Comissão aprova proposta que proíbe distinção de sexo em concursos para PMs e bombeiros militares


Vladimir Chaves



A Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei que veda a distinção entre homens e mulheres para seleção, promoção ou ingresso no quadro efetivo de oficiais e praças das polícias militares ou dos corpos de bombeiros militares.

A medida é inserida na Lei Orgânica Nacional das Polícias Militares e dos Corpos de Bombeiros Militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios.

O texto aprovado é o substitutivo da relatora, deputada petista Carol Dartora, ao Projeto de Lei 1203/23, do deputado Pedro Aihara (PRD-MG). 

“A Lei 14.751/23, promulgada no final do ano passado, não legisla sobre a presença feminina nas polícias militares, crescente nos últimos anos”, afirma Dartora. “Fato que tornou necessário combater essa lacuna e conferir segurança jurídica para o anseio das mulheres que pretendem ingressar na carreira do quadro efetivo de oficiais e praças das polícias militares”, acrescenta. 

Alterações

O projeto original altera o Decreto-Lei 667/69, que reorganiza as PMs e os Corpos de Bombeiros Militares dos estados e do DF, e a Lei 9.713/98, que trata da reclassificações das policiais militares femininas.

A relatora lembra, porém, que a Lei 14.751/23, revogou boa parte do decreto-lei.  Carol Dartora manteve a modificação na Lei 9.713/98, que proíbe a fixação de limite ou percentual que restrinja a seleção, promoção ou entrada de mulheres no efetivo das polícias militares.

Próximos passos

A proposta será analisada, em caráter conclusivo, pelas comissões de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Para virar lei, a proposta precisa ser aprovada pelos deputados e pelos senadores.

sábado, 25 de janeiro de 2025

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Brasil de Lula: Rombo nas contas externas dobra e atinge U$$ 56 bi.


Vladimir Chaves


O déficit nas contas externas do Brasil mais que dobrou no ano passado e atingiu o maior saldo negativo desde 2019. As informações foram divulgadas pelo Banco Central (BC) nesta sexta-feira, 24.

O déficit nas transações correntes representou 2,55% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024, totalizando US$ 56 bilhões. No ano anterior, o rombo havia sido de US$ 24,5 bilhões, equivalente a 1,12% do PIB.

O resultado de 2024 foi o pior em cinco anos. Em 2019, o déficit em conta-corrente atingiu 3,47% do PIB, ao somar US$ 65 bilhões.

Segundo o BC, o aumento de US$ 31,4 bilhões no déficit de 2024 foi provocado pela redução de US$ 26,1 bilhões no superávit da balança comercial e pelo acréscimo de US$ 9,8 bilhões no déficit de serviços.

Esses fatores foram parcialmente compensados pela diminuição de US$ 4,1 bilhões no déficit de renda primária e pelo crescimento de US$ 367 milhões no superávit de renda secundária.

Os investimentos diretos no país superaram o rombo em transações correntes, financiando o saldo negativo das transações.

Em 2024, os investimentos diretos no país (IDP) totalizaram US$ 71,1 bilhões, o equivalente a 3,24% do PIB. Esse valor representa um aumento de 13,8% em comparação a 2023, quando o IDP foi de US$ 62,4 bilhões (2,85% do PIB).

sexta-feira, 24 de janeiro de 2025

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Receita Federal disponibiliza consulta a novo lote de restituição do IR


Vladimir Chaves


A Receita Federal anunciou a liberação da consulta a um novo lote residual de restituição do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) a partir das 10h desta sexta-feira (24). O pagamento, que totaliza 268.144 restituições, soma R$ 864,8 milhões, e será realizado no dia 31 de janeiro.

Os contribuintes que desejam verificar se estão incluídos nesse lote devem acessar o site da Receita Federal. Após entrar na seção “Meu Imposto de Renda”, é necessário clicar em “Consultar a Restituição”. Aqueles que não forem contemplados neste lote ainda permanecem na malha fina e devem monitorar sua situação.

Dentre as restituições, R$ 402,8 milhões são destinados a contribuintes que possuem prioridade legal. Isso inclui 7.321 restituições para idosos com mais de 80 anos, 52.525 para aqueles entre 60 e 79 anos, além de 4.519 para pessoas com deficiência ou doenças graves. Também estão incluídas 16.003 restituições para profissionais do magistério e 125.751 para quem utilizou a Declaração pré-preenchida ou optou pelo recebimento via Pix. Por fim, 61.995 restituições serão destinadas a contribuintes não prioritários.

Os valores das restituições são creditados exclusivamente em contas bancárias dos contribuintes. Caso o valor não seja resgatado em até um ano, o contribuinte deve solicitar a restituição pelo Portal e-CAC da Receita Federal. Além disso, é possível corrigir dados bancários e reagendar o crédito através do Portal do Banco do Brasil ou pela Central de Relacionamento da instituição.

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Comissão aprova uso de algemas em adolescente autor de ato infracional com comportamento agressivo


Vladimir Chaves



A Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei que permite o uso de algemas em adolescente autor de ato infracional quando houver reação violenta, iminente receio de fuga ou comportamentos atentatórios à ação policial. Nesses casos, se o projeto virar lei, também será proibida a condução em compartimento fechado da viatura policial. 

A proposta considera como comportamentos atentatórios à ação policial:

agressividade, evidenciada por movimentos bruscos e contrários aos comandos emitidos pelos policiais;

arrogância, com utilização de linguagem depreciativa em relação aos policiais ou ao contexto da condução;

desobediência, com não cumprimento ou demora em cumprir as orientações emitidas pelos policiais;

resistência com a utilização de violência ou grave ameaça;

subtração ou tentativa de subtrair arma de fogo ou outro equipamento de proteção individual dos policiais. 

O texto aprovado é o substitutivo do relator, deputado Sargento Portugal (Pode-RJ), ao Projeto de Lei 2582/24, do deputado Capitão Alden (PL-BA), e altera o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). 

Estatuto atual

Hoje o ECA proíbe que o adolescente a quem se atribua autoria de ato infracional seja conduzido ou transportado em compartimento fechado de veículo policial, em condições atentatórias à sua dignidade ou que impliquem risco à sua integridade física ou mental, sob pena de responsabilidade do policial.

“Embora a legislação proteja os direitos dos adolescentes, é preciso reconhecer que muitos podem representar um risco à integridade física dos policiais ou de terceiros, seja pelo seu porte físico ou até mesmo o estado emocional alterado”, afirmou o relator. 

“Em algumas situações, adolescentes podem ter compleição física equivalente ou superior à de um adulto, fator que deve ser considerado em casos de confronto ou resistência”, acrescentou Sargento Portugal.

Para ele, “nesses casos, as algemas são uma medida preventiva, evitando que a situação evolua para o uso de força letal”. 

Próximos passos

A proposta ainda precisa ser analisada, em caráter conclusivo, pelas comissões de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Para virar lei, precisa ser aprovada pelos deputados e senadores. 

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Após pressão nas redes sociais, Lula recua e descarta mudanças em data de validade de alimentos.


Vladimir Chaves



O governo Lula recuou, mais uma vez, de outra medida atabalhoada, desta vez uma medida que pretendia enfrentar o alto custo dos alimentos permitindo a venda de alimentos vencidos.

O ministro Rui Costa (Casa Civil) negou a possibilidade de mexer na regra do prazo de validade dos alimentos. A medida foi proposta ao governo pela Abras (Associação Brasileira de Supermercados) e ventilada pelo próprio ministro.

A possibilidade de colocar alimentos vencidos nas prateleiras dos supermercados gerou revolta da população, expressa principalmente nas redes sociais, levando o governo Lula a recuar, assim como fez  com a medida que pretendia monitorar o PIX

O ministro Rui Costa disse que o governo vai buscar um "conjunto de intervenções" para baratear o preço dos alimentos. Ele afirmou ainda que recebeu sugestões de associação de supermercados e que deve acatá-las, mas sem detalhar as medidas.

"No final do ano passado, [Lula] fez reunião com redes de supermercado e eles sugeriram algumas medidas. Vamos implementá-las agora no primeiro bimestre. A partir dessas reuniões, ouvindo produtores, buscar medidas que consigam reduzir preço dos alimentos", disse.

quinta-feira, 23 de janeiro de 2025

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Para baixar preço dos alimentos, Lula avalia colocar na mesa dos pobres produtos vencidos.


Vladimir Chaves



O que até então tem como destino os incineradores, lixões e cochos de porcos, pode acabar na mesa do pobre. Medida “estuda” pelo governo Lula avalia vender para os pobres alimentos vencidos.

Segundo o ministro da Casa Civil, Rui Costa, o governo avalia “aproveitar” alimentos vencidos. A medida foi sugerida por supermercados como meio para baratear os alimentos.

Em julho do ano passado, o presidente Lula recebeu de associações da indústria de alimentos e de supermercados a sugestão de adotar "best before", onde ao invés da data de validade representar um prazo limite para o consumo, ela seria uma sugestão de até quando seria melhor o consumo.

Pela proposta feita pela Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia) e pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras), a nova regra valeria para os produtos chamados "shelf stable", ou seja, aqueles estáveis em temperatura ambiente, como biscoitos, macarrão, maionese, grãos e enlatados, por exemplo. Também poderia valer para produtos que tenham baixa atividade de água, passem por processo de produção de esterilização e são embalados a vácuo.

Dados da Abia revelam que atualmente 0,49% da produção de alimentos é desperdiçada por ultrapassar a data de validade. Isso representa até R$ 3 bilhões, de acordo com a associação.

Data de validade

Hoje, uma resolução da Anvisa define os requisitos de padrão de identidade e qualidade, além de padrões microbiológicos para definir a validade dos alimentos. O Código de Defesa do Consumidor também estipula regras sobre assegurar as informações corretas, claras e precisas para quem for comprar os produtos.

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Irregularidades levam TCU a suspender R$ 6 bilhões do programa Pé de Meia


Vladimir Chaves


Em sessão plenária o Tribunal de Contas da União (TCU) manteve decisão cautelar do ministro Augusto Nardes que suspende a execução de R$ 6 bilhões do programa de apoio educacional Pé de Meia. Cerca de 3,9 milhões de estudantes de baixa renda matriculados em escolas públicas de ensino médio de todo o país recebem o apoio financeiro. A decisão foi tomada por unanimidade, mas cabe recurso.

Na última sexta-feira (19), Nardes já havia concedido uma decisão provisória para suspender os pagamentos, diante de uma ação proposta pelo subprocurador-geral Lucas Rocha Furtado, do Ministério Público junto ao TCU (MPTCU), que alegou que os valores utilizados para o crédito do programa estavam fora do Orçamento. O alerta foi mantido pela área técnica do tribunal.

Financiamento

O financiamento do programa Pé de Meia se dá por meio de recursos do Fundo de Incentivo à Permanência no Ensino Médio (Fipem), de natureza privada, mas que é integralizado por aplicações e aportes financeiros da própria União, e administrado pela Caixa Econômica Federal. A lei permite que a governo federal transfira recursos ao fundo para que o programa seja operacionalizado, mas, de acordo com a conclusão do ministro, o fluxo de pagamentos não estaria passando pelo Orçamento Geral da União e, por isso, Nardes determinou à Caixa o bloqueio de R$ 6 bilhões da conta.

Já o MEC fica proibido de utilizar recursos oriundos do Fundo de Garantia de Operações de Crédito Educativo (Fgeduc) e do Fundo Garantidor de Operações (FGO) sem que previamente tais recursos sejam recolhidos à Conta Única do Tesouro Nacional e incluídos na lei orçamentária do exercício em que se pretenda realizar a integralização de cotas do Fipem.

"Na instrução inicial, a Unidade de Auditoria Especializada em Orçamento, Tributação e Gestão Fiscal (AudFiscal) apontou a utilização de valores do Fgeduc e do FGO para a  integralização de cotas do Fipem sem o necessário trânsito pela CUTN [Conta Única do Tesouro Nacional] e pelo OGU [Orçamento Geral da União] e, dessa forma, à margem das regras orçamentárias e fiscais vigentes, como, por exemplo, o limite de despesas primárias instituído pelo Regime Fiscal Sustentável (ou Novo Arcabouço Fiscal) e dispositivos da Lei de  Responsabilidade Fiscal (arts. 9º e 26) e Regra de Ouro (art. 167, inciso III, da Constituição Federal)", diz um trecho do acórdão que manteve o bloqueio do programa. O tribunal ainda analisará o mérito do caso, sobre eventuais descumprimentos de regras orçamentárias, e aguarda novas manifestações.

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Brasil em chamas: 2024 registrou um aumento de 79% nas áreas queimadas


Vladimir Chaves



O Brasil registrou aumento de 79% nas áreas queimadas de seu território, entre janeiro e dezembro de 2024, na comparação com o mesmo período do ano anterior. De acordo com dados do Monitor do Fogo do MapBiomas 30,8 milhões de hectares foram afetados pelo fogo nesse período.

A extensão da área queimada é superior à do território da Itália e a maior registrada desde 2019. O aumento representa crescimento de 13,6 milhões de hectares do que o fogo alcançou em 2023. A maior parte do território brasileiro consumido pelo fogo, 73%, foi de vegetação nativa, principalmente formações florestais.

O estado mais atingido pelo fogo no ano passado foi o Pará, seguido de Mato Grosso e do Tocantins, com 7,3 milhões, 6,8 milhões e 2,7 milhões de hectares de área queimada, respectivamente. Somente em dezembro, o país teve área equivalente a território um pouco menor que o Líbano consumida pelo fogo. O período concentrou 3,6% de toda a área queimada no país, com 1,1 milhão de hectares.

Biomas

Somente na Amazônia, queimaram-se 17,9 milhões de hectares, o que corresponde a mais da metade, 58%, da área afetada no país. No bioma, cerca de 6,8 milhões de hectares atingidos eram de formação florestal, superando a queima de pastagens, que ficou em torno de 5,8 milhões de hectares. “A mudança no padrão de queimadas é alarmante, pois as áreas de floresta atingidas pelo fogo tornam-se mais suscetíveis a novos incêndios. Vale destacar que o fogo na Amazônia não é um fenômeno natural, nem faz parte de sua dinâmica ecológica, sendo um elemento introduzido por ações humanas”, destaca o pesquisador do MapBiomas Fogo Felipe Martenexen,

Em dezembro, o bioma Amazônia respondeu por 88% do que se queimou no país, sendo 37,5% de área florestal. Foram 964 mil hectares de Amazônia, das quais 361 mil hectares eram de floresta.

No Cerrado, queimaram-se 9,7 milhões de hectares, dos quais 85% de vegetação nativa, principalmente formações savânicas. Comparado a 2023, houve aumento de 91% da área queimada, sendo a maior atingida desde 2019. “Historicamente, o Cerrado é um bioma que evoluiu com a presença do fogo, mas o fogo de forma natural, que ocorreria, por exemplo, ocasionado por raios, durante a transição entre a estação seca e a chuvosa. O que se observa é que tem aumentado muito a área queimada, principalmente na época da seca, impulsionada principalmente, por atividades humanas e pelas mudanças climáticas”, afirma Vera Arruda, pesquisadora do Mapbiomas.

No ano passado, o Pantanal teve 1,9 milhão de hectares atingidos pelo fogo; a Mata Atlântica, 1 milhão hectares; o Pampa, 3,4 mil hectares; e a Caatinga, 330 mil hectares.

quarta-feira, 22 de janeiro de 2025

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Brasil terá segundo maior déficit nominal do mundo em 2025, diz relatório do BTG


Vladimir Chaves


O Brasil terá um dos maiores déficits nominais do mundo em 2024 e 2025, e estará em um patamar bem acima das demais economias emergentes. Isso é o que diz um  relatório divulgado pelo BTG Pactual sobre o cenário macroeconômico, comparando o País com outras 22 economias.

Ao final de 2023, o déficit nominal - ou seja, o resultado das receitas menos as despesas do governo - estava em 8,8% do PIB, já figurando como o segundo maior déficit nominal do mundo, atrás apenas da Bolívia. Para os anos de 2024 e 2025, a projeção do BTG é que o Brasil permaneça na mesma posição, com déficit nominal de 7,8% e de 8,6%, respectivamente.

Segundo a instituição financeira, em comparação com os pares latinos americanos, o País será o único a passar por um aumento no déficit nominal entre 2024 e 2025. Países como México, Chile, Colômbia e Peru deverão registrar déficits nominais abaixo de 4% do PIB no próximo ano.

Dívida pública em alto patamar

O BTG complementa que o Brasil cumpriu, em 2024, as regras fiscais. Ainda assim, a perspectiva para a dívida pública é de crescimento contínuo nos próximos anos. Ao final de 2026, o banco estima que a dívida pública bruta atinja 86% do PIB. A dívida líquida deve atingir 70,4%.

Com relação à dívida pública bruta, é o maior patamar em relação ao PIB desde 2020, quando marcou 86,9% do indicador. Já sobre a dívida pública líquida, esse é o maior patamar a que se chega em relação ao PIB desde 2003, que é até quando o BTG há registro.

O banco comenta ainda o pacote fiscal anunciado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no segundo semestre do ano passado. Para a análise do BTG, as medidas estão abaixo do esperado e não dissipam o risco de mudanças no arcabouço até 2026.

A instituição estima que o impacto seja menor do que o projetado pelo governo. Para o BTG, o impacto fiscal será de R$ 46 bilhões em dois anos e de R$242 bilhões até 2030; já o governo calcula R$71,9 bilhões e R$327 bilhões no mesmo período, respectivamente.

terça-feira, 21 de janeiro de 2025

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Meta mantém checagem de conteúdo fora dos EUA


Vladimir Chaves



A Meta decidiu manter a prática de checagem de conteúdo fora dos Estados Unidos, mesmo após a recente suspensão dessa atividade no país. Nicola Mendelsohn, responsável pelos negócios globais da empresa, informou que a Meta irá monitorar os efeitos dessa mudança nos EUA antes de tomar decisões sobre a implementação em outras regiões do mundo. O CEO da Meta, Mark Zuckerberg, explicou que a remoção dos verificadores de fatos nos Estados Unidos foi motivada por falhas no sistema, que levaram a casos de censura indevida. Essa decisão reflete uma tentativa de ajustar as práticas da empresa em resposta a críticas sobre a eficácia da checagem de informações.

Na Europa, a situação é diferente, pois a União Europeia impõe exigências rigorosas às plataformas digitais para que combatam a desinformação, sob a ameaça de multas significativas. Por isso, a Meta continuará a colaborar com verificadores de fatos em nível global, pelo menos por enquanto, enquanto observa as repercussões de suas decisões.

Mendelsohn ressaltou que a empresa está atenta ao desenvolvimento da situação ao longo do ano, indicando que mudanças podem ocorrer dependendo dos resultados observados. Além disso, Zuckerberg também se referiu à sua interação com Donald Trump, que elogiou a nova abordagem da Meta e criticou a administração Biden por supostamente promover a censura nas redes sociais.

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Projeto de Olimpio recria Frente de Políticas de Atenção às Pessoas com Doenças Raras e Autismo, em Campina


Vladimir Chaves


O vereador Olimpio Oliveira protocolou um projeto de resolução para assegurar o funcionamento durante a nova legislatura da Câmara Municipal de Campina Grande da Frente Parlamentar de Defesa de Políticas de Atenção às Pessoas com Doenças Raras e às Pessoas com Transtorno do Espectro Autista.

O grupo já funciona desde a legislatura passada, onde teve uma importante atuação em várias ações, sobretudo na luta pela derrubada do rol taxativo da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Com a mudança na configuração da Câmara, é necessária a aprovação de uma resolução restabelecendo formalmente a frente.

“Diante das constantes ameaças aos direitos fundamentais e sociais das pessoas com doenças raras e autismo, urge que os vereadores campinenses adotem ações mais efetivas na defesa desses cidadãos vulnerabilizados”, justificou Olimpio na sua propositura, ao destacar ainda que é preciso ir além dos discursos eloquentes. “São vidas que estão em jogo, ou seja, precisamos colocar o prestígio político da Câmara Municipal de Campina Grande a serviço de tão relevante causa”, afirmou.

O vereador explicou, ainda, que inicia o novo mandato mais uma vez plenamente comprometido com pautas essenciais, como a causa das pessoas com doenças raras e com transtorno do espectro autista. “Afinal, a luta por direitos é constante, progressiva, profundamente justa e necessária, e, por isso e para isso estou na missão de ser vereador”, destacou Olimpio.

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Trump assume hoje pela segunda-vez a presidência dos Estados Unidos


Vladimir Chaves



Em meio a expectativas gerais no mundo, o presidente eleito Donald Trump assume hoje (20) a presidência dos Estados Unidos pela segunda vez. A cerimônia deve começar às 8h (horário de Brasília), com apresentações musicais por volta das 11h30.

Por causa do tempo, um frio intenso que toma conta de Washington D.C., a cerimônia de posse precisou ser transferida para um local fechado e o desfile deve ser em uma arena esportiva. Trump pediu que seu discurso de posse seja feita na Rotunda do Capitólio dos Estados Unidos. No início da campanha eleitoral, o presidente eleito chegou a tomar um tiro de raspão numa tentativa de assassinato, disparado por um elemento em um comício na cidade de Butler, na Pensilvânia.

O discurso de posse de Trump pode oferecer uma prévia do tom que ele planeja adotar nos primeiros dias de seu segundo mandato. Nas últimas semanas, Trump falou sobre assumir o controle da Groenlândia e do Canal do Panamá e sobre transformar o Canadá em um estado americano.

No mundo os defensores da democracia e da liberdade de expressão depositam suas esperanças no novo governo Trump, que já sinalizou seu compromisso com a liberdade de expressão.

segunda-feira, 20 de janeiro de 2025

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Reforma tributária: Confira os itens da cesta básica que terão alíquotas zero.


Vladimir Chaves


Regulamentada na última quinta-feira (16) após 30 anos de discussões no Congresso, a reforma tributária sobre o consumo promoverá mudança no preço dos alimentos. Como determinado pela emenda constitucional de 2023, a lei complementar definiu os itens da cesta básica nacional que terão alíquota zero e os itens que terão alíquota reduzida em 60%. Por outro lado, bebidas prejudiciais à saúde serão sobretaxadas.

No caso da cesta básica nacional, a lei complementar inclui 22 produtos que não pagarão o futuro Imposto sobre Valor Agregado (IVA). A lista traz produtos essenciais para a alimentação dos brasileiros, com a inclusão de itens regionais, como o mate e o óleo de babaçu. Outros 14 alimentos terão alíquota reduzida em 60% em relação a alíquota-padrão.

Durante a tramitação no Congresso, esses pontos geraram polêmica, com o Senado retirando o óleo de milho da cesta básica e passando para a lista de alíquota reduzida. Em contrapartida, o Congresso acrescentou carnes, queijos, todos os tipos de farinha, aveia, sal e óleo de milho, aumentando a lista de produtos da cesta básica de 15 para 22 itens.

Na última votação, na Câmara dos Deputados, os parlamentares retiraram a água mineral da lista de produtos com alíquota reduzida. Alguns deputados tentaram incluir os biscoitos e bolachas na cesta básica nacional, com isenção, mas os itens continuaram a lista de alíquota mais baixa.

Se diversos alimentos tiveram imposto reduzido, as bebidas açucaradas e alcoólicas vão pagar mais. Esses produtos foram incluídos na lista do Imposto Seletivo, apelidado de Imposto do Pecado, que incidirá sobre bens que prejudicam a saúde ou o meio ambiente.

O Imposto Seletivo também será cobrado sobre bens minerais, jogos de azar, embarcações e aeronaves, produtos fumígenos (cigarros e relacionados) e veículos. Apesar de especialistas em saúde terem pedido - em audiências públicas - a inclusão de alimentos processados no imposto, o Congresso não acatou as reivindicações.

Preços finais

No caso do Imposto Seletivo, a sobretaxação resultará em aumento de preços. O contrário, no entanto, não está garantido. O impacto das isenções e das alíquotas reduzidas sobre os preços finais depende da cadeia produtiva dos alimentos. Isso porque o futuro Imposto sobre Valor Agregado (IVA), que substituirá sete tributos atuais que incidem sobre o consumo, não será cobrado em cascata.

A cada etapa da cadeia produtiva, o produtor poderá deduzir o IVA sobre os insumos. Em tese, alimentos com cadeia produtiva mais longa, como os industrializados, poderão se aproveitar de mais créditos (deduções) sobre a etapa anterior de produção. Na teoria, os alimentos in natura terão menos descontos, porque a cadeia produtiva é mais curta, o que justifica a alíquota reduzida para sucos naturais e hortaliças. Mesmo assim, os impactos definitivos só serão conhecidos à medida que a reforma tributária entrar em vigor, com um cronograma de transição de 2026 a 2033.

Lista de alimentos regulamentados pela reforma tributária

Cesta básica nacional, com alíquota zero

1.    Açúcar;

 

2.    Arroz;

 

3.    Aveias;

 

4.    Café;

 

5.    Carnes bovina, suína, ovina, caprina e de aves e produtos de origem animal (exceto foie gras)

 

6.    Cocos;

 

7.    Farinha de mandioca e tapioca;

 

8.    Farinha de trigo;

 

9.    Feijões;

 

10.   Fórmulas infantis;

 

11.   Grão de milho;

 

12.   Leite fluido pasteurizado ou industrializado, na forma de ultrapasteurizado; leite em pó, integral, semidesnatado ou desnatado; e fórmulas infantis definidas por previsão legal específica;

 

13.   Manteiga;

 

14.   Margarina;

 

15.   Massas alimentícias;

 

16.   Mate;

 

17.   Óleo de babaçu;

 

18.   Pão francês;

 

19.   Peixes e carnes de peixes (exceto salmonídeo, atum, bacalhau, hadoque, saithe e ovas e outros subprodutos);

 

20.   Queijos tipo muçarela, minas, prato, de coalho, ricota, requeijão, provolone, parmesão, fresco não maturado e do reino;

 

21.   Raízes e tubérculos;

 

22.   Sal.

 

Alimentos com redução de 60% em relação à alíquota padrão

1.    Amido de milho;

 

2.    Biscoitos e bolachas (recheados, cobertos ou amanteigados, sem cacau);

 

3.    Crustáceos (exceto lagostas e lagostim);

 

4.    Extrato de tomate;

 

5.    Farinha, grumos e sêmolas, de cerais; grãos esmagados ou em flocos, de cereais;

 

6.    Fruta de casca rija regional, amendoins e outras sementes;

 

7.    Leite fermentado, bebidas e compostos lácteos;

 

8.    Massas alimentícias recheadas (mesmo cozidas ou preparadas de outro modo) e massas instantâneas;

 

9.    Mel natural;

 

10.   Óleo de soja, de milho, canola e demais óleos vegetais;

 

11.   Pão de forma;

 

12.   Polpas de frutas sem açúcar, outros edulcorantes e conservantes;

 

13.   Produtos hortícolas;

 

14.   Sucos naturais de fruta ou de produtos hortícolas sem açúcar, edulcorantes e conservantes.

 

Imposto Seletivo

Alíquota extra sobre os seguintes produtos que prejudicam a saúde ou o meio-ambiente:

 

1.    Bebidas açucaradas;

 

2.    Bebidas alcoólicas;

sábado, 18 de janeiro de 2025

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Imbróglio do Pix e sanção da reforma tributária marcam a semana


Vladimir Chaves



Enquanto as atividades legislativas no Congresso Nacional continuam mornas com os parlamentares em recesso, a semana foi marcada pela sanção da reforma tributária, os tropeços do governo federal em relação ao Pix e a expectativa da posse de Donald Trump, que assume novamente a presidência dos Estados Unidos nesta segunda-feira, 20. Já a movimentação no Parlamento retorna com força total na primeira semana de fevereiro com as eleições nas duas casas.

A eleição para a presidência da Câmara dos Deputados e os demais cargos da Mesa Diretora está prevista para 1º de fevereiro. Os deputados Hugo Motta (Republicanos-PB) e Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ) são, até o momento, os dois candidatos oficiais à sucessão de Arthur Lira (PP/AL). Favorito ao pleito, Hugo Motta conta com o apoio do atual presidente da Casa, além de 17 partidos. O mandato é de dois anos, e para ser eleito, o candidato precisa obter maioria absoluta dos votos em primeira votação (257 votos) ou ser o mais votado em um eventual segundo turno.

No Senado Federal, a eleição também ocorrerá no mesmo dia. Até o momento, o senador Davi Alcolumbre (União/AP) é o único candidato oficial à sucessão de Rodrigo Pacheco (PSD/MG). Alcolumbre conta com o amplo apoio das bancadas e do atual presidente do Senado. A expectativa é que, dos 81 senadores, pelo menos 69 já tenham se comprometido a votar nele. O mínimo necessário para ser eleito é alcançar a maioria simples de 41 votos.

Na pauta econômica, considerada prioridade pelo governo federal, foi sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O Projeto de Lei Complementar 68/2024, que regulamenta a primeira etapa da Reforma Tributária sobre o consumo, estabelece as regras de incidência do Imposto Sobre Valor Agregado (IVA).

Pix

Após uma série de dúvidas levantadas pelos brasileiros sobre a possível tributação do Pix, alimentada por uma comunicação confusa do governo federal, o Executivo decidiu recuar na ampliação da fiscalização de transações financeiras. A norma da Receita Federal que previa esse monitoramento foi revogada. Além disso, foi publicada uma medida provisória reforçando a gratuidade do Pix e garantindo o sigilo bancário em relação à ferramenta.

Posse de Trump

A posse do presidente Donald Trump, nos Estados Unidos, marcada para a próxima segunda-feira, 20, movimentou o cenário político brasileiro nesta semana. O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou o pedido de devolução do passaporte de Jair Bolsonaro, que desejava viajar ao país para participar do evento, e uma comitiva brasileira da oposição deve comparecer à cerimônia de posse de Trump.

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Sem credibilidade, governo não pode reclamar da repercussão negativa da ‘Taxa do PIX’


Vladimir Chaves


Quando o governo é ruim, tudo gera desconfiança. Lula e Haddad inventaram mais um problema para os brasileiros com a mudança das regras das operações via PIX. Segundo o governo e a Receita, o monitoramento não implicará em novos impostos, mas essa conversa já é bem conhecida do cidadão. Tudo começa com um “nada vai mudar” e logo, logo, estaremos pagando mais impostos a um Estado que arrecada cada vez mais e entrega cada vez menos.

O Ministro da Fazenda não foi apelidado de “Taxadd” à toa. Neste Lula III, já tivemos aumento das alíquotas de PIS/COFINS, retomada da Cide sobre a gasolina e o etanol, criação de imposto sobre importações de compras online, aumento do IPI sobre armas de fogo e munições, tributação de rendimentos no exterior e fundos exclusivos e aprovação de uma reforma tributária que nos “presenteia” com a maior alíquota do mundo em Imposto sobre o Valor Agregado. Tudo isso, vale lembrar, acompanhado de um crescente cerco dos órgãos de fiscalização sobre as movimentações financeiras dos brasileiros.

O governo, como se sabe, está perdido desde o primeiro dia. Nunca teve qualquer projeto para o país. Restou-lhe, então, apelar aos sofridos ganhos dos cidadãos. Mesmo com o desmesurado ataque ao bolso dos brasileiros, Lula e Haddad empilham déficits e geram uma desconfiança generalizada na capacidade do Brasil em pagar suas contas. Como nem tudo o que desejam ver aprovado é aceito pelo Congresso Nacional, eles precisam contar com meios alternativos de ampliar a arrecadação. Aí entra a dobradinha com o Fisco para monitorar em detalhe todas as operações de PIX acima de 5 mil reais mensais para pessoa física e 15 mil reais mensais para pessoa jurídica.

O governo logo correu para dizer que “nada muda”. Ora, se nada muda, qual o motivo da implementação da nova norma? Querem obrigar a população a acreditar que a Receita Federal, órgão especializado em arrecadar impostos, vai monitorar as transações acima de 5 mil reais sem qualquer intenção tributária.  É um desafio à inteligência de quem paga imposto. Um governo mal-intencionado jamais toma uma medida de tal relevância sem pensar nos reflexos.

A verdade é que, mesmo com recordes de arrecadação, o governo petista enfrenta uma grave crise fiscal. O déficit primário de 2024 foi estimado em 52 bilhões de reais. Isso com a receita crescendo 9% acima da inflação — um nível muito superior ao da economia e que não deve se repetir nos próximos anos. Precisando de dinheiro, a Fazenda mira nos quase 40 milhões de trabalhadores informais – ambulantes, diaristas, pedreiros, motoboys – que hoje não têm sua renda tributada por operar ao largo dos canais oficiais da CLT e das microempresas.

Sob o jugo do PT, qualquer sucesso, mesmo o mais modesto, precisa ser tributado. 

Para eles, a medida é boa, já que implicará mais dinheiro à disposição. Para o cidadão, mais dificuldade para cumprir a interminável lista de regras tributárias do país. E mais impostos.

 

Editorial do Partido Novo

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Caso Padre Zé: Ministério Público denuncia secretários do Estado e mais 14 pessoas.


Vladimir Chaves


O Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (GAECO), do Ministério Público estadual, apresentou à Justiça mais uma denúncia do caso Padre Zé – que apura desvios que podem  chegar a R$ 140 milhões no Hospital Padre Zé e outras instituições ligadas à unidade na gestão anterior.

Desta vez foram denunciados os secretários Pollyanna Werton e Tibério Limeira, sob acusação de participação num esquema de propinas em contratos vinculados ao Programa “Prato Cheio”.

Conforme a denúncia, o esquema envolvia a cobrança de propinas de empresas fornecedoras de alimentos e outros serviços, com valores repassados diretamente aos gestores. Segundo a denuncia Pollyanna Werton, atual secretária de Desenvolvimento Humano da Paraíba, teria recebido R$ 70 mil em propinas, enquanto Tibério Limeira, que comandou a pasta entre 2021 e 2023, teria recebido R$ 50 mil, conforme registros de mensagens, anotações financeiras e depoimentos.

Outras 14 pessoas, incluindo o padre Egídio de Carvalho Neto, que liderava as instituições investigadas, foram denunciadas por crimes como lavagem de dinheiro, estelionato e desvio de recursos públicos.

De acordo com o MPPB, o esquema foi responsável por concentrar os contratos do programa Prato Cheio – que distribui refeições para moradores de rua – em empresas ligadas a Kildenn Tadeu Morais de Lucena, movimentando mais de R$ 18,4 milhões em recursos públicos.

sexta-feira, 17 de janeiro de 2025

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Recorde: Vídeo do deputado Nikolas Ferreira chega a 300 milhões de visualizações


Vladimir Chaves



O vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) sobre a fiscalização do Pix atingiu a marca de 300 milhões de visualizações no Instagram às 14h horas nesta 5ª feira (16.jan.2025).

Na gravação que foi publicada na última 3ª feira (14.jan), o jovem deputado esclarece as intenções do governo de tentar monitorar trabalhadores informais como se fossem "grandes sonegadores”.

O número de visualizações do vídeo é maior que a população brasileira, que possui 212,6 milhões de habitantes, de acordo com o último Censo demográfico.

"O vilão do Brasil é quem ganha R$ 5.000 e não declara para poder sobreviver. Vocês querem mesmo que o brasileiro engula isso?", disse.

O deputado argumenta que a medida faria com que os brasileiros deixassem de usar Pix, cartões de crédito e de debito para desviar da fiscalização da Receita Federal.

De acordo com o Fisco, o monitoramento de transações financeiras acima de R$ 5.000 para pessoas físicas e R$ 15.000 para jurídicas seria para evitar a sonegação de impostos. A mudança não incidira em um novo imposto sobre as movimentações.

Recuo do governo Lula

Na 4ª feira (15.jan) Lula voltou atrás e decidiu derrubar a instrução normativa que aumentava a fiscalização sobre transferências acima de R$ 5.000 do Pix de pessoas físicas, conforme anunciado pelo secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas.

Nikolas comemorou a decisão, associando a medida à repercussão da sua publicação. O deputado disse que "o Brasil, por enquanto, parou o Lula”.

"Passando para avisar que você, trabalhador brasileiro, pode voltar a usar o Pix sem a lupa do governo. O PT tentou monitorar o seu dinheiro, principalmente do mais pobre, mas o povo se uniu na rede social e derrubamos a decisão. Apenas com fundo preto e nenhum dinheiro público, lutamos contra todos os ataques de uma imprensa comprada e um governo que gasta milhões do seu dinheiro com marketing”, declarou.

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Governo sanciona regulamentação da reforma tributária


Vladimir Chaves


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou, na tarde desta quinta-feira, 16, a primeira etapa da regulamentação da reforma tributária sobre o consumo. O ato, realizado de forma reservada no Palácio do Planalto, contou com a presença de ministros e parlamentares. Por recomendação da equipe econômica, Lula vetou trechos pontuais do Projeto de Lei Complementar 68/2024, com o objetivo de “evitar interpretações dúbias e insegurança jurídica”. O mérito da proposta permaneceu inalterado.

A proposta, aprovada pelo Congresso Nacional em três votações distintas — duas na Câmara dos Deputados e uma no Senado Federal —, estabelece as regras para a implementação dos três novos impostos: o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), de competência compartilhada entre estados e municípios; a Contribuição Social sobre Bens e Serviços (CBS), de competência federal; e o Imposto Seletivo (IS). Esses tributos substituirão os atuais ICMS, ISS, IPI, PIS e Cofins. Juntos, formarão o Imposto sobre Valor Agregado (IVA), eixo central do novo regime tributário a ser implementado no país.

Ao longo do último ano, os parlamentares trabalharam intensamente no projeto, que regulamenta medidas como cashback (devolução de tributos para pessoas de baixa renda), regimes diferenciados para a cobrança do Imposto Seletivo e a inclusão da cesta básica.

O tema era uma das prioridades do governo na área econômica, assim como dos presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP/AL), e do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD/MG). Ambos desejavam consolidar a aprovação do projeto como uma das marcas de suas gestões, que chegam ao fim em fevereiro, com as novas eleições nas duas Casas.

Apesar de regulamentados, os novos tributos só começarão a ser cobrados em 2026, quando terá início o período de testes no país. De acordo com o calendário da reforma tributária (Emenda Constitucional 132 de 2023), o novo sistema de cobrança será plenamente instituído em 2033.

 Transição

A partir de 2026, durante o período de testes, as empresas serão obrigadas a destacar na nota fiscal os valores correspondentes a 0,9% de CBS e 0,1% de IBS sobre os produtos vendidos. Esses valores não serão cobrados, apenas informados, permitindo à administração pública avaliar a viabilidade do novo modelo e realizar as adaptações necessárias.

Em 2027, a CBS começará a ser cobrada integralmente, enquanto o IBS terá uma alíquota de 0,1%. Nesse mesmo ano, o Imposto Seletivo entrará em vigor, e serão extintos o PIS, Cofins, IOF/Seguros e a isenção de IPI, exceto para produtos industrializados na Zona Franca de Manaus.

Pix

Após o recuo do Executivo sobre o monitoramento de transações financeiras, o governo publicou a Medida Provisória (MP) 1.288/2025, que reforça a gratuidade do Pix e assegura o sigilo bancário em torno da ferramenta. A nova norma foi divulgada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU).

A MP equipara pagamentos realizados via Pix à vista aos efetuados em dinheiro, deixando claro que “não incide tributo, seja imposto, taxa ou contribuição, no uso do Pix”. Além disso, implementa medidas para ampliar e garantir a efetividade do sigilo bancário.

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