Vivemos tempos onde a fé tem
sido moldada mais pela cultura das redes sociais do que pela verdade das
Escrituras. A geração atual, muitas vezes, tem abraçado um Cristo seletivo —
aquele que conforta, que cura, que prospera, que abraça — mas rejeita o Cristo
que confronta, que exorta, que corrige e que chama ao arrependimento.
É fácil amar o Jesus que
perdoa a mulher adúltera, mas ignorar o Jesus que disse: “Vá e abandone sua
vida de pecado" (João 8:11). O Cristo da Bíblia não é um amigo tolerante, é
um Senhor que exige mudança, renúncia e santidade. O problema é que muitos
querem um Salvador, mas não querem um Senhor. Querem bênçãos do Reino, mas não aceitam
viver sob o governo do Rei.
Essa geração que publica
versículos com filtros bonitos nas redes sociais muitas vezes vive como escrava
de prazeres que agradam ao diabo. Se embriagam, se perdem em músicas que
glorificam a promiscuidade, o adultério, a violência e as drogas. São
“seguidores de Jesus” nos stories, mas negam a cruz no cotidiano.
O apóstolo Paulo alertava
sobre essa realidade espiritual e moral dos dias atuais:
"Saiba disto: nos
últimos dias sobrevirão tempos terríveis. Os homens serão egoístas, avarentos, presunçosos,
arrogantes, blasfemos, desobedientes aos pais, ingratos, ímpios, sem amor pela
família, irreconciliáveis, caluniadores, sem domínio próprio, cruéis, inimigos
do bem, traidores, precipitados, soberbos, mais amantes dos prazeres do que
amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando o seu poder. Afasta-te
também destes." (2 Timóteo 3:1-5)
Essa é uma geração que
detesta ser confrontada. Basta um sermão mais firme sobre santidade, sobre
pecado, sobre inferno ou arrependimento, e já surgem acusações de “julgamento”
ou “religiosidade”. Mas o evangelho verdadeiro não passa pano para o pecado —
ele o denúncia. Deus nos ama como somos, mas nos ama tanto que não nos deixa
permanecer como estamos.
O que falta a essa geração é
temor de Deus. Não o medo servil, mas o temor reverente, que reconhece a
santidade de Deus, que leva ao arrependimento sincero, à renúncia de si mesmo,
à busca por uma vida limpa e separada para Deus.
Enquanto o coração não for
quebrantado, enquanto a cruz for apenas um acessório e não um estilo de vida, o
evangelho continuará sendo apenas um “tema bonito” para ser postado, e não uma
verdade que salva, liberta e transforma.
Cristo não veio para ser
moldado à imagem das preferências humanas. Ele é o mesmo ontem, hoje e sempre
(Hebreus 13:8). Ele conforta os cansados, sim, mas também confronta os
pecadores. Ele cura os feridos, mas também fere com a verdade que salva. A
geração que rejeita o confronto rejeita a correção que leva à salvação. E sem
arrependimento, não há reconciliação com Deus.
Assim diz o Senhor:
"Arrependam-se, pois, e
voltem-se para Deus, para que os seus pecados sejam cancelados” (Atos 3:19)
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