Bolsonaro diz que se eleito indicará ministro ao STF que sejam contra o aborto


Vladimir Chaves



O candidato à reeleição pelo PL Jair Bolsonaro disse hoje (23) que, se reeleito, vai escolher ministros para o Supremo Tribunal Federal (STF) que sejam contrários à legalização do aborto. “Não vamos discutir aborto no Brasil. E não se esqueçam que, quem se eleger presidente esse ano, indica dois ministros para ocupar o Supremo Tribunal Federal ano quem vem. Em sendo reeleito, esses dois que vão para lá jamais serão favoráveis ao aborto também”, disse, em comício em Divinópolis (MG).

Em 2023, duas vagas serão abertas no STF com a aposentadoria dos ministros Ricardo Lewandowski e Rosa Weber. É prerrogativa do Presidente da República indicar os novos nomes. Durante o seu governo, Bolsonaro nomeou dois ministros, Kassio Nunes Marques e André Mendonça.

Há, no STF, uma ação que pede a descriminalização do aborto. Ela está parada sob relatoria da ministra Rosa Weber, atual presidente da Corte. No Brasil, o aborto é permitido em três situações: em caso de estupro, quando há risco de vida para a mãe e se o feto tem anencefalia.

sexta-feira, 23 de setembro de 2022

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TJDFT manda tirar do ar fake News do Uol contra a família Bolsonaro.


Vladimir Chaves



O desembargador Demetrius Gomes Cavalcanti, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios, determinou a retirada das Fake News publicadas pelo portal Uol sobre as transações imobiliárias da família Bolsonaro ao longo dos anos. Em decisão limiar, o magistrado acolheu as alegações da defesa dos advogados do senador Flávio Bolsonaro (PL).

O enredo criminoso produzido pelo UOL teve como objetivo atingir a imagem e a honra do candidato à reeleição Jair Bolsonaro e de seus filhos.

“Foi aceita minha queixa-crime para que eles respondam pelos crimes que cometeram contra mim e minha família!” desabafou o senador Flávio Bolsonaro.

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Brasmarket: Bolsonaro amplia vantagem sobre Lula e chega a 15 pontos de diferença


Vladimir Chaves


Uma nova pesquisa da Brasmarket, divulgada nesta sexta-feira (23), mostra uma vitória no primeiro turno do presidente Jair Bolsonaro (PL).

No levantamento espontâneo, Bolsonaro lidera com 43%, enquanto Lula aparece com 28,8%. Na soma dos votos válidos, contando com os demais candidatos, o executivo federal ainda é a maioria e consegue se eleger já no próximo dia 2 de outubro.

Veja os números:

A pesquisa foi feita entre os dias 18 e 20 de setembro, com a confiabilidade de 95%. O método de coleta das informações foi o contato telefônico. Foram feitas 2.400 entrevistas em 504 cidades do Brasil. A margem de erro é de 2%.

A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número: BR-00580/2022.

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Preço do gás “descendo a ladeira”, Petrobras anuncia nova queda no preço do gás de cozinha.


Vladimir Chaves



A Petrobras anunciou nesta quinta-feira (22) a redução, em 6%, do preço do gás de cozinha vendido em botijão. É a segunda queda no preço do gás este mês.

Com a redução, o preço médio cobrado das distribuidoras pela estatal passa de R$ 4,0265 por quilo para R$ 3,7842/kg a partir de sexta-feira (23) – equivalente a R$ 49,19 por 13 quilos.

"Essa redução acompanha a evolução dos preços de referência e é coerente com a prática de preços da Petrobras, que busca o equilíbrio dos seus preços com o mercado, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações e da taxa de câmbio", diz a estatal em nota.

Histórico de preço

O preço do GLP havia sido alterado pela última vez no dia 13 de setembro, quando o quilo caiu de R$ 4,23 para R$ 4,03, equivalente a R$ 52,34 por 13 kg. Em abril, já havia sido reduzido de R$ 4,48 para R$ 4,23 por kg.

quinta-feira, 22 de setembro de 2022

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Artur Lira critica manipulações de resultados por institutos de pesquisas.


Vladimir Chaves



O presidente da Câmara dos Deputados, Artur Lira (PP), tem contestado as absurdas divergências de resultados das pesquisas eleitorais. Segundo o deputado a manipulação de resultados promovidos por diversos institutos de pesquisas ferem a democracia e induz eleitores ao erro.

“Nada justifica resultados tão divergentes dos institutos de pesquisas. Alguém está errando ou prestando um desserviço. Urge estabelecer medidas legais que punam os institutos que erram demasiado ou intencionalmente para prejudicar qualquer candidatura, não podemos permitir que haja manipulações de resultados em pesquisas eleitorais. Isso fere a democracia.” Disse Lira.

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TRF-3 nega pedido de Lula e mantém bloqueio de bens para pagamento de dívidas com a União


Vladimir Chaves



O Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3), negou um recurso do ex-presidente Lula (PT) para anular uma cobrança de créditos tributários contra o petista. Líder da extrema esquerda solicitou o cancelamento do pagamento sob o argumento de que cobrança se baseou em material da Lava Jato anulado pelo Supremo Tribunal Federal. 

Ação questiona a obrigação de pagamento de impostos, apurados por um processo administrativo da Fazenda Nacional. Na decisão. Em uma decisão no início do mês, a 4ª Turma do Tribunal decidiu, por unanimidade, manter o teor de uma decisão anterior. O colegiado considerou que o processo em tramitação não era a forma adequada de se questionar a cobrança tributária.

“Desconstituir os fundamentos da decisão embargada implicaria, in casu, em inevitável reexame da matéria, incompatível com a natureza dos embargos declaratórios”, diz um trecho da decisão publicada pelo site Poder 360.

A dívida de Lula, do Instituto e da empresa de eventos seria de R$ 15 milhões. Já Okamotto, ex- presidente do Instituto Lula, teria débito de R$ 14 milhões. Os envolvidos alegam que a medida é uma forma de dificultar a possibilidade de defesa do ex-presidente, que não teria posse dos valores bloqueados.

No começo de maio, a turma decidiu liberar parte dos bens do petista bloqueados por uma decisão da 1ª Instância em um processo cautelar de bloqueio de bens movido pela Fazenda. O TRF-3 entendeu que os valores bloqueados eram de aposentadoria de Lula, e liberou o valor até um limite de 40 salários mínimos (R$ 48.480,00).

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Bruno visita sede da Alpargatas em São Paulo e celebra novos investimentos em Campina Grande


Vladimir Chaves


O prefeito de Campina Grande, Bruno Cunha Lima, esteve na manhã desta quarta-feira, 21, concluindo agenda de trabalho em São Paulo (SP), numa visita à sede da Alpargatas. Lá foi recebido pelo CEO Beto Funari e diretoria da empresa.

Segundo o prefeito, desde que chegou ao Conselho de Administração, Beto Funari passou a liderar um processo estratégico de crescimento e, mais que isso, promoveu o fortalecimento dos propósitos da Alpargatas - uma das empresas brasileiras mais conhecidas no mundo, e que tem em Campina Grande o maior parque fabril da companhia.

Na Alpargatas Campina Grande são praticamente nove mil funcionários, além dos outros milhares que trabalham em atividades subsidiárias.

Fruto desse plano estratégico para consolidar as marcas do grupo no Brasil e no mundo, a Alpargatas está liderando um processo de investimentos bilionários. Dentro de poucos dias, o próprio Beto estará em Campina, inaugurando a primeira etapa do maior centro logístico e de distribuição de calçados da América Latina, de onde será executada toda a operação de atendimento de e-commerce da empresa para o Nordeste, o Norte e outras regiões.

Além disso, segundo revelou o prefeito - que cumpre agenda em São Paulo acompanhado pelos secretários Asfora Neto (Educação) e Joab Machado (Obras), além do superintendente Dunga Júnior (STTP) - até 2025 será ampliada e modernizada a fábrica de Campina Grande, gerando mais postos de trabalho e mais riqueza na cidade. Desde janeiro de 2021, o Município é o que mais gera empregos no interior do Nordeste.

Diante disso, conforme destacou na rede social Instagram, o prefeito Bruno Cunha Lima renovou a política de parcerias com a Alpargatas. “Nossa relação não é só institucional. Aqui tem parceria”, destacou em tom de comemoração o prefeito campinense.

quarta-feira, 21 de setembro de 2022

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Anatel determina repasse do ICMS ao consumidor, devolução deve ser feita em até 15 dias


Vladimir Chaves


A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) determinou às prestadoras de serviços de telecomunicações o repasse imediato aos consumidores da redução das alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). A medida visa o cumprimento da Lei Complementar nº 194, de 23 de junho de 2022, que estabeleceu um teto para o ICMS que incide sobre combustíveis, energia elétrica, comunicações e transportes coletivos.

A legislação não permite às unidades federativas cobrar taxas com percentual acima da alíquota estabelecida nas operações de caráter geral, que varia entre 17% e 18%. De acordo com Anatel, a determinação não se aplica às prestadoras de serviços de telecomunicações abrangidas por regime tributário que não implica na redução de alíquota de ICMS, como o Simples.

As medidas para o repasse da redução ao consumidor deverão ser adotadas no prazo de até 15 dias, a partir da publicação da decisão no Diário Oficial da União, com efeitos retroativos à data da publicação da lei complementar.

A Anatel estabeleceu multa de até R$ 50 milhões em caso de descumprimento da determinação.

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Rússia convoca 300 mil reservistas para guerra contra a Ucrânia.


Vladimir Chaves



Na madrugada desta quarta-feira (21) o líder russo Vladimir Putin ordenou a primeira mobilização da Rússia e alertou que Moscou se defenderá com todo o seu arsenal se enfrentar uma ameaça nuclear do Ocidente.

A advertência do líder da Rússia marca a maior escalada da guerra desde a invasão da Ucrânia por Moscou em 24 de fevereiro. Putin anunciou, em discurso televisionado à nação, a convocação de 300.000 reservistas extras para guerra.

“Se a integridade territorial de nosso país estiver ameaçada, sem dúvida usaremos todos os meios disponíveis para proteger a Rússia e o nosso povo, isso não é blefe”. Disse o líder da Rússia.

Em seu discurso, Putin também acusou o Ocidente de “chantagem nuclear”, dizendo que altos funcionários da Otam sobre uso potencial de armas nucleares contra a Rússia.

Putin disse também que o Ocidente está planejando destruir a Rússia: “Em sua politica agressiva anti-russa, o Ocidente cruzou todas as linhas”.

O líder da Rússia também disse que assinou um decreto de mobilização parcial da reserva militar russa, qualquer um que tenha servido como soldado na Rússia, em oposição a recrutados, começa imediatamente.

O ministro da defesa da Rússia disse esperar que 300.000 pessoas sejam convocadas das vastas reservas do país de cerca de 25 milhões de pessoas.

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Confira a íntegra do discurso do Presidente Jair Bolsonaro na Assembleia-Geral da ONU


Vladimir Chaves



O presidente Jair Bolsonaro (PL) discursou nesta quarta-feira (20) na 77ª reunião da Assembleia-Geral das Nações Unidas (ONU), em Nova York, nos Estados Unidos.

Em sua fala, Bolsonaro comentou sobre a recuperação da economia brasileira e o combate à corrupção sistêmica de governos passados e da solidariedade do Brasil aos povos vítimas de ditaduras

Veja a íntegra:

Senhor Chába Corózi, Presidente da Septuagésima Sétima Assembleia-Geral das Nações Unidas, Senhor António Guterres, Secretário-Geral das Nações Unidas, Senhoras e Senhores chefes de Estado, de governo e de delegações, Senhoras e Senhores, começo por cumprimentá-lo, Embaixador Chába Corózi, pela eleição para presidir esta Assembleia Geral. Esteja certo de contar com o apoio do Brasil.

O tema escolhido para este Debate Geral gira em torno de um conceito que se aplica perfeitamente ao momento que vivemos: um divisor de águas.

Senhor Presidente, Nossa responsabilidade coletiva, nesta Assembleia Geral, é compreender o alcance dos desafios que compõem esse divisor de águas. E, a partir daí, construir respostas que tirem sua força dos objetivos que são comuns a todos nós.

A tarefa não é simples. Mas, a rigor, não temos alternativa.

Esse esforço tem de começar no interior de cada um dos nossos países. Antes de tudo, é aquilo que realizamos no plano interno que dá a medida da autoridade com que agimos no plano internacional.

Deixe-me falar da perspectiva do meu País.

Quando o Brasil se manifesta sobre a agenda da saúde pública, fazemos isso com a autoridade de um governo que, durante a pandemia da Covid-19, não poupou esforços para salvar vidas e preservar empregos.

Como tantos outros países, concentramos nossa atenção, desde a primeira hora, em garantir um auxílio financeiro emergencial aos mais necessitados.

O nosso objetivo foi proteger a renda das famílias para que elas conseguissem enfrentar as dificuldades econômicas decorrentes da pandemia. Beneficiamos mais de 68 milhões de pessoas, o equivalente a 1/3 da nossa população.

Em paralelo, lançamos um amplo programa de imunização, inclusive com produção doméstica de vacinas. Somos uma nação com 210 milhões de habitantes e já temos mais de 80% da população vacinada contra a Covid-19.

Todos foram vacinados de forma voluntária, respeitando a liberdade individual de cada um.

Da mesma forma, no terreno da economia, o Brasil traz a autoridade de um país que, em nome de um crescimento sustentável e inclusivo, vem implementando reformas para a atração de investimentos e melhoria das condições de vida de sua população.

No meu governo, extirpamos a corrupção sistêmica que existia no país. Somente entre o período de 2003 e 2015, onde a esquerda presidiu o Brasil, o endividamento da Petrobras por má gestão, loteamento político em e desvios chegou a casa dos US$ 170 bilhões de dólares.

O responsável por isso foi condenado em três instâncias por unanimidade. Delatores devolveram US$ 1 bilhão de dólares e pagamos para a bolsa americana outro bilhão por perdas de seus acionistas.

Esse é o Brasil do passado.

Aprimoramos os serviços públicos com redução de custos e investimento em ciência e tecnologia. Hoje, por exemplo, o Brasil é o 7º país mais digitalizado do mundo: são 135 milhões de pessoas que acessam 4.900 serviços do meu governo. O Brasil foi pioneiro na implantação do 5G na América Latina.

Levamos adiante uma abrangente pauta de privatizações e concessões, com ênfase na infraestrutura.

Concluímos o projeto de transposição do Rio São Francisco, levando água para o Nordeste brasileiro. Adotamos novos marcos regulatórios, como o do saneamento básico, o das ferrovias e o do gás natural. Além disso, melhoramos o ambiente de negócios, com a lei de liberdade econômica e a lei de start-ups.

Como resultado, criamos oportunidades para o jovem empreender e ter empregos de qualidade.

Coroando todo esse esforço de modernização da economia brasileira, estamos avançando, a passos largos, para o ingresso do Brasil como membro pleno da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, a OCDE.

Apesar da crise mundial, o Brasil chega ao final de 2022 com uma economia em plena recuperação. Temos emprego em alta e inflação em baixa. A economia voltou a crescer. A pobreza aumentou em todo o mundo sob o impacto da pandemia. No Brasil, ela já começou a cair de forma acentuada.

Os números falam por si só. A estimativa é de que, no final de 2022, 4% das famílias brasileiras estejam vivendo abaixo da linha da pobreza extrema. Em 2019, eram 5,1%. Isso representa uma queda de mais de 20%.

O Auxílio Brasil, programa de renda mínima criado pelo meu governo, durante a pandemia, que atende 20 milhões de famílias, faz pagamentos de quase US$ 4 por dia as mesmas.

O desemprego caiu 5 pontos percentuais, chegando a 9,1%, taxa que não se via há 7 anos. Reduzimos a inflação, com estimativa de 6% no corrente ano. Tenho a satisfação de anunciar que tivemos deflação inédita no Brasil nos meses de julho e agosto.

Desde junho, o preço da gasolina caiu mais de 30%. Hoje, um litro no Brasil custa cerca de US$ 0,90. O preço da energia elétrica também teve uma queda de mais de 15%. Quero ressaltar que o custo da energia não caiu por causa de tabelamento de preços ou qualquer outro tipo de intervenção estatal. Foi resultado de uma política de racionalização de impostos formulada e implementada com o apoio do Congresso Nacional.

Em 2021, o Brasil foi o 4º maior destino de investimento estrangeiro direto do mundo. Nosso comércio exterior alcançou a marca histórica de 39% do PIB, mesmo diminuindo ou zerando impostos de milhares de produtos.

No plano interno, também estamos batendo recordes em três áreas: arrecadação fiscal, lucros das empresas estatais e relação entre dívida pública e PIB. Aliás, em 2021 tivemos superávit no resultado consolidado de contas públicas. O PIB brasileiro aumentou 1,2% no segundo trimestre. A projeção de crescimento para 2022 chega a 3%.

Temos a tranquilidade de quem está no bom caminho. O caminho de uma prosperidade compartilhada. Compartilhada entre os brasileiros e, mais além, compartilhada com nossos vizinhos e outros parceiros mundo afora.

É isso que vemos, por exemplo, na produção de alimentos. Há quatro décadas, o Brasil importava alimentos. Hoje, somos um dos maiores exportadores mundiais.

Isso só foi possível graças a pesados investimentos em ciência e inovação, com vistas à produtividade e à sustentabilidade. Faço aqui um tributo à pessoa de Alysson Paulinelli, candidato brasileiro ao Prêmio Nobel da Paz, por seu papel na expansão da fronteira agrícola brasileira com o uso de novas tecnologias.

Este ano, o País já começou a colheita da maior safra de grãos da nossa história. Estima-se pelo menos 270 milhões de toneladas. O Brasil também, em poucos anos, passará de importador a exportador de trigo.

Para o período 2022/2023, a previsão é que a produção total ultrapasse os 300 milhões de toneladas. Como afirmou a Diretora-Geral da Organização Mundial do Comércio, em recente visita que nos fez, se não fosse o agronegócio brasileiro, o planeta passaria fome, pois alimentamos mais de 1 bilhão de pessoas ao redor do mundo.

O nosso agronegócio é orgulho nacional.

Senhor Presidente, quero lembrar que, também na área do desenvolvimento sustentável, o patrimônio de realizações do Brasil é fonte de credibilidade para a ação internacional do nosso País. Em matéria de meio ambiente e desenvolvimento sustentável, o Brasil é parte da solução e referência para o mundo.

Dois terços de todo o território brasileiro permanecem com vegetação nativa, que se encontra exatamente como estava quando o Brasil foi descoberto, em 1500. Na Amazônia brasileira, área equivalente à Europa Ocidental, mais de 80% da floresta continua intocada, ao contrário do que é divulgado pela grande mídia nacional e internacional.

É fundamental que, ao cuidarmos do meio ambiente, não esqueçamos das pessoas: a região amazônica abriga mais de 20 milhões de habitantes, entre eles indígenas e ribeirinhos, cuja subsistência depende de algum aproveitamento econômico da floresta.  Levamos internet a mais de 11 mil escolas rurais e a mais de 500 comunidades indígenas.

O Brasil começou sua transição energética há quase meio século, em reação às crises do petróleo daquela época. Hoje, temos uma indústria de biocombustíveis moderna e sustentável. Indústria que contribui para a matriz energética mais limpa entre os países do G20.

Cerca de 84% da nossa matriz elétrica atualmente é renovável, e esse é o objetivo que muitos países desenvolvidos esperam alcançar somente depois de 2040 ou 2050.

No ano passado, o Brasil foi escolhido pelas Nações Unidas como país “campeão da transição energética”. Temos capacidade para ser um grande exportador mundial de energia limpa. Contamos com um excedente, já em construção, que pode chegar a mais de 100 Gigawatts entre biomassa, eólica terrestre e solar, além da oportunidade, ainda não explorada, de eólicas marítimas de 700 Gigawatts, com um dos menores custos de produção do mundo. Essas fontes produzirão hidrogênio verde para exportação.

Parte desta energia 100% limpa abre a possibilidade de sermos fornecedores de produtos industriais altamente competitivos, especialmente no Nordeste brasileiro, com uma das menores pegadas de carbono do mundo.

A agenda do desenvolvimento sustentável é afetada, de várias maneiras, pelas ameaças à paz e à segurança internacional. Erguemos as Nações Unidas em meio aos escombros da Segunda Guerra Mundial. O que nos motivava, naquele momento, era a determinação de evitar que se repetisse o ciclo de destruição que marcou a primeira metade do século XX. Até certo ponto, podemos dizer que fomos bem-sucedidos.

Mas, hoje, o conflito na Ucrânia serve de alerta. Uma reforma da ONU é essencial para encontrarmos a paz mundial. No caso específico do Conselho de Segurança, após 25 anos de debates, está claro que precisamos buscar soluções inovadoras. O Brasil fala desse assunto com base em uma experiência que remonta aos primórdios da ONU.

É pela décima-primeira vez que ocupamos assento não permanente no Conselho. Temos buscado dar o melhor de nós para a solução pacífica e negociada dos conflitos internacionais, sempre guiados pela Carta da ONU e pelo Direito Internacional.

O Brasil também tem um longo histórico de participação em missões de paz da ONU. De Suez a Angola, do Haiti ao Líbano, sempre estivemos ao lado da manutenção da paz.

Também contribuímos para a paz ao abrirmos nossas fronteiras para aqueles que buscam uma chance de reconstruir suas vidas em nosso país. Desde 2018, mais de seis milhões de irmãos venezuelanos foram obrigados a deixar seu país. Muitos deles vieram para o Brasil.

Nossa resposta a esse desafio foi a “Operação Acolhida”, que se tornou referência internacional. Já são mais de 350 mil venezuelanos que encontraram, em território brasileiro, assistência emergencial, proteção, documentação e a possibilidade de um recomeço. Todos têm acesso ao mercado de trabalho, a serviços públicos e a benefícios sociais.

Nos últimos meses, chegam por dia ao Brasil, a pé, cerca de 600 venezuelanos, a grande maioria dos quais mulheres e crianças pesando em média 15 quilos a menos do que antes, fugindo da violência e da fome.

A política brasileira de acolhimento humanitário vai além da Venezuela. Temos também recebido haitianos, sírios, afegãos e ucranianos.

Senhor Presidente, o conflito na Ucrânia já se estende por sete meses e gera apreensão não apenas na Europa, mas em todo o mundo.

Quero, em primeiro lugar, renovar o agradecimento do Brasil aos países que ajudaram na evacuação de brasileiros que se encontravam na Ucrânia quando começou o conflito. Refiro-me especialmente à Eslováquia, Hungria, Polônia, Romênia e República Tcheca. A operação foi exitosa. Não deixamos ninguém para trás, nem mesmo seus animais de estimação.

Diante do conflito em si, o Brasil tem-se pautado pelos princípios do Direito Internacional e da Carta da ONU. Princípios que estão consagrados também em nossa Constituição. Defendemos um cessar-fogo imediato, a proteção de civis e não-combatentes, a preservação de infraestrutura crítica para assistência à população e a manutenção de todos os canais de diálogo entre as partes em conflito. Esses são os primeiros passos para alcançarmos uma solução que seja duradoura e sustentável.

Temos trabalhado nessa direção. Nas Nações Unidas e em outros foros, temos tentado evitar o bloqueio dos canais de diálogo, causado pela polarização em torno do conflito. É nesse sentido que somos contra o isolamento diplomático e econômico.

As consequências do conflito já se fazem sentir nos preços mundiais de alimentos, de combustíveis e de outros insumos. Estes impactos nos colocam a todos na contramão dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

Países que se apresentavam como líderes da economia de baixo carbono agora passaram a usar fontes sujas de energia. Isso configura um grave retrocesso para o meio ambiente.

Apoiamos todos os esforços para reduzir os impactos econômicos desta crise. Mas não acreditamos que o melhor caminho seja a adoção de sanções unilaterais e seletivas, contrárias ao Direito Internacional. Essas medidas têm prejudicado a retomada da economia e afetado direitos humanos de populações vulneráveis, inclusive em países da própria Europa.

A solução para o conflito na Ucrânia será alcançada somente pela negociação e pelo diálogo.

Faço aqui um apelo às partes, bem como a toda a comunidade internacional: não deixem escapar nenhuma oportunidade de pôr fim ao conflito e de garantir a paz. A estabilidade, a segurança e a prosperidade da humanidade correm sério risco se o conflito continuar.

Senhor Presidente, tenho sido um defensor incondicional da liberdade de expressão. Além disso, no meu governo, o Brasil tem trabalhado para trazer o direito à liberdade de religião para o centro da agenda internacional de direitos humanos. É essencial garantir que todos tenham o direito de professar e praticar livremente sua orientação religiosa, sem discriminação.

Quero aqui anunciar que o Brasil abre suas portas para acolher os padres e freiras católicos que tem sofrido cruel perseguição do regime ditatorial da Nicarágua. O Brasil repudia a perseguição religiosa em qualquer lugar do mundo.

Outros valores fundamentais para a sociedade brasileira, com reflexo na pauta dos direitos humanos, são a defesa da família, do direito à vida desde a concepção, à legítima defesa e o repúdio à ideologia de gênero.

Quero também destacar aqui a prioridade que temos atribuído à proteção das mulheres. Nosso esforço em sancionar mais de 70 normas legais sobre o tema desde o início de meu governo, em 2019, é prova cabal desse compromisso.

Combatemos a violência contra as mulheres com todo o rigor. Isso é parte da nossa prioridade mais ampla de garantir segurança pública a todos os brasileiros.

Os resultados aparecem em nosso governo: queda de 7,7% no número de feminicídios e diminuição do número geral de mortes por homicídio. Em 2017 eram 30 mortes por 100 mil habitantes. Agora são 19.

A violência no campo também caiu ao mesmo tempo em que aumentamos a regularização da propriedade da terra para os assentados. No meu governo, entregamos 400 mil títulos rurais, 80% deles para mulheres.

Trabalhamos no Brasil para que tenhamos mulheres fortes e independentes, para que possam chegar aonde elas quiserem. A Primeira Dama, Michelle Bolsonaro, trouxe novo significado ao trabalho de voluntariado desde 2019, com especial atenção aos portadores de deficiências e doenças raras.

Senhor Presidente, Senhor Secretário-Geral, Senhoras e Senhores chefes de Estado e de governo, Senhoras e Senhores, neste 7 de setembro, o Brasil completou 200 anos de história como nação independente. Milhões de brasileiros foram às ruas, convocados pelo seu presidente, trajando as cores da nossa bandeira.

Foi a maior demonstração cívica da história do nosso país, um povo que acredita em Deus, Pátria, família e liberdade.

Muito obrigado.

terça-feira, 20 de setembro de 2022

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Presidente Bolsonaro participa do funeral da rainha Elizabeth II


Vladimir Chaves



O presidente Jair Bolsonaro participou, hoje (19), em Londres, na Inglaterra, do funeral da Rainha Elizabeth II. “Na Abadia de Westminster, prestamos uma última homenagem à Rainha Elizabeth II e apresentamos, em nome do fraterno povo brasileiro, nossas orações para que Deus console o Rei Charles III, sua família e seu povo, firmes na esperança de que estaremos todos juntos na vida eterna”, escreveu, em publicação nas redes sociais.

Diversos membros da realeza e líderes mundiais acompanharam a cerimônia. Elizabeth morreu no último dia 8 de setembro, aos 96 anos. No mesmo dia, Bolsonaro decretou luto oficial de três dias no Brasil.

Após o funeral de Estado, em Londres, o corpo da monarca foi levado ao Castelo de Windsor, que fica nos arredores da capital britânica, onde foi sepultado.

Acompanhando pela primeira-dama Michelle Bolsonaro, o presidente brasileiro também compareceu, nesta segunda-feira, à recepção oferecida pelo ministro dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido, James Cleverly.

No fim da tarde, Bolsonaro deixa a capital inglesa com destino a Nova York, nos Estados Unidos. Amanhã (20), ele faz o discurso de abertura dos debates de alto nível da 77ª Assembleia Geral das Nações Unidas.

segunda-feira, 19 de setembro de 2022

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Petrobras anuncia nova redução no preço do diesel


Vladimir Chaves



A Petrobras anunciou hoje (19) a redução no preço do diesel A vendido às distribuidoras de combustíveis em R$ 0,30, a partir de amanhã (20). Com a mudança, o litro do diesel A fornecido pela empresa passará a custar R$ 4,89.

A queda no preço equivale a 5,78% e, segundo a estatal, "acompanha a evolução dos preços de referência e é coerente com sua prática de preços".

A Petrobras explica ainda que, como o diesel vendido nos postos tem uma mistura obrigatória de 20% de biodiesel, a parcela do diesel A no preço final passará de R$ 4,67, em média, para R$ 4,40, a cada litro vendido.

O preço do diesel comercializado pela Petrobras teve aumento pela última vez em 18 de junho, quando chegou a R$ 5,61 o litro. Desde então, o valor foi reduzido em R$ 0,20, em 5 de agosto; e em R$ 0,22, em 12 de agosto.

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