A vida guiada pela Palavra de Deus


Vladimir Chaves

Deus é grande, e nós somos pequenos. A grandeza de Deus é infinita, enquanto nossa existência é limitada. Reconhecer nossa pequenez nos aproxima d’Ele com humildade e reverência, percebendo que dependemos completamente de sua sabedoria e poder.

Deus é o Criador, e nós somos a criatura. Tudo ao nosso redor (a vida, o universo, a complexidade do ser humano) testemunha sua obra. Como criaturas, nossa existência e propósito estão em suas mãos, e só através da Palavra de Deus podemos compreender o sentido de nossa vida e como devemos viver diante do Criador.

Deus é santo, e nós somos pecadores. Nossa imperfeição contrasta com a santidade divina, revelando nossa necessidade de arrependimento e transformação. O estudo da Bíblia nos mostra tanto a gravidade do pecado quanto a misericórdia de Deus, que oferece perdão e restauração através de Cristo.

Para compreender tudo isso, precisamos nos dedicar ao estudo da Palavra de Deus. A Bíblia nos ensina quem Deus é e quem somos, guiando-nos à humildade, fé e obediência. Reconhecer a grandeza, criatividade e santidade de Deus nos inspira a viver com gratidão, amor e total dependência do Criador.

quarta-feira, 1 de outubro de 2025

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O evangelho que todos devem anunciar em todos os meios


Vladimir Chaves

O mandamento de Jesus em Marcos 16:15 – “Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura” – não é apenas uma ordem, é o coração pulsante da missão cristã. Muitos ainda pensam que esse chamado é restrito a missionários em terras distantes ou pregadores em púlpitos, mas a verdade é clara: é uma convocação para todo discípulo de Cristo. “Ir” é atitude, é movimento, é coragem para enxergar em cada pessoa um destinatário da boa notícia da salvação.

O evangelho não foi dado à Igreja para ficar preso em templos ou guardado em discursos religiosos. Ele é vida, é poder, é reconciliação. É como a cura de uma doença mortal: guardá-la seria impensável. Da mesma forma, quem conhece a graça que salva e se cala diante da perdição do mundo, se torna cúmplice do silêncio que mata. Por isso, Cristo nos chama a usar todos os meios (palavra, testemunho, tecnologia, amizade, música, literatura, redes sociais, púlpito ou rua) tudo deve ser um meio para que alguém ouça que Jesus é o único caminho.

Pregar não é apenas falar, mas viver de modo coerente com a mensagem que anunciamos. O mundo já está saturado de discursos, mas ainda tem sede de testemunhos vivos. Cada atitude é um sermão: a forma como tratamos as pessoas, como lidamos com a injustiça, como expressamos compaixão diante da dor. Quando nossas ações refletem o amor de Deus, nossas palavras ganham autoridade e impacto.

Esse “ide” é um chamado para romper barreiras: da indiferença, do preconceito, do medo. O evangelho não é propriedade de um grupo, é uma notícia urgente para toda criatura; próximos e distantes, crentes e descrentes, amigos e desconhecidos. Permanecer calado é represar a fonte da vida; obedecer é abrir caminhos de salvação. Por isso, não basta crer, é preciso agir; não basta ter a mensagem, é preciso transmiti-la; não basta esperar, é preciso ir. Ir, pregar, usar todos os meios que estiverem ao alcançe. Essa é a missão de quem entendeu que Jesus é o Caminho, a Verdade e a Vida.

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Cristofobia em BH: Justiça persegue a Bíblia nas escolas


Vladimir Chaves

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais deu mais um passo na escalada da cristofobia institucional no Brasil. Ao suspender a lei que permitia o uso da Bíblia como material complementar em escolas públicas e privadas de Belo Horizonte, a justiça atende aos interesses de ideologias que querem apagar a fé cristã da esfera pública. A ação partiu da vereadora Cida Falabella (PSOL), conhecida por suas posições comunistas, e se apoiou em um falso argumento de “laicidade”.

A lei, aprovada pela Câmara Municipal em 8 de abril, tinha um objetivo simples: usar a Bíblia como instrumento cultural e pedagógico. Histórias de civilizações antigas, literatura, parábolas, poesia e crônicas poderiam ser trabalhadas em sala de aula, sem obrigar ninguém a ler ou aceitar um credo religioso. Mas isso parece incomodar setores ideológicos que confundem neutralidade com censura.

O que está em jogo não é apenas educação, mas o direito de conhecer a própria cultura. Shakespeare, Camões, Machado de Assis e Dostoiévski foram profundamente influenciados pela Bíblia. Proibi-la nas escolas é desconectar os estudantes de suas raízes históricas e literárias, e alimentar uma ideologia que deseja reescrever a história.

A decisão do TJMG não é neutra. É uma perseguição velada à tradição cristã, enquanto outras pautas ideológicas ganham espaço sem restrições. Esse é o verdadeiro rosto do laicismo intolerante: não proteger a liberdade religiosa, mas atacar aqueles que ainda se mantêm fiéis à sua fé.

O Brasil precisa reagir. Silenciar a Bíblia não é proteger a Constituição. É ferir a identidade do povo brasileiro, empobrecer sua educação e legitimar uma censura disfarçada de neutralidade. A fé cristã, sua história e sua cultura não podem ser alvos de perseguição política ou ideológica.

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O ninho junto ao altar de Deus


Vladimir Chaves


“Até o pardal encontrou casa, e a andorinha, ninho para si, e para a sua prole, junto dos teus altares, Senhor dos Exércitos, Rei meu e Deus meu.” (Salmo 84:3)

O salmo nos mostra uma cena simples, mas profunda: até os pássaros encontram abrigo junto aos altares do Senhor. O pardal e a andorinha revelam a natureza acolhedora de Deus. O altar, que poderia ser visto apenas como lugar de sacrifício e reverência, também é espaço de descanso e cuidado. O que para os homens parece distante, para as criaturas mais frágeis se torna refúgio. Assim, aprendemos que a presença de Deus é inclusiva, aberta a todos que o buscam.

A salmista expressa até um certo “ciúme” das aves. Elas viviam diariamente nos átrios do Senhor, enquanto ele precisava esperar festas e peregrinações para estar no templo. Isso mostra o quanto seu coração ardia pela presença de Deus. Hoje, em Cristo, o templo se tornou vivo dentro de nós. Ainda assim, muitas vezes buscamos abrigo em coisas frágeis, como se fossem suficientes para nos sustentar.

O versículo também nos convida a refletir sobre onde temos feito o nosso “ninho”. As aves escolhem o templo porque ali encontram segurança. E nós, onde firmamos o centro da nossa existência? Se nos apoiamos apenas em conquistas materiais, vivemos inseguros. Mas quando escolhemos a presença de Deus como morada, encontramos um refúgio firme. O altar não deve ser apenas um lugar de passagem, mas o ponto de encontro diário que fortalece nossa vida.

Por fim, o salmo nos lembra que como o pardal e a andorinha, somos chamados a permanecer próximos ao altar. Se até os pássaros têm lugar no coração de Deus, quanto mais nós, criados à Sua imagem. O convite é claro: fazer da presença do Senhor o nosso lar seguro, onde há descanso, proteção e vida verdadeira.

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Quando o cristão age como o ímpio


Vladimir Chaves


Não é triste ver o ímpio agir contra as leis de Deus; isso é natural para quem caminha nas trevas, sem conhecer a luz de Cristo.

Salmo 1:1 nos lembra: "Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores."

Esperar justiça de quem não conhece a justiça é esperar em vão.

A verdadeira tristeza é quando um cristão se comporta como o ímpio. Quem recebeu a graça de Deus não pode ceder à mesquinhez, à raiva, à inveja, à traição, à fofoca ou à soberba. Jesus nos lembra:

"Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade situada sobre um monte" (Mateus 5:14).

Quando falhamos, nossas ações ultrapassam nossos próprios limites e afetam todos ao nosso redor.

Efésios 4:29 adverte: "Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para edificação."

Palavras e atitudes contrárias à vontade de Deus confundem os que nos observam e enfraquecem o testemunho do Evangelho. O mundo julga mais pelo que se vive do que pelo que se fala. Um cristão incoerente torna-se pedra de tropeço.

A maior tristeza não está na maldade do mundo, mas na incoerência daqueles que deveriam ser luz.

Romanos 12:2 nos exorta: "Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente."

Um cristão coerente gera frutos de santidade, amor, união e justiça, refletindo a glória de Deus. Ser cristão é viver de forma que a fé seja visível, que a luz nunca se apague e que a verdade seja exemplo.

A verdadeira tristeza é deixar de ser aquilo que Deus nos chamou para ser.

terça-feira, 30 de setembro de 2025

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Quebra de confiança e a fofoca são aos olhos de Deus pecados mortais


Vladimir Chaves

Na vida em sociedade, a confiança é um alicerce invisível que sustenta relacionamentos, famílias, amizades e até mesmo a comunhão dentro da Igreja. Quando ocorre a quebra de confiança, não é apenas um vínculo humano que se rompe, mas também um princípio espiritual que é violado diante de Deus.

A Bíblia trata esse tema com muita seriedade, revelando que a deslealdade em qualquer nível, seja conjugal, espiritual ou relacional, destrói tanto quem falha quanto aquele que confiava.

O livro de Provérbios diz: “A confiança no homem desleal no tempo da angústia é como dente quebrado e pé deslocado.” (Provérbios 25:19)

Ou seja, depender de alguém que não honra sua palavra é tão doloroso e prejudicial quanto tentar mastigar com um dente quebrado ou caminhar com o pé deslocado. A falta de lealdade gera insegurança, dor e instabilidade.

Além disso, a fofoca também é tratada nas Escrituras como um pecado destrutivo. O apóstolo Paulo alerta contra os que “andam de casa em casa... faladores e intrometidos, falando o que não convém” (1 Timóteo 5:13). Tiago, por sua vez, descreve a língua como “um fogo, um mundo de iniquidade” (Tiago 3:6). A fofoca destrói reputações, rompe amizades e divide comunidades inteiras.

Esses pecados (quebra de confiança e fofoca) são, de fato, mortais, porque corroem aquilo que Deus mais valoriza: a aliança. O Senhor é um Deus de pacto, de palavra cumprida, de fidelidade imutável. Quando quebramos a confiança ou espalhamos fofocas, negamos em nossas atitudes a essência do caráter de Deus, que é fiel e verdadeiro (Apocalipse 19:11).

Portanto, o cristão não deve minimizar esses pecados como “fraquezas humanas”. Ao contrário, precisa enxergá-los como feridas graves no corpo espiritual da comunidade e buscar a cura por meio do arrependimento sincero e da restauração em Cristo.

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A Igreja que abandona a Escritura sufoca o Evangelho


Vladimir Chaves


O maior inimigo da igreja não está fora dela, mas dentro: uma religiosidade mascarada de santidade. O legalismo, com suas normas humanas travestidas de mandamentos divinos, tem sufocado a liberdade do Evangelho e desviado os olhos da graça de Cristo. A Palavra é clara: “Para a liberdade foi que Cristo nos libertou. Permanecei, pois, firmes e não vos submetais, de novo, a um jugo de escravidão” (Gálatas 5:1). Uma igreja que troca a cruz pelo moralismo e a fé pela aparência perde sua essência e trai a mensagem da salvação.

Ao mesmo tempo, cresce outro veneno: a negação da autoridade das Escrituras e a diluição da mensagem para se ajustar ao mundo. O resultado é um cristianismo sem confronto, sem arrependimento, sem transformação. É a fé moldada ao gosto da plateia. Mas a Bíblia já havia advertido: “Pois virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos” (2 Timóteo 4:3). Não é isso o que vemos hoje? Púlpitos que deixaram de ser altares para se tornarem palcos. Pregações que já não proclamam Cristo, mas distribuem motivação barata.

Essa distorção não é nova. Os fariseus também faziam isso: “invalidavam a Palavra de Deus por causa da tradição” (Marcos 7:13). Hoje, não é diferente. Tradições humanas, filosofias passageiras e a busca por relevância cultural têm se sobreposto à Escritura. Assim, em vez de ser luz, a igreja reflete as trevas; em vez de transformar o mundo, é moldada por ele.

Mas a igreja não pode ser espelho do sistema. Ela é o corpo de Cristo! E ser corpo de Cristo significa viver e proclamar a verdade, ainda que doa, ainda que confronte. Pois “a Palavra de Deus é viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes” (Hebreus 4:12). A missão da igreja não é chamar ao conformismo, mas ao arrependimento. Não é aprisionar pela lei, mas libertar pela graça. Não é exaltar tradições, mas glorificar a Cristo.

Lembremos: a igreja não foi chamada para agradar aos homens, mas para ser “coluna e baluarte da verdade” (1 Timóteo 3:15). Ela só voltará a brilhar como luz no meio das trevas quando rejeitar os extremos do legalismo e do liberalismo, e recuperar a centralidade da Escritura e a suficiência de Cristo.

E aqui está o ponto decisivo: o que está em jogo não é apenas a reputação da igreja, mas a fidelidade ao Senhor que a comprou com o seu sangue (Atos 20:28). Quando a igreja abandona a Palavra, ela sufoca o Evangelho. Mas quando volta à Escritura, ela revive, resplandece e cumpre sua missão: ser sal da terra e luz do mundo.

Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas...” (Ap 2:1)

segunda-feira, 29 de setembro de 2025

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Deus não aceita adorações que nascem em lábios, mas que são negadas nas atitudes


Vladimir Chaves

A verdadeira adoração nunca foi uma questão de palavras bem ensaiadas ou de cânticos entoados apenas com os lábios; sempre foi, e continua sendo, um reflexo de vida, de obediência e de coerência entre o que se declara diante de Deus e o que se pratica no dia a dia. Jesus denunciou essa hipocrisia religiosa quando disse: “Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. Em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos de homens” (Mateus 15:8-9). Aqui, Ele deixa claro que Deus não se impressiona com a forma exterior da adoração, se o coração estiver distante e as atitudes negarem o louvor entoado.

No Antigo Testamento, os profetas repetidamente confrontaram Israel por esse mesmo problema: pessoas que ofereciam sacrifícios no templo, mas viviam em injustiça, opressão e pecado. Isaías registra a palavra do Senhor: “De que me serve a multidão de vossos sacrifícios? Estou farto dos holocaustos de carneiros... Quando estendeis as vossas mãos, escondo de vós os olhos; sim, quando multiplicais as vossas orações, não as ouço, porque as vossas mãos estão cheias de sangue” (Isaías 1:11,15). O Senhor rejeitava aquele culto porque não vinha acompanhado de arrependimento e transformação de vida.

A adoração verdadeira precisa brotar de um coração regenerado e obediente, que expressa em atitudes aquilo que declara em palavras. O apóstolo João reforça essa ideia quando ensina: “Filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas por obra e em verdade” (1 João 3:18). O amor e a adoração não podem ser apenas discurso; precisam ser visíveis nas obras e no testemunho cotidiano.

Paulo também aponta esse caminho quando fala aos Romanos: “Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis os vossos corpos como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional” (Romanos 12:1). Aqui, o apóstolo mostra que o culto verdadeiro não se limita a cânticos ou liturgias, mas se traduz em entrega, santidade e vida consagrada.

Portanto, toda adoração que sai dos lábios, mas não encontra respaldo na vida é rejeitada por Deus. Ele não busca vozes afinadas, mas corações quebrantados; não espera rituais vazios, mas frutos de justiça. A adoração que agrada ao Senhor é aquela que se expressa não apenas no cântico, mas também na prática da justiça, no amor ao próximo e na obediência à Sua Palavra.

Assim, se queremos que nossa adoração seja aceita, precisamos alinhar os lábios com o coração e as palavras com as atitudes.

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O perigo de silenciar o púlpito digital


Vladimir Chaves


“Buscai ao Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto.” (Isaías 55:6)

Calar a pregação digital é mais do que censura: é um ataque frontal contra a fé cristã. A internet tornou-se o púlpito do nosso tempo, onde milhões escutam, pela primeira vez, o evangelho da salvação. Fechar essa porta é sufocar a voz de Deus em uma geração inteira.

A China já trilhou esse caminho. Lá, o evangelho foi aprisionado em canais controlados pelo Estado. Pastores foram silenciados, pregadores amordaçados, jovens privados da Palavra. Naquele regime, a fé só existe quando o governo autoriza. Mas fé sob permissão não é fé, é propaganda.

E o Brasil? O risco não é distante, é presente. O governo Lula flerta com esse mesmo modelo chinês. Hoje, o discurso é “proteger crianças e adolescentes”. Mas quem garante que amanhã essa “proteção”, disfarçada de “nova ordem digital”, não se voltará contra o evangelho? Quando o Estado define quem pode ou não falar de Deus, a liberdade deixa de ser direito e passa a ser favor de políticos.

À luz da profecia de Isaías, o alerta é urgente: impedir a pregação é impedir que milhões invoquem ao Senhor enquanto ainda há tempo. Por isso, o chamado da Igreja é claro: resistir, vigiar, denunciar e recusar qualquer tentativa de aprisionar a Palavra.

A fé não é concessão do Estado. A fé é mandato divino. E deve ser proclamada sem grilhões, sem mordaça, sem medo, em plena liberdade!

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O coração que serve mesmo em templos de fariseus


Vladimir Chaves


O verdadeiro espírito de servo não busca aplauso humano nem posição social; ele nasce do coração transformado por Deus e se revela na fidelidade silenciosa ao chamado divino. Jesus ensinou que “o maior entre vocês deverá ser como o mais jovem, e o que governa como aquele que serve” (Lucas 22:26), mostrando que servir é a medida da grandeza no Reino de Deus.

Servir em ambientes marcados pelo orgulho, hipocrisia ou legalismo (“templo de fariseus”) é um desafio de fé e perseverança. Os fariseus valorizavam aparências e reconhecimento, mas negligenciavam a justiça e a misericórdia (Mateus 23:23). O servo fiel, por outro lado, permanece íntegro, fazendo o bem sem esperar recompensa humana, confiando que Deus vê e recompensa o coração (Efésios 6:7).

Exemplos bíblicos mostram essa fidelidade em contextos hostis: José, mesmo preso injustamente, continuou servindo com excelência (Gênesis 39:2-4); Daniel manteve-se firme na fé diante da Babilônia e da morte (Daniel 6:10-23); e os primeiros discípulos perseveraram no evangelho apesar de perseguições (2 Coríntios 11:23-28). Em cada caso, o serviço silencioso e fiel produziu frutos eternos, mesmo sem reconhecimento humano.

Ter espírito de servo é escolher diariamente humildade, integridade e amor incondicional. É servir não para ser visto, mas para refletir Cristo, que “veio para servir e não para ser servido” (Marcos 10:45). Mesmo em meio a templos de fariseus, o verdadeiro servo permanece firme, consciente de que sua recompensa está nas mãos de Deus, e não nos aplausos do mundo (Salmos 41:1).

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A Bíblia: origem, propósito e destino da vida


Vladimir Chaves

A Bíblia não é apenas um livro entre tantos outros; é a revelação suprema de Deus à humanidade. Escrita ao longo de aproximadamente 1.500 anos, por mais de 40 autores de diferentes épocas, culturas, línguas e contextos históricos, carrega uma unidade impressionante de pensamento e propósito. Essa harmonia não pode ser atribuída ao acaso ou à habilidade humana, mas ao sopro do Espírito Santo que guiou cada escritor, preservando, em cada linha, a revelação do plano eterno de Deus.

O Antigo Testamento contém cerca de 23.145 versículos e o Novo Testamento 7.957, somando aproximadamente 31.102 versículos. Destes, cerca de 8 mil são profecias, muitas já cumpridas com precisão surpreendente. Essa fidelidade profética transforma a Escritura em um testemunho vivo de que Deus conduz a história com mão soberana. O que para alguns poderia ser apenas um compêndio de escritos antigos, revela-se como a manifestação da fidelidade divina registrada ao longo dos séculos.

Basta observar as profecias messiânicas: séculos antes da encarnação de Cristo, detalhes de sua vida já estavam profetizados. Miqueias predisse o nascimento em Belém (Mq 5:2), Isaías descreveu o ministério de libertação (Is 61:1-3), Números apontou para a estrela do oriente (Nm 24:17), Davi relatou com precisão a crucificação no Salmo 22, mil anos antes de ela acontecer, e Zacarias anunciou as trinta moedas da traição (Zc 11:12-13). Esses registros não são meras coincidências históricas, mas evidências claras do governo absoluto de Deus sobre o tempo e a eternidade.

Além das profecias sobre Cristo, a Bíblia também descreve ascensão e queda de impérios e governantes, revelando que nenhum poder humano se mantém fora do controle do Criador. Ao lermos Mateus 24, percebemos que as palavras de Jesus acerca dos últimos dias ressoam em nossos tempos: guerras, crises, sinais naturais e transformações sociais que, em épocas passadas, seriam inimagináveis, hoje se cumprem diante de nossos olhos.

No entanto, o propósito central da Escritura não é apenas registrar fatos históricos, antecipar eventos ou instruir em mandamentos morais. A Bíblia tem como centro a revelação do plano de salvação em Cristo. De Gênesis a Apocalipse, encontramos o fio vermelho da redenção: o Cordeiro prometido, o Messias esperado, o Salvador crucificado e ressurreto, que voltará em glória. Cada livro, cada narrativa, cada profecia aponta para Ele.

É nesse ponto que a Bíblia responde às questões mais profundas da existência: De onde viemos? Qual é o sentido da vida? Para onde vamos? Suas páginas não são apenas palavras humanas, mas declarações eternas do próprio Deus, repetidas expressões como “Disse Deus” e “Assim diz o Senhor” recordam-nos que ali não encontramos apenas opinião, mas a voz viva do Criador que continua a falar hoje.

Por isso, não é possível tratá-la como um simples documento histórico ou tradição cultural. A Bíblia é viva, eficaz e atual; sua mensagem atravessa gerações, governos e sistemas humanos. Negá-la ou reduzi-la a um livro antigo é o maior erro do homem moderno, pois nela está a chave para compreender a vida, a morte e a eternidade.

Ela continua sendo, como sempre foi, a lâmpada que ilumina os nossos passos e a luz que guia o caminho (Sl 119:105). Não apenas um livro a ser lido, mas a Palavra eterna a ser crida, obedecida e vivida, a única capaz de revelar a verdadeira origem, o real propósito e o destino final de cada ser humano diante de Deus.

domingo, 28 de setembro de 2025

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Viver hoje à luz da eternidade


Vladimir Chaves


A esperança em Cristo não deve ser guardada apenas para o futuro. Ela precisa moldar a forma como vivemos agora, em cada decisão e em cada relacionamento.

Se sabemos que nossa vida está nas mãos de Deus, não precisamos viver presos à ansiedade do amanhã. Podemos descansar na promessa de Jesus e aprender a confiar em sua direção diária. “Lançando sobre Ele toda a vossa ansiedade, porque Ele tem cuidado de vós” (1 Pedro 5:7).

Essa certeza também nos chama a viver em santidade. Quem espera a eternidade não pode viver como se tudo terminasse aqui. A Bíblia nos exorta: “E todo aquele que nele tem esta esperança purifica-se a si mesmo, assim como ele é puro” (1 João 3:3).

Viver à luz da eternidade é ser luz no mundo. É demonstrar amor, perdoar quando é difícil, estender a mão quando é incômodo e manter a fé mesmo quando tudo ao redor desmorona.

É também viver em missão. Se cremos que Cristo é a única esperança, não podemos guardar essa verdade para nós mesmos. Cada palavra e atitude deve refletir a boa notícia do Evangelho.

Assim, a fé deixa de ser apenas crença interior e se torna prática diária. A eternidade não é apenas destino, é também motivação para o presente. Quem tem Cristo como esperança futura aprende a viver o hoje com coragem, gratidão e propósito.

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