Você já ouviu ou leu sobre
o "occupy wall street" ou "primavera árabe"?
Occupy Wall Street é um
movimento de protesto que surgiu em 2011 contra a corrupção, a desigualdade
econômica e social e a interferência do mercado financeiro no governo dos
Estados Unidos, já a primavera árabe uma onda de protestos, revoltas e
revoluções populares contra governos do mundo árabe, também em 2011, que surgiu
com o agravamento da situação dos países, provocado pela crise econômica e pela
falta de democracia.
Ora o que vem ocorrendo no
Brasil desde 2013 quando milhares de pessoas foram às ruas do país protestar
contra a crise econômica e corrupção?
Não foi por apenas 20
centavos, gritavam os populares nas ruas em 2013, em alusão ao aumento da
tarifa de ônibus na cidade de São Paulo, tanto que generalizou e difundiu em
diversas regiões do País.
Na época escrevi um texto
que retratava que este protesto era o início de uma revolução nacional,
inclusive fiz uma analogia com uma revolta que precedeu o fim do império e a
proclamação da república, que também não teve líderes e foi eclodida pela imposição
de pesos e medidas para a cobrança de impostos nas feiras livres, revolta essa
que ficou conhecida como "quebra quilos".
Agora em 2018 o Brasil
vive talvez o último capítulo dessa revolução, que perpassa uma literal guerra
cultural e é nítido perceber isso desde o surgimento de movimentos políticos
que nasceram das manifestações de 2013 e a partir de 2015 tomaram corpo e
adesões exponenciais pelas redes sociais levando milhões de pessoas às ruas por
diversas vezes em favor do impeachment da presidente Dilma, contra a corrupção
e contra o socialismo implantado no País nos últimos 30 anos.
No pano de fundo de toda
essa revolta a Lava Jato, como ficou denominado a operação investigativa que
desnudou todo um sistema político corrupto e suas ligações promíscuas com
diversas empresas nacionais, evidenciando o capitalismo de compadres, onde se
beneficiaram ilegalmente empresas que pagaram proprinas às autoridades.
Agora faltando poucos dias
para a mais importante eleição da jovem democracia brasileira um personagem se
tornou objeto da chamada primavera brasileira, o deputado Jair Bolsonaro, que
inclusive sobreviveu um atentado contra sua vida quando fazia uma passeata na
terra dos inconfidentes da república.
Como nos Países árabes,
aqui há resistência, aqui há uma guerra, uma disputa cultural, do populismo
corrupto e permissivo de Lula, que se encontra preso, condenado por corrupção e
lavagem de dinheiro e que no poder colocou pobres contra ricos, gays contra
heteros, brancos contra negros e por aí vai, no único e antigo intuito de
dividir para conquistar.
E do outro lado, um Brasil
que quer se libertar das amarras do socialismo populista, que quer se livrar do
mecanismo político e estatal que suga nossas riquezas para privilegiar castas
de autoridades e para alimentar um sistema corrupto que nada nos serve e que
transformou o Brasil num País violento e repleto de desempregados.
Neste cenário Bolsonaro é
o ungido, com todos seus defeitos, controversas e despreparo, mas catalisando
com sua autenticidade, sinceridade e altivez o sentimento de mudança e é assim
que no próximo dia 7 de outubro o brasileiro vai às urnas para elegê-lo
presidente da república, um candidato sem tempo de propaganda eleitoral, que
passou boa parte da campanha no hospital e com pessoas aos milhares indo às
ruas, famílias inteiras, idosos, crianças, mulheres, homens de todas as classes
sociais, de forma espontânea, entoando o hino nacional, rezando o Pai nosso
enrolados na bandeira do Brasil e vestindo a camisa da seleção ou outra com a frase
"meu partido é o Brasil".
E como diz o nosso próprio
hino da independência, já raiou a liberdade no horizonte do Brasil, que
florescerá diferente com a nossa primavera.