A Igreja de Jerusalém: um exemplo a ser seguido


Vladimir Chaves

A Igreja de Jerusalém foi a primeira comunidade cristã organizada após a ressurreição de Jesus e o derramamento do Espírito Santo no dia de Pentecostes. Nascida em meio a um poderoso mover espiritual (Atos 2), ela se tornou modelo de fé, comunhão e compromisso com os ensinamentos de Cristo.

Essa igreja vivia intensamente a Palavra. Os discípulos perseveravam na doutrina dos apóstolos, na comunhão, no partir do pão e nas orações (Atos 2:42). Havia temor, sinais, milagres e uma união tão forte que “ninguém considerava sua coisa alguma do que possuía” (Atos 4:32). A generosidade, a unidade e o amor ao próximo eram marcas visíveis de sua espiritualidade prática.

Além disso, a Igreja de Jerusalém era missionária e comprometida com a expansão do Evangelho. Mesmo enfrentando perseguições, os cristãos não recuaram — pelo contrário, se espalharam e anunciaram a mensagem de Jesus por toda parte (Atos 8:4).

Seu zelo pelas Escrituras, seu senso de comunidade e sua dependência constante do Espírito Santo fazem da Igreja de Jerusalém um exemplo a ser seguido em todas as épocas. Em tempos em que muitos buscam formas modernas de crescimento, a simplicidade, o fervor e a obediência da igreja primitiva ainda são o caminho mais seguro para uma igreja viva e relevante.

quinta-feira, 10 de julho de 2025

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"Nunca pare de afiar o machado": O sábio nunca para de aprender


Vladimir Chaves


O homem sábio está sempre buscando melhoria, enquanto o tolo logo acha que já aprendeu o suficiente. Essa verdade serve para qualquer época ou geração.

A sabedoria bíblica nos ensina que a jornada do crescimento nunca termina:

"Dê instrução ao sábio, e ele se fará mais sábio; ensina ao justo, e ele crescerá em entendimento." – Provérbios 9:9

Esse versículo nos mostra que o verdadeiro sábio é aquele que permanece ensinável, humilde e disposto a crescer, mesmo depois de muitas conquistas.

Por outro lado, o tolo se acomoda. Ele acredita que já chegou onde deveria, que não precisa aprender mais nada. Esse orgulho é o que o impede de progredir e o faz tropeçar.

"Se o machado está cego e sua lâmina não foi afiada, é preciso golpear com mais força; agir com sabedoria assegura o sucesso." – Eclesiastes 10:10

Assim como o lenhador que não afia seu machado acaba se cansando mais e cortando menos, o cristão que não busca sabedoria e crescimento espiritual se desgasta sem produzir frutos duradouros.

Nunca pare de afiar o machado. Continue aprendendo, crescendo, sendo moldado por Deus. A sabedoria não é um ponto de chegada, mas um caminho contínuo. O esforço se torna mais eficaz quando é guiado pela excelência.

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Antioquia: Local onde os discípulos passaram a ser chamados de cristãos


Vladimir Chaves


O nome cristão foi empregado pela primeira vez em Antioquia (Atos 11:26) para designar os discípulos, aqueles que aceitavam o ensino dos apóstolos. Antes disso, os seguidores de Jesus eram conhecidos como “os do Caminho” (Atos 9:2) ou simplesmente “discípulos”.

“E pediu-lhe cartas para Damasco, para as sinagogas, a fim de que, se encontrasse alguns daquela seita, que se chamam do Caminho, quer homens quer mulheres, os conduzisse presos a Jerusalém.” Atos 9:2

“E sucedeu que todo um ano se reuniram naquela igreja e ensinaram muita gente. E em Antioquia foram os discípulos, pela primeira vez, chamados cristãos.” Atos 11:26

Esses dois versículos mostram a evolução da identidade dos seguidores de Jesus: primeiro reconhecidos como “os do Caminho” (por seguirem a Verdade e a Vida – João 14:6), e mais tarde como “cristãos”, por se parecerem com Cristo em palavras e atitudes.

O termo “cristão” significa literalmente “pequeno Cristo” ou “seguidor de Cristo”, e surgiu não como título político ou religioso, mas como uma identidade espiritual. Os habitantes de Antioquia, ao observarem o comportamento, o amor e os ensinamentos desses discípulos, perceberam que eles se pareciam com Cristo — e, por isso, os chamaram de cristãos.

Esse nome, que começou como uma identificação pública, hoje é um título que carrega responsabilidade, missão e identidade. Ser cristão é refletir o caráter de Cristo no mundo, obedecer à Sua Palavra e viver de acordo com o ensino dos apóstolos, fundamentado nas Escrituras.

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Deus é o oxigênio, o alimento, a água e a luz que precisamos para sobreviver.


Vladimir Chaves

Para a ciência, o ser humano precisa de água, oxigênio, luz e alimento para sobreviver. Esses elementos são essenciais para manter a vida física. Sem oxigênio, os pulmões param; sem água, o corpo se desidrata; sem alimento, não há energia; e sem luz, não há regulação do ciclo vital.

Mas a Bíblia revela que a vida vai além do que os olhos podem ver. Ela nos ensina que Deus é a fonte suprema de tudo o que o ser humano realmente precisa.

Oxigênio:

“Então formou o Senhor Deus ao homem do pó da terra e soprou em suas narinas o fôlego de vida; e o homem tornou-se alma vivente.” (Gênesis 2:7)

O sopro de Deus é o verdadeiro oxigênio da vida. Foi Ele quem deu vida ao corpo formado do pó. Sem esse sopro, seríamos apenas matéria.

Alimento:

Jesus disse: “Eu sou o pão da vida. Aquele que vem a mim nunca terá fome.” (João 6:35)

Cristo se apresenta como o alimento que sacia a fome espiritual. Sem Ele, o coração permanece vazio, mesmo que o corpo esteja nutrido.

Água:

“Se tu conhecesses o dom de Deus... tu lhe pedirias, e ele te daria água viva.” (João 4:10)

Jesus oferece uma água que não apenas hidrata, mas concede vida eterna. Quem bebe dessa água nunca mais terá sede espiritual.

Luz:

“Eu sou a luz do mundo. Quem me segue não andará em trevas...” (João 8:12)

A luz é essencial para a orientação, o crescimento e a revelação. Jesus é essa luz que ilumina os caminhos e dissipa as trevas do pecado e da dúvida. Quem vive sem essa luz tropeça.

Assim como dependemos dos elementos naturais para viver fisicamente, dependemos de Deus para viver espiritualmente. A verdadeira sobrevivência é encontrada n’Ele, pois só Ele pode sustentar corpo, alma e espírito.

quarta-feira, 9 de julho de 2025

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Valorizar e apoiar os missionários é reconhecer a urgência do evangelho no mundo.


Vladimir Chaves

A obra missionária é uma expressão viva do amor de Deus pelo mundo. Missionários são homens e mulheres que, movidos pelo Espírito Santo, deixam o conforto de suas casas para levar a mensagem da cruz aonde muitos ainda não ouviram falar de Jesus. Eles são os pés que correm para anunciar a salvação, são instrumentos de Deus que transformam realidades, curam feridas, restauram famílias e plantam igrejas.

"E como pregarão, se não forem enviados? Como está escrito: Quão formosos os pés dos que anunciam o evangelho de paz, dos que trazem alegres novas de boas coisas." Romanos 10:15

A Igreja Assembleia de Deus tem um destaque nessa missão divina, dentro e fora do Brasil. Desde os seus primeiros anos, a missão sempre foi um pilar fundamental da denominação, que se destaca por enviar e sustentar centenas de missionários em diversos continentes.

Os missionários assembleianos cumprem com coragem a ordem de Jesus: "Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura" (Marcos 16:15).

Com base no princípio de que toda igreja local deve ser uma agência missionária, a Assembleia de Deus investe em formação, preparo espiritual e envio de homens e mulheres comprometidos com a evangelização integral: palavra, amor e ação.

Os missionários não só proclamam a fé cristã; também atuam como agentes de transformação social. Muitos trabalham com educação, saúde, alfabetização e apoio em zonas de vulnerabilidade. Em tempos de guerra, fome ou abandono, são eles que permanecem, mesmo diante do risco, para levar consolo, pão e esperança.

A seara continua grande, e os trabalhadores, preciosos e necessários. Oremos pelos nossos missionários!

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Louvor Verdadeiro x Louvor Autocêntrico


Vladimir Chaves

Louvores autocêntricos são cânticos ou expressões de adoração que, em vez de exaltar a Deus, colocam o ser humano no centro da mensagem. Em vez de focarem na glória, santidade, grandeza e nas obras de Deus, destacam as emoções, desejos, vitórias pessoais e experiências do adorador.

"Foi feito por um artífice, e isso não é Deus; por isso será despedaçado o bezerro de Samaria." (Oséias 8:6)

Assim como Deus rejeitou o ídolo de Samaria, Ele rejeita todo louvor que O substitui pela criatura. Um cântico pode ser bonito, emocional e até parecer “espiritual”, mas se for feito para exaltar o homem, não passa de um ídolo feito de palavras.

Oséias 8:6 nos lembra que Deus não aceita o que é forjado por mãos humanas para ocupar o Seu lugar. Isso inclui teologias centradas no homem, músicas desprovidas da Palavra e cultos moldados para agradar ao público, e não ao Senhor.

Hoje, embora não se forjem mais bezerros de ouro, forjam-se ídolos de outra natureza: o ego, a vaidade espiritual e a autopromoção — muitas vezes disfarçados de louvor. Assim como o artífice moldava ídolos com as próprias mãos, muitos compositores atuais criam louvores voltados para agradar ao ego humano, e não para refletir a verdade do Evangelho. São canções belas, mas vazias de temor a Deus.

Em contraste, os Salmos e os hinos da Harpa Cristã nasceram da intimidade com o Senhor e da ação do Espírito Santo, com o propósito de glorificar a Deus e edificar vidas. A diferença está na origem e no fruto: uns exaltam o homem; os outros revelam a presença de Deus.

Vigiem! Prestem atenção às características dos louvores autocêntricos, que têm foco no “eu”: repetem expressões como “eu quero”, “eu sinto”, “minha vitória”, “meu milagre”, com pouca ou nenhuma menção a Deus. São letras com mensagens motivacionais disfarçadas de adoração, transformando a adoração em uma espécie de autoajuda gospel. Exaltam promessas que não estão alinhadas com o Evangelho.

“Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade.” (João 4:24)

O louvor verdadeiro tem como objetivo principal exaltar a Deus — Seu caráter, Suas obras, Sua santidade e Sua soberania. Não depende de emoções ou circunstâncias, mas é baseado na verdade revelada nas Escrituras.

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O Chamado: Cruz, Entrega e Serviço


Vladimir Chaves


O chamado de Deus não é uma medalha de honra para ser exibida diante dos homens. É uma cruz a ser carregada todos os dias, com humildade e perseverança. Não é uma conquista pessoal que nos coloca em posição de destaque, mas uma entrega constante da nossa vontade à vontade de Deus.

Jesus foi claro ao nos convidar a segui-Lo:

“Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome diariamente a sua cruz e siga-me.” (Lucas 9:23)

Responder ao chamado não significa subir degraus de exaltação humana, mas descer ao caminho do serviço humilde. É lavar os pés dos irmãos, amar quando ninguém vê, permanecer fiel mesmo quando não há aplausos. Quem entende o chamado entende que o centro é o Criador, e não a criatura.

Portanto, não se iluda com títulos ou reconhecimento. O verdadeiro chamado se revela na renúncia, na obediência e na disposição de servir — mesmo quando dói. Porque ser chamado por Deus é, antes de tudo, ser moldado por Ele.

terça-feira, 8 de julho de 2025

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Massacre na Colômbia: Oito missionários evangélicos são encontrados mortos em vala comum


Vladimir Chaves

Corpos foram localizados após análise do celular de guerrilheiro comunista preso; líderes religiosos haviam desaparecido em abril, no departamento de Guaviare.

Oito missionários evangélicos foram encontrados mortos em uma vala comum na zona rural de Calamar, no departamento de Guaviare, Colômbia. O crime, atribuído a dissidências armadas de orientação comunista, chocou o país e levantou alertas internacionais sobre a perseguição a líderes religiosos em regiões de conflito.

As vítimas haviam desaparecido entre os dias 4 e 5 de abril de 2025. Durante meses, não havia pistas concretas sobre seu paradeiro. A localização da vala só foi possível após a prisão de um guerrilheiro pertencente a um desses grupos comunistas. Peritos analisaram o celular do suspeito e encontraram imagens das vítimas e do local do crime, o que levou as autoridades ao ponto exato onde os corpos estavam enterrados.

O Escritório do Procurador-Geral da Colômbia confirmou a descoberta nesta primeira semana de julho, revelando o envolvimento de facções dissidentes das FARC — com ideologia comunista — que disputam o controle da região com outros grupos como o ELN.

O presidente colombiano Gustavo Petro condenou o assassinato dos missionários, classificando o caso como “uma grave afronta ao direito à vida, à liberdade religiosa e ao trabalho comunitário e espiritual”. Ele também pediu maior proteção para líderes religiosos que atuam em zonas de risco.

Entidades religiosas e organizações de direitos humanos, como a CEDECOL e a CSW, consideraram o episódio o maior massacre de 2025 na Colômbia. O Instituto de Estudos para o Desenvolvimento e a Paz (Indepaz) já contabiliza mais de 100 mortes em múltiplos homicídios neste ano, sendo este o mais grave até agora.

As vítimas

Os missionários assassinados foram identificados como: James Caicedo, Óscar García, Máryuri Hernández, Maribel Silva, Isaid Gómez, Carlos Valero, Nixon Peñaloza, Jesús Valero

Todos atuavam como líderes cristãos em comunidades vulneráveis, prestando apoio espiritual e social em áreas com forte presença de grupos armados.

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Reescrevendo minha vida com Jesus.


Vladimir Chaves


Se eu tivesse que contar a minha história de vida sem mencionar Jesus, haveria quase nada de bom a ser contado.

A parte boa da minha vida começou no capítulo em que Jesus passou a fazer parte dela.

“Portanto, se alguém está em Cristo, é nova criação. As coisas antigas já passaram; eis que surgiram coisas novas.” (2 Coríntios 5:17)

Há histórias que emocionam, outras que impressionam. Mas nenhuma história é verdadeiramente transformadora se Jesus não estiver no enredo. Cristo não é um detalhe — Ele é o ponto de virada. O passado pode até ter conquistas, mas foi o encontro com Cristo que deu sentido, direção e propósito à minha caminhada.

Houve um tempo em que minha história era marcada por incertezas, dores e buscas vazias. Eu tentava preencher o coração com conquistas, com pessoas, com bebidas — e até mesmo com a política (essa, aliás, foi a mais infrutífera e decepcionante de todas). Mas o vazio persistia. Era como um livro com capítulos em branco, onde as páginas pareciam não ter sentido. Até que, no tempo certo, Jesus entrou em cena. E tudo mudou.

O capítulo em que Jesus entrou na minha história não foi apenas um novo começo — foi a reescrita completa do enredo. Ele deu sentido ao que antes parecia sem propósito, trouxe cura onde havia feridas, paz onde reinava a confusão e esperança onde só havia desânimo. Em Cristo, encontrei respostas para tudo.

Hoje posso dizer, sem medo: se há algo que realmente vale a pena na minha vida, é porque Jesus faz parte dela. Ele é o autor da minha redenção, o consolo nos dias difíceis, a luz no meu caminho. E o mais belo é que Ele não apenas passou — Ele permanece.

“Fui crucificado com Cristo. Assim, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim. A vida que agora vivo no corpo, vivo-a pela fé no Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim.”

(Gálatas 2:20)

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Do altar às ruas: A verdadeira missão da Igreja


Vladimir Chaves

Vivemos dias em que muitos enxergam a igreja como um espaço de entretenimento, encontros sociais e conforto pessoal. Contudo, segundo a Bíblia, a identidade da igreja vai muito além disso. Ela é um corpo vivo, formado por pessoas redimidas em Cristo, chamadas para viver e proclamar o evangelho com coragem e fidelidade.

A igreja é um povo separado, reunido por Deus e com um propósito: ser luz nas trevas, sal na terra e testemunha viva de Jesus Cristo. Sabemos que nossa missão não é agradar o mundo, mas ser instrumentos de transformação por meio da Palavra e do poder do Espírito Santo.

“Vocês, porém, são geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo exclusivo de Deus, para anunciar as grandezas daquele que os chamou das trevas para sua maravilhosa luz” (1 Pedro 2:9)

Não fomos chamados para nos acomodar, mas para nos levantar. Não para apenas assistir cultos, mas para viver em missão. A igreja é o reflexo do Reino de Deus em ação no mundo. E cada cristão é um embaixador desse Reino, enviado para anunciar o amor, a graça e a salvação que há em Jesus Cristo.

Somos chamados por Deus para sermos diferentes neste mundo, refletindo Sua luz e vivendo com propósito. Como povo escolhido, temos a missão de mostrar o amor e o poder de Deus, testemunhando a transformação que Ele operou em nossas vidas.

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