A terceira idade aos olhos de Deus


Vladimir Chaves


A velhice não é um fardo, é um testemunho. Cada fio branco é um marco de fé, cada passo mais lento é sinal de uma caminhada longa com Deus. A terceira idade não representa o fim, mas o amadurecimento de uma alma que já foi regada por muitas estações.

Enquanto o mundo celebra juventude, força e velocidade, o Reino de Deus honra a sabedoria, a paciência e os frutos colhidos com o tempo. A Bíblia nunca desprezou os anciãos. Pelo contrário, em Provérbios 16:31 está escrito:

"O cabelo grisalho é uma coroa de esplendor, e obtém-se mediante uma vida justa."

Há uma beleza singular em quem já viveu anos com o Senhor. Essas pessoas se tornam fontes de conselho, abrigo em tempos de incerteza, colunas em tempos de ventos fortes. Os idosos piedosos são como árvores antigas que, embora não floresçam como antes, continuam dando sombra, segurança e direção.

Deus não se esquece dos Seus na velhice. Isaías 46:4 nos lembra:

"Mesmo na velhice, quando tiverem cabelos brancos, eu sou aquele, aquele que os susterá. Eu os fiz e eu os levarei; eu os sustentarei e eu os salvarei."

Esse é o cuidado eterno do Pai com aqueles que envelhecem Nele.

A terceira idade é tempo de recolher o que foi semeado: orações, renúncias, fidelidade. É tempo de ensinar com o exemplo, de discipular com ternura, de inspirar com o olhar. Muitos pensam que, ao envelhecer, sua missão acaba — mas no Reino de Deus, ninguém é descartado. Moisés foi chamado aos 80 anos. Ana, a profetisa, servia no templo mesmo em sua velhice. Deus não aposenta os seus servos — Ele os honra até o último fôlego.

Se você está vivendo essa fase, saiba: você é precioso aos olhos de Deus. Você ainda é vaso útil nas mãos de Deus. Na proporção que suas forças diminuem, a graça aumenta. A velhice com Deus não é decadência, é maturidade espiritual.

terça-feira, 15 de julho de 2025

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Discernimento espiritual: O GPS celestial que nos guarda do engano


Vladimir Chaves

Quando nos rendemos de verdade, o Espírito Santo começa a iluminar nossa jornada com discernimento e direção. A caminhada de fé exige luz no caminho, pois nem tudo que parece bom é, de fato, certo; nem todo caminho bonito é seguro; nem toda decisão, ainda que bem-intencionada, atende aos propósitos de Deus.

Por isso, o discernimento espiritual não é apenas um dom útil — ele é essencial. É ele que nos capacita a identificar as armadilhas invisíveis do inimigo, evitando que desperdicemos anos com decisões erradas, relacionamentos sem propósito, escolhas que não refletem o coração de Deus, e até mesmo ministérios que não nasceram no céu. O discernimento é o GPS celestial que recalcula rotas antes do desastre e nos realinha com o plano divino.

A Palavra nos orienta:

"E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus." (Romanos 12:2)

É através da renovação da mente e da sensibilidade ao Espírito que recebemos discernimento para seguir não apenas o que parece certo, mas o que é certo aos olhos de Deus.

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Priorize a sua alma: A salvação começa em você


Vladimir Chaves

"Uma alma que você tem que ganhar todos os dias é a sua." Essa frase nos convida à reflexão sobre o valor eterno da nossa própria alma. Muitas vezes, nos dedicamos a conquistas externas – status, bens, reconhecimento – e esquecemos que a maior batalha espiritual acontece dentro de nós, todos os dias.

Jesus fez um alerta claro sobre isso:

"Pois, que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?" (Marcos 8:36).

A nossa alma é a nossa maior riqueza. Nenhuma conquista neste mundo pode se comparar ao valor da salvação. Por isso, precisamos buscar, diariamente, a presença de Deus, renunciar às nossas vontades carnais e viver de forma reta diante do Senhor e da Sua Palavra.

A salvação não é algo que se conquista apenas uma vez e está garantida. Ela é uma caminhada contínua de fé, arrependimento, obediência e renovação. Todos os dias, lute pela sua alma. Porque, no final, é ela quem estará diante de Deus por toda a eternidade.

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A oração e a semente: O que você planta, você colhe


Vladimir Chaves

“Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará.” Gálatas 6:7

A oração insistente revela que confiamos no caráter de Deus. Quando oramos sem cessar, mostramos que cremos não apenas em Suas promessas, mas também em Sua fidelidade, bondade e justiça. Perseverar em oração é declarar com atos que Deus é digno de confiança, mesmo quando os olhos ainda não veem os resultados.

A vida é como um campo, e a colheita é o que você vive. Tudo o que experimentamos hoje é fruto do que semeamos ontem — ações, palavras, pensamentos, intenções. Sementes invisíveis, como ofensas guardadas, fofocas lançadas ao vento, orgulho disfarçado de autodefesa ou julgamentos precipitados, parecem pequenas e silenciosas, mas produzem frutos amargos com o tempo.

Por isso, é urgente plantar fé, plantar verdades que libertam, plantar coragem diante das lutas, plantar discernimento espiritual para não se enganar, e sobretudo, plantar arrependimento para limpar o solo do coração. O campo é o seu coração, e Deus honra cada boa semente que ali é plantada. A colheita de amanhã depende do que você planta hoje — plante com fé, e confie no Deus que faz crescer.

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Discernimento de espíritos: Um dom essencial para a igreja de hoje


Vladimir Chaves

O dom de discernimento de espíritos é uma capacitação espiritual dada por Deus para que o cristão possa perceber a origem e a natureza espiritual de uma situação ou manifestação. Esse discernimento pode revelar se algo vem de Deus, é fruto da carne humana ou procede do inimigo. Trata-se de uma habilidade sobrenatural, não baseada em intuição ou julgamento humano, mas na revelação do Espírito Santo.

Um exemplo claro desse dom está em Atos 16:16-18, quando o apóstolo Paulo, durante seu ministério, discerniu que uma jovem que parecia anunciar a verdade estava, na verdade, possuída por um espírito de adivinhação. Mesmo dizendo palavras aparentemente corretas — “Estes homens são servos do Deus Altíssimo e vos anunciam o caminho da salvação” — Paulo reconheceu que aquilo não vinha de Deus, mas era uma tentativa maligna de confundir e enganar. Ele então repreendeu e expulsou o espírito da jovem.

Nos dias atuais, o discernimento de espíritos continua sendo um dom essencial. Vivemos em tempos de intensa confusão espiritual, onde falsas doutrinas, líderes disfarçados e manifestações enganosas têm se infiltrado até mesmo em ambientes religiosos. Esse dom permite que a igreja identifique com clareza o que é verdadeiramente de Deus e o que é apenas uma imitação maligna ou emocional.

O discernimento espiritual protege a igreja do engano, fortalece sua santidade e preserva a sã doutrina. É um dom que precisa ser buscado e cultivado, especialmente por líderes espirituais, intercessores e todos os que atuam na edificação do corpo de Cristo. Mais do que nunca, precisamos de olhos espirituais abertos para permanecermos firmes na verdade do Evangelho.


segunda-feira, 14 de julho de 2025

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O Deus que me chamou não rejeita o conhecimento


Vladimir Chaves

Como alguém que recentemente entregou a vida a Cristo, tenho enfrentado obstáculos por todos os lados. A caminhada do novo convertido é cheia de desafios, e o que mais me surpreende é que muitos desses desafios não vêm do mundo, mas de dentro da própria comunidade religiosa. Parece que o simples fato de começar a viver uma fé autêntica incomoda. Já enfrentei julgamentos, fofocas, olhares irônicos, acusações levianas e até calúnias. Mas há um tipo de crítica que me chama mais atenção: a rejeição ao saber.

Tenho ouvido frases como “Deus não precisa de diploma”, ou “quem tem estudo não serve pra igreja”, como se o fato de ter estudado fosse uma barreira para servir a Deus. Certa vez, uma pessoa próxima ironizou minha fé dizendo: “Você virou evangélico? Como pode alguém com estudo virar beato de igreja?”. Essa postura revela um preconceito duplo: contra a fé e contra o conhecimento. Mas o Evangelho jamais foi inimigo da sabedoria — pelo contrário, exalta a verdadeira sabedoria, aquela que vem do alto.

É preciso lembrar que nem todos os discípulos eram iletrados ou simples pescadores. O apóstolo Paulo, por exemplo, era um homem extremamente culto, formado aos pés de Gamaliel, um dos maiores mestres do judaísmo (Atos 22:3). Lucas, autor do Evangelho que leva seu nome e de Atos dos Apóstolos, era médico (Colossenses 4:14). Mateus era cobrador de impostos, função que exigia habilidades administrativas e numéricas. Portanto, Deus não despreza a formação humana — Ele a usa para o propósito do Reino.

A verdade é que Deus não rejeita o conhecimento, mas sim o orgulho humano. Ele usa tanto o simples quanto o instruído, contanto que haja coração rendido. O que Ele não aceita é covardia espiritual. E isso, graças a Deus, eu não tenho. Coragem me sobra. Por isso, cada pedra lançada em minha direção, em vez de ferir, se torna parte do alicerce da minha fé.

Cristo não me chamou para agradar homens, mas para segui-Lo. E é isso que farei. Porque “o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé” (1 João 5:4).

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A espada na bainha: Quando a Bíblia é lida, mas não é pregada


Vladimir Chaves

Uma Bíblia lida sem o comentário em seguida é uma espada na bainha — uma leitura que não corta.

A Bíblia é aberta apenas como ritual, lida sem explicação, sem aplicação, sem profundidade. Depois da leitura, fecha-se o Livro e fala-se de Deus em tom genérico, como se as palavras de Cristo fossem um pano de fundo e não o centro da mensagem.

A frase “Assim diz o Senhor” vai sendo substituída por cânticos bonitos, frases de efeito, sermões morais ou motivações humanas. E assim, a Palavra vai perdendo o seu fio. Os fiéis saem do culto sem saber onde a espada cortou, o que curou ou o que precisaria ser removido da alma.

Uma Bíblia usada apenas para introduzir o sermão, como um ornamento religioso. A leitura se torna mecânica. O pregador pede ao povo que leia, e logo em seguida fecha o texto sagrado, nada é explicado, nada é aprofundado.

Mas a Palavra de Deus não foi dada para ser lida apenas — ela foi dada para ser proclamada, interpretada e vivida.

“Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração.” Hebreus 4:12

Se a Palavra é uma espada de dois gumes, por que a usamos como se fosse um enfeite de altar?

Que os cultos deixem de ser mecânicos e tornem-se momentos onde o Cristo fala, o povo ouve, e a espada corta com precisão — não para ferir, mas para transformar.

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O legado de uma verdadeira missionária, Sophia Muller


Vladimir Chaves

“Como são belos sobre os montes os pés do que anuncia as boas novas...” – Isaías 52:7

Sophia Muller não foi apenas uma missionária — foi um instrumento de Deus para transformar histórias, quebrar barreiras culturais e abrir caminhos onde o evangelho ainda não havia chegado. Nascida em 1913 nos Estados Unidos, ela dedicou mais de 50 anos de sua vida aos povos indígenas da Amazônia, especialmente entre os rios do interior da Colômbia e do Brasil.

Chegando ainda jovem à selva amazônica, enfrentou doenças tropicais, isolamento extremo e muitas vezes a oposição de autoridades ou tribos que nunca haviam tido contato com estrangeiros. Mas com uma fé inabalável, um amor profundo por Cristo e pelos indígenas, Sophia Muller permaneceu. Seu coração batia pela salvação das almas esquecidas nas florestas.

Mesmo sem formação teológica formal, Sophia aprendeu diversas línguas indígenas, traduziu o Novo Testamento para dialetos locais, alfabetizou tribos inteiras e discipulou líderes nativos que hoje continuam o trabalho missionário iniciado por ela. Sua vida foi uma Bíblia viva, lida e seguida por muitos.

Sophia não apenas pregava — ela vivia entre os povos, comia com eles, chorava com eles, servia como enfermeira, conselheira, professora e amiga. Sua humildade e firmeza no evangelho tocaram milhares. Ela mostrou que missão não é apenas proclamação — é presença, entrega e compaixão..

Seu legado permanece nas igrejas indígenas da Amazônia, nos obreiros que ela treinou, nas Escrituras traduzidas, e nas vidas que continuam a seguir Jesus porque um dia uma mulher estrangeira ousou amar como Cristo.

Ela partiu para a eternidade em 1995, mas sua história ainda inspira missionários, jovens e líderes a dizerem: "Eis-me aqui, envia-me a mim".

Reflexão:

O que estamos deixando como legado? O que temos feito com o tempo, os dons e as oportunidades que Deus nos deu? Que possamos aprender com Sophia Muller a viver com propósito, com compaixão e com a coragem de obedecer até o fim.

Muitos estão esperando uma revelação, uma emoção, um empurrão espiritual.

Mas talvez Deus já tenha falado. Talvez você já tenha ouvido a ordem — mas o que tem faltado é coragem.

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Entre milhares de vozes, Deus reconhece a sua.


Vladimir Chaves

“E será que, antes que clamem, eu responderei; estando eles ainda falando, eu os ouvirei.” Isaías 65:24

Milhares de vozes ecoam no mundo, mas Deus não se confunde ao ouvir a sua. Essa verdade é um consolo profundo para quem já se sentiu invisível, esquecido ou ignorado. Eu vivi isso.

Em meio ao barulho da vida, há um Deus que conhece cada detalhe do nosso ser e nos ouve com atenção e amor.

Vozes gritam de todos os lados — redes sociais, notícias, problemas, pedidos, conselhos. Em meio a essa multidão de sons e clamores, parece impossível que alguém possa ser ouvido com clareza. Mas há um Deus que não apenas ouve — Ele reconhece, escuta e responde.

Ele é o Deus que conhece cada um de seus filhos pelo nome, que escuta a oração feita em segredo, que entende lágrimas, sussurros e até o silêncio cheio de dor. Nenhuma oração passa despercebida. Nenhuma voz é confundida com outra. O Senhor conhece profundamente cada coração.

Isso é mais do que atenção. É amor, é cuidado pessoal, é soberania. Enquanto muitos podem não notar sua dor, seu desespero, seu clamor — Deus percebe.

Por isso, continue orando, mesmo que pareça que o céu está em silêncio. Continue clamando, não desista. Porque o Deus que criou o universo é também o Deus que ouve você.

Ore na alegria e na dor. Ore até dormindo. Ore mesmo que ache que não sabe orar. Deus não busca eloquência ou volume — Ele deseja apenas a sinceridade do seu coração.

O silêncio banhado em lágrimas da sua oração será ouvido.

Acredite: eu vivi isso. Eu acreditei — e Ele me ouviu, me transformou e me deu uma nova vida.

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A colheita não falha, você colherá o que plantar.


Vladimir Chaves

Deus estabeleceu uma lei que nunca falha – a Lei da Semeadura - toda semente gera frutos, sejam bons ou ruins. Essa verdade eterna alcança pensamentos, palavras e atitudes — tudo o que você faz hoje é uma semente lançada, e no tempo certo, ela brotará. Com ela virá a colheita: justa, exata e inevitável.

Quem planta em oração, fé e obediência colherá frutos efetivos, duradouros e cheios de propósito. Por outro lado, a carne sempre deseja plantar egoísmo, orgulho e pecado — e esses produzem corrupção, destruição e tristeza. A colheita nunca mente.

Por isso, semeie no Espírito: busque a Deus com sinceridade, pratique o bem mesmo quando ninguém vê, viva em santidade mesmo quando isso parecer difícil. Lembre-se: a sua colheita depende diretamente da sua semeadura.

“Não se deixem enganar: de Deus não se zomba. Pois o que o homem semear, isso também colherá.” Gálatas 6:7

sábado, 12 de julho de 2025

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O papel dos missionários evangélicos no esvaziamento da Cracolândia: Uma realidade ignorada.


Vladimir Chaves

Por Vladimir Chaves | Julho de 2025

Por mais de três décadas, a região conhecida como Cracolândia, no centro de São Paulo, foi símbolo da miséria, do vício e da falência de políticas públicas diante do drama da dependência química. Em 2025, no entanto, o Brasil se deparou com uma cena surpreendente: as ruas que antes reuniam centenas de pessoas em consumo aberto de crack passaram a ficar vazias. Analistas correram para explicar o fenômeno. Mas quase todos ignoram uma peça essencial nessa história: o trabalho silencioso, perseverante e transformador dos missionários evangélicos.

Um fenômeno visível, mas pouco mencionado

A Cracolândia não sumiu por mágica. Desde 2024, diversas ações coordenadas entre as polícias e secretarias municipais contribuíram para enfraquecer o tráfico e dispersar usuários. Mas uma parte desse “esvaziamento” está sendo construída há anos, nos becos e vielas, pelas mãos daqueles que não usam farda, nem microfone de TV, mas carregam Bíblias, sopas e amor prático.

Missões como a Cristolândia, Comunidade Vida Nova, Projeto Resgatando Vidas, entre outras, nunca abandonaram o território — mesmo nos momentos de maior violência, miséria e desespero. Todos os dias, pastores, evangelistas, voluntários e ex-dependentes transformados levavam alimento, palavras de fé, apoio emocional e caminhos para restauração.

Evangelho que resgata

Enquanto parte da sociedade apenas assistia, esses missionários criaram pontes onde só havia abismos. Ao invés de oferecer apenas uma “redução de danos”, ofereceram um novo nascimento espiritual.

Milhares de homens e mulheres foram tirados das ruas e conduzidos para centros de acolhimento mantidos por igrejas; Outros foram discipulados, evangelizados e reintegrados à sociedade como trabalhadores e membros ativos das igrejas; Muitos que um dia estavam no “fluxo” hoje estão no púlpito — contando seu testemunho e ajudando outros a saírem da escravidão do crack.

Mas ainda assim, raramente são citados nas análises feitas por especialistas, imprensa ou gestores públicos.

Uma análise incompleta sem a fé

Os relatórios técnicos falam de “falta de drogas”, “ações policiais”, “fatores climáticos” ou “internações hospitalares”. Mas poucos mencionam o poder do Evangelho, o efeito regenerador da fé, e o trabalho incansável de homens e mulheres que servem por vocação — não por salário.

É preciso dizer com clareza:

O esvaziamento da Cracolândia não foi causado apenas por repressão ou políticas públicas, mas também por oração, compaixão e fé em ação.

Sem considerar o papel dos missionários, qualquer análise estará incompleta e injusta.

O evangelho transforma


A Cracolândia pode até não ser mais a mesma, mas a marginalização das igrejas no debate público sobre a solução é um erro grave. A fé cristã não é um detalhe: é uma força transformadora, que tem curado, libertado e reconstruído vidas — uma por uma.

Se o objetivo for de fato resolver o problema — e não apenas deslocá-lo —, o Estado e a sociedade precisam reconhecer e valorizar os que trabalham de forma espiritual, voluntária e integral.

Jesus disse:

“O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu para pregar boas-novas aos pobres. Enviou-me para proclamar libertação aos presos e restauração da vista aos cegos, para libertar os oprimidos.” (Lucas 4:18)

Este continua sendo o chamado que muitos têm obedecido, na Cracolândia e além dela. E os frutos estão aparecendo — mesmo que parte da sociedade ainda insista em não ver.

 

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A Bíblia nas mãos, no coração e na vida


Vladimir Chaves


Feliz é o homem que possui uma Bíblia — pois tem em mãos um tesouro eterno, a revelação do próprio Deus. Mais feliz ainda é aquele que, além de possuí-la, abre-a com reverência e lê suas palavras como quem ouve a voz do Pai. Mas muito mais feliz é o homem que lê, estuda e transmite os ensinamentos da Bíblia, porque sua vida torna-se um canal de bênçãos e transformação para si mesmo e para os que o cercam.

A verdadeira felicidade não está em ter, mas em viver a Palavra. Quem medita nela encontra direção, consolo, sabedoria e vida. E aquele que a ensina, compartilha luz em meio às trevas, espalha esperança em tempos difíceis e semeia fé onde há dúvidas.

"Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo." Apocalipse 1:3

Não basta ter uma Bíblia na estante; ela precisa estar no coração. Que sejamos não apenas leitores, mas também praticantes e mensageiros da Palavra de Deus. Assim, experimentaremos a felicidade plena que vem do Senhor.

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As 12 casas visitadas por Jesus e suas lições espirituais


Vladimir Chaves



Ao longo de Seu ministério terreno, Jesus entrou em diversas casas. Cada uma dessas visitas carrega significados espirituais profundos e lições para nossa vida cristã. Conhecer alguma dessas casas é compreender como o Senhor deseja habitar também em nosso lar e em nosso coração.

A casa do milagre dos vinhos – Casamento em Caná, transformação da água em vinho.

Jesus, sua mãe Maria e os discípulos foram convidados para um casamento. Em dado momento, o vinho acabou, o que era considerado uma grande vergonha social na cultura judaica da época. Maria então intercede e aponta o problema a Jesus.

Mesmo em eventos simples da vida, como um casamento, Deus se importa e age com poder.

Casa de Pedro – Jesus cura a sogra de Pedro, que estava com febre.

Quando Jesus entra em nossa casa, Ele traz cura. Enfermidades físicas e espirituais são restauradas.

Casa de Mateus – Jesus senta-se à mesa com publicanos e pecadores.

Cristo entra em lugares rejeitados pela sociedade, oferecendo perdão e nova vida. Jesus não rejeita pecadores arrependidos; Ele os chama.

Casa de Jairo – Jesus ressuscita a filha de Jairo.

A fé abre caminho para o impossível. Onde havia morte, Jesus trouxe vida. Mesmo quando tudo parece perdido, a presença de Jesus muda tudo.

Casa de Marta, Maria e Lázaro – Maria ouve Jesus, enquanto Marta se ocupa com tarefas.

Jesus valoriza a devoção acima da agitação. Devemos reservar tempo para ouvir o Mestre em nossa casa.

Casa de Simão, o Fariseu – Uma mulher pecadora unge os pés de Jesus.

O amor sincero supera as aparências. O perdão é liberado onde há arrependimento verdadeiro. A visita destaca a importância do perdão na vida cristã, e que o amor é a resposta natural ao perdão recebido

Casa de Zaqueu – Jesus se convida para entrar na casa de um cobrador de impostos.

A salvação chegou àquela casa por causa do arrependimento de Zaqueu. Cristo transforma lares quando encontra corações dispostos.

Casa de Simão, o Leproso – Uma mulher derrama perfume caro sobre Jesus.

Um ato de adoração que marcou aquela casa. Devemos oferecer o melhor a Jesus, sem reservas. Jesus destaca que ações feitas por amor nunca serão esquecidas.

Casa onde o paralítico foi curado – Os amigos descem o paralítico pelo telhado.

A fé dos amigos provocou o milagre. Nossa fé pode abrir caminhos para a transformação de outros.

Casa de um fariseu com um homem hidrópico – Jesus cura no sábado e ensina sobre misericórdia.

Jesus foi convidado para uma refeição na casa de um dos principais fariseus, eles observavam Jesus, esperando que Ele violasse a lei do sábado curando alguém.

Muitas vezes, somos tentados a observar os outros com um espírito crítico, como os fariseus. Jesus nos convida a agir com compaixão, mesmo quando isso desafia as normas da religião ou da cultura.

Casa de um discípulo em Emaús – Ao partir o pão, os discípulos reconhecem Jesus.

Cristo se revela no partir do pão, na comunhão sincera. Ele está presente quando O convidamos para permanecer.

Casa da última Ceia – Jesus institui a Ceia e prepara os discípulos para o que viria.

Jesus sela aliança e prepara seus servos para o propósito.  Que nossas casas sejam lugares de consagração e comunhão.

Cada casa visitada por Jesus representa um aspecto do Seu ministério e de Sua presença transformadora. Hoje, Ele continua batendo à porta (Apocalipse 3:20), esperando que abramos para que Ele entre e faça morada.

"Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele comigo." – Apocalipse 3:20

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Nossas vidas é um culto com Deus, fidelidade invisível e glória eterna


Vladimir Chaves

Você não precisa de um púlpito para pregar, nem de um palco para adorar. Também não precisa de aplausos para ser aceito diante de Deus. A verdadeira adoração começa no cotidiano da vida: seu local de trabalho pode ser um altar, a mesa do café da manhã pode se tornar seu lugar de comunhão, e o silêncio do seu quarto, um templo sagrado.

Deus não mede sua fé pelos grandes feitos públicos, mas pela fidelidade que ninguém vê. Aos olhos do céu, há mais glória em perdoar em silêncio do que em levantar as mãos diante de uma multidão aos domingos. Fazer o certo quando ninguém está olhando tem mais valor do que mil palavras gritadas em nome da devoção.

Adoração verdadeira se revela no cotidiano: cuidar da família, honrar os pais, cumprir promessas, buscar a mansidão — isso sim tem peso eterno. Adorar a Deus não é um momento, é uma existência rendida. Não se trata de um evento, mas de uma vida santificada, onde cada passo, cada escolha, cada gesto silencioso se torna um hino invisível de louvor.

Fomos chamados não apenas para fazer as coisas de Deus, mas para ser Dele. O céu não reconhece fama — reconhece fidelidade. Nossa vida é um culto contínuo, um altar em movimento, uma expressão viva da presença de Deus entre os homens.

Santifique o seu cotidiano e glorifique o invisível. Viva de tal maneira que, mesmo sem microfones ou holofotes, sua vida inteira diga: “Santo é o Senhor”.

"Portanto, irmãos, rogo-lhes pelas misericórdias de Deus que se ofereçam em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus; este é o culto racional de vocês." Romanos 12:1

sexta-feira, 11 de julho de 2025

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Igreja: Lugar de culto, não de show


Vladimir Chaves

"Portanto, irmãos, rogo pelas misericórdias de Deus que se ofereçam em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional." Romanos 12:1

Não vou à igreja para assistir a cultos — vou para prestar culto. Igreja não é teatro, não é auditório, não é palco. Vou à igreja, não para fazer parte da plateia, mas para fazer parte do altar, onde meu coração, minha adoração e minha vida são entregues a Deus.

Em palcos, há performances; no altar, há sacrifícios.

Em shows, há exibições e egos exaltados; no culto, há rendição e quebrantamento.

Entendamos: o foco não pode — e nem deve — ser o homem. O centro de tudo precisa ser Deus.

A igreja não foi feita para estrelas, mas para servos.

Estrelas buscam os aplausos dos homens; servos buscam servir a Deus.

Estrelas querem brilhar; servos querem agradar ao Senhor.

Em shows, fãs aplaudem e bajulam. No culto, discípulos aprendem, obedecem e seguem.

Nos reunimos como corpo para oferecer a Deus o nosso melhor — não para sermos entretidos, mas para sermos transformados.

Não troquemos o altar por um palco, a adoração por uma apresentação, o discipulado por uma plateia.

Pois o verdadeiro culto é aquele em que nos entregamos a Deus em espírito e em verdade (João 4:23-24), com humildade e reverência.

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A Igreja relevante precisa ser missionária e acolhedora


Vladimir Chaves

A obra missionária é o coração pulsante da igreja. Levar o Evangelho aos que ainda não conhecem a Cristo é mais do que uma atividade — é uma expressão de obediência ao próprio Senhor, que nos mandou fazer discípulos em todas as nações (Mateus 28:19).

Mas a missão não termina no envio. Uma igreja verdadeiramente relevante é aquela que, além de evangelizar, acolhe. O acolhimento é um dos pilares do ministério de Jesus e deve ser também a marca da Sua Igreja. Acolher o novo convertido, o órfão de fé, o ferido, o cansado — isso é ser corpo, isso é ser família.

A igreja primitiva entendeu isso:

“Todos os que criam estavam juntos e tinham tudo em comum.” Atos 2:44

Essa comunhão não era superficial. Ela se baseava na doutrina, na oração, na partilha e no amor mútuo. A Bíblia afirma:

“E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações.” Atos 2:42

Assim, a igreja genuinamente cristã reflete a prática dos ensinos dos apóstolos. Não se trata apenas de reuniões formais, mas de viver o Evangelho de forma visível e transformadora. Ensinar, discipular (com respeito), servir, amar.

Ser relevante no mundo atual não exige se adaptar aos moldes do mundo, mas retornar à essência bíblica: uma igreja missionária e acolhedora será sempre atual, necessária e viva.

Que o Senhor nos ajude a sermos essa igreja — com portas abertas, corações sensíveis e pés prontos a anunciar as boas novas a todos os órfãos de fé.

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Senhor, torna-nos dignos da Tua piedade


Vladimir Chaves

Senhor, torna-nos dignos da Tua piedade, dignos da Tua misericórdia. Perdoa-nos, ó Deus, por nossa indiferença diante da Tua bondade, tão constante e tão imerecida. Mesmo quando não reconhecemos, Tu estendes Tua mão para nos guardar. Dia e noite, nos cercas com livramentos invisíveis, com proteção silenciosa, com cuidado paternal. Ainda assim, tão raramente dobramos os joelhos para agradecer.

Perdoa-nos, Senhor, pela ingratidão que nos torna frios, por um coração que se esquece do Teu favor. Quantas vezes usamos desculpas para não Te buscar? Perdoa os irmãos que deixam de ir à igreja sob o pretexto de não ter tempo, de que está chovendo, de que estão cansados. Como se o conforto da carne fosse mais importante que o alimento da alma!

Tem misericórdia também daqueles que se afastam da comunhão por intrigas, ressentimentos e mágoas com outros irmãos ou até com líderes espirituais. Esquecem o Criador e se apegam às falhas das criaturas, como se os homens fossem mais relevantes que a Tua presença.

Senhor, ensina-nos a olhar para Ti. Restaura em nós um coração reverente, humilde, grato e obediente. Que voltemos ao altar com arrependimento verdadeiro, com sede da Tua presença e desejo sincero de comunhão. Que nenhum obstáculo humano ou desculpa terrena nos afaste do privilégio de estar contigo e com Teu povo.

"As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim. Renovam-se cada manhã. Grande é a tua fidelidade!" Lamentações 3:22-23

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A Igreja de Jerusalém: um exemplo a ser seguido


Vladimir Chaves

A Igreja de Jerusalém foi a primeira comunidade cristã organizada após a ressurreição de Jesus e o derramamento do Espírito Santo no dia de Pentecostes. Nascida em meio a um poderoso mover espiritual (Atos 2), ela se tornou modelo de fé, comunhão e compromisso com os ensinamentos de Cristo.

Essa igreja vivia intensamente a Palavra. Os discípulos perseveravam na doutrina dos apóstolos, na comunhão, no partir do pão e nas orações (Atos 2:42). Havia temor, sinais, milagres e uma união tão forte que “ninguém considerava sua coisa alguma do que possuía” (Atos 4:32). A generosidade, a unidade e o amor ao próximo eram marcas visíveis de sua espiritualidade prática.

Além disso, a Igreja de Jerusalém era missionária e comprometida com a expansão do Evangelho. Mesmo enfrentando perseguições, os cristãos não recuaram — pelo contrário, se espalharam e anunciaram a mensagem de Jesus por toda parte (Atos 8:4).

Seu zelo pelas Escrituras, seu senso de comunidade e sua dependência constante do Espírito Santo fazem da Igreja de Jerusalém um exemplo a ser seguido em todas as épocas. Em tempos em que muitos buscam formas modernas de crescimento, a simplicidade, o fervor e a obediência da igreja primitiva ainda são o caminho mais seguro para uma igreja viva e relevante.

quinta-feira, 10 de julho de 2025

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"Nunca pare de afiar o machado": O sábio nunca para de aprender


Vladimir Chaves


O homem sábio está sempre buscando melhoria, enquanto o tolo logo acha que já aprendeu o suficiente. Essa verdade serve para qualquer época ou geração.

A sabedoria bíblica nos ensina que a jornada do crescimento nunca termina:

"Dê instrução ao sábio, e ele se fará mais sábio; ensina ao justo, e ele crescerá em entendimento." – Provérbios 9:9

Esse versículo nos mostra que o verdadeiro sábio é aquele que permanece ensinável, humilde e disposto a crescer, mesmo depois de muitas conquistas.

Por outro lado, o tolo se acomoda. Ele acredita que já chegou onde deveria, que não precisa aprender mais nada. Esse orgulho é o que o impede de progredir e o faz tropeçar.

"Se o machado está cego e sua lâmina não foi afiada, é preciso golpear com mais força; agir com sabedoria assegura o sucesso." – Eclesiastes 10:10

Assim como o lenhador que não afia seu machado acaba se cansando mais e cortando menos, o cristão que não busca sabedoria e crescimento espiritual se desgasta sem produzir frutos duradouros.

Nunca pare de afiar o machado. Continue aprendendo, crescendo, sendo moldado por Deus. A sabedoria não é um ponto de chegada, mas um caminho contínuo. O esforço se torna mais eficaz quando é guiado pela excelência.

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Antioquia: Local onde os discípulos passaram a ser chamados de cristãos


Vladimir Chaves


O nome cristão foi empregado pela primeira vez em Antioquia (Atos 11:26) para designar os discípulos, aqueles que aceitavam o ensino dos apóstolos. Antes disso, os seguidores de Jesus eram conhecidos como “os do Caminho” (Atos 9:2) ou simplesmente “discípulos”.

“E pediu-lhe cartas para Damasco, para as sinagogas, a fim de que, se encontrasse alguns daquela seita, que se chamam do Caminho, quer homens quer mulheres, os conduzisse presos a Jerusalém.” Atos 9:2

“E sucedeu que todo um ano se reuniram naquela igreja e ensinaram muita gente. E em Antioquia foram os discípulos, pela primeira vez, chamados cristãos.” Atos 11:26

Esses dois versículos mostram a evolução da identidade dos seguidores de Jesus: primeiro reconhecidos como “os do Caminho” (por seguirem a Verdade e a Vida – João 14:6), e mais tarde como “cristãos”, por se parecerem com Cristo em palavras e atitudes.

O termo “cristão” significa literalmente “pequeno Cristo” ou “seguidor de Cristo”, e surgiu não como título político ou religioso, mas como uma identidade espiritual. Os habitantes de Antioquia, ao observarem o comportamento, o amor e os ensinamentos desses discípulos, perceberam que eles se pareciam com Cristo — e, por isso, os chamaram de cristãos.

Esse nome, que começou como uma identificação pública, hoje é um título que carrega responsabilidade, missão e identidade. Ser cristão é refletir o caráter de Cristo no mundo, obedecer à Sua Palavra e viver de acordo com o ensino dos apóstolos, fundamentado nas Escrituras.

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Deus é o oxigênio, o alimento, a água e a luz que precisamos para sobreviver.


Vladimir Chaves

Para a ciência, o ser humano precisa de água, oxigênio, luz e alimento para sobreviver. Esses elementos são essenciais para manter a vida física. Sem oxigênio, os pulmões param; sem água, o corpo se desidrata; sem alimento, não há energia; e sem luz, não há regulação do ciclo vital.

Mas a Bíblia revela que a vida vai além do que os olhos podem ver. Ela nos ensina que Deus é a fonte suprema de tudo o que o ser humano realmente precisa.

Oxigênio:

“Então formou o Senhor Deus ao homem do pó da terra e soprou em suas narinas o fôlego de vida; e o homem tornou-se alma vivente.” (Gênesis 2:7)

O sopro de Deus é o verdadeiro oxigênio da vida. Foi Ele quem deu vida ao corpo formado do pó. Sem esse sopro, seríamos apenas matéria.

Alimento:

Jesus disse: “Eu sou o pão da vida. Aquele que vem a mim nunca terá fome.” (João 6:35)

Cristo se apresenta como o alimento que sacia a fome espiritual. Sem Ele, o coração permanece vazio, mesmo que o corpo esteja nutrido.

Água:

“Se tu conhecesses o dom de Deus... tu lhe pedirias, e ele te daria água viva.” (João 4:10)

Jesus oferece uma água que não apenas hidrata, mas concede vida eterna. Quem bebe dessa água nunca mais terá sede espiritual.

Luz:

“Eu sou a luz do mundo. Quem me segue não andará em trevas...” (João 8:12)

A luz é essencial para a orientação, o crescimento e a revelação. Jesus é essa luz que ilumina os caminhos e dissipa as trevas do pecado e da dúvida. Quem vive sem essa luz tropeça.

Assim como dependemos dos elementos naturais para viver fisicamente, dependemos de Deus para viver espiritualmente. A verdadeira sobrevivência é encontrada n’Ele, pois só Ele pode sustentar corpo, alma e espírito.

quarta-feira, 9 de julho de 2025

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Valorizar e apoiar os missionários é reconhecer a urgência do evangelho no mundo.


Vladimir Chaves

A obra missionária é uma expressão viva do amor de Deus pelo mundo. Missionários são homens e mulheres que, movidos pelo Espírito Santo, deixam o conforto de suas casas para levar a mensagem da cruz aonde muitos ainda não ouviram falar de Jesus. Eles são os pés que correm para anunciar a salvação, são instrumentos de Deus que transformam realidades, curam feridas, restauram famílias e plantam igrejas.

"E como pregarão, se não forem enviados? Como está escrito: Quão formosos os pés dos que anunciam o evangelho de paz, dos que trazem alegres novas de boas coisas." Romanos 10:15

A Igreja Assembleia de Deus tem um destaque nessa missão divina, dentro e fora do Brasil. Desde os seus primeiros anos, a missão sempre foi um pilar fundamental da denominação, que se destaca por enviar e sustentar centenas de missionários em diversos continentes.

Os missionários assembleianos cumprem com coragem a ordem de Jesus: "Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura" (Marcos 16:15).

Com base no princípio de que toda igreja local deve ser uma agência missionária, a Assembleia de Deus investe em formação, preparo espiritual e envio de homens e mulheres comprometidos com a evangelização integral: palavra, amor e ação.

Os missionários não só proclamam a fé cristã; também atuam como agentes de transformação social. Muitos trabalham com educação, saúde, alfabetização e apoio em zonas de vulnerabilidade. Em tempos de guerra, fome ou abandono, são eles que permanecem, mesmo diante do risco, para levar consolo, pão e esperança.

A seara continua grande, e os trabalhadores, preciosos e necessários. Oremos pelos nossos missionários!

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Louvor Verdadeiro x Louvor Autocêntrico


Vladimir Chaves

Louvores autocêntricos são cânticos ou expressões de adoração que, em vez de exaltar a Deus, colocam o ser humano no centro da mensagem. Em vez de focarem na glória, santidade, grandeza e nas obras de Deus, destacam as emoções, desejos, vitórias pessoais e experiências do adorador.

"Foi feito por um artífice, e isso não é Deus; por isso será despedaçado o bezerro de Samaria." (Oséias 8:6)

Assim como Deus rejeitou o ídolo de Samaria, Ele rejeita todo louvor que O substitui pela criatura. Um cântico pode ser bonito, emocional e até parecer “espiritual”, mas se for feito para exaltar o homem, não passa de um ídolo feito de palavras.

Oséias 8:6 nos lembra que Deus não aceita o que é forjado por mãos humanas para ocupar o Seu lugar. Isso inclui teologias centradas no homem, músicas desprovidas da Palavra e cultos moldados para agradar ao público, e não ao Senhor.

Hoje, embora não se forjem mais bezerros de ouro, forjam-se ídolos de outra natureza: o ego, a vaidade espiritual e a autopromoção — muitas vezes disfarçados de louvor. Assim como o artífice moldava ídolos com as próprias mãos, muitos compositores atuais criam louvores voltados para agradar ao ego humano, e não para refletir a verdade do Evangelho. São canções belas, mas vazias de temor a Deus.

Em contraste, os Salmos e os hinos da Harpa Cristã nasceram da intimidade com o Senhor e da ação do Espírito Santo, com o propósito de glorificar a Deus e edificar vidas. A diferença está na origem e no fruto: uns exaltam o homem; os outros revelam a presença de Deus.

Vigiem! Prestem atenção às características dos louvores autocêntricos, que têm foco no “eu”: repetem expressões como “eu quero”, “eu sinto”, “minha vitória”, “meu milagre”, com pouca ou nenhuma menção a Deus. São letras com mensagens motivacionais disfarçadas de adoração, transformando a adoração em uma espécie de autoajuda gospel. Exaltam promessas que não estão alinhadas com o Evangelho.

“Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade.” (João 4:24)

O louvor verdadeiro tem como objetivo principal exaltar a Deus — Seu caráter, Suas obras, Sua santidade e Sua soberania. Não depende de emoções ou circunstâncias, mas é baseado na verdade revelada nas Escrituras.

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