Comissão aprova proposta que proíbe distinção de sexo em concursos para PMs e bombeiros militares


Vladimir Chaves



A Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei que veda a distinção entre homens e mulheres para seleção, promoção ou ingresso no quadro efetivo de oficiais e praças das polícias militares ou dos corpos de bombeiros militares.

A medida é inserida na Lei Orgânica Nacional das Polícias Militares e dos Corpos de Bombeiros Militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios.

O texto aprovado é o substitutivo da relatora, deputada petista Carol Dartora, ao Projeto de Lei 1203/23, do deputado Pedro Aihara (PRD-MG). 

“A Lei 14.751/23, promulgada no final do ano passado, não legisla sobre a presença feminina nas polícias militares, crescente nos últimos anos”, afirma Dartora. “Fato que tornou necessário combater essa lacuna e conferir segurança jurídica para o anseio das mulheres que pretendem ingressar na carreira do quadro efetivo de oficiais e praças das polícias militares”, acrescenta. 

Alterações

O projeto original altera o Decreto-Lei 667/69, que reorganiza as PMs e os Corpos de Bombeiros Militares dos estados e do DF, e a Lei 9.713/98, que trata da reclassificações das policiais militares femininas.

A relatora lembra, porém, que a Lei 14.751/23, revogou boa parte do decreto-lei.  Carol Dartora manteve a modificação na Lei 9.713/98, que proíbe a fixação de limite ou percentual que restrinja a seleção, promoção ou entrada de mulheres no efetivo das polícias militares.

Próximos passos

A proposta será analisada, em caráter conclusivo, pelas comissões de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Para virar lei, a proposta precisa ser aprovada pelos deputados e pelos senadores.

sábado, 25 de janeiro de 2025

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Brasil de Lula: Rombo nas contas externas dobra e atinge U$$ 56 bi.


Vladimir Chaves


O déficit nas contas externas do Brasil mais que dobrou no ano passado e atingiu o maior saldo negativo desde 2019. As informações foram divulgadas pelo Banco Central (BC) nesta sexta-feira, 24.

O déficit nas transações correntes representou 2,55% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024, totalizando US$ 56 bilhões. No ano anterior, o rombo havia sido de US$ 24,5 bilhões, equivalente a 1,12% do PIB.

O resultado de 2024 foi o pior em cinco anos. Em 2019, o déficit em conta-corrente atingiu 3,47% do PIB, ao somar US$ 65 bilhões.

Segundo o BC, o aumento de US$ 31,4 bilhões no déficit de 2024 foi provocado pela redução de US$ 26,1 bilhões no superávit da balança comercial e pelo acréscimo de US$ 9,8 bilhões no déficit de serviços.

Esses fatores foram parcialmente compensados pela diminuição de US$ 4,1 bilhões no déficit de renda primária e pelo crescimento de US$ 367 milhões no superávit de renda secundária.

Os investimentos diretos no país superaram o rombo em transações correntes, financiando o saldo negativo das transações.

Em 2024, os investimentos diretos no país (IDP) totalizaram US$ 71,1 bilhões, o equivalente a 3,24% do PIB. Esse valor representa um aumento de 13,8% em comparação a 2023, quando o IDP foi de US$ 62,4 bilhões (2,85% do PIB).

sexta-feira, 24 de janeiro de 2025

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Receita Federal disponibiliza consulta a novo lote de restituição do IR


Vladimir Chaves


A Receita Federal anunciou a liberação da consulta a um novo lote residual de restituição do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) a partir das 10h desta sexta-feira (24). O pagamento, que totaliza 268.144 restituições, soma R$ 864,8 milhões, e será realizado no dia 31 de janeiro.

Os contribuintes que desejam verificar se estão incluídos nesse lote devem acessar o site da Receita Federal. Após entrar na seção “Meu Imposto de Renda”, é necessário clicar em “Consultar a Restituição”. Aqueles que não forem contemplados neste lote ainda permanecem na malha fina e devem monitorar sua situação.

Dentre as restituições, R$ 402,8 milhões são destinados a contribuintes que possuem prioridade legal. Isso inclui 7.321 restituições para idosos com mais de 80 anos, 52.525 para aqueles entre 60 e 79 anos, além de 4.519 para pessoas com deficiência ou doenças graves. Também estão incluídas 16.003 restituições para profissionais do magistério e 125.751 para quem utilizou a Declaração pré-preenchida ou optou pelo recebimento via Pix. Por fim, 61.995 restituições serão destinadas a contribuintes não prioritários.

Os valores das restituições são creditados exclusivamente em contas bancárias dos contribuintes. Caso o valor não seja resgatado em até um ano, o contribuinte deve solicitar a restituição pelo Portal e-CAC da Receita Federal. Além disso, é possível corrigir dados bancários e reagendar o crédito através do Portal do Banco do Brasil ou pela Central de Relacionamento da instituição.

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Comissão aprova uso de algemas em adolescente autor de ato infracional com comportamento agressivo


Vladimir Chaves



A Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei que permite o uso de algemas em adolescente autor de ato infracional quando houver reação violenta, iminente receio de fuga ou comportamentos atentatórios à ação policial. Nesses casos, se o projeto virar lei, também será proibida a condução em compartimento fechado da viatura policial. 

A proposta considera como comportamentos atentatórios à ação policial:

agressividade, evidenciada por movimentos bruscos e contrários aos comandos emitidos pelos policiais;

arrogância, com utilização de linguagem depreciativa em relação aos policiais ou ao contexto da condução;

desobediência, com não cumprimento ou demora em cumprir as orientações emitidas pelos policiais;

resistência com a utilização de violência ou grave ameaça;

subtração ou tentativa de subtrair arma de fogo ou outro equipamento de proteção individual dos policiais. 

O texto aprovado é o substitutivo do relator, deputado Sargento Portugal (Pode-RJ), ao Projeto de Lei 2582/24, do deputado Capitão Alden (PL-BA), e altera o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). 

Estatuto atual

Hoje o ECA proíbe que o adolescente a quem se atribua autoria de ato infracional seja conduzido ou transportado em compartimento fechado de veículo policial, em condições atentatórias à sua dignidade ou que impliquem risco à sua integridade física ou mental, sob pena de responsabilidade do policial.

“Embora a legislação proteja os direitos dos adolescentes, é preciso reconhecer que muitos podem representar um risco à integridade física dos policiais ou de terceiros, seja pelo seu porte físico ou até mesmo o estado emocional alterado”, afirmou o relator. 

“Em algumas situações, adolescentes podem ter compleição física equivalente ou superior à de um adulto, fator que deve ser considerado em casos de confronto ou resistência”, acrescentou Sargento Portugal.

Para ele, “nesses casos, as algemas são uma medida preventiva, evitando que a situação evolua para o uso de força letal”. 

Próximos passos

A proposta ainda precisa ser analisada, em caráter conclusivo, pelas comissões de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Para virar lei, precisa ser aprovada pelos deputados e senadores. 

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Após pressão nas redes sociais, Lula recua e descarta mudanças em data de validade de alimentos.


Vladimir Chaves



O governo Lula recuou, mais uma vez, de outra medida atabalhoada, desta vez uma medida que pretendia enfrentar o alto custo dos alimentos permitindo a venda de alimentos vencidos.

O ministro Rui Costa (Casa Civil) negou a possibilidade de mexer na regra do prazo de validade dos alimentos. A medida foi proposta ao governo pela Abras (Associação Brasileira de Supermercados) e ventilada pelo próprio ministro.

A possibilidade de colocar alimentos vencidos nas prateleiras dos supermercados gerou revolta da população, expressa principalmente nas redes sociais, levando o governo Lula a recuar, assim como fez  com a medida que pretendia monitorar o PIX

O ministro Rui Costa disse que o governo vai buscar um "conjunto de intervenções" para baratear o preço dos alimentos. Ele afirmou ainda que recebeu sugestões de associação de supermercados e que deve acatá-las, mas sem detalhar as medidas.

"No final do ano passado, [Lula] fez reunião com redes de supermercado e eles sugeriram algumas medidas. Vamos implementá-las agora no primeiro bimestre. A partir dessas reuniões, ouvindo produtores, buscar medidas que consigam reduzir preço dos alimentos", disse.

quinta-feira, 23 de janeiro de 2025

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Para baixar preço dos alimentos, Lula avalia colocar na mesa dos pobres produtos vencidos.


Vladimir Chaves



O que até então tem como destino os incineradores, lixões e cochos de porcos, pode acabar na mesa do pobre. Medida “estuda” pelo governo Lula avalia vender para os pobres alimentos vencidos.

Segundo o ministro da Casa Civil, Rui Costa, o governo avalia “aproveitar” alimentos vencidos. A medida foi sugerida por supermercados como meio para baratear os alimentos.

Em julho do ano passado, o presidente Lula recebeu de associações da indústria de alimentos e de supermercados a sugestão de adotar "best before", onde ao invés da data de validade representar um prazo limite para o consumo, ela seria uma sugestão de até quando seria melhor o consumo.

Pela proposta feita pela Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia) e pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras), a nova regra valeria para os produtos chamados "shelf stable", ou seja, aqueles estáveis em temperatura ambiente, como biscoitos, macarrão, maionese, grãos e enlatados, por exemplo. Também poderia valer para produtos que tenham baixa atividade de água, passem por processo de produção de esterilização e são embalados a vácuo.

Dados da Abia revelam que atualmente 0,49% da produção de alimentos é desperdiçada por ultrapassar a data de validade. Isso representa até R$ 3 bilhões, de acordo com a associação.

Data de validade

Hoje, uma resolução da Anvisa define os requisitos de padrão de identidade e qualidade, além de padrões microbiológicos para definir a validade dos alimentos. O Código de Defesa do Consumidor também estipula regras sobre assegurar as informações corretas, claras e precisas para quem for comprar os produtos.

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Irregularidades levam TCU a suspender R$ 6 bilhões do programa Pé de Meia


Vladimir Chaves


Em sessão plenária o Tribunal de Contas da União (TCU) manteve decisão cautelar do ministro Augusto Nardes que suspende a execução de R$ 6 bilhões do programa de apoio educacional Pé de Meia. Cerca de 3,9 milhões de estudantes de baixa renda matriculados em escolas públicas de ensino médio de todo o país recebem o apoio financeiro. A decisão foi tomada por unanimidade, mas cabe recurso.

Na última sexta-feira (19), Nardes já havia concedido uma decisão provisória para suspender os pagamentos, diante de uma ação proposta pelo subprocurador-geral Lucas Rocha Furtado, do Ministério Público junto ao TCU (MPTCU), que alegou que os valores utilizados para o crédito do programa estavam fora do Orçamento. O alerta foi mantido pela área técnica do tribunal.

Financiamento

O financiamento do programa Pé de Meia se dá por meio de recursos do Fundo de Incentivo à Permanência no Ensino Médio (Fipem), de natureza privada, mas que é integralizado por aplicações e aportes financeiros da própria União, e administrado pela Caixa Econômica Federal. A lei permite que a governo federal transfira recursos ao fundo para que o programa seja operacionalizado, mas, de acordo com a conclusão do ministro, o fluxo de pagamentos não estaria passando pelo Orçamento Geral da União e, por isso, Nardes determinou à Caixa o bloqueio de R$ 6 bilhões da conta.

Já o MEC fica proibido de utilizar recursos oriundos do Fundo de Garantia de Operações de Crédito Educativo (Fgeduc) e do Fundo Garantidor de Operações (FGO) sem que previamente tais recursos sejam recolhidos à Conta Única do Tesouro Nacional e incluídos na lei orçamentária do exercício em que se pretenda realizar a integralização de cotas do Fipem.

"Na instrução inicial, a Unidade de Auditoria Especializada em Orçamento, Tributação e Gestão Fiscal (AudFiscal) apontou a utilização de valores do Fgeduc e do FGO para a  integralização de cotas do Fipem sem o necessário trânsito pela CUTN [Conta Única do Tesouro Nacional] e pelo OGU [Orçamento Geral da União] e, dessa forma, à margem das regras orçamentárias e fiscais vigentes, como, por exemplo, o limite de despesas primárias instituído pelo Regime Fiscal Sustentável (ou Novo Arcabouço Fiscal) e dispositivos da Lei de  Responsabilidade Fiscal (arts. 9º e 26) e Regra de Ouro (art. 167, inciso III, da Constituição Federal)", diz um trecho do acórdão que manteve o bloqueio do programa. O tribunal ainda analisará o mérito do caso, sobre eventuais descumprimentos de regras orçamentárias, e aguarda novas manifestações.

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Brasil em chamas: 2024 registrou um aumento de 79% nas áreas queimadas


Vladimir Chaves



O Brasil registrou aumento de 79% nas áreas queimadas de seu território, entre janeiro e dezembro de 2024, na comparação com o mesmo período do ano anterior. De acordo com dados do Monitor do Fogo do MapBiomas 30,8 milhões de hectares foram afetados pelo fogo nesse período.

A extensão da área queimada é superior à do território da Itália e a maior registrada desde 2019. O aumento representa crescimento de 13,6 milhões de hectares do que o fogo alcançou em 2023. A maior parte do território brasileiro consumido pelo fogo, 73%, foi de vegetação nativa, principalmente formações florestais.

O estado mais atingido pelo fogo no ano passado foi o Pará, seguido de Mato Grosso e do Tocantins, com 7,3 milhões, 6,8 milhões e 2,7 milhões de hectares de área queimada, respectivamente. Somente em dezembro, o país teve área equivalente a território um pouco menor que o Líbano consumida pelo fogo. O período concentrou 3,6% de toda a área queimada no país, com 1,1 milhão de hectares.

Biomas

Somente na Amazônia, queimaram-se 17,9 milhões de hectares, o que corresponde a mais da metade, 58%, da área afetada no país. No bioma, cerca de 6,8 milhões de hectares atingidos eram de formação florestal, superando a queima de pastagens, que ficou em torno de 5,8 milhões de hectares. “A mudança no padrão de queimadas é alarmante, pois as áreas de floresta atingidas pelo fogo tornam-se mais suscetíveis a novos incêndios. Vale destacar que o fogo na Amazônia não é um fenômeno natural, nem faz parte de sua dinâmica ecológica, sendo um elemento introduzido por ações humanas”, destaca o pesquisador do MapBiomas Fogo Felipe Martenexen,

Em dezembro, o bioma Amazônia respondeu por 88% do que se queimou no país, sendo 37,5% de área florestal. Foram 964 mil hectares de Amazônia, das quais 361 mil hectares eram de floresta.

No Cerrado, queimaram-se 9,7 milhões de hectares, dos quais 85% de vegetação nativa, principalmente formações savânicas. Comparado a 2023, houve aumento de 91% da área queimada, sendo a maior atingida desde 2019. “Historicamente, o Cerrado é um bioma que evoluiu com a presença do fogo, mas o fogo de forma natural, que ocorreria, por exemplo, ocasionado por raios, durante a transição entre a estação seca e a chuvosa. O que se observa é que tem aumentado muito a área queimada, principalmente na época da seca, impulsionada principalmente, por atividades humanas e pelas mudanças climáticas”, afirma Vera Arruda, pesquisadora do Mapbiomas.

No ano passado, o Pantanal teve 1,9 milhão de hectares atingidos pelo fogo; a Mata Atlântica, 1 milhão hectares; o Pampa, 3,4 mil hectares; e a Caatinga, 330 mil hectares.

quarta-feira, 22 de janeiro de 2025

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