu nome; mas aquele que perseverar até o fim será salvo” (Mateus 10:22).

Derinkuyu e o Cristianismo da Resistência

A existência de Derinkuyu mostra que a Igreja de Cristo nunca foi construída apenas em templos visíveis, mas em corações dispostos a crer mesmo quando tudo parecia perdido. A fé vivida na Capadócia foi uma fé que resistiu às trevas — não só as físicas das cavernas, mas às da perseguição cruel e implacável.

Esses cristãos subterrâneos mantinham a chama da esperança acesa. Eles criaram comunidades coesas, baseadas na partilha, na oração e na doutrina dos apóstolos — vivendo o evangelho com coragem e simplicidade.

O apóstolo Paulo, que passou por regiões próximas, afirmou:

“Somos atribulados em tudo, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados; perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos” (2 Coríntios 4:8-9).

Legado Espiritual

Hoje, Derinkuyu é uma relíquia arqueológica e um testemunho vivo da coragem dos cristãos primitivos. Seus túneis silenciosos ecoam as vozes da fé que não se rendeu. Eles nos desafiam a refletir: Será que estamos dispostos a viver com a mesma intensidade e compromisso, mesmo sem perseguições?

A cidade subterrânea não foi apenas uma moradia temporária, mas um altar de resistência, um símbolo de que o Reino de Deus cresce mesmo debaixo da terra, mesmo escondido, mesmo pressionado. E isso nos ensina que a verdadeira fé não depende de circunstâncias favoráveis, mas de um coração que escolhe permanecer firme, mesmo nas profundezas.

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Uma geração que “ama” o Jesus que conforta e rejeita o que confronta.


Vladimir Chaves

Vivemos tempos onde a fé tem sido moldada mais pela cultura das redes sociais do que pela verdade das Escrituras. A geração atual, muitas vezes, tem abraçado um Cristo seletivo — aquele que conforta, que cura, que prospera, que abraça — mas rejeita o Cristo que confronta, que exorta, que corrige e que chama ao arrependimento.

É fácil amar o Jesus que perdoa a mulher adúltera, mas ignorar o Jesus que disse: “Vá e abandone sua vida de pecado" (João 8:11). O Cristo da Bíblia não é um amigo tolerante, é um Senhor que exige mudança, renúncia e santidade. O problema é que muitos querem um Salvador, mas não querem um Senhor. Querem bênçãos do Reino, mas não aceitam viver sob o governo do Rei.

Essa geração que publica versículos com filtros bonitos nas redes sociais muitas vezes vive como escrava de prazeres que agradam ao diabo. Se embriagam, se perdem em músicas que glorificam a promiscuidade, o adultério, a violência e as drogas. São “seguidores de Jesus” nos stories, mas negam a cruz no cotidiano.

O apóstolo Paulo alertava sobre essa realidade espiritual e moral dos dias atuais:

"Saiba disto: nos últimos dias sobrevirão tempos terríveis. Os homens serão egoístas, avarentos, presunçosos, arrogantes, blasfemos, desobedientes aos pais, ingratos, ímpios, sem amor pela família, irreconciliáveis, caluniadores, sem domínio próprio, cruéis, inimigos do bem, traidores, precipitados, soberbos, mais amantes dos prazeres do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando o seu poder. Afasta-te também destes." (2 Timóteo 3:1-5)

Essa é uma geração que detesta ser confrontada. Basta um sermão mais firme sobre santidade, sobre pecado, sobre inferno ou arrependimento, e já surgem acusações de “julgamento” ou “religiosidade”. Mas o evangelho verdadeiro não passa pano para o pecado — ele o denúncia. Deus nos ama como somos, mas nos ama tanto que não nos deixa permanecer como estamos.

O que falta a essa geração é temor de Deus. Não o medo servil, mas o temor reverente, que reconhece a santidade de Deus, que leva ao arrependimento sincero, à renúncia de si mesmo, à busca por uma vida limpa e separada para Deus.

Enquanto o coração não for quebrantado, enquanto a cruz for apenas um acessório e não um estilo de vida, o evangelho continuará sendo apenas um “tema bonito” para ser postado, e não uma verdade que salva, liberta e transforma.

Cristo não veio para ser moldado à imagem das preferências humanas. Ele é o mesmo ontem, hoje e sempre (Hebreus 13:8). Ele conforta os cansados, sim, mas também confronta os pecadores. Ele cura os feridos, mas também fere com a verdade que salva. A geração que rejeita o confronto rejeita a correção que leva à salvação. E sem arrependimento, não há reconciliação com Deus.

Assim diz o Senhor:

"Arrependam-se, pois, e voltem-se para Deus, para que os seus pecados sejam cancelados” (Atos 3:19)

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Pregadores com pouca Palavra e muita performance


Vladimir Chaves


Vivemos tempos em que muitos púlpitos foram transformados em palcos, onde a eloquência, a performance e o carisma são mais valorizados do que a fidelidade à Palavra de Deus.

A Bíblia, no entanto, já previa tempos assim — e nos adverte contra isso.

"Pois virá o tempo em que não suportarão a sã doutrina; ao contrário, sentindo coceira nos ouvidos, juntaram mestres para si mesmos, segundo os seus próprios desejos”  2 Timóteo 4:3

Nos dias de Jeremias, já existiam aqueles que falavam apenas o que vinha do coração deles — visões, ideias e sonhos pessoais — não o que vinha da parte do Senhor.

"Assim diz o Senhor dos Exércitos: Não ouçam o que os profetas estão profetizando para vocês; eles os enchem de falsas esperanças. Falam de visões inventadas por eles mesmos e que não vem da boca do Senhor” Jeremias 23:16

Deus continua dizendo: "Eu não os enviei!"

Jesus não prometeu fama e aplausos para aqueles que o seguissem. Pelo contrário, o verdadeiro Evangelho é caminho de renúncia e transformação.

"Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me." Mateus 16:24

Entretanto, muitos pregadores ao invés trazerem a mensagem da cruz oferecem uma mensagem que promove autoestima, prosperidade material e sucesso terreno. Esse evangelho não confronta o pecado, não serve para a salvação, não prega arrependimento e nem transforma.

Paulo confronta esse tipo de evangelho:

“Pois a nossa exortação não tem origem no erro nem motivos impuros, nem temos intenção de enganá-los; ao contrário, como homens aprovados por Deus para nos confiar o evangelho, não falamos para agradar pessoas, mas a Deus, que prova o nosso coração” 1 Tessalonicenses 2:3-4

A Palavra de Deus não precisa de enfeites ou manipulações emocionais para ter poder.

"A minha palavra e a minha pregação não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração do Espírito e de poder." 1 Coríntios 2:4

O que transforma vidas não é o estilo do pregador, mas a presença do Espírito Santo através da Palavra pregada com verdade e unção. Quando substituem isso por mungangas e frases emotivas, perdem a essência do ministério.

Pregadores que falam muito, mas dizem pouco da Palavra, podem até emocionar, mas não alimentam espiritualmente. O povo de Deus precisa da sã doutrina, de púlpitos cheios da Bíblia, e de pregadores que estejam mais preocupados em agradar ao Céu do que aos homens.

"Pregue a palavra, esteja preparado a tempo e fora de tempo, repreenda, corrija, exorte com toda paciência e doutrina." 2 Timóteo 4:2

Que o Senhor levante uma geração de mensageiros com temor, cheios da Palavra, ungidos pelo Espírito, e dispostos a pregar com fidelidade — mesmo que não renda aplausos e selfies.

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Quando falta direção, sobra tentação


Vladimir Chaves

O diabo tentou Eva no Éden porque encontrou nela algumas brechas que o tornaram oportuno para agir. Eva estava sozinha, isolada de Adão. Estava disponível para escutar o que não edificava. Ouviu o que vinha das trevas, desejou mais do que já tinha, e não conhecia profundamente o que Deus havia dito. Além disso, ela decidiu buscar por si mesma, agiu sem consultar, sem pedir direção ao Criador.

Essas mesmas brechas continuam existindo até hoje. O inimigo ainda usa as mesmas estratégias: o isolamento, a curiosidade sem discernimento, o desejo desordenado, a ignorância da Palavra e a autossuficiência. É por isso que é preciso vigiar constantemente. A serpente pode tentar seduzir com mentiras disfarçadas de verdade. É necessário ter espírito de discernimento, conhecer profundamente a Palavra, buscar sabedoria e permanecer cheio do Espírito Santo.

O apóstolo Paulo já nos alertava:

"Vistam toda armadura de Deus, para poderem ficar firmes contra as ciliadas do diabo" (Efésios 6:11).

Não seja presa fácil. Fortaleça sua fé, caminhe em comunhão e dependa da direção do Espírito. As armadilhas são antigas, mas a vitória é sempre para quem anda com Deus.

terça-feira, 15 de julho de 2025

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