Discernimento espiritual: O GPS celestial que nos guarda do engano


Vladimir Chaves

Quando nos rendemos de verdade, o Espírito Santo começa a iluminar nossa jornada com discernimento e direção. A caminhada de fé exige luz no caminho, pois nem tudo que parece bom é, de fato, certo; nem todo caminho bonito é seguro; nem toda decisão, ainda que bem-intencionada, atende aos propósitos de Deus.

Por isso, o discernimento espiritual não é apenas um dom útil — ele é essencial. É ele que nos capacita a identificar as armadilhas invisíveis do inimigo, evitando que desperdicemos anos com decisões erradas, relacionamentos sem propósito, escolhas que não refletem o coração de Deus, e até mesmo ministérios que não nasceram no céu. O discernimento é o GPS celestial que recalcula rotas antes do desastre e nos realinha com o plano divino.

A Palavra nos orienta:

"E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus." (Romanos 12:2)

É através da renovação da mente e da sensibilidade ao Espírito que recebemos discernimento para seguir não apenas o que parece certo, mas o que é certo aos olhos de Deus.

terça-feira, 15 de julho de 2025

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Priorize a sua alma: A salvação começa em você


Vladimir Chaves

"Uma alma que você tem que ganhar todos os dias é a sua." Essa frase nos convida à reflexão sobre o valor eterno da nossa própria alma. Muitas vezes, nos dedicamos a conquistas externas – status, bens, reconhecimento – e esquecemos que a maior batalha espiritual acontece dentro de nós, todos os dias.

Jesus fez um alerta claro sobre isso:

"Pois, que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?" (Marcos 8:36).

A nossa alma é a nossa maior riqueza. Nenhuma conquista neste mundo pode se comparar ao valor da salvação. Por isso, precisamos buscar, diariamente, a presença de Deus, renunciar às nossas vontades carnais e viver de forma reta diante do Senhor e da Sua Palavra.

A salvação não é algo que se conquista apenas uma vez e está garantida. Ela é uma caminhada contínua de fé, arrependimento, obediência e renovação. Todos os dias, lute pela sua alma. Porque, no final, é ela quem estará diante de Deus por toda a eternidade.

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A oração e a semente: O que você planta, você colhe


Vladimir Chaves

“Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará.” Gálatas 6:7

A oração insistente revela que confiamos no caráter de Deus. Quando oramos sem cessar, mostramos que cremos não apenas em Suas promessas, mas também em Sua fidelidade, bondade e justiça. Perseverar em oração é declarar com atos que Deus é digno de confiança, mesmo quando os olhos ainda não veem os resultados.

A vida é como um campo, e a colheita é o que você vive. Tudo o que experimentamos hoje é fruto do que semeamos ontem — ações, palavras, pensamentos, intenções. Sementes invisíveis, como ofensas guardadas, fofocas lançadas ao vento, orgulho disfarçado de autodefesa ou julgamentos precipitados, parecem pequenas e silenciosas, mas produzem frutos amargos com o tempo.

Por isso, é urgente plantar fé, plantar verdades que libertam, plantar coragem diante das lutas, plantar discernimento espiritual para não se enganar, e sobretudo, plantar arrependimento para limpar o solo do coração. O campo é o seu coração, e Deus honra cada boa semente que ali é plantada. A colheita de amanhã depende do que você planta hoje — plante com fé, e confie no Deus que faz crescer.

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Discernimento de espíritos: Um dom essencial para a igreja de hoje


Vladimir Chaves

O dom de discernimento de espíritos é uma capacitação espiritual dada por Deus para que o cristão possa perceber a origem e a natureza espiritual de uma situação ou manifestação. Esse discernimento pode revelar se algo vem de Deus, é fruto da carne humana ou procede do inimigo. Trata-se de uma habilidade sobrenatural, não baseada em intuição ou julgamento humano, mas na revelação do Espírito Santo.

Um exemplo claro desse dom está em Atos 16:16-18, quando o apóstolo Paulo, durante seu ministério, discerniu que uma jovem que parecia anunciar a verdade estava, na verdade, possuída por um espírito de adivinhação. Mesmo dizendo palavras aparentemente corretas — “Estes homens são servos do Deus Altíssimo e vos anunciam o caminho da salvação” — Paulo reconheceu que aquilo não vinha de Deus, mas era uma tentativa maligna de confundir e enganar. Ele então repreendeu e expulsou o espírito da jovem.

Nos dias atuais, o discernimento de espíritos continua sendo um dom essencial. Vivemos em tempos de intensa confusão espiritual, onde falsas doutrinas, líderes disfarçados e manifestações enganosas têm se infiltrado até mesmo em ambientes religiosos. Esse dom permite que a igreja identifique com clareza o que é verdadeiramente de Deus e o que é apenas uma imitação maligna ou emocional.

O discernimento espiritual protege a igreja do engano, fortalece sua santidade e preserva a sã doutrina. É um dom que precisa ser buscado e cultivado, especialmente por líderes espirituais, intercessores e todos os que atuam na edificação do corpo de Cristo. Mais do que nunca, precisamos de olhos espirituais abertos para permanecermos firmes na verdade do Evangelho.


segunda-feira, 14 de julho de 2025

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O Deus que me chamou não rejeita o conhecimento


Vladimir Chaves

Como alguém que recentemente entregou a vida a Cristo, tenho enfrentado obstáculos por todos os lados. A caminhada do novo convertido é cheia de desafios, e o que mais me surpreende é que muitos desses desafios não vêm do mundo, mas de dentro da própria comunidade religiosa. Parece que o simples fato de começar a viver uma fé autêntica incomoda. Já enfrentei julgamentos, fofocas, olhares irônicos, acusações levianas e até calúnias. Mas há um tipo de crítica que me chama mais atenção: a rejeição ao saber.

Tenho ouvido frases como “Deus não precisa de diploma”, ou “quem tem estudo não serve pra igreja”, como se o fato de ter estudado fosse uma barreira para servir a Deus. Certa vez, uma pessoa próxima ironizou minha fé dizendo: “Você virou evangélico? Como pode alguém com estudo virar beato de igreja?”. Essa postura revela um preconceito duplo: contra a fé e contra o conhecimento. Mas o Evangelho jamais foi inimigo da sabedoria — pelo contrário, exalta a verdadeira sabedoria, aquela que vem do alto.

É preciso lembrar que nem todos os discípulos eram iletrados ou simples pescadores. O apóstolo Paulo, por exemplo, era um homem extremamente culto, formado aos pés de Gamaliel, um dos maiores mestres do judaísmo (Atos 22:3). Lucas, autor do Evangelho que leva seu nome e de Atos dos Apóstolos, era médico (Colossenses 4:14). Mateus era cobrador de impostos, função que exigia habilidades administrativas e numéricas. Portanto, Deus não despreza a formação humana — Ele a usa para o propósito do Reino.

A verdade é que Deus não rejeita o conhecimento, mas sim o orgulho humano. Ele usa tanto o simples quanto o instruído, contanto que haja coração rendido. O que Ele não aceita é covardia espiritual. E isso, graças a Deus, eu não tenho. Coragem me sobra. Por isso, cada pedra lançada em minha direção, em vez de ferir, se torna parte do alicerce da minha fé.

Cristo não me chamou para agradar homens, mas para segui-Lo. E é isso que farei. Porque “o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé” (1 João 5:4).

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A espada na bainha: Quando a Bíblia é lida, mas não é pregada


Vladimir Chaves

Uma Bíblia lida sem o comentário em seguida é uma espada na bainha — uma leitura que não corta.

A Bíblia é aberta apenas como ritual, lida sem explicação, sem aplicação, sem profundidade. Depois da leitura, fecha-se o Livro e fala-se de Deus em tom genérico, como se as palavras de Cristo fossem um pano de fundo e não o centro da mensagem.

A frase “Assim diz o Senhor” vai sendo substituída por cânticos bonitos, frases de efeito, sermões morais ou motivações humanas. E assim, a Palavra vai perdendo o seu fio. Os fiéis saem do culto sem saber onde a espada cortou, o que curou ou o que precisaria ser removido da alma.

Uma Bíblia usada apenas para introduzir o sermão, como um ornamento religioso. A leitura se torna mecânica. O pregador pede ao povo que leia, e logo em seguida fecha o texto sagrado, nada é explicado, nada é aprofundado.

Mas a Palavra de Deus não foi dada para ser lida apenas — ela foi dada para ser proclamada, interpretada e vivida.

“Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração.” Hebreus 4:12

Se a Palavra é uma espada de dois gumes, por que a usamos como se fosse um enfeite de altar?

Que os cultos deixem de ser mecânicos e tornem-se momentos onde o Cristo fala, o povo ouve, e a espada corta com precisão — não para ferir, mas para transformar.

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O legado de uma verdadeira missionária, Sophia Muller


Vladimir Chaves

“Como são belos sobre os montes os pés do que anuncia as boas novas...” – Isaías 52:7

Sophia Muller não foi apenas uma missionária — foi um instrumento de Deus para transformar histórias, quebrar barreiras culturais e abrir caminhos onde o evangelho ainda não havia chegado. Nascida em 1913 nos Estados Unidos, ela dedicou mais de 50 anos de sua vida aos povos indígenas da Amazônia, especialmente entre os rios do interior da Colômbia e do Brasil.

Chegando ainda jovem à selva amazônica, enfrentou doenças tropicais, isolamento extremo e muitas vezes a oposição de autoridades ou tribos que nunca haviam tido contato com estrangeiros. Mas com uma fé inabalável, um amor profundo por Cristo e pelos indígenas, Sophia Muller permaneceu. Seu coração batia pela salvação das almas esquecidas nas florestas.

Mesmo sem formação teológica formal, Sophia aprendeu diversas línguas indígenas, traduziu o Novo Testamento para dialetos locais, alfabetizou tribos inteiras e discipulou líderes nativos que hoje continuam o trabalho missionário iniciado por ela. Sua vida foi uma Bíblia viva, lida e seguida por muitos.

Sophia não apenas pregava — ela vivia entre os povos, comia com eles, chorava com eles, servia como enfermeira, conselheira, professora e amiga. Sua humildade e firmeza no evangelho tocaram milhares. Ela mostrou que missão não é apenas proclamação — é presença, entrega e compaixão..

Seu legado permanece nas igrejas indígenas da Amazônia, nos obreiros que ela treinou, nas Escrituras traduzidas, e nas vidas que continuam a seguir Jesus porque um dia uma mulher estrangeira ousou amar como Cristo.

Ela partiu para a eternidade em 1995, mas sua história ainda inspira missionários, jovens e líderes a dizerem: "Eis-me aqui, envia-me a mim".

Reflexão:

O que estamos deixando como legado? O que temos feito com o tempo, os dons e as oportunidades que Deus nos deu? Que possamos aprender com Sophia Muller a viver com propósito, com compaixão e com a coragem de obedecer até o fim.

Muitos estão esperando uma revelação, uma emoção, um empurrão espiritual.

Mas talvez Deus já tenha falado. Talvez você já tenha ouvido a ordem — mas o que tem faltado é coragem.

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Entre milhares de vozes, Deus reconhece a sua.


Vladimir Chaves

“E será que, antes que clamem, eu responderei; estando eles ainda falando, eu os ouvirei.” Isaías 65:24

Milhares de vozes ecoam no mundo, mas Deus não se confunde ao ouvir a sua. Essa verdade é um consolo profundo para quem já se sentiu invisível, esquecido ou ignorado. Eu vivi isso.

Em meio ao barulho da vida, há um Deus que conhece cada detalhe do nosso ser e nos ouve com atenção e amor.

Vozes gritam de todos os lados — redes sociais, notícias, problemas, pedidos, conselhos. Em meio a essa multidão de sons e clamores, parece impossível que alguém possa ser ouvido com clareza. Mas há um Deus que não apenas ouve — Ele reconhece, escuta e responde.

Ele é o Deus que conhece cada um de seus filhos pelo nome, que escuta a oração feita em segredo, que entende lágrimas, sussurros e até o silêncio cheio de dor. Nenhuma oração passa despercebida. Nenhuma voz é confundida com outra. O Senhor conhece profundamente cada coração.

Isso é mais do que atenção. É amor, é cuidado pessoal, é soberania. Enquanto muitos podem não notar sua dor, seu desespero, seu clamor — Deus percebe.

Por isso, continue orando, mesmo que pareça que o céu está em silêncio. Continue clamando, não desista. Porque o Deus que criou o universo é também o Deus que ouve você.

Ore na alegria e na dor. Ore até dormindo. Ore mesmo que ache que não sabe orar. Deus não busca eloquência ou volume — Ele deseja apenas a sinceridade do seu coração.

O silêncio banhado em lágrimas da sua oração será ouvido.

Acredite: eu vivi isso. Eu acreditei — e Ele me ouviu, me transformou e me deu uma nova vida.

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A colheita não falha, você colherá o que plantar.


Vladimir Chaves

Deus estabeleceu uma lei que nunca falha – a Lei da Semeadura - toda semente gera frutos, sejam bons ou ruins. Essa verdade eterna alcança pensamentos, palavras e atitudes — tudo o que você faz hoje é uma semente lançada, e no tempo certo, ela brotará. Com ela virá a colheita: justa, exata e inevitável.

Quem planta em oração, fé e obediência colherá frutos efetivos, duradouros e cheios de propósito. Por outro lado, a carne sempre deseja plantar egoísmo, orgulho e pecado — e esses produzem corrupção, destruição e tristeza. A colheita nunca mente.

Por isso, semeie no Espírito: busque a Deus com sinceridade, pratique o bem mesmo quando ninguém vê, viva em santidade mesmo quando isso parecer difícil. Lembre-se: a sua colheita depende diretamente da sua semeadura.

“Não se deixem enganar: de Deus não se zomba. Pois o que o homem semear, isso também colherá.” Gálatas 6:7

sábado, 12 de julho de 2025

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O papel dos missionários evangélicos no esvaziamento da Cracolândia: Uma realidade ignorada.


Vladimir Chaves

Por Vladimir Chaves | Julho de 2025

Por mais de três décadas, a região conhecida como Cracolândia, no centro de São Paulo, foi símbolo da miséria, do vício e da falência de políticas públicas diante do drama da dependência química. Em 2025, no entanto, o Brasil se deparou com uma cena surpreendente: as ruas que antes reuniam centenas de pessoas em consumo aberto de crack passaram a ficar vazias. Analistas correram para explicar o fenômeno. Mas quase todos ignoram uma peça essencial nessa história: o trabalho silencioso, perseverante e transformador dos missionários evangélicos.

Um fenômeno visível, mas pouco mencionado

A Cracolândia não sumiu por mágica. Desde 2024, diversas ações coordenadas entre as polícias e secretarias municipais contribuíram para enfraquecer o tráfico e dispersar usuários. Mas uma parte desse “esvaziamento” está sendo construída há anos, nos becos e vielas, pelas mãos daqueles que não usam farda, nem microfone de TV, mas carregam Bíblias, sopas e amor prático.

Missões como a Cristolândia, Comunidade Vida Nova, Projeto Resgatando Vidas, entre outras, nunca abandonaram o território — mesmo nos momentos de maior violência, miséria e desespero. Todos os dias, pastores, evangelistas, voluntários e ex-dependentes transformados levavam alimento, palavras de fé, apoio emocional e caminhos para restauração.

Evangelho que resgata

Enquanto parte da sociedade apenas assistia, esses missionários criaram pontes onde só havia abismos. Ao invés de oferecer apenas uma “redução de danos”, ofereceram um novo nascimento espiritual.

Milhares de homens e mulheres foram tirados das ruas e conduzidos para centros de acolhimento mantidos por igrejas; Outros foram discipulados, evangelizados e reintegrados à sociedade como trabalhadores e membros ativos das igrejas; Muitos que um dia estavam no “fluxo” hoje estão no púlpito — contando seu testemunho e ajudando outros a saírem da escravidão do crack.

Mas ainda assim, raramente são citados nas análises feitas por especialistas, imprensa ou gestores públicos.

Uma análise incompleta sem a fé

Os relatórios técnicos falam de “falta de drogas”, “ações policiais”, “fatores climáticos” ou “internações hospitalares”. Mas poucos mencionam o poder do Evangelho, o efeito regenerador da fé, e o trabalho incansável de homens e mulheres que servem por vocação — não por salário.

É preciso dizer com clareza:

O esvaziamento da Cracolândia não foi causado apenas por repressão ou políticas públicas, mas também por oração, compaixão e fé em ação.

Sem considerar o papel dos missionários, qualquer análise estará incompleta e injusta.

O evangelho transforma


A Cracolândia pode até não ser mais a mesma, mas a marginalização das igrejas no debate público sobre a solução é um erro grave. A fé cristã não é um detalhe: é uma força transformadora, que tem curado, libertado e reconstruído vidas — uma por uma.

Se o objetivo for de fato resolver o problema — e não apenas deslocá-lo —, o Estado e a sociedade precisam reconhecer e valorizar os que trabalham de forma espiritual, voluntária e integral.

Jesus disse:

“O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu para pregar boas-novas aos pobres. Enviou-me para proclamar libertação aos presos e restauração da vista aos cegos, para libertar os oprimidos.” (Lucas 4:18)

Este continua sendo o chamado que muitos têm obedecido, na Cracolândia e além dela. E os frutos estão aparecendo — mesmo que parte da sociedade ainda insista em não ver.

 

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